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Novas regras para vale-refeição e alimentação podem gerar economia de R$ 8 bi ao ano

As novas regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) têm o potencial de gerar uma economia de R$ 7,9 bilhões ao ano, o equivalente a R$ 225 por trabalhador, segundo estimativas da Secretaria de Reformas Econômicas (SRE) do Ministério da Fazenda, divulgadas nesta quarta-feira, 12. eldquo;Esse valor decorre, principalmente, da redução das margens de lucro elevadas praticadas pelas empresas emissoras de vale-alimentação e vale-refeição, que passarão a ser repassadas aos estabelecimentos como bares, restaurantes e supermercadoserdquo;, diz a pasta em nota. eldquo;Com a diminuição desses custos, estima-se uma queda nos preços finais das refeições e dos alimentos, beneficiando diretamente os trabalhadores.erdquo; O decreto regulamentando o PAT, que inclui o vale-alimentação (VA) e o vale-refeição (VR), foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira, depois de anos de debate no governo. O programa atende a mais de 22 milhões de trabalhadores que recebem os valores em cartões ofertados pelas empresas. Nas contas da SRE, o teto de 3,6% para a Merchant Discount Rate (MDR), taxa cobrada dos estabelecimentos pelos cartões, deve gerar a maior parte da economia anual, de R$ 2,9 bilhões. A aplicação das normas ao auxílio-alimentação deve criar uma economia adicional de R$ 2,7 bilhões, segundo a pasta. Outros R$ 1,6 bilhão devem ser economizados por meio da abertura dos arranjos de pagamento, e R$ 700 milhões com a redução no prazo de liquidação financeira para 15 dias. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que as novas regras do PAT têm o objetivo de sanar irregularidades. eldquo;O problema do PAT é que o dinheiro foi ficando pelo caminho. Era um dinheiro que deveria ser destinado ao trabalhador - com benefícios fiscais para as empresas que aderissem ao programa - e chegassem à ponta (o restaurante, a padaria, o mercado, o supermercado). O que nós começamos a perceber é que o dinheiro do PAT começou a ficar na intermediaçãoerdquo;, criticou ele, em entrevista a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda. Ele salientou que a taxa de retorno estava muito elevada e havia um comportamento inadequado do ponto de vista legal. eldquo;O rebate, por exemplo, foi proibido, estava sendo feito, constaram inclusive do balanço das companhias, essa devolução de recursoserdquo;, exemplificou. eldquo;Nós estamos querendo olhar para frente e por isso foi fixado aquilo que a gente achava correto do ponto de vista de ganho. Uma taxa mais civilizada, na minha opinião ainda elevada, mas perto do que estava sendo praticado, era uma exorbitânciaerdquo;, defendeu. Ele disse ainda a redução, de 30 para 15 dias, do prazo de pagamento aos estabelecimentos, argumentando que recurso do vale-alimentação é antecipado pela empresa, como um cartão de crédito. eldquo;Ainda levar 30 dias para pagar o estabelecimento, não nos parecia também muito correto.erdquo; Haddad disse que foram fixadas regras razoáveis após discussão com o setor para que o recurso seja destinado à alimentação saudável do trabalhador, ao custo compatível, sem prejudicar o dono do restaurante, o dono do supermercado e assim por diante. Com relação à escolha da bandeira do cartão, a portabilidade, o ministro disse que algumas questões tecnológicas não puderam ser resolvidas. eldquo;Mas tudo que pôde ser resolvido pelo decreto foi resolvidoerdquo;.

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Etanol/Cepea: Indicadores seguem firmes em SP

Na primeira semana de novembro, apenas alguns demandantes realizaram compras de novos volumes de etanol no mercado spot do estado de São Paulo. Do lado das usinas, a postura seguiu firme. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que parte dos vendedores tenha ficado fora do mercado spot, os que estiveram ativos ofertaram lotes de etanol a preços mais altos. Diante disso, os preços se sustentaram em São Paulo. Entre 3 e 7 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,7997/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,78% no comparativo ao período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,2094/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), valorização de 0,92% no mesmo comparativo. Destaca-se que chuvas no início da última semana também deram certo suporte aos preços, à medida que dificultaram os trabalhos no campo.

