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Petróleo sobe mais de 1% com ataques da Ucrânia a refinarias russas

Os preços do petróleo subiram mais de US$ 1 por barril nesta terça-feira (16), com temores relacionados a ataques de drones ucranianos em portos e refinarias da Rússia, e antes de decisão do Federal Reserve sobre as taxas de juros dos Estados Unidos. Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam com alta de US$ 1,03, ou 1,5%, a US$ 68,47 por barril. Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) subiram US$ 1,22, ou 1,9%, a US$ 64,52 por barril. A Transneft alertou os produtores que eles podem ter que cortar a produção após os ataques de drones da Ucrânia a portos de exportação e refinarias essenciais, segundo três fontes do setor. A Ucrânia intensificou os ataques à infraestrutura de energia da Rússia nas últimas semanas, interrompendo as operações no principal terminal de petróleo ocidental da Rússia, Primorsk, na semana passada, à medida que as negociações para pôr fim ao conflito foram paralisadas. "Um ataque a um terminal de exportação como o de Primorsk visa mais a limitar a capacidade da Rússia de vender seu petróleo no exterior, afetando os mercados de exportação", disseram os analistas do JP Morgan. "Mais importante ainda, o ataque sugere uma disposição cada vez maior de perturbar os mercados internacionais de petróleo, o que tem o potencial de aumentar a pressão sobre os preços do petróleo", disseram eles. O Goldman Sachs calcula que os ataques ucranianos tenham tirado cerca de 300 mil barris por dia da capacidade de refino da Rússia em agosto e até agora neste mês. Os futuros do diesel dos EUA subiram 2,5%, superando os futuros do petróleo WTI e da gasolina dos EUA. A situação na Rússia pode levar a um maior aperto nos mercados de diesel dos EUA, disse Alex Hodes, analista da StoneX Energy. "Se as refinarias russas sofrerem danos substanciais, isso poderá aumentar a demanda por exportações de diesel dos EUA e, potencialmente, sustentar a curva invertida", disse Hodes. Também está no radar dos investidores a reunião de 16 e 17 de setembro do Federal Reserve dos EUA. Espera-se que o banco central reduza as taxas de juros, o que deve estimular a economia e aumentar a demanda por combustível. Ainda assim, os analistas foram cautelosos com relação à saúde da economia dos EUA. (Reuters)

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Entidades são contrárias à criação do Operador Nacional do Sistema de Combustíveis

A criação de um Operador Nacional do Sistema de Combustíveis (ONSC) é contraprodutivo e enfraquece a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), argumentam a Federação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom), o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e o Sindicato Nacional das Empresas Transportadoras Revendedoras Retalhistas de Combustíveis (SindTRR). Em nota conjunta, as entidades avaliam que a Operação Carbono Oculto demonstrou que uma coordenação central é fundamental para o sucesso no combate às fraudes no setor. eldquo;Melhor que criar um novo órgão de controle, o que realmente fará diferença são mais recursos financeiros, inteligência e ação coordenada das entidades já existentes. O compartilhamento com a ANP, pelas Secretarias de Fazenda Estaduais e da Secretaria da Receita do Brasil, das informações fiscais emitidas pelos agentes do mercado, excluídos por motivos óbvios os valores envolvidos é, a nosso ver, a solução mais eficiente e que necessita implantação imediata.erdquo; A criação de um novo para monitorar, em tempo real, as atividades relativas às atividades de refino e produção, importação, exportação, armazenagem, estocagem, transporte, transferência, distribuição, revenda e comercialização de combustíveis é apresentada no projeto de lei 1923/2024. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já disse que eldquo;com o Operador Nacional do Sistema de combustíveis, haverá maior proteção para os consumidoreserdquo;. Para as entidades, a criação de uma nova organização geraria eldquo;sobreposição de funções, aumento de custos operacionais e perda de eficiência, além de desconsiderar todo o know-how já acumulado pela ANP ehellip;, que possui todos os requisitos necessários para continuar exercendo, com excelência, o papel de reguladora e fiscalizadora do mercadoerdquo;. eldquo;A melhoria de coordenação interinstitucional e o fortalecimento da ANP emdash; com orçamento adequado e interoperabilidade de sistemas emdash; tendem a gerar melhores resultados, com menor custo para o erário e sem risco de duplicação de estruturas.erdquo; (Estadão Conteúdo)

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Projeção de processamento de soja do Brasil em 2025 cresce com demanda por biodiesel

