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A Petrobras assinou os três primeiros contratos para a conclusão das obras da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, paralisadas após as investigações da Operação Lava-Jato, que revelaram um esquema de corrupção em obras da unidade. O valor dos contratos é de R$ 4,9 bilhões.

Eles foram assinados com a Consag Engenharia, do grupo Andrade Gutierrez, um dos alvos da investigação e são relativos à conclusão da construção do trem 2 da refinaria, em Pernambuco.

"A decisão foi submetida à aprovação pelas instâncias competentes, em conformidade com os procedimentos de governança da companhia", disse a Petrobras em comunicado nesta segunda-feira.

As obras contemplam a implementação da Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), da Unidade de Hidrotratamento de Diesel S10 (UHDT-D) e da Unidade de Destilação Atmosférica (UDA).

O valor já está previsto no Plano de Negócios 2025-2029. A conclusão do projeto contará ainda com outros pacotes de serviços, que se encontram em processo de licitação.

A previsão é que as unidades entrem em operação em 2029, permitindo dobrar a capacidade instalada da refinaria, passando dos atuais 130 mil barris/dia para 260 mil barris/dia, tornando-se assim a segunda maior refinaria da Petrobras em capacidade de processamento de petróleo.

PDVSA desistiu da refinaria
A Rnest foi concebida ainda na primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contava originalmente com a participação da venezuelana PDVSA, que anos mais tarde desistiu do projeto.

Em 2005, o orçamento inicial previsto era de US$ 2,3 bilhões. Nove anos depois, a Rnest já havia consumido quase US$ 20 bilhões.

A primeira unidade de refino de Abreu e Lima entrou em operação no fim de 2014. O projeto original previa uma segunda unidade, mas esta foi descartada em 2015. Na gestão de Jair Bolsonaro a estatal colocou a Rnest à venda junto com outras sete refinarias. Mas não houve interessados.

Fonte/Veículo: O Globo

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