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Operação Abastecimento Seguro aponta irregularidades em 40 postos de combustíveis no DF e em Goiás

Suspeitas de fraudes eletrônicas, lacres rompidos e erros de medição contra o consumidor foram encontrados durante a terceira fase da elsquo;Operação Abastecimento Seguroersquo;, realizada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) entre os dias 21 e 24 de outubro, no Distrito Federal e em Goiás. Ao todo, 66 postos foram fiscalizados, sendo 41 no Distrito Federal e 25 em Goiás. Dos 1.432 bicos de abastecimento analisados, 395 foram reprovados, resultando em 199 interdições, 51 apreensões e 40 notificações a postos de combustíveis. A ação, coordenada pelo Inmetro, integra o Programa Nacional de Combate a Fraudes Eletrônicas (Profae) e contou com o apoio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) e das Polícias Civis do Distrito Federal e de Goiás, além da participação de especialistas do Inmetro de Brasília, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Maranhão. O presidente do Inmetro, Márcio André Oliveira Brito, destacou que os resultados da Operação Abastecimento Seguro refletem o fortalecimento da fiscalização e o uso de novas tecnologias para proteger o consumidor. eldquo;O Inmetro atua de forma integrada com outros órgãos para combater fraudes eletrônicas e aumentar a transparência no setor de combustíveis. Esta operação evidencia nosso avanço no combate às fraudes e no aprimoramento dos mecanismos de controle, com o objetivo de assegurar que o cidadão receba exatamente o que paga, com segurança e confiança no abastecimentoerdquo;, afirmou. Resultados no Distrito Federal No Distrito Federal, foram fiscalizados 41 postos, com 985 bicos fiscalizados. Desses, 274 foram reprovados, sendo 127 interditados e 9 apreendidos. Também houve 25 notificações a postos. Entre as principais irregularidades estão fraudes eletrônicas, erros de medição, lacres violados, bypass de calibração e mau estado de conservação dos equipamentos. Resultados em Goiás Em Goiás, as equipes vistoriaram 25 postos e fiscalizaram 447 bicos. Entre eles, 121 foram reprovados, 72 interditados e 42 apreensões de componentes eletrônicos. Foram notificados 15 postos de abastecimento. As irregularidades mais recorrentes envolveram fraudes eletrônicas, lacres rompidos e erro de medição contra o consumidor. Medidas e penalidades As bombas com indícios de fraude foram lacradas e retiradas de operação. Os componentes eletrônicos apreendidos passarão por perícia nos laboratórios do Inmetro para identificação das fraudes. Os postos autuados têm prazo de dez dias para apresentar defesa, após recebimento de notificação. As multas podem chegar a R$ 1,5 milhão, e os casos confirmados de fraude serão encaminhados às Polícias Civis locais para abertura de inquérito. O diretor de Metrologia Legal do Inmetro, Marcelo Morais, destacou que o trabalho integrado tem sido essencial para o avanço das ações. eldquo;A união de esforços entre as instituições amplia a capacidade técnica das equipes e possibilita identificar rapidamente novas modalidades de fraude. O resultado é um sistema de fiscalização mais moderno, eficiente e efetivoerdquo;, avaliou. Dúvidas? Solicite o teste Direito ao teste de volume: o consumidor pode solicitar o teste a qualquer momento; o responsável pelo posto deve realizá-lo na presença do cliente, utilizando a medida de 20 litros. Dicas para um abastecimento seguro Confira as principais orientações do Inmetro para evitar prejuízos e garantir que o abastecimento do seu veículo seja feito de forma correta: Verifique o selo do Inmetro na bomba: ele indica que o equipamento foi fiscalizado e está conforme os requisitos técnicos. Mostradores em boas condições: não devem estar quebrados, opacos ou ilegíveis. Iluminação adequada: as informações de volume e preço devem ser visíveis mesmo à noite. Indicadores eletrônicos em perfeito estado: nenhum dígito pode estar apagado ou danificado. Mangueiras e conexões íntegras: sem rachaduras, vazamentos ou deformações. Medida de volume disponível: o posto deve ter uma medida de 20 litros verificada pelo órgão delegado do Inmetro. Essas orientações ajudam o consumidor a identificar possíveis irregularidades e a exigir o cumprimento das normas técnicas, mas o Inmetro não garante individualmente o resultado das medições. A responsabilidade pela conformidade é do posto revendedor e do fabricante da bomba medidora. Ouvidoria do Inmetro As denúncias de irregularidades podem ser feitas à Ouvidoria do Inmetro pelo telefone 0800 285 1818, de segunda a sexta-feira, das 8 h às 16 h 30, ou pelo site.

