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Postos cativam clientes com benefícios pós-abastecimento

Na disputa pelos clientes, redes de postos de combustíveis apostam em soluções online para personalizar o atendimento e em programas de finalidade para cada perfil de cliente. As duas bandeiras preferidas por paulistanos, segundo levantamento do Datafolha, dizem adotar estratégias de marketing com foco na inovação e atribuem o sucesso das marcas à qualidade de produtos e à comunicação com clientes. Ipiranga e Shell foram citadas, cada uma, de forma espontânea, por 28% dos entrevistados. Na avaliação de Marcelo Paganini de Toledo, professor de marketing do curso de administração da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), a relação entre postos e consumidores ainda é distante e pouco explorada pelo setor. "Como as pessoas costumam abastecer perto de casa, os postos podem se beneficiar ao investir em programas de relacionamento e acompanhar o ciclo de vida do veículo, oferecendo serviços personalizados e relevantes", afirma. A Shell está de olho nisso. "Queremos criar um ecossistema de parcerias", diz Ricardo Berni, diretor executivo de marketing da Raízen, empresa licenciada responsável pelos postos e pela distribuição de combustíveis da marca. "O cliente abastece na Shell, acumula pontos e usa em redes parceiras, como farmácias e supermercados. Com inteligência artificial conseguimos identificar quais parcerias fazem mais sentido para cada tipo de cliente", afirma. O crescimento dos serviços online é uma prioridade estratégica, explica Berni. Atualmente, 35% dos consumidores utilizam o aplicativo da empresa. O executivo aponta um crescimento anual de 15% na adesão aos serviços online e projeta uma expansão contínua em 2025. A solução digital da rede Ipiranga também foca em melhorar a experiência do cliente por meio de benefícios personalizados. Além disso, a marca visa otimizar a operação nos postos por meio da automação de pagamentos através do aplicativo. "Nosso aplicativo permite abastecer, acumular pontos e usar os créditos com descontos na loja de conveniência. Com o programa de fidelidade, o cliente ganha 2 pontos por real abastecido no posto favorito e 1 ponto nos demais, acumulando benefícios de forma prática e rápida." afirma Júlio Sattamini, vice-presidente de Marketing e Desenvolvimento de Negócios. De acordo com José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo), o setor cresceu 4% em 2024. No entanto, a fiscalização ainda é o principal desafio, e a confiança do consumidor se torna um fator decisivo na competitividade das empresas. Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), cada uma das duas bandeiras tem cerca de 400 postos na cidade de São Paulo. O preço final do combustível é definido diretamente pelos revendedores e pode variar conforme a região. IPIRANGA 28% é o total de menções da marca 11 é o número de vitórias na categoria "Com o programa de fidelidade, o cliente acumula benefícios de forma prática e rápida" - Júlio Sattamini, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Ipiranga. SHELL 28% é o total de menções da marca 4 é o número de vitórias na categoria "O crescimento dos serviços online é uma prioridade estratégica" - Ricardo Berni, diretor executivo de marketing da Raízen.

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TBG lança projeto para incentivar biometano em rede de transporte

A TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil) anunciou um projeto para incentivar a injeção de biometano na rede de transporte. A iniciativa vem em meio à chamada pública de biometano da Petrobras e um modelo de contrato de conexão para biometano já foi apresentado para aprovação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Pelo projeto, a construção das infraestruturas poderá ocorrer de forma modulada, acompanhando a demanda do mercado. O biometano poderá chegar por meio de duto dedicado ou por modal rodoviário na forma de gás natural comprimido (GNC) ou gás natural liquefeito (GNL). "O tamanho do projeto irá depender da demanda de mercado, de análises internas da TBG e da interlocução com o órgão regulador", diz a transportadora. TBG e a injeção de biometano De acordo com o diretor comercial da TBG, Jorge Hijjar, a ideia é que a transportadora seja um agregador de biometano a partir da criação de hubs que ajudem a viabilizar a conexão de produtores que, isoladamente, não teriam escala suficiente para se conectarem ao transporte. A transportadora também destaca que seu gasoduto está localizado em região de forte produção agrícola, que origina os insumos para produção do biometano. Segundo a TBG, após o anúncio da chamada pública de biometano da Petrobras, diversos produtores procuraram a transportadora interessados na conexão à rede. O potencial mapeado é de 3 milhões de m³ por dia, produzidos por usinas localizadas nos cinco estados do traçado do Gasbol (Gasoduto Brasil-Bolívia), com destaque para São Paulo e Mato Grosso do Sul. "A confirmação deste volume servirá de insumo na idealização dos hubs", diz a TBG. Oportunidades e ampliação de negócios A conexão com o sistema de transporte de gás natural poderá permitir que os produtores de biometano tenham acesso a consumidores ao longo de toda a malha de gasodutos. "Assim, há uma ampliação no leque de oportunidades de negócio, sobretudo no contexto da Lei do Combustível do Futuro, que define o incremento de 1% de biometano nas operações de gás natural por produtores e importadores a partir de 2026, com gradual aumento, até chegar aos 10%", afirma a TBG. (MegaWhat)

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Petrobras se reúne com investidores na China em busca de parceria na indústria naval

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reuniu-se na China com empresários, investidores e representantes do governo chinês na segunda-feira (28), para apresentar e propor novas parcerias na indústria naval, informou a companhia em comunicado nesta terça-feira (29). "Nós estamos aqui para propor a ampliação da parceria do Brasil e China no investimento em petróleo e gás. Entendemos que há oportunidades para empresas chinesas atuarem em parceria com os estaleiros brasileiros e acreditamos que o incremento da nossa cooperação trará benefícios para os países", disse Chambriard, segundo comunicado da estatal. Na reunião, que contou ainda com a participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa, a Petrobras apresentou um panorama de suas atividades, especialmente na indústria naval, e destacou o potencial para ampliação dos estaleiros no Brasil. A executiva também convidou investidores chineses para visitarem os estaleiros brasileiros. Já o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, reforçou o movimento de retomada da construção de navios para a indústria de petróleo no Brasil, em linha com os planos do governo Luiz Inácio Lula da Silva, de estimular um setor que é grande gerador de empregos. "Nós pretendemos contratar 25 navios até 2030. Temos estaleiros ociosos no Brasil e seria importante construirmos novas parcerias comerciais e tecnológicas", disse Bacci, que também participou da reunião. (Reuters)

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Petróleo fecha em forte queda com receio sobre efeitos da guerra comercial na demanda

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta terça-feira (29) em forte queda, ampliando as perdas acumuladas na semana para mais de 5%, em meio à valorização do dólar e ao aumento das preocupações dos investidores com os efeitos de uma guerra comercial prolongada entre Estados Unidos e China sobre a demanda global. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho caiu 2,63% (US$ 1,63), fechando a US$ 60,42 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,33% (US$ 1,51), para US$ 63,28 o barril. O petróleo caminha para encerrar o mês com uma desvalorização da ordem de 15% endash; maior recuo mensal desde 2021 endash; diante do temor de que as tensões comerciais possam levar a economia global à recessão. A queda de confiança do consumidor americano, segundo dados divulgados hoje pelo Conference Board, reforçou essa percepção. eldquo;O status quo está jogando contra o petróleo agora, já que as tarifas já impostas e o grau de incerteza estão corroendo a confiança dos investidores e, portanto, pressionando os contratos futuroserdquo;, diz Alex Kuptsikevich, analista sênior de mercado da FxPro. eldquo;Sem um avanço nas negociações tarifárias, há uma chance maior de que o petróleo continue caindo, e a última recuperação só vai aguçar o apetite dos bears que apostam na queda dos preçoserdquo;, afirma Kuptsikevich. Observadores do mercado também temem que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) acelere os aumentos de produção pelo segundo mês consecutivo em junho, afetando ainda mais o sentimento do mercado. Vários analistas veem a recente alta nas importações chinesas mais como um movimento de estocagem diante da guerra comercial com os EUA do que como um sinal de fortalecimento da demanda. Além disso, aumentam as expectativas de um retorno do petróleo iraniano ao mercado global, em meio a avanços nas negociações nucleares e ao anúncio de uma trégua temporária na guerra da Ucrânia, prevista para começar em 8 de maio. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Alexandre Silveira se aproxima de Lula e reata com Pacheco para tentar se manter no cargo

