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Preço médio do automóvel 0km já supera R$ 150 mil no Brasil, aponta consultoria

O foco da indústria em fabricar e vender modelos mais caros já reflete no comportamento de compra do consumidor brasileiro. Se antes, os modelos mais baratos vendiam mais, agora, o ticket médio aumentou. É tanto que, no pódio dos automóveis e comerciais leves mais vendidos diretamente ao consumidor, o único modelo de entrada é o VW Polo (segundo lugar). Os demais - Hyundai Creta, em primeiro, e Toyota Corolla Cross, em terceiro. Custam, respectivamente, R$ 151.290 e R$ 188.990. De acordo com a K.Lume consultoria automobilística, com base em dados da Fenabrave, o fato de os SUVs compactos (todos, acima de R$ 150 mil) aparecerem como os modelos mais vendidos do mercado explica a alta do preço médio do automóvel no Brasil. Para comparação, em julho, o preço médio dos carros de passeio era de R$ 147.769,80. Em agosto, subiu pouco mais de 3% e foi para R$ 152.727,40. Os modelos mais baratos, contudo, passaram a aparecer com cada vez mais força no ranking de vendas diretas. Os modelos de entrada mais baratos do Brasil, leia-se Renault Kwid e Fiat Mobi, passam longe do top ten das vendas no varejo. No caso do modelo da fabricante italiana, em agosto, foram 6.877 emplacamentos. No entanto, 97,6% desse montante pertence à modalidade de vendas diretas - da montadora para quem compra carro por CNPJ. Veja a lista dos dez automóveis e comerciais leves mais vendidos no varejo em agosto e seus preços base: Hyundai Creta: 5.215 unidades (R$ 151.290) Volkswagen Polo: 5.214 (R$ 93.660) Toyota Corolla Cross: 4.388 (R$ 188.990) Volkswagen Nivus: 3.902 (R$ 119.990) Fiat Fastback: 3.852 (R$ 119.990) Fiat Strada: 3.737 (R$ 111.990) Honda HR-V: 3.605 (R$ 163.200) Hyundai HB20: 3.438 (R$ 94.590) Fiat Argo: 3.389 (R$ 92.990) Chevrolet Tracker: 3.331 (R$ 119.990) Pela lista, dá para notar que a instabilidade da economia - que eleva as taxas de juros e rende outros percalços para o consumidor final - modificou o comportamento de quem almeja o carro zero no Brasil. No varejo, compra quem pode pagar mais, e, quem não pode, não compra. Sem crédito para os mais pobres, a baixa no segmento de entrada é certa. Isso restringe e diminui as possibilidades de vendas e, consequentemente, gera números mais baixos no varejo. Outros motivos para a alta A alta do preço médio do automóvel zero km é, também, reflexo de uma série de fatores que pressionam o mercado automotivo. Entre eles, estão a elevação nos custos de produção, como aço e componentes eletrônicos, a valorização dos modelos híbridos e elétricos, que têm ingressado com mais força no mercado, e a desvalorização do real frente ao dólar. Sem contar que, hoje, o reposicionamento estratégico de algumas montadoras tem priorizado veículos de maior valor agregado, como SUVs e picapes, em detrimento dos modelos de entrada. Essa tendência contribui para o afastamento dos consumidores de baixa renda do mercado. Em síntese, mesmo com incentivos pontuais (como o IPI reduzido) para tentar estimular a produção de veículos mais baratos, os preços devem se manter lá em cima. É a única forma de acompanhar a evolução tecnológica e as exigências regulatórias mundo afora.

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Diesel fica mais caro em agosto na comparação com julho, segundo Edenred Ticket Log

