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Setor privado critica MP, diz que Fazenda aumenta imposto e pede 'reação e firmeza' do Congresso

Em carta aberta, nove entidades do setor produtivo e do setor financeiro pediram ao Congresso Nacional que tenha eldquo;firmezaerdquo; com a Medida Provisória (MP) enviada pelo Ministério da Fazenda que aumenta impostos para compensar o recuo parcial com o Imposto de Operações Financeiras (IOF). Segundo a nota, as medidas do Ministério da Fazenda têm objetivos eldquo;arrecadatórioserdquo; e buscam eldquo;soluções imediatistaserdquo;, em vez de cortar gastos para tentar reequilibrar as contas públicas. eldquo;A nova Medida Provisória é mais um triste capítulo da postura recorrente de se optar por soluções imediatistas em vez de enfrentar o verdadeiro desafio estrutural do país: o controle dos gastos públicos.erdquo; Nesta quinta-feira, 12, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que o colégio de líderes da Casa decidiu pautar na segunda-feira a urgência do projeto que derruba os efeitos do decreto do governo que trata do IOF. Na carta, as entidades pedem a eldquo;mesma firmezaerdquo; com a MP. eldquo;Confiamos que, ao analisar essa Medida Provisória (MP), o Congresso Nacional tenha a mesma responsabilidade e firmeza que demonstrou ao reagir ao decreto do IOF. O governo precisa atuar com previsibilidade e senso de responsabilidade para estimular nossa economia e não prejudicar o Paíserdquo;, diz o texto. As entidades também afirmam que o governo eldquo;não compreendeuerdquo; que não há mais espaço para improvisos na economia, e que a própria Fazenda admitiu que receberá dividendos de estatais e recursos do setor de petróleo para recompor receitas. eldquo;Importante destacar que o novo decreto do IOF continua, lamentavelmente, onerando e prejudicando as empresas. Ainda assim, o governo afirma que, para cumprir a meta deste ano, conta com dividendos extraordinários das estatais e com o PL do óleo do perímetro adjacente licitado emdash; o que só reforça que o decreto era e continua sendo sem sentido", dizem. Assinam o documento a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin), Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Confederação Nacional do Comércio (CNC), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Confederação Nacional de Seguros (CNseg), Confederação Nacional do Transporte (CNT).

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Petróleo fecha com leve queda após avanço de 4% na sessão anterior

Os preços do petróleo ficaram ligeiramente mais baixos nesta quinta-feira, após comerciantes realizarem lucros a partir de uma alta de 4% na sessão anterior, diante de preocupações de que o agravamento das tensões no Oriente Médio poderia causar interrupções na oferta. Os preços futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 0,6%, a US$69,36 por barril. O petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos (WTI) fechou em queda de 0,2%, a US$67,97 por barril. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que um ataque israelense ao Irã eldquo;poderia muito bem acontecererdquo;, mas acrescentou que não o consideraria iminente e que prefere evitar conflitos. Os EUA haviam decidido anteriormente retirar seu pessoal do Oriente Médio, fazendo com que ambos os índices de referência do petróleo subissem mais de 4%, atingindo o valor mais alto desde o início de abril na quarta-feira. O aumento colocou o mercado em território de sobrecompra com base em vários indicadores técnicos, portanto, é provável que haja uma breve correção, disse Alex Hodes, analista da StoneX Energy. Autoridades dos EUA e do Irã programaram realizar uma sexta rodada de negociações sobre o programa de enriquecimento de urânio de Teerã em Omã no domingo, de acordo com autoridades de ambos os países e seus mediadores de Omã. Trump ameaçou várias vezes atacar o Irã se as negociações nucleares não chegarem a um acordo. Teerã, que afirma que sua atividade nuclear é para fins pacíficos, disse que retaliaria os ataques atingindo as bases dos EUA na região. O aumento das tensões na região deixou os comerciantes de petróleo preocupados com possíveis interrupções na oferta. (Reuters)

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StoneX mantém projeção de aumento de 5,9% na demanda de biodiesel no Brasil em 2025