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, intensificou nas últimas semanas o trabalho para permanecer no cargo. Desgastado com senadores liderados por Davi Alcolumbre (União-AP) e com adversários que conquistou no meio empresarial, Silveira aposta na relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tenta reconstruir pontes com antigos aliados no meio político. Desde que a reforma ministerial na segunda metade do governo Lula entrou no radar, a troca de Silveira é especulada. A razão é o descontentamento declarado do consórcio político que patrocinou o seu nome para o Ministério de Minas e Energia, notadamente Alcolumbre, inconformado por ter sido ignorado em pedidos por cargos no governo. Procurados, Silveira e o presidente do Senado não quiseram se manifestar. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República também não comentou. Pessoas próximas a Alcolumbre afirmam que a pressão pela retirada de Silveira do cargo é irreversível, e que a pasta deverá ter o mesmo fim do Ministério das Comunicações: ser ocupada por um técnico cujo nome passará pelo crivo do chefe do Senado. Ou seja, nem mesmo concessões em indicações políticas em favor de Alcolumbre dissolverão o impasse. Silveira, por sua vez, reforçou a aposta na caneta de Lula para resistir à pressão. Auxiliares do presidente afirmam que o ministro conquistou não apenas Lula, mas a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que ficou próxima também de Paula Lúcia, mulher do ministro. Em uma entrevista ao Estadão, em 2024, Silveira contou que as duas se aproximaram durante a campanha eleitoral de 2022, nas viagens de Lula a Minas. Há poucos dias, Silveira lançou mais um programa de forte apelo popular, dessa vez com a promessa de zerar ou reduzir a conta de luz da população de baixa renda. Ninguém no setor energético duvida de que tenha sido mais um gesto para agradar Lula, que está com a popularidade baixa a meses da eleição, e assim manter-se no cargo. Auxiliares do presidente têm a mesma visão, uma vez que a medida estava em discussão internamente havia meses, mas acabou sendo divulgada às pressas, sem coordenação prévia com a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. Em agosto do ano passado, Silveira já havia prometido, ao lado de Lula e de Janja, ampliar o auxílio gás para 20 milhões de famílias ao custo de R$ 13,6 bilhões. A iniciativa não foi adiante porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não autorizou usar o Fundo Social do Pré-Sal no programa e, no Orçamento de 2025, não havia recursos disponíveis. Nova negativa ocorreu agora, com a rejeição de Haddad à tentativa de Silveira de usar o mesmo fundo para financiar a redução das contas de luz. Dessa vez, em vez de entrar em conflito com a Fazenda, Silveira recuou. O plano para atender à população de baixa renda foi mantido, mas o ministro apresentou como alternativa proposta de cortar subsídios do setor privado. Silveira tenta refazer pontes com aliados Além de recorrer a agrados a Lula, Silveira também tenta restabelecer o apoio de antigos aliados. Há três semanas, ele almoçou em Brasília com Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, e um dos responsáveis pela indicação do ministro ao cargo no governo Lula. A conversa marcou a reaproximação dos dois políticos, estremecidos desde o ano passado, quando o nome de Silveira passou a constar da lista de potenciais candidatos ao governo de Minas Gerais, na eleição de 2026. Pacheco ainda não disse se quer ser candidato, mas Lula não deixa de citá-lo toda vez que toca no assunto. Na sexta-feira, 25, em evento em Uberaba (MG), o ministro elogiou Pacheco e disse que só concorreria se fosse recrutado por Lula. eldquo;Acho que o presidente Pacheco, que eu sempre destaquei, é um nome que está preparado para assumir qualquer cargo público no País. Há um desejo do presidente Lula, que ele seja o palanque aqui, o presidente já externou isso.erdquo; No mês passado, Silveira já havia feito um gesto de paz. Indicou um nome ligado a Pacheco para o Conselho de Administração da Petrobras, o do engenheiro mineiro José Fernando Coura. Procurado, Pacheco não quis comentar. Ex-delegado da Polícia Civil, Silveira chegou à cúpula do poder em Brasília como suplente do então senador Antônio Anastasia. Quando Pacheco assumiu a presidência do Senado, em 2021, o promoveu a diretor jurídico da Casa. No ano seguinte, por um acordo político amarrado por Pacheco e pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, Anastasia trocou o Senado pelo Tribunal