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BMW avisa: legislação para combustíveis sintéticos é artificial

Em 2022, a União Europeia finalizou planos para proibir efetivamente as vendas de carros novos com motores a combustão a partir de 2035. No entanto, esses planos não foram tão definitivos depois que a Alemanha e outros membros com grandes indústrias automobilísticas pressionaram os legisladores a flexibilizar a lei e prolongar a vida útil da combustão usando fontes sintéticas. Isso aconteceu em 2023. Agora, o CEO da BMW , Oliver Zipse, faz um alerta. Mesmo que as vendas de carros novos movidos a combustíveis sintéticos sejam permitidas após a metade da próxima década, o resultado poderá ser o mesmo: uma proibição de fato dos carros com motor a combustão. Isso teria enormes ramificações em todo o mundo, já que muitos dos principais participantes do setor automotivo estão sediados na Europa. "Atualmente, há muitas indicações de que a Comissão da União Europeia está buscando uma solução falsa, na qual a proibição dos motores a combustão seja relaxada simplesmente pela abertura ostensiva aos combustíveis sintéticos. No entanto, se ela não fizer nada para acelerar o aumento dos combustíveis com baixo teor de CO2 e tornar seu uso viável, isso seria uma proibição deliberada dos motores de combustão de forma disfarçada." Ao contrário da maioria de seus concorrentes, a BMW tem hesitado em definir uma data limite para os motores de combustão. Embora as rivais Mercedes e Audi tenham recentemente relaxado suas metas de eletrificação total, a montadora sediada em Munique insiste que a morte do motor a combustão não deve ser forçada. Falando durante uma teleconferência após a publicação do relatório semestral da empresa, Zipse disse: "Continuamos a acreditar que uma proibição categórica da tecnologia de combustão é errada". Essa declaração vem de uma empresa que, na verdade, está vendendo mais elétricos do que nunca. Durante os primeiros seis meses do ano, os carros puramente elétricos do BMW Group foram responsáveis por 15,7% de todas as entregas. Isso representa um aumento em relação à participação de 12,6% alcançada no mesmo período de 2023. As entregas de BMWs, Minis e Rolls-Royces com emissão zero aumentaram 24,6%, para 190.614 unidades até junho. Zipse acredita que os órgãos reguladores não devem apressar o fim do motor de combustão. Em vez disso, ele argumenta que a União Europeia deve incentivar a adoção de combustíveis com baixo teor de CO2 o mais rápido possível. Não apenas para carros recém-construídos, mas também para a frota existente. O chefe da BMW menciona que há mais de 250 milhões de carros nos 27 países que fazem parte da UE. "As contribuições de maior impacto para a proteção climática são aquelas que podemos fazer hoje: Em outras palavras, cada tonelada de CO2 que podemos economizar hoje - e não no futuro - conta. Isso também implica exigir e promover o uso de combustíveis com baixo teor de CO2, como combustíveis sintéticos, maior conteúdo de etanol na gasolina comum, da forma mais rápida e ampla possível." Caso você não esteja familiarizado com os dois tipos de combustíveis mencionados, o E25 contém 25% de etanol e 75% de gasolina. Quanto ao HVO100, trata-se de um óleo vegetal hidrotratado livre de fósseis, produzido a partir de fontes totalmente renováveis, como o óleo de cozinha. A Toyota, parceira de hidrogênio da BMW, está vendendo o Land Cruiser e a Hilux na Europa Ocidental com motores a diesel compatíveis com o HVO100. A Toyota afirma que, se o combustível for feito de óleo de cozinha usado, as emissões de CO2 serão até 90% menores em comparação com o diesel comum. Por mais que a BMW defenda os motores de combustão, ela projeta que o aumento dos veículos elétricos continuará nos próximos anos. Ela ainda acredita que os veículos puramente elétricos serão responsáveis por pelo menos metade de suas vendas anuais até o final da década. As marcas do BMW Group, Mini e Rolls-Royce, prometeram se tornar totalmente elétricas por volta dessa época, deixando apenas a marca BMW principal com carros ICE em sua linha. Há alguns meses, a BMW vendeu seu milionésimo veículo elétrico, cerca de 11 anos depois que o peculiar hatchback i3 deu início à tendência de veículos elétricos da empresa. O restante desta década será extremamente movimentado, já que pelo menos seis modelos baseados na Neue Klasse estão programados para serem colocados à venda até 2028. Além disso, apurações afirmam que haverá SUVs elétricos iX5, iX6 e iX7 sustentados pela mesma arquitetura CLAR utilizada pelos equivalentes a gasolina/diesel. (Fonte: BMW)

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Petróleo fecha em alta com menor temor de recessão nos EUA