O Brasil deve processar um recorde de 58,5 milhões de toneladas de soja em 2025, segundo estimativa mensal publicada nesta terça-feira (16) pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que apontou alta de 0,7% em relação à previsão anterior, em meio à firme demanda para a produção de biodiesel. O número representa alta de 5% em relação ao volume processado em 2024, com os dados da Abiove mostrando um aumento no consumo interno de óleo em relação ao ano passado emdash; pelo impulso da demanda por biodiesel endash;, além da maior exportação e consumo interno de farelo de soja. O ajuste na projeção de esmagamento de soja acontece em momento em que as margens de lucro estão mais elevadas para a produção de óleo, após o Brasil ter elevado a mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15% em agosto, segundo análise publicada na sexta-feira pelo centro de estudos Cepea. O biocombustível é feito majoritariamente a partir da oleaginosa no Brasil. eldquo;O avanço do B15 reforça o papel do biodiesel como um dos principais motores da cadeia e consolida o produto como o biocombustível mais eficiente e sustentável disponível no mundoerdquo;, disse o diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, Daniel Furlan Amaral, em nota. Com o aumento na perspectiva de processamento, o estoque final total de soja foi ajustado para 4,4 milhões de toneladas, queda de 5,4% frente à estimativa anterior, mas ainda acima das 4,1 milhões do ano passado. A previsão de produção de soja no Brasil, que colheu sua safra no primeiro semestre, foi mantida em históricas 170,3 milhões de toneladas, com avanço de 10% sobre o ano anterior. A Abiove também não alterou a projeção de exportação de soja do Brasil, maior produtor e exportador global, indicando 109,5 milhões de toneladas, avanço anual de quase 11 milhões de toneladas diante da firme demanda chinesa. Já a importação de soja pelo Brasil, que costuma importar de seus vizinhos, foi revisada para 800 mil toneladas, alta de 23,1% no comparativo mensal, ficando praticamente estável ante 2024. No segmento de derivados, a produção de farelo de soja foi elevada para 45,1 milhões de toneladas, versus 44,8 milhões na previsão de agosto, com exportações projetadas em 23,6 milhões de toneladas e consumo interno em 19,5 milhões de toneladas. Já a produção de óleo de soja foi elevada para 11,7 milhões de toneladas, ante 11,65 milhões em agosto, com exportações de 1,35 milhão de toneladas e consumo interno de 10,5 milhões de toneladas. (Reuters)

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Etanol fica quase 1% mais caro na 1ª quinzena de setembro, aponta IPTL

O etanol ficou mais caro para os motoristas brasileiros, com preço médio de R$ 4,39, aumento de 0,92% na primeira quinzena de setembro em relação ao mesmo período de agosto. O preço médio da gasolina, por outro lado, registrou leve recuo de 0,16%, chegando a R$ 6,33. Os dados são da última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), considerando preços de combustíveis dos abastecimentos realizados nos 21 mil postos. Nas análises regionais do mesmo período, o etanol apresentou alta de 1,42% no Sudeste, mas ainda registrando preço médio menor do Brasil, de R$ 4,28. O maior preço entre regiões do etanol seguiu sendo o do Norte: R$ 5,19 (-0,19%l). No Centro-Oeste, o recuo foi de 0,69%, com preço médio de R$ 4,34. Pelo menos em 10 estados brasileiros, o etanol se apresenta como a opção mais vantajosa financeiramente em relação à gasolina. Em relação à gasolina, a tendência nacional é de leve queda, com destaque para o Centro-Oeste, que registrou a maior redução do período, de 1,09% (R$ 6,36). O Norte seguiu registrando a média mais cara, de R$ 6,82, mesmo com recuo de 0,29%. O Sudeste foi a exceção, registrando estabilidade na primeira quinzena de setembro. Mesmo assim, mais uma vez, a região teve a gasolina mais barata, com preço médio de R$ 6,19. Considerando as médias por estados, a maior alta para a gasolina foi verificada em Pernambuco, onde o combustível chegou a R$ 6,53 após aumento de 2,51%. Para o etanol, a maior alta também ocorreu em Mato Grosso, de 1,87%, alcançando o preço médio de R$ 4,36. Já a maior redução do biocombustível foi registrada no Distrito Federal, de 3,98%, que fez com que o preço médio da capital nacional recuasse a R$ 4,58. O etanol mais caro na primeira quinzena de setembro foi o do Amazonas, com preço médio de R$ 5,47, após o estado registrar aumento de 0,55%. "O contraste de preços reforça como o mercado de combustíveis pode variar em direções opostas a depender do produto, mesmo sem a ocorrência de reajustes oficiais", comenta em nota Renato Mascarenhas, diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade. (Estadão Conteúdo)

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Preço do etanol hidratado cai após sete semanas de altas