de Contas da União. Silveira assumiu sua vaga e subiu um degrau. De homem de confiança de Pacheco, responsável pela articulação política nos bastidores com a distribuição de emendas a prefeitos aliados em Minas, Silveira passou à luz dos holofotes e não saiu mais. Naquele mesmo ano, flertou com o bolsonarismo ao se oferecer como eventual líder do governo no Senado. O intento não prosperou pela decisão firme de Kassab de não querer vincular o PSD ao então presidente. Silveira se recolheu e, na eleição, trabalhou para Lula em Minas Gerais, como deliberou seu partido. Em troca, foi candidato ao Senado com o apoio de Lula, desbancando o petista Reginaldo Lopes, que também queria a vaga. O trabalho, porém, não teve a recompensa esperada. Por 588 mil votos, Silveira perdeu a eleição para o bolsonarista Cleitinho (Republicanos-MG), um deputado estadual com forte atuação nas redes sociais. Lula, o PT e Pacheco, porém, não o deixaram na chuva. Durante a transição, com Lula já eleito, Silveira foi destacado por Pacheco para relatar a PEC da Transição, que autorizou ao novo governo gastar mais R$ 168 bilhões já no primeiro ano. A atuação o catapultou à lista de potenciais ministros, mas foi a entrada de Davi Alcolumbre que definiu seu destino. Então cotado para assumir a pasta dos Transportes, Silveira subiu mais um degrau. Na última hora, com o empurrão de Alcolumbre e de Kassab, ele abocanhou um dos ministérios mais importantes da Esplanada, o de Minas e Energia. Com ramificações em diferentes setores da economia, de alta rentabilidade, o ministério é disputado pela classe política e era cobiçado pelo MDB. A bênção do líder do MDB no Senado, Eduardo Braga, selou então o consórcio de apoio a Silveira. O ministro assumiu o cargo não apenas como um nome do PSD, mas representando um grupo político que dá até hoje as cartas no Senado. No ministério, porém, Silveira adotou outro caminho, aproximando-se mais de Lula e, no setor privado, dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, conquistando desafetos e se distanciando do chamado eldquo;grupo do Senadoerdquo;. Como mostrou o Estadão, em maio de 2024, Silveira assinou uma medida provisória que beneficiou a empresa de energia dos irmãos Batista, a Âmbar, viabilizando termelétricas recém-adquiridas na Região Norte. Adversários dos empresários no setor energético se insurgiram, a exemplo do eldquo;Rei do Gáserdquo;, Carlos Suarez, também interessado no negócio. Meses depois, os donos da JBS compraram a empresa de distribuição de energia do Amazonas, mas o negócio segue embolado e ainda é objeto de questionamentos por parte de Suarez. Como o empresário exerce também influência no Congresso, ampliou-se o desgaste de Silveira com seus antigos aliados. A Âmbar rejeita a ideia de que houve benefício e afirma que se tratou de uma transação privada em acirrado processo competitivo, e que a busca por uma solução para a Amazonas Energia era de conhecimento público, eldquo;urgente e iminenteerdquo;. A gota dersquo;água ocorreu quando Silveira decidiu fazer indicações para as agências reguladoras sob influência de seu ministério sem combinar com os colegas. A iniciativa foi frustrada com a rejeição de Alcolumbre aos nomes propostos, situação que se arrasta até agora. Como os cargos em agências passam pelo crivo do Senado, os parlamentares creem ter a prerrogativa nessas indicações, e a atitude de Silveira foi interpretada como uma afronta. O mal-estar emperrou a análise de nomes indicados para todas as agências e autarquias, não apenas as ligadas a Silveira, pelo Senado. Atualmente, há 19 indicações propostas pelo governo esperando por sabatina do Senado, em vagas abertas nas agências nacionais de Aviação, Vigilância Sanitária, Transportes Terrestres e Saúde Suplementar, entre outras. Em meio ao impasse, Silveira recuou e cedeu a vaga na diretoria-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para um nome proposto pelo senador Otto Alencar (PSD-BA) e rebaixou seu indicado para uma diretoria. Mesmo assim, corre o risco de não ser atendido. No caso da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cedeu o espaço para um indicado por Eduardo Braga e, mais recentemente, em uma segunda vaga, propôs um nome ligado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Mesmo com Silveira na trilha para angariar apoios, nem pessoas próximas ao ministro arriscam prever qual será o desfecho da queda de braço, nem se Lula bancará a sua permanência. Nos bastidores do Senado, por sua vez, Alcolumbre tem dito não ter pressa.