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Lula cogita ceder em etanol por fim de tarifas dos EUA em carnes e café

O governo brasileiro cogita reduzir a tarifa de importação do etanol dos EUA endash;hoje ela é de 18%-- em troca da retirada da sobretaxa imposta sobre o café e a carne brasileiros. É o que afirmam assessores do presidente Lula que acompanharam as conversas com o presidente dos EUA, Donald Trump, ocorrida em Kuala Lumpur, na Malásia. A expectativa, ainda segundo relatos, é de que os EUA cancelem os 40% adicionais à taxa de 10% estabelecida a todos os países. A forma como isso ocorrerá, de imediato ou escalonadamente, dependerá das negociações. Ambos os países ainda não colocaram suas cartas na mesa porque as negociações ainda não tiveram início. Trump e Lula somente "quebraram o gelo" e se dispuseram a negociar. Em entrevista coletiva, Lula afirmou que disse a Trump que o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi nada perto do que ambos terão pela frente na mesa de negociações. "Eu ainda disse para ele [Trump]: com três reuniões que você fizer comigo, você vai perceber que o Bolsonaro era nada, praticamente", disse Lula. Sem dar detalhes, o presidente afirmou que está disposto a negociar. Sinalizou que o açúcar, etanol e terras raras poderiam entrar na discussão. Os EUA não apresentaram suas demandas. Mas, entre as áreas esperadas, estão minerais críticos, carne e a regulação das big techs. Os produtores de etanol, principalmente do Nordeste, já se manifestaram publicamente contra o uso do setor como "moeda de troca em negociações comerciais". A tarifa de 18% é aplicada desde 2023, após um período de isenção. Essa barreira foi definida como forma de o Brasil conseguir ganhar mercado de açúcar no mercado norte-americano. O Brasil é o principal fornecedor de café e de carne bovina dos EUA. No ano passado, os cafeicultores brasileiros consolidaram-se como fornecedores de 30% do café importado pelos norte-americanos. No caso da carne bovina, o Brasil vinha ampliando suas vendas. Mesmo com o tarifaço, os embarques aumentaram quase 65% em volume, atingindo 218 mil toneladas no acumulado do ano.

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Mercedes faz nova aposta em um combustível alternativo para caminhões e ônibus

A Mercedes-Benz segue em busca de caminhos sustentáveis para seus veículos pesados no Brasil. Décadas após desistir do etanol e do gás natural veicular (antes de surgir o conceito renovável do biometano), a montadora aposta agora em uma variação do biodiesel, que será testada na estrada. Um comboio formado por dois caminhões Actros Evolution com motor BlueTec de 550 cv, o mais potente da marca no Brasil, e dois ônibus rodoviários O 500 RSD (380 cv) estão fazendo uma viagem de Passo Fundo (RS) a Belém (PA), com paradas em São Bernardo do Campo (ABC) e Brasília. O ponto de partida foi a fábrica da Be8, empresa que fornece o combustível. A expedição se chama Rota Sustentável COP30, já que o destino final é a conferência sobre clima da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada na capital paraense em novembro. A frota será exposta no espaço da Mercedes na "green zone", local que reúne empresas, entidades e ONGs . O biodiesel foi batizado de BeVant e, segundo a fabricante, tem potencial para reduzir em até 99% as emissões do tanque à roda em relação ao diesel de origem fóssil. A viagem vai comparar o desempenho da nova alternativa com o diesel disponível hoje nos postos, o B15 (com 15% de biodiesel na composição). As medições de consumo, desempenho e durabilidade serão feitas pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), que é parceiro da Folha nos testes de automóveis comercializados no Brasil. Segundo a Be8, sua opção pode ser usada pura nos motores. Isso significa que o veículo poderia rodar usando apenas o combustível renovável elaborado a partir de óleos vegetais e gordura de origem animal. A empresa diz que o processo de produção de seu combustível evita os problemas comuns à essa solução, sendo o principal deles a formação de uma borra que prejudica o motor e seus periféricos. Os problemas têm dificultado a implementação da tecnologia e preocupado os frotistas, devido aos gastos constantes com manutenção. O longo teste vai mostrar se a nova opção é viável ou não. O preço do litro do BeVant é cerca de 10% maior que o do diesel vendido hoje nos postos. Entretanto, o valor estimado é 70% menor que o custo do HVO (sigla em inglês para óleo vegetal hidrotratado), opção que vinha sendo trabalhada pela Mercedes no Brasil. Em um comunicado, a montadora afirma que acumula experiências significativas voltadas à descarbonização no transporte. Outra alternativa em teste é o ônibus elétrico urbano eO500U, que teve 400 unidades vendidas para a cidade de São Paulo. "Na nossa estratégia, os biocombustíveis representam uma solução viável e imediata para reduzir as emissões de COe#8322; e, especialmente, em aplicações onde a eletrificação ainda enfrenta desafios de infraestrutura", diz, em nota, Luiz Carlos Moraes, diretor de relações institucionais da Mercedes do Brasil. (Coluna por Eduardo Sodré)

