Sindiposto | Notícias

As queimadas devem trazer prejuízos de R$ 350 milhões para os produtores de cana-de-açúcar de São Paulo. O dado é da Orplana (Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil). A entidade prevê impactos diretos nos preços do etanol e do açúcar.

Prejuízos
Foram queimados 59 mil hectares em áreas de cana e de rebrota de cana. A Orplana afirma que havia 305 focos de incêndio em canaviais no sábado (24) e 1.800 na sexta-feira (23), de acordo com os dados mais atualizados da entidade. A Orplana representa 12 mil fornecedores de cana na região Centro-Sul do Brasil.

São Paulo é responsável por 53,2% da produção nacional de cana. O estado é o maior produtor do país e as regiões em que há maior concentração dos canaviais são Ribeirão Preto, Piracicaba, Araraquara, Araçatuba, Presidente Prudente e São José do Rio Preto.

"Percebemos uma redução na produtividade na ordem de 50%, até por essa perda de biomassa que acabou sendo incendiada. Com isso, já temos impactos diretos nos preços do etanol e do açúcar e no canavial do próximo ciclo", disse oCEO da Orplana, José Guilherme Nogueira

Setor está preocupado com os próximos dias. Nogueira diz que a chuva de domingo (25) aliviou a situação, mas que o tempo segue seco e quente, o que traz preocupação.

Ainda não é possível medir se haverá aumento de preços ao consumidor provocado pela situação. Um relatório da XP afirma que o mercado busca compreender o efeito das queimadas nos números da safra. A XP diz que o clima seca no final de semana levou agosto a um recorde de incêndios, com quase 3.500 focos, impactando áreas de canavial. "O clima seco continua no Centro-Sul impactando a segunda metade da safra 24/25", afirma documento.

Mas há um viés de alta principalmente para o preço do açúcar. Mesmo depois de queimada, a cana-de-açúcar ainda pode ser processada para produção de etanol e açúcar, diz Samuel Isaak, especialista em commodities agrícolas da XP. No entanto, o produto começa a perder qualidade no campo depois dos incêndios e, por conta da extensão dos danos, é possível que não haja tempo para processar toda a matéria-prima. Para ler esta notícia, clique aqui.

Fonte/Veículo: UOL

Leia também:

article

BYD quer 'virar a página' e estuda abrir fábrica de Camaçari (BA) para visitas

Para se afastar das polêmicas e reforçar sua presença nacional, a BYD estuda uma nova estratégia: [...]

article

Por que a América Latina não consegue abrir mão do petróleo

Às vésperas da COP30, Lula se apresentou como líder ambiental, destacando a queda no desmatamento [...]

article

Dívida de devedores contumazes com a União poderia quadruplicar investimentos de segurança pública

Um levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL), com base em dados do Ministério da Fazenda [...]

Como posso te ajudar?