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Sem acordo com Petrobras, petroleiros iniciam deliberação sobre greve por tempo indeterminado

Os 14 sindicatos que integram a Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciaram, na terça-feira (2/12), assembleias para definir o início de uma greve nacional por tempo indeterminado, a partir do dia 15 de dezembro. As votações ocorrem após o fim do prazo dado à Petrobras e suas subsidiárias para apresentarem uma nova contraproposta ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2025 e soluções para outras questões dos sindicatos. A FUP defende a negociação de um ACT sem aplicação de ajustes fiscais sobre salários e carreiras. Na quinta-feira (27/11), a federação enviou à estatal a solicitação de uma proposta para a solução dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros. Procurada, a Petrobras não comentou até o fechamento desta nota. O espaço segue aberto.

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PIB do Brasil desacelera e sobe 0,1% no terceiro trimestre

A economia brasileira continuou em desaceleração no terceiro trimestre deste ano, com leve avanço de 0,1% em relação aos três meses imediatamente anteriores, apontam dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado veio após elevação de 0,3% no segundo trimestre e de 1,5% no primeiro. Analistas do mercado financeiro esperavam variação positiva de 0,2%, de acordo com a mediana das projeções coletadas pela agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de -0,5% a 0,3%. A economia nacional abriu o ano de 2025 com o impulso da safra recorde de grãos, mas passou a dar sinais de desaceleração após esse empurrão do campo e com a permanência dos juros altos. A agropecuária teve variação positiva de 0,4% no terceiro trimestre, e a indústria, de 0,8%. O setor de serviços, que tem maior peso na economia, ficou praticamente estável (0,1%). A taxa básica de juros (Selic) atravessou o terceiro trimestre em 15% ao ano, o que tende a dificultar os investimentos produtivos e o consumo de parte dos bens e serviços. Ao manter a Selic no patamar de dois dígitos, o BC (Banco Central) tenta esfriar a atividade econômica para baixar a inflação. Isso porque uma demanda mais contida tende a reduzir a pressão sobre os preços. Se de um lado os juros desafiaram o PIB nos últimos meses, de outro o mercado de trabalho seguiu mostrando sinais de força no Brasil. O desemprego em queda e a renda em alta beneficiam o consumo.

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Brasil bate recorde de idosos trabalhando; quase metade dos homens de 60 a 69 tem alguma ocupação

A proporção de idosos trabalhando atingiu patamar recorde em 2024. O nível de ocupação de pessoas com 60 anos ou mais subiu a 24,4%, ante 23,0% em 2023. Os dados são da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 3. A taxa de desemprego nessa faixa etária recuou de 3,5% em 2023 para 2,9% em 2024. eldquo;O aumento da expectativa de vida e as mudanças ocorridas nos arranjos familiares nos últimos anos somados à alta informalidade no mercado de trabalho brasileiro e à reforma ocorrida em 2019 no Sistema de Previdência Social são fatores que tendem a levar à permanência das pessoas no mercado de trabalho por mais tempoerdquo;, justificou o IBGE. O Brasil tinha 34,1 milhões de idosos em 2024, o equivalente a 19,7% da população em idade de trabalhar. Nessa população com 60 anos ou mais, 55,9% eram mulheres, 44,1% eram homens. O nível de ocupação dos idosos foi maior entre os homens, 34,2% deles trabalhavam em 2024, do que entre as mulheres, apenas 16,7% estavam ocupadas, uma diferença de 17,4 pontos porcentuais. eldquo;Essa amplitude se justifica pelas diferentes regras de aposentadoria entre os sexos, por um lado, e pela menor participação feminina no mercado de trabalho ao longo do ciclo de vida em razão das responsabilidades envolvidas no trabalho reprodutivo (tarefas do lar e cuidados de parentes), resultando, assim, em uma menor participação no mercado de trabalho em todas as idadeserdquo;, justificou o IBGE. Desemprego até outubro cai para 5,4% e atinge menor taxa da série histórica Mais de um terço dos empregadores e trabalhadores por conta própria no Brasil têm CNPJ, mostra IBGE Em 2019, no pré-pandemia de covid-19, a proporção de ocupados entre as mulheres idosas era de 14,6%, e entre os homens, de 33,8%. Ou seja, o avanço no nível da ocupação foi maior entre as mulheres do que entre os homens. eldquo;O aumento na ocupação entre os idosos tem ocorrido especialmente entre as mulhereserdquo;, ressaltou Denise Guichard, técnica do IBGE. eldquo;A Reforma da Previdência de 2019 é um dos fatores que faz com que as pessoas tenham que trabalhar mais tempo. Tem que contribuir mais tempo para conseguir se aposentarerdquo;, acrescentou. No ano de 2024, na faixa entre 60 a 69 anos, quase metade dos homens (48,0%) estavam trabalhando, proporção que diminuía a 26,2% entre as mulheres. No grupo com 70 anos ou mais, 15,7% dos homens ainda trabalhavam, e 5,8% das mulheres. Quanto à forma de inserção, 43,3% dos idosos atuavam via trabalho por conta própria; 17,0% como empregado com carteira de trabalho assinada; e 11,3% como empregado sem carteira de trabalho assinada. Em 2024, o rendimento médio real habitual do trabalho principal foi de R$ 3.108 para a média da população ocupada, enquanto o dos idosos foi 14,6% superior, de R$ 3.561. As mulheres idosas receberam R$ 2.718, 33,2% menos que os R$ 4.071 recebidos pelos homens idosos. As pessoas pretas ou pardas nessa idade ganhavam uma média de R$ 2.403, 48,7% menos que as pessoas brancas na mesma faixa etária, R$ 4.687. O rendimento-hora médio dos ocupados no País foi de R$ 19,20 em 2024, mas para as pessoas com 60 anos ou mais subia a R$ 25,60. Os homens idosos tinham rendimento-hora de R$ 28,10, enquanto o das idosas era de R$ 21,60. Quanto à cor ou raça, os idosos brancos recebiam R$ 33,10 por hora, quase o dobro dos negros, R$ 17,90.

