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Preço da gasolina da Petrobras há 5 dias supera valor internacional e abre espaço para redução

A queda do dólar e o preço do petróleo abaixo dos US$ 80 o barril mantiveram esta semana o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras acima do preço internacional, o que havia ocorrido apenas no início de janeiro deste ano. A alta abre espaço para a estatal reduzir o preço do combustível no mercado interno, além de abrir oportunidades para os importadores. eldquo;São cinco dias de janelas abertas para a importação de gasolinaerdquo;, informou a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) nesta sexta-feira, 23. Segundo a entidade, tanto nos polos atendidos pela Petrobras (Itaqui, Suape, Paulínia, Araucária e Itacoatiara), quanto se incluída a Refinaria de Mataripe, na Bahia, de capital privado, o preço da gasolina nas refinarias do Brasil estava ontem 2% acima do praticado no Golfo do México, usado como parâmetro pelos importadores. O preço interno dos derivados vem sendo contido pela alta volatilidade do preço do petróleo e dos derivados no mercado internacional. Por causa de previsões menos otimistas para a demanda pela commodity, o preço do Brent registra queda de cerca de 3% no mês, e resiste a avançar além dos US$ 80 o barril. De acordo com cálculos da Abicom, para atingir a paridade com o mercado internacional poderia haver uma redução de R$ 0,04 por litro na gasolina. O mais recente ajuste feito pela Petrobras no combustível foi em 9 de julho, uma queda de R$ 0,20 por litro. Já a Acelen, que controla a Refinaria de Mataripe, com 14% do mercado de refino, pratica reajustes semanais. Na quinta-feira, 22, a empresa anunciou queda de 5,1% para a gasolina e de 2,7% para o diesel, tanto S500 como S10. O reajuste mais recente da Petrobras para o diesel foi há 241 dias, em 27 de dezembro do ano passado, quando o preço foi reduzido em R$ 0,30 o litro. Na quinta-feira, 22, o combustível registrou defasagem negativa de 4% em todos os polos de importação, o que poderia gerar um aumento no mercado interno de R$ 0,14 por litro nas refinarias da Petrobras.

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Cade aprova compra da Compagas pela Compass

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou, nesta sexta-feira (23/8), a aquisição pela Compass, do grupo Cosan, de 51% das ações da Compagas, distribuidora de gás canalizado do Paraná controlada pela Copel. A companhia assume o controle de sua quarta concessionária de gás natural no país por R$ 906 milhões, que serão pagos até 2026. A Compass já é a principal operadora de concessões de gás natural endash; ela é controladora direta da Comgás (SP) e Sulgás (RS), além de, através da Commit, controlar a Necta (SP). O Cade não identificou sobreposição horizontal na operação, ou seja, a aquisição não representa maior controle da Compass no mercado de gás natural. Além disso, o órgão considera a distribuição de gás um eldquo;monopólio natural, na medida em que as distribuidoras estaduais atuam em regime de concessão geográfica exclusivaerdquo;. O quadro societário da distribuidora de gás do Paraná é composto também pela Mitsui Gás e Energia do Brasil (24,5%) e a Commit Gás (24,5%), joint venture entre a Compass e a própria Mitsui. Agora, a Compass tem a concessão por 30 anos e assume o compromisso de investir R$ 505 milhões nos próximos cinco anos. A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) aprovou, em julho, o plano de investimentos. Entre os objetivos está a expansão da malha de gasodutos, que totaliza 880 km.

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Petróleo fecha em alta, com investidores otimistas por cortes de juros pelo Fed

