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Governo coloca em consulta meta de 48 milhões de CBIOs em 2026

O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu, nesta quinta-feira (11/09), a consulta pública sobre as metas anuais de descarbonização da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A proposta prevê que distribuidoras de combustíveis tenham que adquirir 48,09 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) em 2026. O período de contribuições vai até 26 de outubro e pode ser realizado pela página de consultas públicas do MME ou pelo Participa+Brasil. Cada CBIO corresponde a uma tonelada de carbono que precisa ser mitigada pelas distribuidoras pela venda de combustíveis fósseis. Os títulos são emitidos por produtores de etanol, biodiesel e biometano e comercializados na B3. A consulta também discute a Análise de Impacto Regulatório (AIR) sobre as metas do RenovaBio para o decênio 2026-2035, com as metas previstas para os anos de 2027 a 2035. A minuta divulgada nesta quinta manteve a meta para 2026 prevista na consulta do ano passado.

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Receita mira fraudes bilionárias no setor de combustíveis

A Receita Federal informou que início nesta quinta-feira uma nova fase da Operação Inflamável, voltada a empresas revendedoras de combustíveis que não corrigiram irregularidades em pedidos de ressarcimento de PIS e Cofins. A medida ocorre pouco depois da megaoperação Carbono Oculto, considerada a maior ação já realizada no Brasil contra o crime organizado, que identificou envolvimento de algumas empresas no setor com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Na etapa anterior da Operação Inflamável, cerca de 6,3 mil empresas aproveitaram a oportunidade de regularizar espontaneamente suas Escriturações Fiscais Digitais, resultando na recuperação de R$ 5,2 bilhões em créditos indevidos, ou 73% do total identificado. Segundo a Receita, a ação contribuiu para reduzi a concorrência desleal e garantir maior justiça fiscal. Agora, mais de 87 mil pedidos de ressarcimento ainda irregulares estão sob análise. O primeiro lote foi concluído, e os demais serão avaliados de forma escalonada nos próximos meses. O valor total em investigação ultrapassa R$ 1,7 bilhões, com previsão de cobrança superior a R$ 1 bilhão, incluindo multas e juros. eldquo;Com essa nova fase, a Receita Federal reforça seu compromisso em assegurar que os créditos tributários sejam utilizados conforme a legislação vigente, preservando a arrecadação e a equidade no cumprimento das obrigações fiscaiserdquo;, informou a Receita. Carbono Oculto A megaoperação Carbono Oculto, realizada no fim de agosto, mobilizou cerca de 1.400 agentes federais em oito estados e desarticulou um esquema bilionário de adulteração de combustíveis e sonegação de impostos, envolvendo mais de 350 pessoas físicas e jurídicas. As investigações apontaram que o PCC operava na importação irregular de produtos químicos, adulteração de gasolina e etanol, e até na criação de fundos de investimento usados para ocultar patrimônio e financiar terminais portuários e usinas de álcool. Segundo o órgão, mais de 300 postos de combustíveis estavam envolvidos diretamente nas fraudes, com impacto estimado em até 30% dos postos no estado de São Paulo.

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Preço médio do automóvel 0km já supera R$ 150 mil no Brasil, aponta consultoria

