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A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (17) redução de 0,12% no preço de venda do diesel em suas refinarias, acompanhando a redução nas cotações internacionais do petróleo após o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo a estatal, o preço médio do combustível nas refinarias passará a R$ 3,43 por litro a partir desta sexta (18). Considerando a mistura obrigatória de 14% de biodiesel no produto vendido nos postos, a estatal calcula um repasse de R$ 0,10 por litro ao consumidor final.

Foi o segundo corte no preço do diesel em 2025: o primeiro foi anunciado no fim de março. Antes, em fevereiro, a Petrobras havia elevado o preço do combustível, que passou o ano de 2024 inteiro sem alteração nas refinarias da estatal.

A empresa diz que, com o corte anunciado nesta quinta, a queda acumulada do preço nas refinarias desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega a R$ 1,59 por litro, ou 31,7%, considerando a inflação do período.

Na véspera do anúncio, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que esperava boas notícias no preço dos combustíveis "nos próximos dias". "Todos sabem que o meu maior foco é apontar para o caminho do menor preço na bomba. Tenho extrema convicção que teremos boas notícias na questão dos combustíveis nos próximos dias por questões objetivas", afirmou.

O governo vinha cobrando o ajuste de preços à queda das cotações internacionais. Na semana passada, Silveira chegou a comentar o assunto publicamente em ao menos duas ocasiões.

A sequência de reajustes em 2025 difere da estratégia adotada pela Petrobras no ano anterior, o primeiro da gestão da presidente Magda Chambriard. Em 2024, a estatal optou por operar por longos períodos com preços desalinhados ao mercado internacional.

A companhia alegava que sua política comercial tinha como premissa não repassar ao consumidor volatilidades do merca do internacional. Na quarta (16), Magda repetiu a premissa em entrevista, dizendo que não queria repassar a "confusão" provocada por Trump ao mercado interno.

O Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo, Gás e Biocombustíveis) diz que a sequência de ajustes "relativiza" a política de preços implantada em maio de 2023, ao "explicitar a forte vinculação dos preços internos aos preços internacionais, base da anterior política de preços".

Na abertura do mercado desta quinta, o preço do diesel vendido pela companhia estava R$ 0,11 por litro acima da paridade de importação medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). No caso da gasolina, o prêmio era de R$ 0,08 por litro.

O último corte promovido pela Petrobras em suas refinarias ainda não havia chegado integralmente às bombas na semana passada, quando a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), divulgou sua última pesquisa semanal de preços.

Em duas semanas após o reajuste da estatal, a queda acumulada no preço do diesel S-10 nos postos brasileiros chegou a R$ 0,09 por litro, R$ 0,06 a menos do que o projetado pela empresa ao anunciar o corte.

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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