Os contratos futuros do petróleo subiram no pregão desta sexta-feira (23) impulsionados pela perspectiva de cortes de juros do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, depois que o presidente da instituição, Jerome Powell, afirmou que chegou a hora de corrigir a política monetária dos Estados Unidos. No entanto, a alta não foi suficiente para apagar as perdas robustas do óleo na variação semanal. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 2,49% (US$ 1,82), a US$ 74,83 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganhos de 2,09% (US$ 1,60), a US$ 78,15 o barril. Na variação semanal, o WTI perdeu 2,37% e o Brent recuou 1,92%. Em Jackson Hole, Powell injetou apetite por risco nos mercados internacionais durante seu discurso de abertura nesta sexta-feira. Pela manhã, os preços já vinham em alta, mas aceleraram os ganhos com a confirmação do que o mercado já esperava: o Fed deve reduzir as taxas de juros a partir do encontro de setembro, e a intensidade dos cortes dependerá dos próximos indicadores emdash; sobretudo os ligados ao emprego, que é a maior preocupação do Fed neste momento, segundo afirma o ING em relatório. O chefe de Estratégia de Commodities do TD Securities, Bart Melek, escreve que os mercados esperam que um corte de juros pelo Fed impulsione a demanda fragilizada dos Estados Unidos nos próximos meses. Segundo o CIBC, porém, uma nova alta sustentada do petróleo só deve ocorrer caso haja uma escalada nos conflitos no Oriente Médio que envolva também algum membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Caso contrário, as perspectivas de demanda enfraquecida devem pesar sobre os preços da commodity no médio e longo prazo. Apesar da alta nesta sexta-feira, os preços recuaram na semana, enquanto investidores precificavam um possível acordo de cessar-fogo em Israel, diante dos esforços de negociadores para avançar nas tratativas. Na visão da Capital Economics, um acordo neste momento não teria grandes impactos nos preços do óleo, visto que já estão precificados. Porém, um colapso das negociações poderia injetar pressões altistas nos contratos futuros, a depender do nível das tensões. (Estadão Conteúdo)

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Maranhão cria regime especial de importação de combustíveis

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), criou um regime especial de importação de combustíveis no Estado. Em decreto publicado no Diário Oficial do Estado na 3ª feira (20.ago.2024), o chefe do Executivo estadual permitiu o diferimento do recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de gasolina e de diesel que cheguem ao Maranhão. Leia a íntegra do decreto (PDF endash; 279 kB). O mecanismo causou preocupação ao ICL (Instituto Combustível Legal) pela similaridade com o que ocorreu no Amapá por cerca de 5 meses. Ao Poder360, o presidente do ICL, Emerson Kapaz, declarou que a estratégia é a mesma, mas que diferente do Estado da região Norte, em que o regime foi instaurado pela secretaria de Fazenda, o caso do Maranhão veio diretamente do governador. Como mostrou o Poder360, o benefício fiscal adotado no Amapá para a importação de combustíveis causou um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão na arrecadação de outros Estados. Isso porque, no caso do Amapá, os importadores simulam a nacionalização do produto pelo Estado para ter o diferimento, mas ele é desembarcado em outros portos, como em São Paulo, no Paraná e em Pernambuco. Como a regra de monofasia do diesel e da gasolina estabelece que a tributação seja na origem, ou seja, no Estado da refinaria ou na importação, aqueles que de fato recebem o combustível estão deixando de recolher o tributo. Os importadores apresentavam, ao desembarcar, uma nota com o diferimento do imposto feito no Amapá. O diferimento significa que o importador está isento da cobrança na importação e o recolhimento pode ser feito em outro momento, como na comercialização. A preocupação do ICL é que essa cobrança acaba não ocorrendo. Com o benefício, a gasolina chegará ao Brasil sem a cobrança de R$ 1,37 por litro da gasolina e R$ 1,06 por litro de diesel. eldquo;É uma ousadia estranha, fazer um decreto que por conta da monofasia você fazer um diferimento de ICMS. Entrou tem que recolher. É uma coisa muito estranha que resolveram peitarerdquo;, disse Kapaz. eldquo;Temos que derrubar isso mais rápido do que o que houve no Amapá, quando houve uma perda de R$ 1,4 bilhão de arrecadaçãoerdquo;. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Queda de preços de combustíveis no mercado internacional não chegará ao consumidor

