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Produção de açúcar e etanol cresce no Norte e Nordeste

A Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (Novabio) informou que as usinas e destilarias do Norte e Nordeste processaram 50,80 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2024/2025 até 31 de janeiro. Esse volume representa um crescimento de 2% em relação ao mesmo período da safra anterior, impulsionado por condições climáticas favoráveis, que garantiram um bom desenvolvimento da lavoura e maior eficiência no processamento da matéria-prima. A produção de açúcar nessas regiões avançou 18,9%, totalizando 3,36 milhões de toneladas até o final de janeiro. Esse crescimento reflete a melhoria na produtividade das usinas, que vêm investindo em novas tecnologias para otimizar a extração e o rendimento industrial. O aumento também fortalece a oferta do produto no mercado interno, ajudando a suprir a demanda e reduzindo a dependência de outras regiões produtoras. No setor de biocombustíveis, a produção de etanol hidratado atingiu 1,07 bilhão de litros, enquanto o etanol anidro alcançou 1,25 bilhão de litros no mesmo período. A maior disponibilidade reforça a oferta do biocombustível, essencial para a mistura com a gasolina e para o abastecimento dos veículos flex. Esse aumento pode contribuir para manter a estabilidade dos preços e garantir o suprimento ao longo da safra. Os bons resultados confirmam a relevância das usinas do Norte e Nordeste para o setor sucroalcooleiro brasileiro, destacando o papel da região na produção de açúcar e etanol. Com condições climáticas favoráveis e avanços tecnológicos, a expectativa é de que a safra continue apresentando números positivos.

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Momento não é favorável para novos investimentos no mercado de energia, diz presidente da Vibra

Os planos da Vibra Energia para a Comerc, com a conclusão da compra dos 50% de participação restantes na comercializadora, é a busca de maior fluxo de caixa livre e explorar as sinergias que a aquisição pode trazer para o grupo, disse o presidente da distribuidora de combustíveis, Ernesto Pousada. Em teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre e 2024, Pousada disse que o momento não está favorável para novos investimentos no mercado de energia, o que leva a Vibra a aproveitar o cenário para aumentar esforços na melhoria do fluxo de caixa livre. eldquo;Estamos avançando forte com Comerc e enxergamos sinergias e eficiências adicionais em relação ao que vimos inicialmente [quando a aquisição foi realizada]. Vamos avançar muitoerdquo;, disse Pousada. A Vibra registrou, em 2024, margem Ebitda de R$ 175/metro cúbico, fluxo de caixa livre consolidado de R$ 3,3 bilhões, e realizou pagamento de R$ 1,075 bilhão em juros sobre o capital próprio (JCP) e R$ 1,6 bilhão em dividendos. O negócio da Vibra está ligado ao crescimento do ritmo da economia, representado pelo PIB, e isso é um risco inerente à empresa, ressaltou Pousada. O executivo disse que um exemplo de como esse risco se materializa se deu em outubro, quando a demanda por combustíveis teve retração, ainda que em novembro e dezembro houvesse uma recuperação. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Liberação de dinheiro do FGTS retido pelo saque-aniversário terá limite inicial de R$ 3.000

O Ministério do Trabalho e Emprego informou nesta terça-feira (25) que, na primeira etapa da liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo do Serviço) retido por causa do saque-aniversário, será pago o limite de R$ 3.000 por trabalhador. Se o valor a receber for superior, o saldo restante será liberado em uma segunda etapa, a contar 110 dias após a publicação da MP (medida provisória), que será editada na próxima sexta-feira (28). Criado pelo governo Jair Bolsonaro (PL), o saque-aniversário, que passou a valer em 2020, requer adesão prévia e autoriza o trabalhador a sacar parte do saldo do FGTS anualmente no mês do seu aniversário. Ao optar por essa modalidade, no entanto, ele perde a opção pelo saque-rescisão, em que é possível resgatar todo o valor do FGTS em caso de demissão sem justa causa. Há uma quarentena de dois anos para que o residual possa ser sacado. É esse saldo remanescente que será liberado. No total, governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê a liberação de R$ 12 bilhões, como adiantou a Folha. Após a edição da medida provisória, os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário e forem demitidos não poderão acessar o saldo, que permanecerá retido, de acordo com nota do Ministério do Trabalho e Emprego. Terão acesso à liberação do FGTS os trabalhadores demitidos entre janeiro de 2020 até a data da publicação da MP. Por terem aderido ao saque-aniversário, esses trabalhadores ficaram impedidos de acessar o recurso. VEJA COMO VAI FUNCIONAR A LIBERAÇÃO Quem tem direito? O trabalhador que foi demitido e não conseguiu acessar os recursos na rescisão por ter optado pelo saque-aniversário. A liberação vale para quem foi demitidos entre janeiro de 2020 até a data da publicação da MP. Como será o pagamento? Na primeira etapa, será pago até o limite de R$ 3.000 para todos os trabalhadores que tiveram direito. Quem tiver mais a receber, vai precisar esperar mais 110 dias para receber o restante, a contar 110 dias após a publicação da MP. Como fica para quem for demitido depois da publicação da MP? Os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário e forem demitidos não poderão acessar o saldo, que permanecerá retido.

