ExpoRevenda 2025: o grande encontro do setor de revenda de combustíveis da região Sudeste
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As energias renováveis respondem por 90% da matriz elétrica e por 50% da matriz energética no Brasil, muito acima da média global, o que torna o país líder em energia limpa entre as grandes economias. Para avançar na transição energética, no entanto, é preciso reduzir a dependência de combustíveis fósseis, escalar novas tecnologias de descarbonização e combater o desmatamento.
emdash; A redução da dependência de combustíveis fósseis passa por diferentes possibilidades, desde o uso de outras fontes de energia, como biocombustíveis, no caso dos transportes marítimo e aéreo, onde a eletrificação ainda não é uma opção viável, até a busca por maior eficiência nos processos produtivos, no caso do setor industrial emdash; diz a diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn. emdash; Mudar nosso padrão de consumo também é essencial. Sem promover a busca de soluções para esta parte da equação, o mundo continuará dependendo de petróleo e gás.
A redução das emissões de gases de efeito estufa por transportes como a aviação, o marítimo e o rodoviário pesado é difícil. Esses modais demandam muita energia, em condições que, hoje, só os combustíveis fósseis fornecem com a densidade energética e o custo adequados. Para descarbonizar estes setores, estuda-se o desenvolvimento de novas soluções, como o combustível sustentável de aviação (SAF), o hidrogênio verde (H2V), o biometano (CH4) e o diesel verde (HVO), além de tecnologias de captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS). Suzana Kahn lembra que, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), mais da metade das soluções para descarbonizar o setor de energia ainda não alcança escala comercial.
emdash; Portanto, seria fundamental que uma política de inovação aproximasse o setor acadêmico de ciência e tecnologia do setor privado, em busca de soluções comerciais competitivas emdash; sugere.
Com energia limpa abundante e a custos competitivos, o Brasil possui condições naturais favoráveis para viabilizar, por exemplo, o hidrogênio verde, produzido a partir de eletricidade renovável. Projetos-piloto já foram anunciados e há acordos de cooperação internacional firmados neste sentido. Com negociações avançadas, o Ceará investe na criação de um hub de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário de Pecém (CIPP) para produzir e exportar o combustível.
Em junho, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), maior financiador de energia renovável do mundo, a Petrobras e a Finep lançaram um edital para estruturar um fundo FIP de até R$ 500 milhões destinado a investir em micro, pequenas e médias empresas de base tecnológica com soluções inovadoras em energias renováveis e baixo carbono. Estima-se que o processo seja concluído em outubro e que as operações se iniciem no primeiro semestre de 2026.
Aposta no biometano
De acordo com a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, uma das grandes apostas para descarbonizar processos industriais e transporte pesado é o biometano, cuja molécula principal é a mesma do gás natural (CH4). A diferença é a origem. Enquanto o gás natural é de origem fóssil, o biometano é um biocombustível renovável, obtido pela purificação do biogás.
emdash; Estamos começando a escalar o biometano, que pode ser produzido da vinhaça, uma sobra do processo de produção de açúcar e álcool, e a partir do feedstock da pecuária, da suinocultura. Podemos ser um dos cinco maiores produtores de biometano do mundo. Ele é essencial na descarbonização porque substitui o gás natural no transporte de longa distância e na indústria emdash; explica Luciana, cuja diretoria, a de Mudança Climática, já financiou cinco projetos de biometano, num total de R$ 535 milhões.
Fonte/Veículo: O Globo
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