A demanda de biodiesel no Brasil em 2025 foi estimada nesta quinta-feira em 9,6 bilhões de litros, o que representa um aumento de 5,9% frente ao total registrado no ano passado, de acordo com relatório da consultoria StoneX, que vê agora o consumo do biocombustível um pouco mais alinhado com o do diesel. A projeção não sofreu alteração em relação à estimativa anterior. O crescimento na demanda foi impulsionado no início do ano, quando a base de comparação era mais fraca, dado que a mistura atual de 14% de biodiesel no diesel passou a valer em março do ano passado. Em janeiro e fevereiro de 2024, o Brasil misturou 12% do biocombustível no combustível fóssil. Em março, primeiro mês com base de comparação equivalente ano a ano da mistura, as vendas de biodiesel somaram 773 milhões de litros, alta de 6,9% frente ao mesmo mês de 2024. Mas em abril atingiram 768 milhões de litros, queda de 3,9%, segundo relatório da StoneX. A redução da demanda em abril se deu após uma frustração do setor produtivo, que esperava um aumento de 15% na mistura em 2025. As indicações são de que esse aumento da mistura este ano não deve mais ocorrer, conforme sinalizou em relatório nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao revisar para baixo a previsão de processamento de soja, principal matéria-prima do biodiesel. No início do ano, o governo decidiu manter a mistura em 14%, citando preocupações inflacionárias. A StoneX destacou que nos últimos anos os aumentos da mistura obrigatória levaram a saltos expressivos na demanda por biodiesel. Mas, com a manutenção da mistura na mesma proporção registrada na maior parte de 2024, "espera-se que o desempenho da demanda caminhe em ritmo mais alinhado ao do diesel B (o produto vendido nos postos, com a mistura)", afirmou a StoneX. Isso significará uma demanda de óleo de soja para produção de biodiesel em 2025 de 7,8 milhões de toneladas, versus 7,2 milhões em 2024 e apenas 5,8 milhões de toneladas em 2023, quando a mistura era menor. O total de soja processada para atender demanda de soja foi estimada em 39,2 milhões de toneladas, versus 36 milhões em 2024. A Conab revisou nesta quinta-feira o processamento total do país em 903 mil toneladas, para 56,15 milhões de toneladas, volume que atende também demanda para a produção de óleo de cozinha e as exportações brasileiras. DIESEL B Em relatório separado divulgado nesta quinta-feira, a StoneX manteve em sua quinta revisão anual a projeção de crescimento de 3% no consumo de diesel B em 2025, estimando um total de 69,3 bilhões de litros. Em abril, as vendas de diesel B no Brasil registraram recuo de 4,0% em relação a março e queda de 3,6% frente a abril de 2024, em meio ao fim do processo da colheita da soja, cujas atividades, incluindo o escoamento, consomem o combustível. Para os próximos meses, o aumento sazonal das importações de fertilizantes e o início da colheita do milho segunda safra no Brasil são os principais fatores que devem guiar o crescimento da demanda por diesel B no país. "Diante deste cenário, as expectativas giram em torno de um consumo aquecido do combustível para o segundo e terceiro trimestres do ano", projetou o analista de Inteligência de Mercado, Bruno Cordeiro Santos, em nota. (Reuters)

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Governo publica conjunto de medidas alternativas ao IOF; veja mudanças

