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A Petrobras anunciou redução de 5,6% no preço da gasolina A vendida às distribuidoras, a partir de terça-feira (3/6). Com o ajuste, a estatal acumula redução de R$ 0,22 por litro desde dezembro de 2022 emdash; queda de 7,3% no preço nominal.

Ajustada pela inflação do período, essa retração chega a R$ 0,60 por litro, ou 17,5% em termos reais, segundo destacou a companhia no comunicado desta segunda (2/6).

O valor médio nas refinarias passará a R$ 2,85 por litro, queda de R$ 0,17. A Petrobras afirma que, para o consumidor, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, a parcela Petrobras na gasolina C recua para R$ 2,08/litro, R$ 0,12 a menos por litro.

eldquo;Considerando a inflação do período de dezembro de 2022 até hoje, a redução dos preços da gasolina nas refinarias da Petrobras é de 17,5%erdquo;, afirmou a companhia. Veja o comunicado.

Essa é a primeira mudança no preço da gasolina em 328 dias. Na semana passada, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que tanto a gasolina quanto o diesel estão sendo vendidos pelas refinarias da estatal abaixo do preço de paridade internacional.

Em entrevista após participar de evento do Dia da Indústria no BNDES, na segunda (26/5), Chambriard reforçou que, caso os preços do petróleo continuem em queda e o real se valorize, a companhia eldquo;por certoerdquo; reduziria os valores dos combustíveis.

eldquo;Estamos monitorando os preços a cada 15 dias e buscando eliminar a volatilidade do mercado. Temos visto o petróleo recuar e o real se valorizar. Tanto a gasolina quanto o diesel estão com preços abaixo da paridade internacional. Por enquanto, acompanhamoserdquo;, disse a executiva.

De lá para cá, as cotações do petróleo Brent no mercado internacional caíram de US$ 64,12 para US$ 63,93 nos fechamentos do mercado de 26 de maio e 1º de junho. Nesta segunda (2/6), contudo, o barril é negociado em alta de 3,4%, próximo dos US$ 65.

eldquo;Se o petróleo cair mais, certamente vamos reduzir o preço dos combustíveis endash; não só da gasolina, mas também do diesel, do QAV e do GLPerdquo;, disse Magda Chambriard na semana passada.

Petrobras faz primeiro reajuste de preço da gasolina em 11 meses

A Petrobras manteve o preços da gasolina sem reajustes por 328 dias, desde 9 de julho de 2024, quando havia elevado os preços médios em R$ 0,20 por litro. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) faz o balanço diário de preços domésticos e da paridade de importação (PPI), com a consultoria Stonex.

Segundo o boletim desta segunda (2/6), o mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos e o PPI acumula uma redução de R$ 0,49 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras.

eldquo;Os preços médios da gasolina A operam acima ou abaixo da paridade a depender dos polos analisadoserdquo;, informa. A janela de importação ficou aberta por quatro dias até o fechamento do mercado na sexta (30/5).

Isto é, a Abicom calculava que era possível importar combustíveis com preços competitivos em relação aos praticados pelas refinarias nacionais em razão da diferença de R$ 0,03 a R$0,17 por litro, a depender do polo.

A Refinaria de Mataripe, da Acelen, na Bahia, vende a gasolina A para as distribuidoras no polo de Aratu por R$ 2,8772 por litro, enquanto o preço de paridade (PPI) no mesmo polo está em R$ 2,8986, defasagem de 1% (R$ 0,0214 por litro), segundo a Abicom.

Concorrência da Petrobras com o etanol hidratado

A Petrobras anunciou o corte em 5,6% nos preços da gasolina após os preços do etanol hidratado caírem em 18 estados na semana de 25 a 31 de maio, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pela AE-Taxas.

Nos postos pesquisados e#8203;e#8203;pela agência em todo o país, o preço médio do etanol cedeu 0,23% na comparação com a semana anterior, para R$ 4,27 o litro, diz o Estadão.

  • Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais posições avaliadas, a cotação média caiu 0,25%, de R$ 4,08 para R$ 4,07 o litro.
  • A maior queda percentual na semana, de 1,31%, foi registrada no Ceará, onde o litro passou de R$ 5,35 para R$ 5,28. A maior alta no período, na Bahia, foi de 1,04%, para R$ 4,87 o litro.
  • O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,38 o litro, em São Paulo.
  • O maior preço, de R$ 6,49, foi distribuído em Pernambuco.
  • Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,89, foi registrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,49 o litro.

Assim, o etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em seis estados na semana de 25 a 31 de maio. Na média das pesquisas postadas no país, o etanol tinha paridade de 68,10% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP elaborado pela AE-Taxas.

Executivos do setor observam que o biocombustível pode ser competitivo mesmo com paridade maior que 70%, a depender do veículo em que é utilizado.

O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (69,56%); Mato Grosso (63,25%); Mato Grosso do Sul (65,29%); Minas Gerais (69,67%); Paraná (68,09%) e São Paulo (66,29%).

Com informações do Estadão Conteúdo.

Fonte/Veículo: Eixos

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