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Sistema do BC para evitar fraudes em contas pode incluir Pix e cartões

O sistema criado pelo Banco Central para evitar fraudes na abertura de contas correntes poderá incluir, no futuro, outros produtos que também são alvos de criminosos, como as chaves Pix, concessões de empréstimos e cartões de crédito e débito. A plataforma, que entrará em vigor em 1.º de dezembro, permitirá que os cidadãos comuniquem às instituições financeiras, de forma preventiva e antecipada, que não desejam a criação de produtos em seu nome. Dessa forma, essas instituições serão obrigadas a fazer uma consulta prévia a esse sistema, dificultando a aplicação de golpes. De início, o sistema começará com as contas correntes, explica ao Estadão Izabela Correa, diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, mas outros serviços serão monitorados pela instituição para serem incluídos posteriormente. eldquo;A gente tem visto um descontentamento grande em relação a fraudes e golpes. A gente vê o sistema financeiro buscando soluções, mas entendemos que essa plataforma será um instrumento a mais, permitindo que o cidadão informe, previamente, que não tem intenção de adquirir determinado produtoerdquo;, afirmou Izabela. eldquo;Vamos começar com as contas correntes, mas depois deve ser ampliado para outros serviços.erdquo; De início, esse sistema vai bloquear a criação de contas de depósito à vista, de poupança ou de pagamento pré-pago. Izabela explica que, a partir da criação da ferramenta, haverá um acompanhamento para avaliar a necessidade de inclusão de outros produtos. eldquo;Cartão de crédito e operação de crédito são assuntos de que os cidadãos nos trazem as reclamações. Em algum momento alguém pode dizer que não quer mais chave Pix. Mas temos de acompanhar o processo para ver se será necessário. Essa questão de golpes e fraudes incomoda a todos.erdquo; Ela diz que as contas correntes foram motivo de 130 mil reclamações na instituição em 2024. eldquo;No ano passado, tivemos 770 mil reclamações registradas no BC, e 130 mil foram relacionadas a contas correntes, de forma geral, não necessariamente golpes e fraudes e abertura de contas. Mas foi uma referência de que poderíamos começar por esse produto.erdquo; MULTAS. Caso haja a abertura de uma conta corrente, mesmo após a comunicação prévia, o cliente poderá abrir uma reclamação no Banco Central e procurar órgãos de defesa do consumidor e o Poder Judiciário. A partir desse registro, a área de supervisão do BC poderá adotar medidas administrativas contra as instituições financeiras, como aplicação de advertências e multas. eldquo;O cidadão poderá abrir uma reclamação, na ouvidoria do próprio banco e também no Banco Central, e isso passará a orientar a nossa supervisão, que já tem as ferramentas adequadas para uma série de regulamentos nossoserdquo;, disse. Até o fim de junho, o Banco Central deve criar também uma área eldquo;logadaerdquo; dentro da seção Meu BC, no site do banco. A ideia é que o cidadão possa entrar uma única vez no site e eldquo;Essa questão de golpes e fraudes incomoda a todoserdquo; Izabela Correa Diretora do BC ter acesso a vários produtos oferecidos pelo banco, como o Registrato, que permite a consulta a empréstimos, aberturas de contas e chaves Pix criadas em seu nome, e também ao Sistema de Valores a Receber (SVR), que devolve aos clientes dinheiro esquecido em bancos. Desde maio, o BC já possibilita a solicitação automática no SVR. Dessa forma, com um único cadastro, o dinheiro é transferido sem a necessidade de consultas periódicas ao sistema. ebull;

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Fronteira do etanol é ampliada com novas usinas em quatro municípios do Sul