O governo federal publicou, na noite desta quarta-feira (11), um conjunto de medidas relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), via decreto e Medida Provisória, voltado para recalibrar o imposto e aumentar a arrecadação. De acordo com o Ministério da Fazenda, as medidas foram acertadas entre o ministro Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de lideranças das Casas Legislativas. >> Veja abaixo algumas das medidas: Fim da alíquota fixa do risco sacado. Fica apenas a diária, de 0,0082%, o que significa redução de 80% na tributação. VGBL: até 31 de dezembro de 2025, o IOF nos aportes passa a incidir somente sobre o valor que exceder R$ 300 mil. Neste ano, fica flexibilizada a exigência de verificação global dos aportes em diferentes entidades, para evitar problemas operacionais nas entidades seguradoras. A partir de 1º de janeiro do ano que vem, o IOF nos aportes em VGBL passa a incidir sobre o valor que exceder R$ 600 mil. As contribuições patronais passam a ser isentas de IOF. Alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre LCA, LCI, CRI, CRA e debêntures incentivadas, antes isentos. Alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos de aplicações. Não há mudança para caderneta de poupança. Tributação sobre o faturamento das bets será elevada de 12% para 18%. Não há mudança para os prêmios pagos ao apostador e para o imposto de renda e a CSLL cobrada da empresa. Inserção do programa Pé-de-Meia no piso constitucional da educação, mudança nas regras do Atestmed (serviço digital do INSS para solicitação de benefícios por incapacidade temporária), sujeição à dotação orçamentária da compensação financeira entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes de previdência dos servidores públicos e, em relação ao Seguro Defeso, ajustes nos critérios de acesso e sujeição à dotação orçamentária >> Acesse aqui o Decreto 12.499 >> Acesse aqui a Medida Provisória 1.303 O governo anunciou, no final de maio, um bloqueio e um contingenciamento de cerca de R$ 30 bilhões para atingir a meta definida pela lei do arcabouço fiscal. Além disso, foi editado decreto com alta do IOF que previa arrecadar mais R$ 20 bilhões neste ano. A medida sofreu resistência do mercado financeiro e do Congresso Nacional, o que levou o governo a negociar uma MP alternativa ao decreto do IOF. Sem essa alternativa, o governo teria que contingenciar mais gastos federais neste ano, o que impactaria ainda mais o funcionamento da máquina pública, atingindo as emendas parlamentares dos deputados e senadores.

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Tarifa de gás vira impasse em leilão de capacidade

Uma disputa sobre quem deve pagar pelo transporte do gás natural para usinas termelétricas gerou novo impasse em meio à urgência da realização do leilão de segurança energética (reserva de capacidade), considerado essencial para garantir o suprimento de energia elétrica, principalmente nos horários de maior consumo. O embate gira em torno de quem deve arcar com os custos da infraestrutura dos gasodutos: o gerador que contrata o serviço das empresas que operam essa malha ou todos os consumidores, via um novo encargo de energia. O modelo atual do leilão exige que as usinas incluam nas propostas o custo do transporte de gás, o que acaba pesando sobre termelétricas conectadas à malha, que já enfrentam tarifas consideradas elevadas. As companhias que operam os gasodutos - representadas pela ATGás - defendem o modelo chamado de eldquo;pass througherdquo;, que propõe excluir esse custo dos contratos das térmicas e repassá-lo aos consumidores. A proposta, apresentada ao Ministério de Minas e Energia (MME), permitiria diluir o custo da malha na conta de luz. O custo da malha é fixo, e cerca de 40% do total é bancado pelo setor elétrico por meio das térmicas, que pagam tanto pelo uso quanto pela disponibilidade do ativo. As transportadoras alegam que, sem o repasse, a infraestrutura pode ficar subutilizada, com aumento de tarifas para os poucos que permanecem conectados à rede.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Cade retira de pauta caso Ultragaz/Supergasbrás Energia para análise de ajustes para aprovação

A retirada da pauta do Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da análise da parceria entre a Ultragaz e a Supergasbrás Energia para a construção e operação de terminal no Porto de Pecém (CE) ocorreu para verificar a adequação dos remédios (ajustes necessários para aprovação) que foram apresentados pelas empresas, segundo o Valor apurou. Estariam sendo discutidas medidas para mitigar a possibilidade de fechamento de mercado e garantir a entrada de GLP dos concorrentes no Estado do Ceará, tendo em vista a exclusividade do terminal de Pecém, associada ao fechamento do terminal de Mucuripe, segundo o Valor apurou. Na sessão desta quarta-feira (11), o relator, conselheiro Gustavo Augusto, pediu a retirada para eldquo;diligênciaserdquo;. A área técnica do Cade havia aprovado a operação em abril, considerando que há efetiva rivalidade entre as empresas, sem incentivos ao fechamento de mercado, mas o caso chegou para análise por parte do Tribunal. A Queiroz Participações consta no processo como terceira interessada. Segundo parecer da área técnica, a operação viabiliza a entrada de um novo agente no mercado de serviços portuários de movimentação e armazenamento de GLP, agregando infraestrutura que permite importação e cabotagem de GLP aos agentes distribuidores de GLP e não só às duas empresas líderes.Para ler esta notícia, clique aqui.

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