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3tentos investirá em etanol de milho no Pará

A 3tentos anunciou ontem investimento em uma nova indústria de etanol de milho, no Pará. O crescimento da agricultura no Estado foi um dos principais motivos para o projeto, que entra no pacote de investimentos que a companhia vem implementando desde 2024, e que agora somam R$ 2,6 bilhões. A construção da usina deve demandar investimento de R$ 1,15 bilhão e ser concluída no segundo semestre de 2028. Com essas apostas, a empresa espera sair de uma receita de R$ 12 bilhões no ano passado para R$ 50 bilhões em 2032. O anúncio dos novos planos agradou aos investidores, levando as ações da empresa a fechar com valorização. Segundo João Marcelo Dumoncel, CEO e fundador da 3tentos, a agricultura do Pará está em forte expansão, graças à qualidade de solo e clima, além da oferta de terras de pastagens que podem ser convertidas em lavouras. Além disso, a proximidade das áreas agrícolas paraenses dos portos do Arco Norte conferem uma vantagem ao Estado. eldquo;Vamos entrar em um ciclo em que o Pará será o grande protagonista de aumento de área de produção de grãos no Brasil, e com uma logística melhor do que o Mato Grossoerdquo;, afirmou o CEO. O projeto em Redenção, previsto para ser concluído no segundo semestre de 2028, terá capacidade de processar 2,1 mil toneladas de milho por dia, produzindo 935 m³ de etanol, 587 toneladas de DDGS e 37 toneladas de óleo diariamente, com investimento estimado em R$ 1,15 bilhão. A operação depende de condições precedentes e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Para chegar a essa capacidade de produção, a empresa prevê uma demanda de 100 mil hectares de milho plantados. Atualmente, existem cerca de 500 mil hectares ocupados com a cultura na região próxima a Redenção, segundo a 3tentos. Além disso, a forte atividade pecuária no Pará também geraria procura por DDG para ração animal. eldquo;À medida que as áreas de lavoura aumentam, a pecuária precisa ficar mais intensiva, demandando suplementação para os animais, e assim podemos fornecer esse insumoerdquo;, explica. Preço do milho sobe no Brasil com demanda mais forte Outro fator que pesou para o investimento, segundo Dumoncel, é a diversidade de matérias-primas que podem ser usadas na planta, caso haja expansão da produção de biocombustível além do milho. eldquo;Há outras espécies exóticas que também podem ser aproveitadas para a biomassa. Nós temos o caroço de açaí, a palma, a casca de cocoerdquo;, então temos muitas opçõeserdquo;, afirma o CEO. O investimento no Pará junta-se a outras expansões que a empresa está realizando. Em 2025, no Rio Grande do Sul, a 3tentos aumentou em 76% a capacidade produtiva da usina de biodiesel de Ijuí (onde a planta foi adaptada para também utilizar canola como matéria-prima do biocombustível) e em 50% na unidade de Cruz Alta. Já em Mato Grosso, a empresa também elevou em mais de 50% a capacidade de processamento e de produção de biodiesel na planta de Vera. Mas o grande projeto da 3tentos no Estado é a obra da usina de Porto Alegre do Norte, que recebeu investimentos de R$ 1,197 bilhão. A obra já está 85% concluída. eldquo;Nossa principal meta 2026 é colocar a planta de Porto Alegre do Norte em operação ainda no primeiro trimestreerdquo;, destaca Luiz Osório Dumoncel, presidente do conselho de administração da empresa. Segundo o executivo, a 3tentos tem o objetivo de expandir suas atividades para os 12 principais Estados agrícolas brasileiros. Até recentemente, a empresa possuía unidades fabris e comerciais apenas no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso. Em 2025, já iniciou a expansão das atividades de varejo e originação de grãos para Goiás, Minas Gerais e Pará, e deve estabelecer presença comercial no Tocantins em 2026. eldquo;Nosso estilo é elsquo;pé no barroersquo;. Estamos construindo com cautela as bases para continuar crescendo e atingir os objetivos de faturamento estabelecidoserdquo;, comenta Dumoncel. Na parte comercial, a 3tentos abriu duas novas lojas em 2025, em Água Boa (MT) e São Vicente do Sul (RS). Atualmente, a empresa conta com 59 unidades de varejo, e deve abrir em breve outra em Canarana (MT). Nos nove primeiros meses de 2025, a 3tentos alcançou uma receita líquida de R$ 12,1 bilhões, um crescimento de 34% em relação ao mesmo período de 2024. Já o lucro líquido aumento 17% no mesmo período, para R$ 726,3 milhões. *O repórter viajou a convite da empresa (Colaborou Camila Souza Ramos)

