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Volume de serviços cresce 0,3% em julho

O volume de serviços prestados no País cresceu 0,3% em julho ante junho, no sexto mês consecutivo de expansão. Como consequência, o setor alcançou novo patamar recorde na série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mostram que os serviços permanecem resilientes, tendendo a manter um bom ritmo de crescimento em 2025, avaliou a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário. eldquo;Acreditamos que o setor deve terminar o ano com expansão acima de 2%, impulsionado pelos estímulos promovidos pelo governo, como o aumento de gastos, a liberação de recursos do FGTS para os trabalhadores e o incentivo à concessão de crédito.erdquo; O setor de serviços acumulou ganho de 2,4% nos últimos seis meses consecutivos de altas: fevereiro (0,8%), março (0,4%), abril (0,4%), maio (0,2%), junho (0,4%) e julho (0,3%). Uma sequência tão longa de avanços seguidos não ocorria desde 2022. Na comparação com julho de 2024, o volume de serviços avançou 2,8%, a 16.ª taxa positiva seguida. O índice de difusão endash; que mostra o porcentual de serviços com crescimento ante o mesmo mês do ano anterior endash; passou de 54,2% em junho para 50,6% em julho. De acordo com Rodrigo Logo, gerente da pesquisa do IBGE, os segmentos que sustentam o fôlego dos serviços são estimulados por dinâmicas próprias de seus setores, sendo mais preservados de oscilações conjunturais. Segundo o pesquisador, é o caso dos serviços de tecnologia da informação, agenciamento de espaços de publicidade e a intermediação de negócios por meio de plataformas e de aplicativos. eldquo;A própria dinâmica do setor é suficiente para traçar a trajetória ascendente.erdquo; A análise dos dados da pesquisa com o desempenho pelos subsetores evidencia esse maior dinamismo da demanda empresarial associada a investimentos e modernização, o que se reflete na trajetória de alta de serviços profissionais de caráter mais técnico, corroboraram Thiago Xavier e Felipe Melchert, analistas da Tendências Consultoria Integrada. eldquo;Esses resultados contrastam com a expectativa inicial de perda de dinamismo nos serviços mais sensíveis ao ciclo econômico, diante das condições financeiras apertadas, e reforçam a leitura da presença de fatores estruturais ainda atuanteserdquo;, apontaram os analistas, em relatório. TRANSPORTES. O transporte rodoviário de cargas, segmento de maior peso na pesquisa (responsável sozinho por uma fatia de 13,3%), foi impulsionado nos últimos dois meses pela demanda do setor agrícola, em meio às projeções de safra de grãos recorde, mas também vinha crescendo pela necessidade logística do comércio eletrônico nos últimos anos. O segmento de tecnologia da informação vem igualmente sustentando o crescimento do volume de serviços prestados no País desde a pandemia de covid-19, adicionou Lobo. eldquo;O aumento da taxa de juros e a permanência dela em patamares elevados para essa atividade em particular de tecnologia da informação acaba não trazendo nenhum tipo de prejuízo. Os serviços prestados às famílias, esses sim, são bastante afetados pelas variáveis macroeconômicaserdquo;, disse o pesquisador do IBGE, mencionando questões como emprego e inflação. eldquo;Os serviços prestados às famílias costumam ser afetados positivamente quando tem maior nível de emprego, maior nível de renda e menor nível de preços.erdquo; A alta no volume de serviços em julho ante junho deste ano foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas: informação e comunicação (1,0%), serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e serviços prestados às famílias (0,3%). Na direção oposta, houve queda nos transportes (-0,6%) e nos outros serviços (-0,2%). Porém, considerando todos os subsetores, as principais influências positivas partiram de transporte rodoviário de cargas, serviços de tecnologia da informação, concessionárias de rodovias e locação de automóveis. ebull;

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Distribuidores veem risco na venda fracionada de gás