Há 45 dias a Petrobras anunciou o último aumento de 7% nos preços da gasolina. Com a queda de 3% do dólar só em agosto e as seguidas baixas no preço do petróleo no mercado internacional nos últimos dias, a estatal conseguiu agora uma folga importante nos custos. No entanto, isso não deve representar uma redução dos preços dos combustíveis para os consumidores, segundo Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). De acordo com Sérgio Araújo, presidente executivo da Abicom, o cenário global melhorou, com redução das tensões no Oriente Médio e a valorização do real frente ao dólar. eldquo;São notícias boas e a consequência disso é uma melhora da situação para a Petrobras, que não mexeu no seu preço e viu seu custo da importação melhorarerdquo;, explica. Apesar disso, ele não acredita que a estatal irá reduzir os preços finais, porque ainda há volatilidade demais no mercado internacional, provocada pela insegurança em relação à possível reversão nos conflitos ou não. eldquo;Não é o momento para reduzir preços, porque se houver algum aumento no mercado internacional ela terá de aumentar de novoerdquo;, acrescenta Araújo. Paridade internacional Dessa forma, a Petrobras está vendendo gasolina acima do preço de paridade internacional, o que representa um ganho importante. Segundo o professor de Finanças da FGV, Rafael Schiozer, mesmo com as quedas seguidas do dólar nas últimas semanas não há reduções a vista. eldquo;Diferente dos tempos de Pedro Parente, no comando da Petrobras, agora não se prevê ajustes diários nos preços. Mas nesse mercado é natural que se observe pequenas variações e, no médio prazo não haverá muito desvio na paridade internacionalerdquo;, disse. Alta do álcool Outro fator que não deve deixar os preços dos combustíveis caírem é o final da safra de cana-de-açúcar, que deve elevar a cotação do álcool, segundo Araújo. eldquo;Esse aumento também pesa na gasolina, uma vez que o combustível tem mais de 20% de álcool na composiçãoerdquo;, disse. O diesel também deve se manter em alta, segundo ele, uma vez que os preços do biodiesel subiram 20% e continuam em alta. O relatório da Abicom, de 22 de agosto, mostra que o preço de paridade de importação (ppi) endash; calculado usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional endash; estão abaixo da paridade para o óleo diesel e na paridade para gasolina. Defasagem média de -1% no Óleo Diesel e de 5% para a Gasolina. Diesel A S10 (média nacional): -2%, ou -R$ 0,06 (ontem: -2% ou -R$ 0,08).

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Ford desacelera seus investimentos na produção de veículos elétricos

A Ford Motor, que antes esperava correr à frente de outras montadoras tradicionais no mercado de veículos elétricos, está novamente diminuindo o ritmo de seus investimentos nesse segmento. A montadora anunciou que vai atrasar a introdução de uma nova picape elétrica grande em cerca de 18 meses endash; o carro, agora, só deve chegar em 2027 endash; e descartou a produção de um novo SUV elétrico com três fileiras de assentos. A empresa também está reduzindo a quantidade de dinheiro que planeja gastar em veículos elétricos, em um esforço para conter perdas multibilionárias na tecnologia, enquanto adiciona planos para introduzir uma nova van de entrega elétrica em 2026. eldquo;A natureza competitiva do mercado está mudando globalmenteerdquo;, disse o diretor financeiro da Ford, John Lawler, em uma teleconferência. eldquo;Isso significa que esses veículos precisam ser lucrativos e, se não forem, vamos nos ajustar e tomar essas decisões difíceis.erdquo; Ele disse que os investimentos em veículos elétricos vão representar agora 30% do orçamento de investimentos da empresa, em vez de 40%. eldquo;Certamente, essa não é uma boa notícia em termos de progresso da Ford em relação aos veículos elétricoserdquo;, disse Sam Abuelsamid, principal analista da empresa de pesquisa Guidehouse Insights. eldquo;Claramente, eles ainda não conseguiram lidar com os veículos elétricos de custo reduzido e colocar produtos mais acessíveis no mercado.erdquo; A taxa de crescimento das vendas de veículos elétricos diminuiu significativamente nos EUA e na Europa, levando a americana Tesla e outras montadoras a reduzir seus preços. Cerca de 600 mil carros e picapes elétricos foram vendidos nos Estados Unidos nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 7% em relação ao ano anterior endash; mas uma desaceleração significativa de ritmo, já que, em 2023, as vendas haviam aumentado 46%. PREÇO E DESAFIO DA RECARGA. Depois de inicialmente mostrar entusiasmo pelos modelos elétricos, alguns consumidores se afastaram desses carros no último ano devido a preocupações com os preços mais altos e os desafios para carregálos. Alguns desses compradores relutantes se voltaram para os modelos híbridos, que usam baterias, motores elétricos e motores a gasolina, e as vendas desses veículos aumentaram nos últimos meses. Outros fabricantes também estão enfrentando dificuldades. As vendas de veículos elétricos da Volkswagen nos EUA caíram 28% no primeiro semestre do ano, para pouco menos de 12 mil veículos. Assim como a Ford, a General Motors também desacelerou o trabalho em novas fábricas de baterias e atrasou o lançamento de alguns modelos elétricos. A GM vem perdendo dinheiro com seus modelos elétricos, mas disse que espera que eles se tornem lucrativos até o fim do ano.

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