Após subir por sete semanas consecutivas, o preço do etanol hidratado perdeu a força e fechou com ligeira queda em São Paulo, aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Entre 8 e 12 de setembro, o indicador Cepea/Esalq do hidratado registrou a cotação média de R$ 2,7813 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), uma desvalorização de 0,06% frente ao período anterior. Segundo o Cepea, a pressão veio da demanda reduzida pelo biocombustível. Além disso, distribuidoras realizaram pequenas aquisições fora do mercado paulista. O volume de hidratado captado no spot ao longo da última semana foi o menor da safra 2025/26. No comparativo anual, a quantidade negociada caiu pela metade (redução de 48,4%). Do lado vendedor, a participação foi bastante tímida, com vendas pontuais. Já no caso do etanol anidro, os preços seguem firmes, mas o volume comercializado também foi restrito. O indicador Cepea/Esalq fechou a semana com a cotação média de R$ 3,2746 por litro, elevação de 2,85%. Quanto às exportações, em agosto, o total de etanol embarcado pelo Brasil somou 178,6 milhões de litros, 2,74% a mais que no mês anterior e se caracterizando como um recorde, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

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'Prévia do PIB' cai 0,53% e mostra economia mais fraca

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB, ficou negativo em 0,53% em julho, na comparação com junho e na série com ajuste sazonal, informou ontem o BC. No mês anterior, o índice havia ficado negativo em 0,25% (índice revisado, de -0,06%). O número, que indica desaceleração da economia, foi divulgado um dia antes da nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que começa hoje e vai até amanhã, com a divulgação da taxa básica de juros (Selic). O mercado prevê que o atual patamar de 15% seja mantido, mas aguarda sinalização de alívio nos juros no ano que vem. O resultado do IBC-Br em julho veio pior do que a mediana em pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para uma queda de 0,3%. As estimativas do mercado iam de recuo de 0,8% a alta de 0,9%. O indicador acumula alta de 3,54% nos 12 meses encerrados em julho, na série sem ajuste sazonal. É uma desaceleração frente ao mesmo período até junho, quando a alta era de 3,96% (revisado, de 3,94% apontado anteriormente). O IBC-Br ex-agropecuária, que exclui os efeitos do setor agrícola da conta, caiu 0,43%, após uma baixa de 0,09% no mês anterior (revisado, de uma alta de 0,07%). O indicador da agropecuária recuou 0,81%, após uma baixa de 2,36% (revisado de -2,27%) em junho. O índice de serviços cedeu 0,19%, depois de ter recuado 0,03% no mês anterior (revisado, de +0,10%); o da indústria recuou 1,07%, após baixa de 0,16% em junho (revisado, de -0,08%); e o de impostos endash; equivalente, em linhas gerais, à rubrica de impostos líquidos sobre produtos do Produto Interno Bruto (PIB) endash; caiu 0,69%, após uma baixa de 0,14% (revisado de +0,13%). TRIMESTRE MAIS FRACO. Para Leonardo Costa, economista do ASA, o terceiro recuo consecutivo do IBC-Br em julho reforça o diagnóstico de que o PIB do terceiro trimestre será mais fraco do que as leituras anteriores. Além do recuo de julho e junho, o índice já havia caído 1,17% em maio. eldquo;Esse conjunto de dados sugere que o PIB do terceiro trimestre deve ser mais fraco, com desaceleração nas principais aberturas: agropecuária devolvendo parte dos ganhos da supersafra; indústria, mostrando contrações recorrentes; e serviços, que vinham sustentando a atividade, perdendo tração na margemerdquo;, disse Costa, em nota. Ele também observou que, mesmo no horizonte comparativo de 12 meses atrás, a atividade econômica do País também vem perdendo força. eldquo;Na comparação interanual, o índice ainda avança 1,15%, mas em clara trajetória de desaceleração endash; vinha de 3,6% em maio e 1,3% em junho.erdquo; O Itaú Unibanco mantém seu cenário de que o Copom vai começar a reduzir a taxa Selic no primeiro trimestre de 2026. No entanto, em relatório pré-Copom divulgado ontem, a equipe econômica avaliou que um corte na taxa básica de juros este ano eldquo;pode ocorrer caso se verifique uma valorização ainda mais expressiva da taxa de câmbio ou uma desaceleração mais acentuada da atividadeerdquo;, aponta o Itaú. Desde a última reunião do Copom, em 30 de julho, a instituição nota uma queda significativa na taxa de câmbio, que à época era negociada na casa de R$ 5,57 (ontem fechou em R$ 5,32). De acordo com avaliação da XP Investimentos, em relatório assinado pelo economistachefe, Caio Megale, e pelos economistas Rodolfo Margato e Alexandre Maluf, o comunicado do Copom deve enfatizar que o colegiado não considera nenhuma flexibilização no curso da política monetária no curto prazo, mantendo a Selic no atual patamar de 15%. ebull;

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