Etanol e gasolina têm quedas nos preços em abril, aponta IPTL
No mês de abril, o preço médio do litro do etanol foi de R$ 4,48 nos postos de abastecimento do P [...]
A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta segunda-feira (5) a terceira redução do diesel desde abril. A última queda, de 4,7%, ou equivalente a R$ 0,16, leva o litro do produto a custar R$ 3,27 nas refinarias da estatal a partir da terça-feira (6).
A queda acompanha o movimento do petróleo, que nesta segunda-feira perdeu o patamar de US$ 60 o barril, devido a incertezas na economia trazidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pela expectativa com o aumento da oferta de petróleo no mercado pela Organização Países dos Exportadores de Petróleo e aliados (Opep +).
De acordo com a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da estatal no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81/litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B.
eldquo;Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 1,22/litro, uma redução de 27,2%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,75/litro ou 34,9%erdquo;, disse a estatal em nota.
Nos movimentos anteriores deste ano, a Petrobras havia reduzido o preço médio do diesel em suas refinarias em 4,6% em 1º de abril emdash; no que foi na ocasião o primeiro corte de valores deste combustível desde dezembro de 2023 emdash; e em 3,4% em 18 de abril.
No início do ano, a Petrobras havia elevado o diesel em R$ 0,22 o litro.
À Reuters, o sócio-diretor da Raion Consultoria, Eduardo Oliveira de Melo, afirmou acreditar que a Petrobras repetiu a estratégia do último reajuste e voltou a fazer um movimento conservador, diante de toda a incerteza gerada no mercado por conta da guerra tarifária.
Melo ressaltou que, desde o último reajuste, o dólar foi abaixo de R$ 5,65 e houve uma desvalorização adicional do barril do petróleo.
eldquo;Eu acho que ela (a Petrobras) adotou mais uma vez o conservadorismo e fica aí com a porta aberta para novos cortes, claro, se o cenário não mudarerdquo;, disse Melo.
No último corte, o diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse à Reuters que a Petrobras tem analisado o preço a cada 15 dias.
eldquo;Ao que parece, a Petrobras está utilizando esse espaçamento dos 15 dias para analisar as oportunidades, especialmente de redução. Então, ela não precisa fazer tudo de uma vez só, ela faz isso de maneira faseada e é o tempo também de talvez consolidar um pouco mais o cenário, ter uma leitura melhor do cenário econômico mundialerdquo;, acrescentou Melo.
O repasse da redução do preço do diesel da Petrobras aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de questões como margem de distribuição e revenda, impostos e mistura de biodiesel.
O Goldman Sachs também apontou que, apesar do anúncio de hoje, continua vendo os preços do diesel da Petrobras um dígito médio acima da paridade internacional, enquanto vê os preços da gasolina um dígito baixo acima da referência internacional.
O banco vê o anúncio desta segunda como mais um passo em direção à convergência entre os preços locais e a referência internacional. eldquo;Continuamos observando a Petrobras cobrando preços locais acima das referências internacionais, deixando espaço, em nossa opinião, para algumas reduções adicionais de preços. No entanto, acreditamos que a estatal continuará com sua abordagem mais conservadora em sua política de preços e, portanto, convergirá gradualmente para a referência internacionalerdquo;, avalia.
Já para distribuidores de combustíveis, isso impõe um obstáculo às margens do 2º trimestre para o setor. eldquo;Embora isso crie algum risco de queda nas margens (perdas adicionais de estoque), observamos que a Petrobras continua cobrando preços acima da referência internacional. Isso poderia, em última análise, encorajar os players independentes a acelerar as importações (e, portanto, implicar em um potencial efeito de excesso de oferta, pressionando ainda mais a lucratividade)erdquo;, avalia o Goldman.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)
Fonte/Veículo: InfoMoney
No mês de abril, o preço médio do litro do etanol foi de R$ 4,48 nos postos de abastecimento do P [...]
A produção de petróleo do Brasil subiu em março pelo quinto mês consecutivo, atingindo 3,621 milh [...]
Os contratos futuros de petróleo fecharam a segunda-feira, 5, em queda, após a Organização dos Pa [...]