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De janeiro a março, PIB havia crescido 1,3%. Ainda assim, desaceleração ficou abaixo da estimativa do mercado. Serviços tiveram alta de 0,6% e indústria, de 0,5%.

Após uma forte alta de 1,3% de janeiro a março, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro desacelerou para uma variação de 0,4% no segundo trimestre de 2025, em relação ao primeiro, impactado principalmente pela elevação da taxa Selic. O resultado foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também revisou o dado do primeiro trimestre (de 1,4% inicialmente informado para 1,3%).

Entre abril e junho deste ano, houve alta de 0,6% em serviços, e de 0,5% na indústria, em relação aos três primeiros meses do ano, o que ajudou a compensar a variação negativa de 0,1% na agropecuária. Já o consumo das famílias subiu 0,5% (metade da alta registrada no primeiro trimestre), enquanto o consumo do governo recuou 0,6%, e os investimentos caíram 2,2% endash; interrompendo seis trimestres de crescimento consecutivo.

Com a inflação acima do teto da meta, o Banco Central iniciou um ciclo de alta da taxa básica de juros em julho do ano passado. Desde então, a Selic subiu de 10,5% para 15%, patamar atingido em junho deste ano e mantido desde então.

eldquo;O PIB desacelerou no segundo trimestre pelo impacto da taxa de juros e pela queda na

Segundo analistas, mercado de trabalho robusto garante maior atividade em serviços

margem do agro, que mantém ainda cenário de forte expansão anual. O ciclo de crescimento do PIB em torno de 3% que vimos até o primeiro trimestre sai de cena pelo efeito dos juros, mas também por um impacto menor da expansão fiscal. Essa ajuda no crescimento aconteceu nos últimos dois anos, mas perdeu efeito neste anoerdquo;, afirmou o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.

Ainda assim, o PIB veio um pouco mais forte do que os economistas, em geral, esperavam, segundo pesquisa do Projeções Broadcast, a mediana de crescimento do PIB era de 0,3%, com as estimativas oscilando de variação zero a avanço de 0,5%. Segundo analistas, isso eventualmente pode diminuir a convicção de quem aposta em espaço para o BC começar a cortar os juros até o fim deste ano.

eldquo;Se o Copom ( Comitê de Política Monetária) busca convergência da inflação no horizonte relevante, precisaríamos ver uma desaceleração bem mais intensa da atividade econômica, para que houvesse um recurso mais rápido da inflaçãoerdquo;, explicou economista-chefe do Banco do Brasil, Marcelo Rebelo, acrescentando que os diretores do BC têm pregado cautela ao falar sobre os próximos passos da política monetária.

Entre os vetores que explicam isso, o economista-chefe do BB cita o mercado de trabalho robusto, os reajustes do salário mínimo, os programas de transferência de renda e o volume de crédito à pessoa física, que não tem cedido na mesma intensidade do que nas concessões às empresas. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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