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Fiscalização: ANP realiza segundo dia de debates sobre revisão de norma

A ANP realizou hoje (29/4), o segundo e o terceiro workshops para debater a revisão da Resolução nº 688/2017, relativa a medidas reparadoras de conduta (MRC). Na parte da manhã, participaram representantes de revendedores de GLP (gás de cozinha) e, à tarde, distribuidores de combustíveis e de GLP, bem como outros agentes econômicos da cadeia de abastecimento. O primeiro encontro ocorreu no dia 25/4, tendo como público postos de combustíveis e transportadores-revendedores-retalhistas (TRR). A MRC é um instrumento pelo qual a ANP concede um prazo para o agente econômico reparar uma irregularidade de menor gravidade, sem sofrer penalidades. Caso o problema não seja corrigido, a Agência aplica, em uma próxima fiscalização, um auto de infração, que dá início a um processo administrativo sancionador. eldquo;Devido ao menor poder lesivo de algumas infrações, e considerando a economia processual, infrações mais simples podem ser convertidas em medidas reparadoras, em vez de autos de infração. Assim, o próprio agente econômico pode corrigir as infrações constatadas, tendo o direito de saneá-las sem a necessidade de abertura de um processo sancionadorerdquo;, esclareceu o superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, Julio Nishida. Nishida explicou ainda que infrações mais graves, como vício de qualidade ou quantidade, aspectos de segurança, exercício da atividade sem autorização da ANP e outras com maior poder lesivo ao consumidor não podem ser objeto de MRC, o que será mantido. Nos dois workshops, ele apresentou ainda um histórico das normas que abordam a medida reparadora de conduta e as regras que estão em vigor atualmente. Por exemplo, a resolução atual determina quais tipos de infração podem ou não ser objeto de MRC, variando de acordo com o tipo de agente econômico. Por isso, a ANP optou por realizar três workshops separados com os diferentes elos da cadeia. A revisão da norma tem como objetivo adequar a aplicação da MRC a resoluções recentes da ANP e às novas ferramentas tecnológicas utilizadas pela Agência. Em ambos os encontros, após a apresentação da ANP, foram ouvidos os representantes dos agentes econômicos. A intenção foi coletar subsídios para a futura revisão da resolução, propiciando participação do mercado no processo e possibilitando a identificação de aspectos relevantes a serem considerados pela Agência. Além dos workshops, os interessados também podem enviar contribuições, até 30/5, por meio deste formulário. Após essa etapa de envio de contribuições iniciais, os próximos passos, antes da possível publicação de nova resolução, serão a realização, pela ANP, de análise de impacto regulatório (AIR), elaboração da minuta de resolução revisora, e consulta e audiência públicas sobre a minuta.

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