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Petrobras divulga hoje resultados de 2024: veja por que analistas esperam lucro menor

No primeiro resultado anual de Magda Chambriard no comando da Petrobras, a estatal deve registrar um lucro líquido de cerca de R$ 70 bilhões em 2024, de acordo com a previsão de analistas. Se isso se confirmar, o resultado vai representar uma queda superior a 40% em relação ao ano anterior, quando registrou ganhos de R$ 124,6 bilhões. Magda tomou posse como presidente da empresa em junho do ano passado. O resultado será divulgado nesta quarta-feira após o fechamento do mercado financeiro. No quarto trimestre, a expectativa média dos bancos é que o lucro líquido fique em torno de R$ 17 bilhões, um recuo de 45% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, há estimativas que variam entre R$ 4,6 bilhões e R$ 30 bilhões para os ganhos entre outubro e dezembro, dependendo do banco. Para as instituições financeiras ouvidas pelo GLOBO, há uma série de fatores que ajudam a explicar a queda no lucro. Citam a redução de 3,8% na produção em 2024, puxada pelas paradas para manutenção em campos do pré-sal no fim do ano passado e pelo declínio natural dos campos do pós-sal, com queda de 20%. Além disso, houve um recuo de 1,4% no volume total de vendas no mercado interno, para 1,719 milhão de barris por dia. O resultado foi influenciado pela queda de 4,1% na gasolina e pela retração de 2,8% no diesel. Os bancos também mencionam os impactos da alta do dólar ao longo do último trimestre emdash; que chegou a ultrapassar R$ 6,20 em dezembro emdash; e a redução do preço do barril de petróleo no exterior na comparação anual. O valor médio do barril caiu de US$ 84 para uma faixa entre US$ 71 e US$ 72 entre o fim de 2023 e o fim de 2024. Somados, esses fatores, segundo a XP, afetarão o caixa, gerando impactos no lucro. A estimativa é que a receita caia mais de 3%, para R$ 493 bilhões no ano fechado de 2024. A XP também destaca a redução dos preços dos derivados em dólar, resultante da depreciação do real. "Espera-se que esse declínio na geração de caixa operacional (Ebitda) seja transferido para o lucro líquido, também impactado por perdas cambiais", afirma o banco. emdash; Há uma combinação de preço menor do petróleo e apreciação do real emdash; resume o analista de investimento independente Pedro Galdi. Dividendos de até R$ 17 bilhões Apesar da queda esperada no lucro e na receita, os bancos projetam a distribuição de dividendos ordinários. As estimativas apontam para dividendos entre US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,48 bilhões) e US$ 3 bilhões (R$ 17,25 bilhões), considerando a cotação de R$ 5,75. No último dia 11 de novembro, a Petrobras anunciou o pagamento de R$ 17,12 bilhões em dividendos ordinários referentes ao terceiro trimestre. No segundo trimestre deste ano, a estatal pagou um total de R$ 13,57 bilhões em dividendos ordinários. A empresa já havia distribuído outros R$ 13,45 bilhões referentes ao primeiro trimestre, totalizando R$ 44,14 bilhões. Além disso, no último dia 21 de novembro, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários, tema que gerou uma crise entre o antigo presidente da estatal, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira.