De acordo com a mais nova análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa, o diesel ficou mais caro em agosto na comparação com julho: enquanto o tipo comum do combustível aumentou 0,65% no período, atingindo preço médio de R$ 6,19, o diesel S-10 teve média de R$ 6,22, um aumento de 0,81% em relação a julho. eldquo;O aumento registrado no diesel em agosto está ligado à influência de variáveis externas que continuam determinantes para a formação dos preços no Brasil. Oscilações no valor do petróleo e no câmbio acabam sendo incorporadas de forma relativamente rápida à cadeia de distribuição, o que ajuda a explicar a elevação observada no períodoerdquo;, analisa Renato Mascarenhas, Diretor de Rede Abastecimento da Edenred Mobilidade. Na análise individual de cada região do País em agosto, o Sudeste se destacou como a região com o maior aumento para o diesel comum, de 1,15% (R$ 6,14). Já o diesel S-10 teve seu maior aumento no Centro-Oeste, de 1,28% (R$ 6,34). Para o tipo comum, a maior queda foi registrada no Norte, de 0,73% (R$ 6,76). Para o tipo S-10, nenhuma região registrou queda. Já os menores preços do País entre as regiões foram registrados no Sul: R$ 6 para o tipo comum, após alta de 0,67%, e R$ 6,06 para o S-10, que aumentou 1,68% em agosto na comparação com julho. Os preços de diesel comum e S-10 mais altos do País em agsoto foram registrados no Norte, onde custaram, em média, R$ 6,76, após baixa de 0,73%, e R$ 6,60 (estabilidade), respectivamente. No levantamento por estados, o IPTL constatou que a maior média para o diesel comum em agosto foi registrada no Acre, de R$ 7,59, mesmo após uma redução de 0,26% ante julho. O Paraná aparece como o estado onde o motorista encontrou o diesel comum mais em conta em agosto: a R$ 5,97, mesmo após alta de 1,36% ante o mês anterior. Sergipe, por sua vez, apresentou a alta mais significativa do País para o diesel comum, de 4,06%, comercializando o combustível por R$ 6,41, em média. O combustível teve sua maior queda no mês registrada em Roraima, de 2,29%, sendo comercializado, em média, por R$ 7,24. Em relação ao diesel S-10, o maior preço médio registrado em agosto também foi o do Acre: R$ 7,55, após uma queda de 0,53% ante julho. Em Pernambuco, foi identificado o menor preço médio do mês: R$ 5,96, mesmo após aumento de 0,51% no valor do combustível no estado. No Paraná foi registrada a maior alta para o diesel S-10: de 1,86% (R$ 6,02). O Rio Grande do Norte foi a unidade federativa com a maior queda para o S-10 em agosto: de 0,81%, registrando preço médio de R$ 6,11. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log, com uma robusta estrutura de data science que consolida o comportamento de preços das transações nos postos, trazendo uma média precisa, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: mais de 1 milhão, com uma média de oito transações por segundo. A Edenred Ticket Log, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários. (Edenred Mobilidade)

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Petrobras quer colocar produtos com etanol no mercado 'em curto espaço de tempo', diz diretora

A diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, disse nesta quinta-feira (11) que a estatal deve colocar produtos com etanol no mercado eldquo;em um curto espaço de tempoerdquo;. Ao participar do Rio Pipeline, evento do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), a executiva voltou a defender o retorno da companhia ao etanol como uma das frentes de descarbonização. eldquo;Depois de um longo período de saída, nós resolvemos que o etanol é uma alternativa para a descarbonização das nossas atividades. Vamos usar esse etanol no biorrefino, na mistura com a gasolina e no biodiesel. Acreditamos que em um curto espaço de tempo teremos esses produtos colocados no mercadoerdquo;, afirmou. Clique aqui para continuar a leitura.

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Mercado mundial de petróleo terá maior oferta e excedente após aumento da Opep+, diz IEA

A oferta mundial de petróleo aumentará mais rapidamente do que o esperado este ano, à medida que os membros da Opep+ ampliarem ainda mais a produção e a oferta de fora do grupo crescer, disse a Agência Internacional de Energia (IEA) nesta quinta-feira, sinalizando ainda que um excedente poderia aumentar em 2026. A oferta crescerá 2,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2025, acima dos 2,5 milhões de bpd previstos anteriormente, informou a IEA em um relatório mensal, e em mais 2,1 milhões de bpd no próximo ano. A Opep+ está adicionando mais petróleo bruto ao mercado depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e outros aliados decidiram reverter sua segunda camada de cortes de produção mais rapidamente do que o programado anteriormente. A oferta extra aumentou a preocupação com um excedente e pesou sobre os preços do petróleo este ano. Na visão da IEA, a oferta está aumentando muito mais rápido do que a demanda, embora a agência tenha revisado para cima sua previsão de crescimento da demanda mundial este ano para 740.000 bpd, 60.000 bpd a mais do que a previsão anterior, citando entregas resilientes nas economias avançadas. "Os mercados de petróleo estão sendo puxados em diferentes direções por uma série de fatores, com o risco de perdas na oferta devido a novas sanções contra Rússia e Irã ocorrendo em um cenário de aumento na produção da Opep+ e da perspectiva de estoques cada vez mais inflados", disse a IEA no relatório. Os preços do petróleo ficaram estáveis após a publicação do relatório da agência, com o petróleo Brent sendo negociado um pouco abaixo de US$68 por barril. (Reuters)