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Brasil está dando passos em direção à reforma dos subsídios fósseis, mas pode melhorar

Estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) mostra uma redução de 42% nos incentivos e renúncias fiscais destinados ao setor de petróleo, gás natural e carvão mineral no último ano, quando comparado com 2023. A cifra caiu de R$ 81,7 bilhões, em 2023, para R$ 47 bilhões em 2024. Ainda assim, o relatório aponta que, apesar da redução, para cada R$ 2,52 concedidos ao petróleo e gás, R$ 1 é destinado para fontes renováveis. O regime aduaneiro especial para o petróleo (Repetro), assim como a conta de consumo de combustíveis (CCC) e a conta de desenvolvimento energético (CDE) foram as que mais pesaram na conta das renúncias fiscais. Nos últimos dois anos, o Repetro representou R$ 39,1 bilhões, enquanto a CDE/CCC respondeu por R$ 22,5 bilhões, calcula o estudo publicado na última semana. Vale dizer: o Repetro é um regime de renúncia fiscal temporária. O pagamento de impostos como II, IPI, PIS e Cofins é suspenso na importação de bens para as atividades de exploração e produção de petróleo e gás, e transferido para a fase de produção. Para a assessora política do Inesc, Alessandra Cardoso, mudanças promovidas pela reforma tributária que desincentivam o uso de combustíveis fósseis e produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente são um sinal dos rumos que o país quer seguir. Mas o governo brasileiro pode ser mais assertivo. A lei que reformou o sistema tributário, aprovada este ano, cria o imposto seletivo e a obrigatoriedade de avaliação, a cada cinco anos, de todos os regimes especiais de tributação. eldquo;Essas medidas representam um avanço institucional essencial para corrigir distorções e alinhar a política fiscal à transição energética. A queda dos subsídios aos fósseis, acompanhada dessas medidas, sinaliza que o Brasil está dando passos na direção da reforma dos subsídios aos fósseiserdquo;, comenta. eldquo;Tais avanços deveriam encorajar o governo a assumir uma postura mais assertiva na COP30, pautando iniciativas também no campo do multilateralismo climáticoerdquo;, completa a assessora do Inesc. Benefício para os mais ricos Os analistas do Inesc citam dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para refutar a tese de que a manutenção de incentivos aos combustíveis fósseis tem como alvo a população mais pobre. De acordo com o relatório internacional, os subsídios concedidos por governos aos combustíveis fósseis beneficiam os 10% mais ricos até seis vezes mais do que os 20% mais pobres. A pesquisa sobre 32 países em desenvolvimento mostra que, no caso da gasolina, 80% dos subsídios beneficiam uma minoria de 40% das famílias mais ricas. Já no contexto brasileiro, o levantamento anual do Inesc aponta que o recuo nos incentivos teve impacto pouco significativo sobre a inflação. O recuo é consequência da volta da cobrança de PIS e Cofins sobre gasolina, diesel e gás de cozinha, resultando em R$ 33 bilhões aos cofres públicos. Com a redução dos incentivos ao setor, a gasolina subiu 10,21%, o diesel 3,41% e o etanol 