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Pix por aproximação começa a operar nesta sexta

A partir da próxima sexta-feira (28), véspera do fim de semana de Carnaval, data em que as transações com Pix devem aumentar consideravelmente, o Banco Central (BC) vai liberar pagamentos utilizando o Pix por aproximação. Com o sistema, os consumidores vão poder realizar pagamentos com o celular emdash; como fazem com cartões emdash; usando o sistema de pagamentos instantâneos do BC Agora, será possível incluir o Pix em carteiras digitais nos celulares e pagar as compras encostando o aparelho nas maquininhas, como já ocorre no débito e no crédito. Nos pagamentos pela internet, a finalização das compras com o Pix dependerá de apenas um clique, sem precisar captar o QRCode ou usar o Pix Copia e Cola e ir até o aplicativo do banco para cada operação. Tudo será feito dentro do site da empresa que está vendendo o produto ou serviço. A funcionalidade ficará disponível a partir do Google Pay, solução de iniciação de pagamentos que agrega os recursos de instituições financeiras e os disponibiliza no momento da compra, seja virtual ou física. Para operar, o sistema precisa estar funcionando nas maquininhas. Os testes já estavam ocorrendo com os bancos C6, PicPay, Itaú (e sua maquininha, a Rede), Banco do Brasil, Santander, Bradesco e Caixa Econômica Federal. Outras 11 "maquininhas" firmaram parceria com a Google e devem estar prontas para receber pagamentos do Pix por aproximação a partir do lançamento oficial: Cielo, Getnet, Pagbank, Stone, Sumup, Fiserv, Safra Pay, Sicredi, Azulzinha, Mercado Pago e Bin. Ainda não há informação sobre quando o Pix por aproximação funcionará no Apple Pay, em dispositivos iOS, ou no Samsung Pay. A modalidade também estará disponível para todos os clientes do BTG Pactual, que disponibilizava apenas para uma base controlada. Para ativar a modalidade, o usuário deve entrar no Google Pay e vincular sua conta BTG. Clientes do Nubank e do Inter também terão acesso ao recurso. Como vai funcionar Para fazer o Pix por aproximação pela Carteira do Google, os usuários vão precisar vincular suas contas à ferramente. A partir disso, ao fazer um pagamento o consumidor só vai precisar desbloquear o celular, aproximar o aparelho e seguir os passos do pagamento Pix pela Carteira. O recurso, por enquanto, só irá funcionar para aparelhos Android. Inicialmente, o Google Pay é a única carteira digital que oferece suporte ao Pix por aproximação. Para que o usuário use a opção de aproximar, o lojista terá que optar, na maquininha, pela opção de pagamento por Pix. O código QR vai aparecer na tela da máquina. O consumidor então terá que ativar o Google Pay, que irá fornecer as opções de bancos cadastrados pelo usuário. A expansão da funcionalidade depende tanto da disponibilização pelos bancos, como da ativação do recurso para empresas por trás das "maquininhas". Todo o mercado, no entanto, terá que habilitar o sistema até o prazo estabelecido pelo BC, que era fevereiro deste ano. Segurança A funcionalidade vai operar nos aparelhos que tenham o NFC, que é tecnologia que permite a troca de informações entre os celulares e as máquinas de pagamento. O valor máximo para as operações será de R$ 500, podendo ser diminuído ou personalizado com um valor máximo por dia. Por fim, a cada operação, será obrigatória a confirmação via biometria, reconhecimento facial, senha ou chave de segurança, uma camada de proteção adicional.

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IPCA-15 é o maior para fevereiro desde 2016, mas sobe menos do que o esperado