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Petróleo fecha em queda com projeções de Opep e AIE

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (11), em ajuste após três sessões consecutivas de ganhos, apesar da persistência de tensões geopolíticas. Investidores digeriram o relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que manteve projeções para a produção global, e da AIE (Agência Internacional de Energia), que prevê superávit na oferta. Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o petróleo WTI para outubro fechou em queda de 2,04% (US$ 1,30), a US$ 62,37 o barril. Já o Brent para novembro, negociado na ICE (Intercontinental Exchange), recuou 1,65% (US$ 1,12), a US$ 66,37 o barril. A Opep reafirmou sua previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, em 1,3 milhão de bpd (barris por dia). Se confirmada a projeção, o consumo global somaria 105,14 milhões de bpd em 2025, segundo relatório mensal divulgado nesta quinta. Já segundo a segundo a AIE, os mercados globais de petróleo deverão apresentar superávit ainda maior do que se calculava anteriormente em 2025, à medida que a oferta segue avançando em ritmo bem mais rápido do que a demanda. Os futuros da commodity estão agora sob pressão devido às preocupações com o enfraquecimento da demanda nos EUA, bem como os temores de um excedente global iminente, afirmam os analistas da corretora de petróleo PVM. "O aumento das tensões geopolíticas em regiões produtoras de petróleo, como o Oriente Médio ou a Rússia, tende a elevar os preços devido ao receio de que o abastecimento possa ser interrompido. No entanto, quando a interrupção não se concretiza, as posições de hedge são encerradas e os preços normalmente recuam para os níveis anteriores", acrescentam. O mercado permanece atento também aos últimos comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre possíveis medidas punitivas contra a Rússia, enquanto a UE prometeu aumentar as sanções após drones russos terem entrado no espaço aéreo polonês, diz o MUFG. *Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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Petróleo sobe mais de US$1 após aumento de tensões globais

Os preços do petróleo fecharam com alta de mais de US$1 por barril nesta quarta-feira, com temores sobre possíveis interrupções na oferta, depois que a Polônia derrubou drones em seu espaço aéreo e os Estados Unidos pressionaram por novas sanções sobre os compradores de petróleo russo. O cenário ocorre ainda um dia após um ataque israelense no Catar. Entretanto, um relatório que mostrou aumento da oferta dos EUA limitou os ganhos. Os contratos futuros do petróleo Brent subiram US$1,10, ou 1,7%, para fechar a US$67,49 por barril. Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiram US$1,04, ou 1,7%, para fechar a US$63,67 por barril. As tensões geopolíticas aumentaram quando a Polônia abateu drones que sobrevoavam seu espaço aéreo durante um ataque russo generalizado no oeste da Ucrânia, os primeiros tiros de um membro da Otan na guerra Rússia-Ucrânia. Na terça-feira, os preços subiram 0,6% depois que Israel disse que havia atacado a liderança do grupo militante palestino Hamas em Doha. Ambos os contratos de referência subiram quase 2% logo após o ataque e, em seguida, devolveram a maior parte desses ganhos. Ainda assim, não houve ameaça imediata de interrupção no fornecimento de petróleo. "A nuvem negra do excedente à frente está (...) pairando sobre o mercado, com o Brent sendo negociado dois dólares abaixo da última terça-feira. Os prêmios de risco geopolítico do petróleo raramente duram muito, a menos que ocorra uma interrupção real no fornecimento", disseram os analistas do SEB. O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à União Europeia que imponha tarifas de 100% sobre a China e a Índia - grandes compradores de petróleo russo - como uma estratégia para pressionar Moscou a entrar em negociações de paz com a Ucrânia, segundo fontes. Com as autoridades da UE em Washington para discutir as sanções contra a Rússia, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta quarta-feira que o bloco estava considerando uma eliminação mais rápida dos combustíveis fósseis russos como parte das novas medidas destinadas a Moscou. É muito improvável que o bloco de 27 membros imponha tarifas paralisantes sobre a Índia ou a China, disseram fontes da UE.

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