Distribuição de combustíveis continua restrita na Bahia
O Sindicombustíveis Bahia, que representa os revendedores de combustíveis no Estado, informa que [...]
Sob a pressão de aumentos nos custos de transportes, a prévia da inflação oficial no País acelerou na passagem de novembro para dezembro, mas encerrou o ano de 2025 dentro do intervalo de tolerância da meta perseguida pelo Banco Central.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) saiu de uma alta de 0,20% em novembro para avanço de 0,25% em dezembro, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da aceleração, o resultado foi o mais brando para o último mês do ano desde 2018.
Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses arrefeceu a 4,41% em dezembro, encerrando o ano abaixo do teto da meta perseguida pelo Banco Central, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para baixo ou para cima.
eldquo;Esse alívio veio, sobretudo, do câmbio. Teve uma queda do dólar que foi significativa ao longo do ano, de uns 10%. Isso trouxe um alívio muito grande à inflaçãoerdquo;, disse Claudia Moreno, economista do C6 Bank.
Entretanto, o cenário inflacionário ainda preocupa, porque os preços de serviços permanecem em patamar elevado, ao mesmo tempo em que o dólar já começa a se valorizar novamente frente o real, lembrou.
eldquo;A gente projeta um câmbio a R$ 6 no final do ano que vem. Então, a gente não vê esse alívio acontecendo de novo no ano que vem, a gente acha que a inflação deve voltar a subir um pouquinhoerdquo;, previu Moreno, que espera para março o início do ciclo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, terminando o ano que vem no patamar de 13% ao ano. eldquo;O nosso cenário principal é março, a queda (na Selic) ocorre em março, mas corre o risco de eventualmente ficar até para abrilerdquo;, frisou Moreno.
Para o Itaú Unibanco, o IPCAe#8209;15 de dezembro mostrou um qualitativo eldquo;pior do que o esperadoerdquo;, com pressões altistas disseminadas em serviços como estética e lanches, mas também em bens industriais como roupas e aparelhos telefônicos, apontou a economista Luciana Rabelo, em relatório.
eldquo;Esse processo de desinflação com resiliência da inflação de serviços mantém o Banco Central em posição desconfortável para iniciar corte de juroserdquo;, corrobora a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro.
Quase 60% da prévia da inflação oficial de dezembro partiu do encarecimento dos Transportes. As passagens aéreas subiram 12,71%, maior impacto individual no IPCA-15 do mês, 0,09 ponto porcentual. O transporte por aplicativo ficou 9,00% mais caro, segunda posição no ranking de maiores pressões individuais, 0,02 ponto porcentual. Os combustíveis tiveram alta de 0,26%: houve aumentos de 1,70% no etanol e de 0,11% na gasolina, mas quedas de 0,26% no gás veicular e de 0,38% no óleo diesel.
Em Despesas pessoais, houve pressão dos aumentos em cabeleireiro e barbeiro (1,25%), empregado doméstico (0,48%) e pacote turístico (2,47%). Quanto à Habitação, houve pressão do aluguel residencial (0,33%), taxa de água e esgoto (0,66%) e gás encanado (0,28%). Já a energia elétrica residencial recuou 0,22%, com a entrada em vigor em dezembro da bandeira tarifária amarela em substituição à bandeira tarifária vermelha patamar 1.
O gasto das famílias com alimentação e bebidas subiu em dezembro pelo segundo mês consecutivo, após uma sequência de cinco meses anteriores de quedas. Porém, a alimentação para consumo no domicílio voltou a ficar mais barata no mês, a sétima retração mensal seguida.
O custo dos alimentos para consumo em casa diminuiu 0,08% em dezembro. Ficaram mais baratos o tomate (-14,53%), leite longa vida (-5,37%) e arroz (-2,37%). Por outro lado, houve altas nas carnes (1,54%) e frutas (1,46%).
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,65%: a refeição subiu 0,62%, e o lanche avançou 0,99%.
Os gastos com Artigos de residência tiveram um recuo de 0,64%, a quarta redução mensal consecutiva na média de preços. Em dezembro, a queda foi puxada pelos recuos em eletrodomésticos e equipamentos (-1,41%) e tv, som e informática (-0,93%).
Prévia do ano
O grupo Habitação exerceu a maior pressão sobre o IPCA-15 em 2025, com alta de 6,69% e impacto de 1,01 ponto porcentual. O avanço foi impulsionado pela energia elétrica, que subiu 11,95% neste ano, maior contribuição individual no período, 0,47 ponto porcentual.
O grupo Alimentação e bebidas subiu 3,57% em 2025, segundo maior impacto, 0,77 ponto porcentual. As principais pressões foram de refeição fora de casa (alta de 6,25%), lanche (11,34%), café moído (41,84%) e carnes (2,09%). Na direção oposta, houve alívios via arroz (-26,04%), leite longa vida (-10,42%) e batata-inglesa (-27,70%).
Os demais avanços em 2025 ocorreram nos grupos Vestuário (5,34%), Transportes (3,00%), Saúde e cuidados pessoais (5,55%), Despesas pessoais (5,86%), Educação (6,26%) e Comunicação (0,82%). Já o grupo Artigos de residência foi o único com deflação, queda de 0,10% em 2025.
A consultoria Tendências reduziu sua projeção para o IPCA de 2025, de alta de 4,4% para elevação de 4,3%, eldquo;em função de dados que indicam variação atipicamente baixa para os preços de alimentos em dezembroerdquo;. Para 2026, a previsão foi mantida em um avanço esperado de 4,1%.
eldquo;Para o índice fechado de dezembro, a expectativa é de aceleração do IPCA. Os preços livres tendem a avançar de forma mais intensa, com a devolução dos descontos concedidos durante a Black Friday e a aceleração sazonal para os serviços turísticos e para as proteínas alimentares. Em contrapartida, haverá arrefecimento dos itens administrados, com deflação das tarifas de energia elétrica residencialerdquo;, estimou Matheus Ferreira, analista da consultoria Tendências, em relatório.
Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo
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