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Cosan tem prejuízo de R$ 9,3 bi no 4º trimestre

A Cosan finalizou o quarto trimestre de 2024 com um prejuízo de R$ 9,3 bilhões, ante lucro de R$ 2,36 bilhões apresentado no mesmo período de 2023, segundo informações do balanço auditado divulgado nesta segunda-feira (10). Assim como havia sido informado no balanço não auditado da companhia ao final de fevereiro, o prejuízo é explicado, principalmente, pela baixa contábil de R$ 4,7 bilhões do investimento da companhia na Vale e pela provisão de R$ 2,9 bilhões relacionada ao prejuízo fiscal em face de de eldquo;uma incerteza quanto à geração futura de lucro tributávelerdquo;, esclareceu a Cosan. Excluindo esses e outros efeitos, o prejuízo do trimestre teria sido de R$ 1,6 bilhão, menor quando comparado ao total reportado, mas ainda assim impactado pela redução dos resultados das controladas Raízen e Compass. O resultado antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) da Cosan ficou negativo em R$ 5,16 bilhões, ante o resultado positivo de R$ 2,63 bilhões um ano antes, também explicado pela baixa contábil na Vale.Para ler esta notícia, clique aqui.

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Vibra aposta no marketing digital para regionalizar e personalizar campanhas

Postos de combustíveis e lojas de conveniência são negócios do mundo físico, mas a estratégia de marketing da Vibra Energia está centrada no mundo digital. Isso inclui a personalização de campanhas a clientes de 8.300 postos distribuídos por todo o Brasil e a produção dos mascotes dos postos Petrobras criados com a ajuda da inteligência artificial (IA), conta a vice-presidente executiva comercial, de varejo e inteligência de mercado da Vibra, Vanessa Gordilho em entrevista ao 15Cast. O novo episódio do videocast de marketing e inovação do Valor vai ao ar nesta terça-feira (11). eldquo;Nosso ponto mais interessante do marketing da Vibra é, de fato, endereçar as diferentes regiões [do país] afirma Gordilho, vice-presidente de negócios e marketing da Vibra Energia. Desde que ingressou na Vibra, há dois anos, Gordilho propôs uma mudança na estratégia de marketing, com foco regional e nos diferentes perfis de consumidores brasileiros. eldquo;A gente tem trabalhado muito para fazer campanhas digitais impactando de forma muito específica e muito personalizada cada um dos nossos clienteserdquo;. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Há um clima de 'Fla-Flu' na transição energética, diz IBP

A redução das emissões de gases de efeito estufa continua a ser uma prioridade da indústria de petróleo e gás no mundo, mas a forma de lidar com o problema vem mudando. Nos últimos anos, empresas do setor colocaram no topo da agenda investimentos em fontes renováveis. Mas mais recentemente algumas companhias, caso da anglo-holandesa Shell, por exemplo, decidiram revisar o portfólio de energia verde. A tendência pode se intensificar ainda mais com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos, o maior produtor de petróleo do mundo. A depender da região de atuação, as companhias do setor têm tomado medidas, em maior ou menor grau, para descarbonizar as atividades. Um caminho pode ser reduzir a produção de hidrocarbonetos ou então ir adiante com a geração de renováveis, mas que agora parece perder o impulso inicial que já teve. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa as petroleiras no país, elaborou estudo segundo o qual o Brasil tem contribuído para a redução das emissões absolutas de gases de efeito estufa. O resultado vem sendo possível, uma vez que o país tem uma matriz energética mais limpa e também pelo fato de o petróleo brasileiro ser menos poluente. eldquo;As principais emissões do Brasil, ao contrário de outros países, não vêm do setor de óleo e gás, nem mesmo da produção da indústria ou do transporte dos produtoserdquo;, afirma Roberto Ardenghy, presidente do IBP. Segundo o IBP, as emissões da indústria de petróleo e gás representam 13% do total brasileiro, enquanto o chamado uso da terra responde por 48,3%. eldquo;Não estamos nos eximindo da culpa, mas o setor de óleo e gás não é o maior emissor, isso tem que ser consideradoerdquo;, diz Ardenghy. eldquo;Oferecemos para o mundo um petróleo com menor concentração de CO2.erdquo; Para ler esta notícia, clique aqui.