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Escala 6x1: subcomissão da Câmara deve analisar parecer do relator; veja os principais pontos

A subcomissão da Câmara dedicada à análise da PEC que extingue a escala 6x1 pode analisar nesta quarta-feira o parecer do deputado Luiz Gastão (PSD-CE). O relatório emdash; criticado publicamente pelo governo emdash; propõe reduzir a jornada semanal para 40 horas, de forma gradual e sem redução salarial, mas mantém a escala 6x1 sob novas limitações. Integrantes do Planalto afirmam ter sido eldquo;surpreendidoserdquo; pelo conteúdo. O governo Lula defende o fim da escala 6x1 e a adoção de um modelo máximo de 5x2, bandeira que deve ser levada à campanha presidencial de 2026. Nesta terça-feira, após reunião no Planalto, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, reforçaram a posição do Executivo e sinalizaram que atuarão para derrubar o ponto do relatório que preserva o regime de seis dias de trabalho por um de descanso. emdash; Nós entendemos que tem que ter qualidade de vida na vida dos trabalhadores. É vida além do trabalho. Ou seja, não adianta só reduzir a jornada, é necessário também que os trabalhadores tenham tempo para resolver os seus problemas, tempo de lazer, tempo de cuidar da sua família emdash; afirmou Gleisi. Boulos classificou o tema como eldquo;humanitárioerdquo; e disse que mais de 70% da população apoia o fim da escala 6x1. emdash;Nós fomos surpreendidos pelo relatório que é da subcomissão pelo fim da escala 6x1 e não acaba com a escala 6x1. Então o fim da escala 6x1 sem redução de salário é uma bandeira defendida pelo governo do presidente Lula. E nós vamos seguir defendendo no parlamento, na sociedade, nas ruas e dialogar com o conjunto dos parlamentares porque é também uma pauta aprovada por mais de 70% da população brasileira em todas as pesquisas emdash; disse o ministro. O que diz o relatório O parecer de Luiz Gastão propõe: Redução da jornada semanal para 40 horas, implementada de forma gradativa para permitir adaptação das empresas. Preservação da escala 6x1, desde que com limites adicionais. Proibição de jornadas superiores a seis horas quando o trabalho ocorrer aos sábados e domingos. Horas excedentes deverão ser remuneradas com adicional de 100%. Proibição de redução salarial proporcional à diminuição da jornada. Ajustes na CLT para prever regras específicas de descanso e compensação. Segundo o relator, o objetivo é compatibilizar demandas dos trabalhadores e dos empregadores e construir um modelo considerado maduro o suficiente para equilibrar produtividade e bem-estar. Gastão argumenta que uma mudança mais profunda, como a prevista na PEC original, poderia gerar impactos econômicos imediatos e desorganizar setores essenciais. PEC original prevê jornada de quatro dias de trabalho A PEC 8/2025, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), propõe alterações mais amplas: jornada semanal limitada a 36 horas, modelo 4x3 (quatro dias de trabalho por três de descanso), extinção total da escala 6x1. Para formular um diagnóstico, a subcomissão realizou audiências públicas com trabalhadores, especialistas, empresários e centrais sindicais. O relatório consolidado aponta posições divergentes: centrais defendem redução da jornada como medida de saúde pública; setores como supermercados, limpeza urbana, transporte e turismo alertam para aumento de custos, falta de mão de obra disponível e possível risco de descontinuidade de serviços. Tramitação Após ser lido na subcomissão, o parecer ainda pode ter a votação adiada caso haja pedido de vista. Se aprovado, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, para a comissão especial da PEC.

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Estado demorou a enfrentar fraudes nos combustíveis, diz Fisco

O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou nesta 4ª feira (3.dez.2025) que o crime organizado no setor de combustíveis opera com estruturas sofisticadas de financiamento, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio, que já eram conhecidas pelo poder público, mas não eram enfrentadas com a devida força. Durante o seminário Combate ao crime organizado: combustível legal em defesa da economia brasileira, realizado pelo ICL (Instituto Combustível Legal) em Brasília com apoio do Poder360, Barreirinhas disse que há anos o país conhece o funcionamento das fraudes no setor. eldquo;Todo mundo sabia o que estava acontecendoerdquo;. Segundo o secretário, diversas atividades criminosas do setor de combustíveis a jogos, apostas e cigarros funcionam com estruturas próprias, articuladas e permanentes. eldquo;Há toda uma infraestrutura criminológica que traz isso. Nós sabemos que existe issoerdquo;, declarou. Para ler esta notícia, clique aqui.

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