Pressionada pela alta de 16,33% na conta de luz, a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) acelerou a 1,23% em fevereiro, apontam dados divulgados nesta terça (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado veio após variação de 0,11% em janeiro. A taxa de 1,23% é a maior para meses de fevereiro desde 2016, quando o avanço havia sido de 1,42%. O IPCA-15, contudo, ficou abaixo do esperado pelo mercado financeiro. A mediana das projeções de analistas estava em 1,36%, segundo pesquisa da agência Bloomberg. Com os dados de fevereiro, o IPCA-15 passou a acumular alta de 4,96% em 12 meses. É um patamar acima do teto da meta de inflação para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2025 (4,5%). Nesse recorte, a variação era justamente de 4,5% até janeiro. Na ocasião, o IPCA-15 teve alívio com o desconto temporário nas contas de luz em razão do bônus de Itaipu. A medida entrou em vigor em janeiro devido a um atraso na conclusão do processo. A taxa de 0,11% foi a menor para o primeiro mês do ano desde o início do Plano Real. Com a reversão do bônus em fevereiro, o aumento do ICMS de combustíveis e os reajustes sazonais das mensalidades escolares, os economistas passaram a projetar a aceleração do IPCA-15 neste mês. Apesar de o índice ter subido menos do que o esperado, o quadro ainda é ruim em termos qualitativos, com desafios para a condução da política monetária do BC (Banco Central), avalia o economista Igor Cadilhac, do PicPay. "Mantemos nossa expectativa de que o Copom eleve a Selic para 15%, patamar no qual deve permanecer até o fim do ano", diz. Conforme o economista, a principal surpresa do IPCA-15 veio das passagens aéreas, que caíram 20,42% em fevereiro. A baixa foi maior do que a esperada (-15%). Além disso, aponta Cadilhac, a alimentação no domicílio subiu 0,63%, abaixo da projeção (0,91%). Relatório do Itaú traz avaliação semelhante. "O dado divulgado hoje [terça] veio abaixo das expectativas, com surpresa concentrada em passagens aéreas [...]. Em relação aos núcleos, por outro lado, os serviços subjacentes [com preços menos voláteis] vieram em linha com nossa expectativa e seguem indicando um qualitativo ruim para a inflação", diz a publicação, assinada pela economista Luciana Rabelo. Conta de luz puxa resultado Segundo o IBGE, a alta de 16,33% na energia elétrica residencial ocorreu após queda de 15,46% em janeiro. Com o novo resultado, a conta de luz exerceu a maior pressão individual sobre o IPCA-15 (0,54 ponto percentual). Na sequência, veio o impacto do reajuste de 7,5% nas mensalidades do ensino fundamental (0,12 ponto percentual). A gasolina, por sua vez, subiu 1,71%, gerando a terceira maior pressão sobre o índice (0,09 ponto percentual). Quando a análise considera os nove grupos de bens e serviços pesquisados, habitação (4,34%) teve o principal impacto (0,63 ponto percentual). O resultado reflete principalmente o avanço dos preços da energia. O grupo educação, por sua vez, teve a maior variação (4,78%). Alimentos sobem menos Em alimentação e bebidas, a alta dos preços foi de 0,61% em fevereiro, abaixo da registrada em janeiro (1,06%). O ramo, porém, ainda mostra a maior inflação acumulada entre os nove grupos em 12 meses: 7,12%. No índice mensal de fevereiro, o IBGE destacou os aumentos da cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%). O ovo de galinha, por sua vez, subiu 2,56%. Por outro lado, o instituto apontou quedas na batata-inglesa (-8,17%), no arroz (-1,49%) e nas frutas (-1,18%). A carestia da comida traz dor de cabeça para o governo Lula (PT). A situação é apontada como uma das razões para a perda de popularidade do presidente. Nos últimos meses, a inflação dos alimentos foi pressionada por fatores como problemas climáticos e valorização do dólar. IPCA-15 e IPCA Por ser divulgado antes, o IPCA-15 sinaliza uma tendência para os preços no IPCA, o indicador oficial de inflação do Brasil. A metodologia de cálculo dos dois é a mesma, mas há diferenças como o período da coleta dos preços. No IPCA-15, o levantamento das informações ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência. No caso do índice de fevereiro, o trabalho foi de 15 de janeiro a 12 de fevereiro. Já a coleta de preços do IPCA se concentra no mês de referência da pesquisa. Em outras palavras, contempla o "mês cheio". Assim, o resultado de fevereiro ainda não é conhecido. Será publicado em 12 de março. O IPCA serve de referência para o regime de metas de inflação perseguido pelo BC. Na mediana, as previsões do mercado apontam alta de 5,65% para o índice oficial ao fim de 2025, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo BC na segunda (24). A estimativa subiu pela 19ª semana consecutiva, distanciando-se do teto da meta de inflação deste ano, que é de 4,5%. Em 2025, o BC passa a perseguir o alvo de maneira contínua, abandonando o chamado ano-calendário (janeiro a dezembro). No novo modelo, a meta será considerada descumprida quando a variação acumulada pelo IPCA permanecer por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto). O centro do alvo é 3%.

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