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Governadores de direita pressionam por PL antifacção e devedor contumaz em manifesto a Hugo Motta

Governadores de direita entregaram nesta quarta-feira, 12, um manifesto ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pressionar pelo projeto de lei antifacção e a proposta que pune os devedores contumazes. Os chefes dos Executivos estaduais se uniram para defender presencialmente no Congresso a pauta da segurança pública no momento em que o relatório do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) que trata da repressão às organizações criminosas enfrenta resistências do governo Lula, do PT e até do PL. eldquo;Este texto foi construído exaustivamente pela oposição em diálogo com as forças de segurança, parlamentares, especialistas, setor produtivo e sociedade civilerdquo;, diz o documento, obtido pela Coluna do Estadão e assinado pelos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). eldquo;O texto estabelece instrumentos de repressão qualificada, responsabilização ampliada e coordenação interfederativa, reconhecendo que o enfrentamento ao crime exige sinergia entre União, estados, municípios, governo e oposiçãoerdquo;, afirma outro trecho do manifesto. Em almoço na Casa da Liberdade que tratou da pauta de segurança pública, Caiado declarou que eldquo;o programa social mais eficaz para o Brasil neste momento é o combate austero ao crime organizadoerdquo;. A votação do projeto antifacção no plenário da Câmara estava prevista para esta terça-feira, 11, mas foi adiada após uma polêmica sobre as atribuições da Polícia Federal . Após forte reação do Palácio do Planalto, Derrite recuou e retirou do texto a parte que tratava da PF e também desistiu de equiparar o crime organizado ao terrorismo. Mesmo assim, o governo ainda critica pontos do relatório do deputado, que é secretário de Segurança do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O PL também ficou insatisfeito com a retirada da equiparação de membros de facções a terrositas. Como mostrou a Coluna, o Senado viu a polêmica com as atribuições da PF no projeto de lei antifacção como uma nova eldquo;trapalhadaerdquo; da Câmara. A comparação é com a PEC da Blindagem e com a anistia aos condenados por golpe e pelo 8 de janeiro, que travaram na Casa após repercussão negativa.

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Ações da Petrobras caem mais de 3% com recuo do petróleo

As ações da Petrobras caem nesta quarta-feira (12), acompanhando a baixa dos preços do petróleo. Às 17h27, os papéis ordinários da estatal recuavam 3,53%, enquanto os preferenciais caíam 2,92%. No mesmo horário, os preços futuros do petróleo Brent tinham queda de 2,52%, para US$ 62,64 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos EUA tinha baixa de 2,62%, para US$ 58,42 por barril. A desvalorização da commodity recua por conta do temor pelo excesso de oferta no mercado. Nesta quarta, um relatório da Opep revelou que o mercado mundial de petróleo terá um pequeno superávit em 2026 após os aumentos de produção da Opep+ e o aumento da oferta de outros produtores. Analistas afirmam que o fim da paralisação do governo dos Estados Unidos também pode impulsionar a demanda por petróleo. Segundo eles, o excesso de oferta de petróleo está restringindo os ganhos de preços. "A reabertura do governo norte-americano pode aumentar a confiança do consumidor e a atividade econômica, estimulando a demanda por petróleo", escreveu o analista de mercado da IG, Tony Sycamore, em uma nota.

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Opep muda perspectiva e prevê pequeno excedente de petróleo em 2026