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Petroleiras e refinarias se enfrentam em discussão sobre veto de Lula na reforma tributária

O veto do presidente Lula (PT) ao trecho da reforma tributária que isenta as exportações do imposto seletivo colocou produtores de petróleo e refinarias privadas em lados opostos. Os primeiros têm se articulado no Congresso para derrubar o veto, enquanto os segundos tentam o apoio do agronegócio para manter a cobrança. A disputa se arrasta ainda para mineradoras e municípios minerados, que também medem os impactos do imposto para suas receitas. As empresas dizem que suas operações serão afetadas, enquanto as cidades se queixam da forma como o tributo será distribuído. O imposto seletivo (IS) foi criado na emenda constitucional que reformou a estrutura fiscal do consumo no país, aprovada no final de 2023. Conhecido como "imposto do pecado", ele engloba produção, extração, comercialização ou importação de bens ou serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas e bens minerais (no caso, limitados a petróleo, gás natural, carvão mineral e minério de ferro). A emenda, relatada à época pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), definia uma alíquota máxima de 1% sobre o valor do produto, mas a lei complementar aprovada no final do ano passado reduziu esse valor para 0,25%. Além disso, a lei isentou as exportações, o que beneficiaria os grandes produtores de petróleo e minério de ferro, dois dos maiores agregadores da balança comercial do país. Lula, no entanto, vetou esse trecho ao sancionar a legislação em janeiro, iniciando uma corrida entre os setores para reverter a decisão no Congresso. O presidente argumentou que o trecho era inconstitucional, já que a emenda aprovada em 2023 determinava a cobrança do imposto independentemente da destinação do bem extraído. O veto deve ser analisado no final de março, segundo pessoas que acompanham a discussão. A análise será feita em uma sessão conjunta de deputados e senadores, e a derrubada do veto exigirá o voto de 257 deputados e 41 senadores (independentemente do quórum). Quando a alíquota ainda era de 1%, o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo) calculou que o impacto no setor poderia variar entre R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões. Nessa proporção, 0,25% geraria um impacto entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. Considerando apenas o valor exportado de óleo bruto, porém, a perda para os exportadores seria de R$ 640 milhões. Questionada, a Fazenda disse que o impacto será "bastante reduzido". "A gente está disputando um mercado feroz lá fora e 65% do nosso petróleo hoje vai para a China, que é comprador de vários lugares do mundo", diz Roberto Ardenghy, presidente do IBP. "Vários países oneram, por exemplo, um pacote de cigarro ou um litro de bebida alcoólica, mas colocar isso em um insumo industrial do início da cadeia é um contrassenso, porque você o joga para dentro de toda a cadeia. Estamos dando um tiro no próprio pé, nos autoimpondo tarifas." Cerca de metade dos 3,5 milhões de barris de petróleo produzidos todos os dias no Brasil é exportada. A maior parte desse restante é comercializada com refinarias do país, responsáveis por produzir os derivados de petróleo, como gasolina e diesel. Por isso, as refinarias privadas, que têm 20% do mercado de refino no Brasil (cerca de 60% é da Petrobras e 20% é importado), temem que isentar as exportações favoreça a venda do petróleo bruto para outros países, reduzindo a oferta para o refino no Brasil. Isso, em tese, agravaria um problema já apontado pela Refina Brasil, associação que reúne as refinarias privadas, como Acelen e Ream. A entidade diz que normas da ANP (Agência Nacional de Petróleo) já privilegiam a exportação de petróleo bruto para subsidiárias do mesmo grupo fora do país em detrimento da venda no mercado interno. "Ter o IS só no mercado interno e não cobrar quando o petróleo é exportado desestimula o produtor a vender no mercado interno", diz Evaristo Pinheiro, presidente da Refina Brasil. "Com o imposto seletivo, o petróleo vai chegar mais caro na refinaria, mas a empresa vai repassar no preço." Segundo a associação, se o veto for derrubado, o preço do petróleo refinado por grupos privados no Brasil poderia ficar até 10% mais caro endash;esse valor não necessariamente seria o aumento registrado nas bombas, já que as empresas privadas são responsáveis apenas por um quinto do combustível de petróleo vendido no Brasil. Além disso, o preço dos combustíveis também inclui imposto, serviços de distribuição, revenda e comercialização. A Petrobras disse que não comentaria o tema. Para manter o veto, a associação tenta convencer a bancada do agronegócio de que a arrecadação do governo com o IS pode ser direcionada para a produção de biocombustíveis, o que favoreceria produtores rurais. Essa hipótese, porém, precisaria ser acrescentada à Constituição, segundo a Fazenda. Com o mesmo argumento dos produtores de petróleo, as mineradoras que extraem minério de ferro no Brasil, como Vale, Anglo American e CSN, também têm se movimentado para derrubar o veto de Lula. Segundo o Ibram, o impacto no setor é próximo de R$ 300 milhões com alíquota de 0,25%. Mais de 80% do minério de ferro extraído no país é exportado e, se o IS existisse já no ano passado, as mineradoras teriam que pagar R$ 430 milhões. "Taxar exportações é uma coisa que não faz sentido, assim como considerar o mineral em um imposto de consumo. Se o veto não for derrubado, não nos resta outro caminho senão a judicialização", diz Raul Jungmann. Essa, aliás, é a via mais provável, já que estados e municípios devem fazer pressão pela manutenção do veto, uma vez que a arrecadação é compartilhada entre os entes. Situação ainda mais difícil é a dos municípios minerados, que tentam convencer o governo a revisar a Constituição para que a distribuição do IS privilegie os municípios que abrigam as minas. Isso porque, como os royalties minerários são contabilizados sobre o faturamento das empresas após a dedução de tributos, a arrecadação dos municípios cairá caso o imposto seletivo seja incluído na base de cálculo da dedução. Um estudo da UFMG encomendado pelos municípios minerados estima que o IS em 1% gerará um aumento de R$ 1,5 bilhão por ano se considerado apenas o minério de ferro (R$ 375 milhões com 0,25%). Esse, portanto, seria o mesmo valor a ser descontado dos royalties. A UFMG também estima que apenas 1% desse valor retornaria para os municípios minerados caso o atual formato de distribuição do imposto se mantenha. Da arrecadação do tributo, 40% vai para a União e 60% para os Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM), aos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e à compensação de Estados e Municípios pela exportação de produtos industrializados. "Se o IS não puder ser distribuído para nós, é melhor que o veto caia, porque nós teríamos um prejuízo. Mas, de qualquer forma, o presidente Lula está correto sobre os impactos da mineração; nós sentimos isso na pele", diz Waldir Salvador, consultor de relações institucionais da Amig (Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil). Os prefeitos tentam também tirar o IS da base de cálculo dos royalties.