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (8) ainda sob efeito da redução nos temores de recessão nos Estados Unidos após queda nos pedidos de auxílio-desemprego, divulgada nesta quinta (7). Em dia de agenda esvaziada, os traders se preparam para os dados da próxima semana, entre eles os de inflação nos EUA. Este é o quarto pregão consecutivo de ganhos. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 0,85% (US$ 0,65), a US$ 76,84 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), aumentou 0,63% (US$ 0,50), a US$ 79,66 o barril. Os contratos tiveram ganhos semanais de 4,52% e 3,71%, respectivamente. Após atingir uma baixa que não se via há sete meses no início desta semana, os preços se recuperaram junto com uma retomada do apetite pelo risco. Para o Erste Group, os conflitos ainda em andamento na Ucrânia e no Oriente Médio podem reverter a queda acumulada nas últimas semanas no preço do petróleo Brent. O Commerzbank acredita que eldquo;as preocupações com a demanda provavelmente manterão o preço sob controleerdquo;. A Baker Hughes informou hoje que o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA aumentou, chegando a 485. (Estadão Conteúdo)

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Comunicado ANP a revendas de combustíveis e de GLP

A ANP tem recebido de agentes regulados do segmento de revenda de combustíveis e de GLP (gás de cozinha) documentos cadastrais com indícios de falsificação. Diante desse quadro, a ANP informa que todos esses documentos serão remetidos para a Polícia Federal para fins de averiguação e aplicação das penalidades previstas em Lei. Ressaltamos ainda que, enquanto eventuais perícias nos referidos documentos não forem concluídas, a ANP não emitirá a autorização nem atualizará o cadastro do respectivo agente regulado. Caso comprovada a fraude, a ANP não concederá nova autorização e, em caso de agente já autorizado, dará início a processo administrativo para sua revogação.

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Encontro do setor na região Norte destaca a importância da revenda para a sociedade

Ontem (08), o primeiro dia do 19º Encontro de Revendedores de Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Norte do Brasil reuniu líderes da revenda de combustíveis de todo o país, juntamente com autoridades locais e revendedores da região, em Porto Velho (RO). Durante a cerimônia de abertura do encontro, o anfitrião e presidente do Sindipetro endash; RO, Arildo Persegono Filho, ressaltou a importância da revenda de combustíveis para a sociedade. eldquo;Desempenhamos um papel vital na economia e na vida cotidiana das pessoas. Somos responsáveis por manter veículos em movimento e garantir que pessoas e negócios possam prosperar.erdquo; Persegono também destacou a evolução dos postos de combustíveis, que passaram a oferecer uma ampla gama de serviços. "Além de oferecerem gasolina etanol e diesel, ampliaram suas atividades criando uma rede completa de serviços, como lojas de conveniência, farmácias, restaurantes, lavanderias etc, com objetivo de diversificarem suas receitas em função das baixas margens dos combustíveiserdquo;, disse. Ele também relatou a atuação dinâmica do sindicato local em defesa dos legítimos interesses dos revendedores de combustíveis, reforçando a importância dessa representação para o setor. Complementando essa mensagem, James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, em seu discurso, sublinhou a relevância dos sindicatos no cotidiano dos revendedores. "Valorizem os seus sindicatos, vejam o papel fundamental que o sindicato representa, defendendo as suas pautas. Depois da reforma trabalhista, os sindicatos sobrevivem da prestação de serviços, mas precisam do associativismo para serem reconhecidos como categoria. Eu prezo que a casa do revendedor é o sindicato local e a casa dos sindicatos é a Federação", disse. Thorp também destacou que a revenda necessita sobreviver do lucro, assim como qualquer outro negócio. eldquo;Vivemos num país capitalista e o principal fundamento do capitalismo é o lucro. Nós, que representamos os postos de combustíveis, muitas vezes, somos vistos como empresas que não podem ter lucro. Mas isso não é a realidade, nós geramos emprego e renda, estamos nas melhores esquinas, somos o ponto de apoio para as pessoas em qualquer necessidade, desde um pneu furado até as catástrofes, somos um local de apoioerdquo;, comentou. Além de seu papel fundamental na economia e na vida cotidiana das pessoas, o setor de revenda de combustíveis também é uma importante fonte de arrecadação de impostos na maioria dos estados brasileiros. O 19º Encontro de Revendedores de Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Norte do Brasil traz uma programação variada e terá continuidade hoje (09). O evento visa trazer troca de informações, ampliar a visão de negócio dos revendedores e fortalecer o networking. Confira a cobertura completa do evento na próxima revista Combustíveis eamp; Conveniência.

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Setor de biocombustíveis investe R$ 42 bi

Impulsionado pela transição energética, o setor de biocombustíveis realiza atualmente investimentos bilionários no país. Neste ano, as empresas do segmento já anunciaram e mantêm em curso aportes de pelo menos R$ 42 bilhões. Esse valor considera apenas o capital comprometido com a infraestrutura industrial, e não inclui investimentos agrícolas. O protagonista do movimento é o etanol de milho. Segundo levantamento da Unem, a associação do setor, há investimentos de R$ 15,8 bilhões em estágio avançado de construção de unidades e outros em fase de licenciamento e início de obras.Os projetos estão espalhados por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Tocantins, Pará, Paraná e Rio Grande do Sul, e devem ser concluídos até 2026. Em parte, a expansão do etanol de milho é garantida pelo foco das usinas de cana nos últimos anos na produção de açúcar, que remunera melhor que o etanol. Isso abre espaço para a indústria de milho garantir a oferta de etanol ao mercado, segundo Juliano Merlotto, sócio da FG/A. Também há aportes em ampliações de fábricas existentes e em novas indústrias de biodiesel, biometano, etanol celulósico e açúcar. eldquo;O setor de bioenergia está de olho nas possibilidades de transição energética, que contemplam diversas rotas de produçãoerdquo;, diz Guilherme Nolasco, presidente da Unem.Para ler esta notícia, clique aqui.