O mercado mundial de petróleo terá um pequeno superávit em 2026 após os aumentos de produção da Opep+ e o aumento da oferta de outros produtores, segundo um relatório da Opep divulgado nesta quarta-feira (12), uma nova mudança em relação às suas projeções anteriores de déficit. O grupo Opep+, que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e outros aliados, planeja interromper os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026, após previsões generalizadas de excesso de oferta. No relatório mensal, a Opep disse que a Opep+ bombeou 43,02 milhões de barris por dia em outubro, uma queda de 73 mil bpd em relação a setembro, apesar do acordo de aumento de produção para o mês, liderado por uma queda no Cazaquistão. A demanda esperada para o petróleo da Opep+ de 43,0 milhões de bpd em 2026 implica que o mercado mundial apresentará um pequeno excedente de 20 mil bpd se o grupo mais amplo continuar bombeando no ritmo de outubro, de acordo com um cálculo da Reuters baseado no relatório. Isso marca uma nova mudança em relação à projeção anterior da Opep de um déficit, o que proporcionou um cenário mais confortável para o aumento da produção. O relatório do mês passado projetou um déficit de 50 mil bpd e o relatório de setembro um déficit de 700 mil bpd. O petróleo ampliou uma queda anterior após a publicação do relatório e caiu mais de 3%, para cerca de US$ 63 por barril. MENOR DEMANDA POR PETRÓLEO DA OPEP A Opep reduziu sua previsão de demanda de petróleo da Opep+ para 2026 em 100 mil bpd em relação à projeção anterior, após uma revisão para cima de suas estimativas de produção para 2025 fora da Opep+. As previsões de demanda da Opep estão no limite superior das estimativas do setor, como as da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). A perspectiva da Opep de um déficit de fornecimento em 2026 contrasta com a da IEA e de muitos analistas. Ainda há uma grande lacuna entre as projeções da Opep e as de outros analistas, que esperam que a oferta supere significativamente a demanda no próximo ano. A IEA ESPERA UM EXCESSO As últimas previsões da IEA implicam que a oferta poderá exceder a demanda em cerca de 4 milhões de bpd em 2026, o equivalente a quase 4% da demanda global. A agência, que assessora os países industrializados, deverá atualizar suas previsões na quinta-feira. A Opep também disse que a tendência de crescimento da economia global permaneceu firme e manteve suas previsões de que a demanda global de petróleo aumentará em 1,3 milhão de bpd este ano e em um ritmo ligeiramente mais rápido em 2026. "A economia global permaneceu resiliente até 2025, apoiada pela diminuição da incerteza comercial desde o verão", disse a Opep no relatório. (Reuters)

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Área da ANP que fiscaliza refinarias tem novo superintendente

A diretoria colegiada da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), composta por cinco integrantes, acaba de eleger um novo chefe para a Superintendência de Produção de Combustíveis, área responsável pela autorização e fiscalização das refinarias, entre outras funções. O cargo será ocupado pelo engenheiro químico Marcus Vinicius Quintanilha Werner, que assume nesta quinta-feira (13). Atualmente assessor da diretoria, ele é servidor de carreira, tendo ingressado na ANP há 20 anos, atuando como assessor técnico e coordenador de atividades. A mudança ocorre porque a área estava sem superintendente após a renúncia do anterior, Brunno Loback Atalla. Consultada, a ANP disse que a saída dele do cargo de superintendente de Produção de Combustíveis ocorreu a pedido de Atalla, por uma decisão pessoal. A agência informou que ele permanecerá na ANP. Werner é nome de confiança de Pietro Mendes, diretor da ANP que coordenou, ao lado da diretora Symone Christine de Santana Araújo, uma operação na refinaria de Manguinhos, do grupo Refit. A fiscalização resultou na interdição das atividades do local, que depois foram parcialmente liberadas pela própria agência. A fiscalização foi um desdobramento da Operação Cadeia de Carbono, realizada pela Receita Federal e pelo Ministério de Minas e Energia, no dia 19 de setembro, e que investigou fraudes na importação e na comercialização de combustíveis, petróleo e derivados. No mês passado, a Refit, companhia do empresário Ricardo Magro, apresentou queixa-crime contra os dois diretores da ANP responsáveis pela interdição da refinaria por abuso de autoridade. A empresa afirma que os superintendentes eram chefes de área sem relação com o objeto da fiscalização. Na queixa-crime, a Refit diz que os superintendentes estavam proibidos de comunicarem a fiscalização aos seus superiores, e que os demais diretores teriam sido informados sobre a operação apenas quando os dois já estavam na refinaria. A empresa afirma ser alvo de perseguição por parte da agência, por uma disputa que ela trava na Justiça contra a Petrobras. A Refit pediu o impedimento dos diretores para retirar a possibilidade de algum dos dois relatar o processo de interdição. O pedido foi julgado pela ANP em reunião na semana passada. O encontro terminou sem conclusão, com pedido de vista, mas garantiu votos suficientes para rejeitar o pleito da companhia.

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