O programa Gás do Povo, com expectativa de alcançar 15,5 milhões de famílias até março de 2026, está sob risco de não ser devidamente viabilizado se a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) permitir o fracionamento do produto de cozinha, de acordo com agentes privados ouvidos pelo Estadão/Broadcast. Interlocutores mencionam um possível desestímulo para investimentos no setor. A ANP nega e cita que a medida tem potencial para reduzir preços (mais informações nesta página). Atualmente, as distribuidoras vendem botijões de 13 kg para as revendedoras. A venda de forma fracionada seria por meio de recargas, assim como é feito com combustíveis em postos de abastecimento. Com isso, haveria a possibilidade de enchimento de botijões de diferentes marcas e volumes. Presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello menciona o risco de fragilização do atual modelo de rastreabilidade, o que abriria espaço para práticas irregulares. Hoje, os botijões têm a marca gravada no aço e, quando há um acidente, o proprietário daquele botijão é identificado para assumir a responsabilidade. Críticos da proposta também falam em risco de segurança, o que abriria espaço para atuação do crime organizado, como frisou o CEO da Copa Energia, Pedro Turqueto, em entrevista à Coluna do Estadão. O governo espera viabilizar em novembro as primeiras entregas de botijões no âmbito do programa Gás do Povo. As distribuidoras terão o compromisso de oferecer o programa em todos os municípios por meio de suas revendas e comércios independentes. Revendedores que desejam participar deverão se credenciar na Caixa Econômica Federal. Como o programa depende da participação voluntária dos agentes, a regulação da agência sobre o fracionamento na venda do gás representará um desestímulo e um risco para a medida, na visão de Guilherme Vinhas, advogado especialista em óleo e gás. eldquo;O governo promete entregar para a população de baixa renda um volume gigantesco de botijões e, do outro lado, a ANP vai na contramão e cria um sistema que vai tirar o botijão de circulação.erdquo; O tema do fracionamento é antigo, mas voltou ao radar após a ANP fazer neste ano uma Análise de Impacto Regulatório (AIR) sobre o assunto endash; estudo que avalia alternativas normativas e não normativas. BAIXO INCENTIVO. Pelo argumento apresentado, se a reforma em discussão na ANP for implementada, as distribuidoras teriam pouco incentivo para expandir ou renovar no longo prazo a sua capacidade, o que poderia comprometer o investimento para viabilizar a expansão da distribuição do gás prevista pelo programa do governo. ebull;

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Sada investe R$ 1,1 bi em usinas flex de etanol de milho e cana em GO e MG

O grupo mineiro Sada, especializado em logística e transporte de veículos, está investindo R$ 1,1 bilhão na conversão de duas usinas que processam cana-de-açúcar para operar também com milho na produção de etanol. As unidades ficam em Montes Claros de Goiás (GO) e Jaíba (MG). eldquo;A ideia é ser um player mais relevante e ter um custo de produção mais competitivoerdquo;, diz Daniela Medioli, vice-presidente do grupo. Do investimento, 30% virão de recursos próprios e 70% via crédito, incluindo linhas do Fundo Clima do BNDES. A empresa avalia, além disso, a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). eldquo;Deixar as usinas apenas na cana seria um risco maior. O futuro vai nessa direçãoerdquo;, comenta. Grupo mira 25% da receita em agro O agro representa 10% da receita da Sada, que não divulga faturamento. Com as usinas operando também milho, a meta é alcançar 25% nos próximos anos. As unidades devem ter capacidade instalada para 360 milhões de litros anuais, frente aos atuais 100 milhões de litros. Sem produção própria de milho, a Sada iniciou em setembro encontros com agricultores de GO, MT e BA para firmar parcerias. O primeiro evento foi em Rio Verde (GO), e os próximos serão em Jaíba e Montes Claros de Goiás. Para garantir oferta, a Sada erguerá silos para 160 mil toneladas em Goiás e 120 mil t em Minas.