20,46%, mantendo-se competitivo com um crescimento de 33,4% no consumo. O instituto associa a persistência inflacionária à assimetria na transmissão de preços por parte de distribuidoras que não repassam reduções promovidas pela Petrobras nas refinarias ao consumidor. Mulheres negras pagam mais pela energia Assunto recorrente nos discursos do governo federal emdash; e que promete ser pauta na COP30 em novembro, em Belém (PA), a pobreza energética tem gênero e cor no Brasil. Dados do Inesc sobre o perfil socioeconômico dos consumidores de energia elétrica mostra que as bandeiras tarifárias têm pesos desproporcionais sobre famílias negras e de baixa renda, especialmente as chefiadas por mulheres. A comparação sobre o peso da bandeira vermelha patamar II entre uma mulher negra e um homem branco aponta que elas podem ter o gasto mensal acrescido em 13,09%, enquanto homens percebem aumento de 7,03% da conta sobre a renda. A análise do Inesc cruzou dados de renda, gênero e raça a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE. Os resultados mostraram que as famílias chefiadas por homens consomem 262,72 KWh/mês, o que representa 2,5 vezes mais do que aquelas lideradas por mulheres negras (102,84KWh/mês). Em números absolutos, lares de mulheres negras de baixa renda arcaram com R$ 230 milhões adicionais das bandeiras tarifárias, enquanto homens brancos de alta renda custearam R$ 106,7 milhões. O estudo estimou que, mesmo diante do aumento na tarifa de eletricidade, famílias de renda média chefiadas por mulheres negras praticamente não conseguem reduzir o consumo, pois já operam no limite do uso essencial. Em contraste, homens brancos de renda alta dispõem de maior margem para ajustar o consumo sem comprometer o bem-estar. eldquo;O modelo atual de bandeiras tarifárias parte do pressuposto de que todos os consumidores podem economizar quando a conta aumenta. Mas essa hipótese ignora a realidade de milhões de famílias que já vivem no mínimo vital. Para elas, reduzir o consumo significa abrir mão de comida refrigerada, de banho quente ou de ventilador em dias de calor extremoerdquo;, explica Cássio Cardoso Carvalho, assessor político do Inesc. Financiamento de fontes renováveis e geração distribuída O estudo também se debruça sobre os dados da geração distribuída, que vem crescimento no Brasil impulsionada por subsídios. Os valores passaram de R$ 7,14 bilhões em 2023 para R$ 11,58 bilhões em 2024. Para o Inesc, embora essa produção independente seja positiva, ela é custeada por todos os consumidores, já que parte dos custos da rede é paga por quem não possui sistemas fotovoltaicos. Como agravante, aponta o fato de o Operador Nacional do Sistema (ONS) não ter controle direto sobre a geração distribuída, o que pode causar desequilíbrios em momentos de sobreoferta e obrigar o desligamento temporário de usinas contratadas. eldquo;O Inesc reforça a urgência para a revisão de benefícios às fontes de energia fóssil ou renovável para eliminar os chamados subsídios ineficientes emdash; que distorcem o mercado, estimulam o consumo e dificultam o combate às mudanças climáticaserdquo;, defende o instituto.