Santa Catarina e o Rio Grande do Sul produzem juntos cerca de 40 milhões de toneladas de grãos e cereais. Como alternativa de destinação à parte desse volume, estão em andamento quatro usinas de produção de etanol. Em território catarinense, a planta será instalada no município de Campos Novos. Já do lado gaúcho, Passo Fundo e Cruz Alta devem abrigar os empreendimentos em breve, mas é em Santiago, oeste do estado, que o primeiro polo, da CB BioEnergia, será inaugurado, com término previsto para setembro deste ano. Com isso, deve ser a primeira usina de trigo do país. O investimento no local é estimado em R$ 100 milhões e a expectativa é que produza cerca de 12 milhões de litros de etanol por ano, além de subprodutos como DDGS para alimentação animal e gás para bebidas. eldquo;A ideia é processar toda a matéria-prima produzida aqui. Não será trazida de outros estados, regiões ou países. Jamais vamos utilizar o que é destinado a alimentação humana porque o trigo que é processado é aquele de baixa qualidade que muitas vezes é exportado para outros países como nutrição animalerdquo;, diz o diretor da companhia, Tiago Gorski Lacerda. Usinas bilionárias Já em Passo Fundo, norte do Rio Grande do Sul, a obra da usina foi lançada em abril. A planta tem investimento superior a R$ 1 bilhão e deve suprir 23% da demanda de biocombustíveis do estado. Além de etanol, será a primeira do Brasil a produzir glúten vital endash; proteína extraída da farinha de trigo para melhoria da qualidade da panificação endash; com capacidade para atender ao mercado nacional e ao Mercosul. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, reitera os planos de crescimento estadual por meio do agro. eldquo;A gente deseja fazer a partir dessa politica do pró-etanol e também de incentivos ao biodiesel com que o estado possa crescer muito nessa produção dos biocombustíveis e, assim, gerar mais renda a partir do nosso agronegócio porque estamos falando também da nossa produção primária do milho, do trigo, da soja e de outros.erdquo; Já no noroeste gaúcho, Cruz Alta deve ganhar uma indústria com capacidade de processamento de um milhão de toneladas de soja por ano, com início de operação previsto para 2027. Além de óleo de cozinha, a indústria também vai processar biodiesel, farelo, glicerina e casca de soja. Em Santa Catarina, Campos Novos é a região que mais produz grãos no estado e também tem uma indústria de biocombustível já em construção. A matéria-prima principal será o milho, mas também poderá processar trigo. A capacidade de produção é de 3,7 milhões de litros de etanol hidratado e 32 milhões de litros de etanol anidro por ano. A unidade será administrada pela Copercampos. O gerente industrial da empresa, Nelson Cruz, ressalta que a previsão de início de funcionamento é maio de 2026. Com as adversidades climáticas das últimas safras, que vitimou, principalmente, produtores gaúchos, parte significativa da produção de milho e trigo não atingiu qualidade de exportação ou consumo humano e foi direcionada para a produção de ração. Agora, esses produtos, como o trigo que não atende padrões de panificação, podem ser destinados para a produção de etanol. Com isso, os dois estados esperam aumentar áreas de plantio para as duas culturas, número que vem caindo nos últimos ciclos. O setor entende que não haverá falta de grãos para alimentação humana ou animal, mas, sim, novas opções de renda ao produtor. eldquo;O produtor não ficará vulnerável a só um mercado, num determinado momento. Uma indústria como essa estimula a pesquisa, traz tecnologia, liquidez e segurança para quem produz de tal forma que estimula a produzir mais milho, às vezes até no lugar da soja. Isso é uma coisa que pode, a médio prazo, ser muito boa para estados como Santa Catarina e Rio Grande do Sulerdquo;, diz o presidente da Abramilho, Paulo Bertolni.

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Governo de Goiás desarticula esquema de sonegação com notas falsas de combustíveis

O Governo de Goiás, por meio da Receita Estadual e da Polícia Civil, deflagrou, nesta terça-feira (10/6), a Operação No Fuel, que desmontou um esquema de emissão e compra de R$ 45 milhões em notas fiscais falsas de venda de combustíveis. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão em residências e três empresas, em Goiânia e Nerópolis. O trabalho de investigação envolveu a Delegacia Regional de Fiscalização (DRF) de Goiânia, ligada à Secretaria da Economia, e a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT). A investigação começou após a denúncia do posto, alegando que funcionários de confiança teriam emitido notas falsas de venda de combustíveis, que não existiram. Conforme a apuração, os empregados recebiam comissões pagas por pessoas associadas às transportadoras, que eram destinatárias dos documentos emitidos ao longo de três anos. Os dois presos são um empresário ligado a uma transportadora e um ex-funcionário de posto de combustível. Conforme explicou o titular da DRF de Goiânia, auditor fiscal Ricardo Lucena, o objetivo da aquisição das notas falsas seria camuflar a despesa para diminuir o lucro e, consequentemente, o ICMS a ser pago pela empresa. eldquo;Trata-se de concorrência desleal, porque assim conseguem oferecer um menor preço do frete. Como a empresa paga menos imposto, acaba repassando parte desse valor que não pagou ao contratanteerdquo;, explicou Ricardo Lucena. O Fisco Estadual agora vai apurar quanto do montante de R$ 45 milhões foi realmente utilizado na fraude para, na sequência, calcular o imposto devido e a multa, que pode chegar a 100% do valor sonegado. A investigação aponta o envolvimento de pelo menos dez transportadoras, com matrizes ou filiais em Goiânia, Nerópolis, Trindade, Aparecida de Goiânia, Rio Verde e unidades também no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Pará, entre outros, que podem ter usado os documentos falsos para sonegação e para outros crimes. Segundo o delegado adjunto da DOT, Bruno Silva, os funcionários do posto foram cooptados por donos e funcionários das transportadoras que recebiam as notas falsas. Uma delas, com filial em Nerópolis, foi destinatária de R$ 34 milhões em notas fiscais. eldquo;A primeira etapa da operação foi concentrada nessa empresa, mas há nove outras transportadoras, então podemos ter diligências futuras para apurar outros envolvidos e também verificar como as empresas se beneficiaram dessas notas fiscais falsaserdquo;, pontuou. Os indiciados podem responder por associação criminosa, falsidades ideológicas, uso de documentos falsos, crimes contra a ordem tributária e procedimentos fiscais para recuperação de valores sonegados.