O foco da indústria em fabricar e vender modelos mais caros já reflete no comportamento de compra do consumidor brasileiro. Se antes, os modelos mais baratos vendiam mais, agora, o ticket médio aumentou. É tanto que, no pódio dos automóveis e comerciais leves mais vendidos diretamente ao consumidor, o único modelo de entrada é o VW Polo (segundo lugar). Os demais - Hyundai Creta, em primeiro, e Toyota Corolla Cross, em terceiro. Custam, respectivamente, R$ 151.290 e R$ 188.990. De acordo com a K.Lume consultoria automobilística, com base em dados da Fenabrave, o fato de os SUVs compactos (todos, acima de R$ 150 mil) aparecerem como os modelos mais vendidos do mercado explica a alta do preço médio do automóvel no Brasil. Para comparação, em julho, o preço médio dos carros de passeio era de R$ 147.769,80. Em agosto, subiu pouco mais de 3% e foi para R$ 152.727,40. Os modelos mais baratos, contudo, passaram a aparecer com cada vez mais força no ranking de vendas diretas. Os modelos de entrada mais baratos do Brasil, leia-se Renault Kwid e Fiat Mobi, passam longe do top ten das vendas no varejo. No caso do modelo da fabricante italiana, em agosto, foram 6.877 emplacamentos. No entanto, 97,6% desse montante pertence à modalidade de vendas diretas - da montadora para quem compra carro por CNPJ. Veja a lista dos dez automóveis e comerciais leves mais vendidos no varejo em agosto e seus preços base: Hyundai Creta: 5.215 unidades (R$ 151.290) Volkswagen Polo: 5.214 (R$ 93.660) Toyota Corolla Cross: 4.388 (R$ 188.990) Volkswagen Nivus: 3.902 (R$ 119.990) Fiat Fastback: 3.852 (R$ 119.990) Fiat Strada: 3.737 (R$ 111.990) Honda HR-V: 3.605 (R$ 163.200) Hyundai HB20: 3.438 (R$ 94.590) Fiat Argo: 3.389 (R$ 92.990) Chevrolet Tracker: 3.331 (R$ 119.990) Pela lista, dá para notar que a instabilidade da economia - que eleva as taxas de juros e rende outros percalços para o consumidor final - modificou o comportamento de quem almeja o carro zero no Brasil. No varejo, compra quem pode pagar mais, e, quem não pode, não compra. Sem crédito para os mais pobres, a baixa no segmento de entrada é certa. Isso restringe e diminui as possibilidades de vendas e, consequentemente, gera números mais baixos no varejo. Outros motivos para a alta A alta do preço médio do automóvel zero km é, também, reflexo de uma série de fatores que pressionam o mercado automotivo. Entre eles, estão a elevação nos custos de produção, como aço e componentes eletrônicos, a valorização dos modelos híbridos e elétricos, que têm ingressado com mais força no mercado, e a desvalorização do real frente ao dólar. Sem contar que, hoje, o reposicionamento estratégico de algumas montadoras tem priorizado veículos de maior valor agregado, como SUVs e picapes, em detrimento dos modelos de entrada. Essa tendência contribui para o afastamento dos consumidores de baixa renda do mercado. Em síntese, mesmo com incentivos pontuais (como o IPI reduzido) para tentar estimular a produção de veículos mais baratos, os preços devem se manter lá em cima. É a única forma de acompanhar a evolução tecnológica e as exigências regulatórias mundo afora.

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Diesel fica mais caro em agosto na comparação com julho, segundo Edenred Ticket Log