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Governo vai editar decreto que regulamenta nova lei sobre biocombustíveis

O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou nesta segunda-feira, 10, que o governo federal vai editar um decreto regulamentador da lei sancionada no fim de 2024, que alterou regras da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A pasta informou que, conforme a disposição da lei, a perspectiva é eldquo;endurecer penalidadeserdquo; para as distribuidoras que não cumprem as metas do programa, além de proibir compra de combustíveis por distribuidoras que descumprem os mandatos de biocombustíveis, ou seja, a mistura ao diesel. No mês passado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) anunciou a criação de uma operação conjunta entre órgãos do governo federal para eldquo;combater fraudes na mistura obrigatória do biodiesel ao dieselerdquo;, hoje na proporção de 14%. A mistura em 15% foi adiada. O RenovaBio busca expandir a produção de biocombustíveis no Brasil, visando também redução das emissões de gases de efeito estufa no país. A lei sancionada no fim do ano passado incluiu os produtores independentes de cana-de-açúcar e de outras biomassas destinadas à produção de biocombustíveis. Segundo o MME, o decreto regulamentador da lei também busca reforçar uma eldquo;repartição justaerdquo; das receitas dos créditos de descarbonização (CBIOs) entre produtores de cana-de-açúcar e biocombustíveis. eldquo;Esse decreto fortalece o RenovaBio e garante que os benefícios do programa cheguem a toda a cadeia produtivaerdquo;, afirmou o ministro Alexandre Silveira, em reunião com a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), em vista ao Estado.

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Refinaria Riograndense está produzindo combustíveis com óleo de biomassa

A Refinaria Riograndense (RPR) realizou, com sucesso, o teste de coprocessamento de 5% de óleo de pirólise de biomassa ou bio-óleo (matéria-prima de biomassa não alimentar) com carga mineral, informou a Petrobras nesta segunda-feira. Localizada em Rio Grande (RS), a refinaria tem participação societária da Petrobras, Ultra e Braskem. A unidade tornou-se a primeira do país em condições de produzir combustíveis com conteúdo celulósico. Com tecnologia desenvolvida pela Petrobras, o teste de coprocessamento ocorreu na unidade de craqueamento catalítico (FCC) da RPR, teve 7 dias de duração e foi concluído em 17 de fevereiro. Uma equipe técnica altamente especializada da Petrobras e da Riograndense acompanhou o planejamento e execução dos procedimentos, dando suporte nas etapas de comissionamento, partida, operação e parada do sistema de fornecimento e injeção do bio-óleo na unidade. O bio-óleo é um líquido viscoso, de coloração escura, rico em compostos orgânicos. Assim como o petróleo, precisa de tratamentos adicionais para ser usado em motores ou turbinas. Ao ser coprocessado na unidade de FCC da RPR, foi convertido em diversas frações como gás combustível, GLP e componentes para formulação de gasolina e combustível marítimo com conteúdo renovável.

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