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O que explica o prejuízo da Petrobras e o que esperar do futuro

O primeiro prejuízo da Petrobras desde o terceiro trimestre de 2020, quando o país estava no auge da pandemia, tem algumas explicações técnicas e um efeito político corrosivo. Afinal, a gestão petista levou a estatal ao prejuízo no passado e a leitura mais frequente será que os mesmos erros estão sendo cometidos. E o que é pior, esse é o primeiro resultado da nova presidente Magda Chambriard. O prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões. No primeiro trimestre, a Petrobras registrou lucro de R$ 23,7 bilhões. O que explica o resultado é, segundo a empresa, a alta do dólar que ficou particularmente volátil nesse período, e o acordo tributário feito de uma grande disputa de impostos que a empresa tinha com a Receita Federal, o acordo do Carf. Ele tem um resultado no caixa menor do que o resultado contábil. A disputa tributária era de R$ 45 bilhões, mas o valor de tesouraria foi bem menor. O valor da transação tributária tem impacto de US$ 2,1 bilhões no lucro líquido e o impacto em caixa foi de US$ 700 milhões de dólares. "No segundo trimestre de 2024, o resultado financeiro associado a itens não recorrentes, principalmente os efeitos da adesão à transação tributária e do acordo de trabalho de 2023, resultaram em um prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Excluindo os itens mencionados e a desvalorização do real em relação ao dólar, o lucro líquido teria alcançado R$ 28 bilhões, enquanto o EBITDA ajustado seria de R$ 62,3 bilhões", diz o texto. Os pontos positivos que a empresa tenta mostrar no balanço negativo é que a Ebitda continua em linha com o resultado do primeiro trimestre e a fluxo de caixa operacional recorrente permaneceu no mesmo nível. A dívida também ficou abaixo de US$ 65 bilhões de dólares. Além disso os efeitos desses problemas não vão afetar na mesma magnitude os resultados dos últimos dois trimestres do ano, na visão dos analistas da Petrobras. Por isso eles esperam lucro ao final do ano. Mesmo com resultado negativo no trimestre, haverá distribuição de dividendos ordinários no valor de R$ 13,57 bilhões, equivalentes a R$ 1,05, que serão pagos em novembro e dezembro deste ano. A explicação para distribuir dividendos de um resultado negativo é porque na Petrobras o dividendo é calculado pelo fluxo operacional menos os investimentos realizados no período. Além disso, a empresa tem um resultado acumulado positivo, e tem reserva de remuneração de capital. Visão do mercado Nos últimos dias, o mercado não projetava um prejuízo, mas sim um lucro menor ante o mesmo período do ano passado, entre R$ 11 bilhões e R$ 14 bilhões. Na conta, estava exatamente o acordo bilionário da estatal feito com o governo para encerrar litígios de tributação envolvendo o pagamento do afretamento de embarcações. Apontavam ainda, a questão do dólar, queda da produção de petróleo e a defasagem do preço dos combustíveis. Lembrando que, no primeiro trimestre, a Petrobras registrou lucro de R$ 23,7 bilhões, queda de 38% em relação ao mesmo período do ano anterior. À época, a Petrobras afirmou que o desempenho no trimestre foi resultado de queda nas vendas e pelos preços dos combustíveis. Anderson Santos, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital, explica que a alta do dólar tem impacto significativo nas operações da Petrobras. Isto porque os custos dos insumos e equipamentos importados aumentam, pressionando os custos operacionais. Além disso, a empresa possui uma parcela considerável de sua dívida em dólares, o que aumenta o valor da dívida em reais quando o dólar se valoriza, impactando negativamente os resultados financeiros. Já Ilan Arbetman, analista de Equity Research da Ativa, explica que para efeito de balanço, o preço do barril Brent e o dólar são dois pontos que pesam mais. A moeda norte-americana teve valorização de 16% este ano e a curva de preços do petróleo Brent manteve-se em alta (entre US$ 90 e US$ 85 por barril no trimestre) Em conversa antes do resultado, Arbetman afirmava que, em sua opinião, o primeiro resultado da Magda ainda teria muito da gestão de Jean Paul Prates, ex-presidente que foi demitido da companhia em maio. -É muito pouco tempo para que você personifique uma gestão. Não dá tempo. A Petrobras é muito grande. É um transatlântico. Por mais que tivéssemos, sim, mudanças muito grandes, tanto no CEO como no CFO, alguns diretores, mas, possivelmente, nesse resultado ainda teremos bastante coisa na gestão passada.

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