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Ipiranga terá base de distribuição ao lado de usina da 3tentos

Em uma parceria inédita no setor de biodiesel, a Ipiranga acertou a construção de uma base de distribuição de combustíveis ao lado da usina da 3tentos em Vera (MT). A nova base permitirá que o biodiesel eldquo;corte caminhoerdquo; e consiga atender de perto a demanda por diesel no maior polo de agronegócio do país. O valor do investimento não foi divulgado. A nova base será erguida em uma área de 30 mil metros quadrados cedida à Ipiranga em um contrato de comodato de longo prazo pela 3tentos em seu complexo industrial, onde a empresa possui uma esmagadora de soja e uma usina de biodiesel. eldquo;Estar perto de uma base produtora de biocombustível, principalmente de biodiesel, tem muito valor, porque você elimina elsquo;pernasersquo; de frete. Hoje o biodiesel roda muito no Brasil para fazer as misturas [do biodiesel ao diesel]erdquo;, afirmou Leonardo Linden, presidente da Ipiranga, à reportagem. Atualmente, o biodiesel que sai das usinas precisa ser transportado para as bases das distribuidoras, onde ocorrem as misturas, e às vezes o produto ainda segue para outras bases antes de chegar aos postos, aumentando o custo da operação com frete. eldquo;Tem muitas pernas logísticas que tornam isso ineficienteerdquo;, afirmou. A ineficiência é maior considerando que uma parte relevante da demanda por diesel está bem próxima da usina da 3tentos, com milhares de produtores rurais rodando suas lavouras com tratores, colheitadeiras e outras máquinas que consomem volumes elevados de diesel. A nova base será conectada à usina da 3tentos por um duto de aproximadamente um quilômetro, que eliminará a necessidade de transporte do biodiesel por caminhões. A base terá capacidade para movimentar anualmente 360 milhões de litros de combustíveis (entre biodiesel, diesel, gasolina), o que permitirá atender clientes em um raio de aproximadamente 300 quilômetros em mais de 40 municípios. A instalação contará ainda com tanques com capacidade estática de 3 milhões de litros, o que pode ser aumentado futuramente. A primeira etapa da base da Ipiranga deverá ser inaugurada em 2027. Segundo Linden, o ganho de eficiência que a base permitirá ao eliminar os custos com o frete de transporte de biodiesel é estimado em R$ 0,02 a R$ 0,04 o litro. Apesar da vantagem, ele evitou garantir que essa redução de custos se traduzirá em preços igualmente menores para os consumidores na ponta. eldquo;Para o consumidor, depende de como o mercado se comportaerdquo;, disse. A parceria deve ampliar a capacidade da Ipiranga de atender os clientes do agronegócio, que atualmente representam cerca de 30% do consumo de combustíveis no Brasil. eldquo;Consideramos muito promissor esse movimento de aproximar a produção da distribuição. Os ganhos são muito claros para todos nós, na maior região produtora de grãos do país, que é o Centro-Oesteerdquo;, ressaltou Luiz Osório Dumoncel, presidente do conselho da 3tentos, à reportagem. O investimento é feito em um momento com perspectivas favoráveis para o setor de biodiesel, já que a Lei do Combustível do Futuro assegurou uma ampliação do mercado com a previsão de novas altas de mistura até 2030, quando o teor de biodiesel no diesel deverá chegar a 20%. eldquo;Hoje o mercado de biodiesel está mais consolidado no Brasilerdquo;, disse João Marcelo Dumoncel, CEO da companhia. Essa previsibilidade está incentivando investimentos no setor, incluindo da própria 3tentos, que está concluindo a ampliação de suas capacidades no complexo de Vera. Na unidade de esmagamento de soja, a empresa está ampliando a capacidade de 3 mil toneladas por dia para 4,8 mil toneladas por dia até o início de 2026. Na planta de biodiesel, a capacidade está sendo ampliada de 1 milhão de litros por dia para 1,5 milhão de litros por dia. Mesmo com a construção da base da Ipiranga, a produção da 3tentos em Vera continuará abastecendo outras distribuidoras e outros mercados, segundo o CEO. O executivo não descarta a possibilidade de replicar o modelo de parceria na outra usina de biodiesel da 3tentos, em Ijuí (RS). A unidade, que processa o óleo de soja produzido em uma esmagadora anexa e na esmagadora de Cruz Alta (RS), também está passando por uma expansão de capacidade, de 1 milhão de litros ao dia para 1,5 milhão de litros ao dia.

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Expansão do etanol de milho impulsiona novas oportunidades de consumo no Brasil

O mercado brasileiro de etanol inaugurou um novo capítulo na indústria de combustíveis de baixo carbono. Após uma década de estabilidade na produção de cana-de-açúcar, o setor vem consolidando uma mudança estrutural. Enquanto a cana dá mais espaço ao açúcar no mix de produção, um novo protagonista ganha força no segmento de biocombustíveis, o renovável feito a partir do milho. Neste cenário de expansão, especialistas apontam para um desafio urgente no curto prazo: como absorver os excedentes de oferta no mercado doméstico? Este será o fio condutor da próxima live da série eldquo;Conexão SCA Brasilerdquo;, marcada para o dia 03 de novembro, ao vivo pelo YouTube e Linkedln. Em sua 17ª edição, o programa, com participação do CEO da SCA Brasil, Martinho Seiiti Ono, terá como convidado especial o presidente executivo da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), Guilherme Nolasco. Os dois executivos trarão um panorama da indústria de etanol de milho no Brasil e por que ela impõe desafios e oportunidades de demanda e consumo. Serão abordadas estratégias para equilibrar a indústria, garantindo a rentabilidade do produtor, bem como medidas para incentivar o maior uso de etanol na frota flex, ampliando a competitividade do hidratado em 21 mercados regionais. Atualmente, 80% das vendas de etanol no Brasil concentram-se em seis estados emdash; São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul emdash;, que reúnem mais da metade (55%) da frota nacional de veículos flex. (SCA Brasil)

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