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Petrobras inicia parada de manutenção na Revap e investe R$ 1 bi para produzir diesel

A Refinaria Henrique Lage (Revap), localizada em São José dos Campos (SP), inicia hoje uma parada programada de manutenção. A intervenção, prevista para se estender até dezembro, contempla, além de serviços de manutenção, o projeto para produção de diesel S10. Com investimento superior a R$ 1 bilhão, a operação está alinhada aos objetivos do Plano Estratégico da Petrobras, de mais eficiência energética, e não afetará o abastecimento de combustíveis, destaca a companhia. A parada é realizada a cada seis anos. Os trabalhos começam pela Unidade de Coque (U-276) e, ao longo dos próximos meses, englobarão a manutenção de 1.673 equipamentos distribuídos em 21 unidades operacionais. A operação inclui também o processo de modernização (Revamp) da Unidade U-272D, que será adaptada para a produção de diesel S-10. Os trabalhos mobilizarão mais de 5 mil trabalhadores, entre empregados próprios e terceirizados. Com capacidade para processar até 252 mil barris de petróleo por dia, a Revap responde por cerca de 14% da produção de derivados da Petrobras. A refinaria é referência na produção de querosene de aviação, atendendo a 75% da demanda do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Além disso, produz gasolina, diesel S-10 e gás de cozinha, abastecendo principalmente a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e o Litoral Norte de São Paulo.

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Preços dos combustíveis ficam estáveis na semana de 7 a 12 de setembro, mostra ANP

Os preços dos combustíveis ficaram praticamente estáveis na semana de 7 a 12 de setembro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No período, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) teve pequena variação porcentual de quase 0,1% em relação à semana anterior, enquanto a gasolina e o diesel S-10 não tiveram variação na mesma comparação. O preço médio do botijão de GLP de 13 kg fechou a semana a R$ 107,82, e preço máximo de R$ 156 o botijão. Já na gasolina comum foi de R$ 6,17 o litro, com preço máximo de R$ 9,19/l, enquanto o diesel permaneceu com preço médio de R$ 6,06, atingindo o máximo de R$ 9,29, ainda segundo a ANP. (Agência Estado)

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MPRJ investiga ligação de bicheiros com furto de combustíveis

Integrantes do jogo do bicho estão associados a organizações criminosas que furtam dutos de petróleo, segundo a promotora de justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro, Tatiana Kaziris. eldquo;Isso acaba trazendo não só o financiamento, mas também pode vir uma escalada de violência, com seguranças armados, para proteger atividades criminosas. Então, estamos tendo esse olhar especial para esses grupos também, diversificando essas atividades criminosaserdquo;, afirmou em entrevista ao estúdio eixos na Rio Pipeline eamp; Logistics, na quarta-feira (10/9). Confira a íntegra da entrevista acima. Segundo a promotora, o principal receptador das cargas roubadas em dutos não é a refinaria nem o posto de gasolina, mas indústrias que precisam de combustão rápida e manter o forno em temperatura muito elevada. eldquo;Só há a perfuração [no duto] quando já há um receptador que ou ele próprio manda os caminhões, ou eles, dentro da rede criminosa, contratam uma empresa que fornece motoristas e caminhões, mas todas já com destino certo de entregaerdquo;, disse. O combate aos crimes no mercado de combustíveis ganhou os holofotes depois que a Polícia Federal, junto a outros órgãos de segurança pública, deflagrou o fim de agosto a operação Carbono Oculto, considerada a maior ofensiva do país até hoje contra a infiltração do crime organizado na economia formal. O foco da operação foi investigar sobretudo a adulteração de produtos, sonegação de impostos e as ligações das associações criminosas com o mercado financeiro. Kaziris abordou ainda a capilarização dos crimes de roubo a dutos para estados onde o delito ainda não existia, devido ao combate ao furto no Rio de Janeiro. Veja a seguir os principais temas abordados na entrevista: Atuação do crime organizado no mercado de combustíveis; Impactos dos furtos de combustíveis; Capilarização dos crimes nos estados; Indústrias atuam como receptadores de combustível roubado ; Importância das discussões no Congresso sobre o crime e o aumento de pena.

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