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Venda de veículos elétricos cresce 22,3% em um ano, aponta ABVE

O mercado de veículos eletrificados no Brasil cresceu 22,3% em maio de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024, apontou a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Ao todo, foram 16.641 unidades vendidas no mês. Em relação a abril deste ano, o aumento foi de 12,7%. Os eletrificados representaram 7,76% de todos os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no país em maio. No acumulado do ano, cerca de 71,3 mil unidades de veículos elétricos foram vendidos no país, aumento de 19,5% com relação ao mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 59,7 mil. Recorde de vendas de veículos com bateria elétrica O mês registrou recorde de venda de veículos com bateria elétrica (BEV), com um total de 6,9 mil unidades comercializadas, aumento de 48,2% em relação a abril (4,7 mil), e de 34,7% em relação a maio do ano passado (5,2 mil). Já os veículos plug-ins, que incluem os BEV e os híbridos plug-in (PHEV), representam 87% do total de veículos eletrificados vendidos no Brasil, com 14,5 mil unidades. Em maio de 2024, eles eram 47% das vendas. Os BEV representaram 47,9% das vendas, e os PHEV, 52,1%. Segundo a ABVE, o crescimento das vendas foi impulsionado pela expansão do portfólio de modelos, a entrada de novos fabricantes, os ganhos de escala e a ampliação da infraestrutura de recarga no país. Paralelamente, os veículos híbridos convencionais mostraram uma tendência de queda, de acordo com a associação. As vendas de híbrido não plug-in (HEV) caíram 17% quando comparadas a maio de 2024. Já os veículos híbridos com motor flex (HEV Flex) registraram queda de 53,1%. Queda de 73% no emplacamento de ônibus elétricos De abril para maio, houve queda de 73% no emplacamento de ônibus elétricos no Brasil, com o número de unidades vendidas indo de 79 para 24. Entretanto, em comparação a maio de 2024, houve um crescimento de 167%. Neste ano, 272 unidades de ônibus elétricos foram vendidas no Brasil, crescimento de 130% com relação ao mesmo período de 2024.

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Preços do petróleo saltam 4% com tensão no Oriente Médio

Os preços do petróleo subiram mais de 4% nesta quarta-feira (11), atingindo o valor mais alto em mais de dois meses, depois que fontes disseram que os Estados Unidos estavam se preparando para desocupar sua embaixada no Iraque devido ao aumento das preocupações com a segurança no Oriente Médio. Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de US$ 2,90, ou 4,34%, para US$ 69,77 por barril. O petróleo West Texas Intermediate ganhou US$ 3,17, ou 4,88%, para US$ 68,15. Tanto o Brent quanto o WTI atingiram os valores mais altos desde o início de abril. Comerciantes surpresos compraram futuros do petróleo com relatos de que os EUA estavam se preparando para evacuar sua embaixada no Iraque, o segundo maior produtor de petróleo da Opep, depois da Arábia Saudita. "O mercado não estava esperando esse grande risco geopolítico", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. Mais cedo, o ministro da Defesa do Irã, Aziz Nasirzadeh, disse que Teerã atacará as bases dos EUA na região se as negociações nucleares fracassarem e surgirem conflitos com Washington. Trump disse que estava menos confiante de que o Irã concordaria em interromper o enriquecimento de urânio em um acordo nuclear com Washington, de acordo com uma entrevista divulgada na quarta-feira. A tensão contínua com o Irã significa que seus suprimentos de petróleo provavelmente continuarão limitados pelas sanções. Os suprimentos ainda aumentarão, uma vez que a Opep+ planeja aumentar a produção de petróleo em 411.000 barris por dia em julho, buscando desfazer os cortes de produção pelo quarto mês consecutivo. (Reuters)

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MME quer restringir 'chicana' que permite geração a diesel em leilão de segurança energéti

O Ministério de Minas e Energia (MME) disse que pretende estabelecer medidas para restringir uma eldquo;chicanaerdquo; que permitiria uso de diesel na geração de energia de usinas movidas a biodiesel que vencerem o leilão de reserva de capacidade, voltado para segurança energética. O leilão seria realizado em junho, mas foi cancelado por causa de ações judiciais contra a regra do certame. O edital veda a compra de usinas a diesel. Um dos pontos considerados controversos por agentes do setor é a possibilidade do leilão permitir a contratação de usinas 100% movidas a biodiesel. O problema é que essas usinas podem operar com diesel fóssil sem necessidade de adaptações. Como o biodiesel absorve muita água e degrada rapidamente, há possibilidade do empreendedor oferecer o uso do diesel fóssil quando for chamado para gerar energia pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que é contra a regra do leilão. Clique aqui para continuar a leitura.

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