De acordo com a mais nova análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa, o diesel ficou mais caro em agosto na comparação com julho: enquanto o tipo comum do combustível aumentou 0,65% no período, atingindo preço médio de R$ 6,19, o diesel S-10 teve média de R$ 6,22, um aumento de 0,81% em relação a julho. eldquo;O aumento registrado no diesel em agosto está ligado à influência de variáveis externas que continuam determinantes para a formação dos preços no Brasil. Oscilações no valor do petróleo e no câmbio acabam sendo incorporadas de forma relativamente rápida à cadeia de distribuição, o que ajuda a explicar a elevação observada no períodoerdquo;, analisa Renato Mascarenhas, Diretor de Rede Abastecimento da Edenred Mobilidade. Na análise individual de cada região do País em agosto, o Sudeste se destacou como a região com o maior aumento para o diesel comum, de 1,15% (R$ 6,14). Já o diesel S-10 teve seu maior aumento no Centro-Oeste, de 1,28% (R$ 6,34). Para o tipo comum, a maior queda foi registrada no Norte, de 0,73% (R$ 6,76). Para o tipo S-10, nenhuma região registrou queda. Já os menores preços do País entre as regiões foram registrados no Sul: R$ 6 para o tipo comum, após alta de 0,67%, e R$ 6,06 para o S-10, que aumentou 1,68% em agosto na comparação com julho. Os preços de diesel comum e S-10 mais altos do País em agsoto foram registrados no Norte, onde custaram, em média, R$ 6,76, após baixa de 0,73%, e R$ 6,60 (estabilidade), respectivamente. No levantamento por estados, o IPTL constatou que a maior média para o diesel comum em agosto foi registrada no Acre, de R$ 7,59, mesmo após uma redução de 0,26% ante julho. O Paraná aparece como o estado onde o motorista encontrou o diesel comum mais em conta em agosto: a R$ 5,97, mesmo após alta de 1,36% ante o mês anterior. Sergipe, por sua vez, apresentou a alta mais significativa do País para o diesel comum, de 4,06%, comercializando o combustível por R$ 6,41, em média. O combustível teve sua maior queda no mês registrada em Roraima, de 2,29%, sendo comercializado, em média, por R$ 7,24. Em relação ao diesel S-10, o maior preço médio registrado em agosto também foi o do Acre: R$ 7,55, após uma queda de 0,53% ante julho. Em Pernambuco, foi identificado o menor preço médio do mês: R$ 5,96, mesmo após aumento de 0,51% no valor do combustível no estado. No Paraná foi registrada a maior alta para o diesel S-10: de 1,86% (R$ 6,02). O Rio Grande do Norte foi a unidade federativa com a maior queda para o S-10 em agosto: de 0,81%, registrando preço médio de R$ 6,11. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log, com uma robusta estrutura de data science que consolida o comportamento de preços das transações nos postos, trazendo uma média precisa, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: mais de 1 milhão, com uma média de oito transações por segundo. A Edenred Ticket Log, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários. (Edenred Mobilidade)

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Petrobras quer colocar produtos com etanol no mercado 'em curto espaço de tempo', diz diretora

A diretora de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, disse nesta quinta-feira (11) que a estatal deve colocar produtos com etanol no mercado eldquo;em um curto espaço de tempoerdquo;. Ao participar do Rio Pipeline, evento do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), a executiva voltou a defender o retorno da companhia ao etanol como uma das frentes de descarbonização. eldquo;Depois de um longo período de saída, nós resolvemos que o etanol é uma alternativa para a descarbonização das nossas atividades. Vamos usar esse etanol no biorrefino, na mistura com a gasolina e no biodiesel. Acreditamos que em um curto espaço de tempo teremos esses produtos colocados no mercadoerdquo;, afirmou. Clique aqui para continuar a leitura.

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Mercado mundial de petróleo terá maior oferta e excedente após aumento da Opep+, diz IEA

A oferta mundial de petróleo aumentará mais rapidamente do que o esperado este ano, à medida que os membros da Opep+ ampliarem ainda mais a produção e a oferta de fora do grupo crescer, disse a Agência Internacional de Energia (IEA) nesta quinta-feira, sinalizando ainda que um excedente poderia aumentar em 2026. A oferta crescerá 2,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2025, acima dos 2,5 milhões de bpd previstos anteriormente, informou a IEA em um relatório mensal, e em mais 2,1 milhões de bpd no próximo ano. A Opep+ está adicionando mais petróleo bruto ao mercado depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e outros aliados decidiram reverter sua segunda camada de cortes de produção mais rapidamente do que o programado anteriormente. A oferta extra aumentou a preocupação com um excedente e pesou sobre os preços do petróleo este ano. Na visão da IEA, a oferta está aumentando muito mais rápido do que a demanda, embora a agência tenha revisado para cima sua previsão de crescimento da demanda mundial este ano para 740.000 bpd, 60.000 bpd a mais do que a previsão anterior, citando entregas resilientes nas economias avançadas. "Os mercados de petróleo estão sendo puxados em diferentes direções por uma série de fatores, com o risco de perdas na oferta devido a novas sanções contra Rússia e Irã ocorrendo em um cenário de aumento na produção da Opep+ e da perspectiva de estoques cada vez mais inflados", disse a IEA no relatório. Os preços do petróleo ficaram estáveis após a publicação do relatório da agência, com o petróleo Brent sendo negociado um pouco abaixo de US$68 por barril. (Reuters)

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