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Silveira cobra redução no preço dos combustíveis da Petrobras

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou eldquo;estar confianteerdquo; para a redução nos preços dos combustíveis nos próximos dias durante uma entrevista à CNN na manhã desta quarta-feira (26). Quando questionado sobre a queda do valor internacional do petróleo e a queda do Dólar, Silveira afirmou que é necessário respeitar a liderança eldquo;própriaerdquo; da Petrobras, porém, destacou a obrigação do governo de rever os preços dos combustíveis. Ainda segundo o ministro, essas reduções podem resultar em boas condições para a queda nos preços de combustíveis como a gasolina e o diesel, algo importante para o círculo virtuoso da economia. "Eu tenho muita convicção que essa estabilidade do dólar, mais a queda do Brent, reúne todas as condições para menores preços de combustíveis na bomba para todos os consumidores brasileiroserdquo;. Japão Silveira também comentou sobre a importância da participação do ministério no Fórum Empresarial Brasil endash; Japão. Para ele, o Brasil é o líder da transição energética global, tanto pela matriz no setor elétrico, quanto pelas políticas de descarbonização nos setores de mobilidade e transporte. Ainda segundo Silveira, as políticas se alinham com as do Japão e, abrir o mercado de etanol no país asiático é fundamental para a indústria nacional. O ministro destacou que a parceria para até 2030 ter 10% de etanol nos combustíveis japoneses é uma eldquo;grande vitóriaerdquo; da visita de Lula ao Japão. eldquo;O Japão tem muita sinergia conosco em todas essas políticas, em especial nos biocombustíveis. O Japão quer cumprir o acordo de Paris, o que a gente vem reivindicando do resto dos países industrializados, que eles possam investir para que a gente possa descarbonizar o planeta, possa fazer desenvolvimento econômico com sustentabilidadeerdquo;.

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'Não há limites para a Total investir no Brasil', diz Patrick Pouyanné, CEO da petroleira francesa

Entre as maiores empresas de energia do mundo, a francesa TotalEnergies encara o Brasil como praça estratégica, a ponto de seu presidente global, Patrick Pouyanné, afirmar não ter limites para investimentos no País. Há uma década no cargo, o francês de 61 anos falou com exclusividade ao Estadão/Broadcast. Bem-humorado, disse ter voltado ao Rio menos de seis meses depois da última visita em função do carnaval. Teve reuniões com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a quem apelou por baterias na geração renovável, e com Magda Chambriard, presidente da Petrobras, sócia na produção de petróleo do pré-sal. Pouyanné diz que em 2025 a operação brasileira será a primeira da empresa em fluxo de caixa e diz estar pronto para tomar mais riscos, tanto nos fósseis quanto em renováveis. A seguir, trechos da conversa: Petroleiras frearam o ritmo de investimentos em energia renovável, mas a TotalEnergies tem mantido. Por quê? Estabelecemos uma estratégia em 2020 com dois pilares: óleo e gás e eletricidade. Ao contrário de alguns dos meus colegas, nós continuamos a desenvolver, investir e expandir a energia do petróleo. Em GNL (gás natural liquefeito), somos a terceira maior empresa do mundo. Nunca dissemos que reduziríamos esse negócio como os outros disseram. Porque esse é o nosso ganha-pão. Depois, no segundo pilar, cerca de 70% dos elétrons que geramos são renováveis, mas também vêm a partir do gás. Porque a energia renovável é intermitente, e o cliente não quer isso. Ele quer energia confiável 24 horas por dia, 7 dias por semana. Com esse mix, ganhamos mais dinheiro. Mais lucrativo... Em 2024, tínhamos cerca de US$ 20 bilhões em ativos ( de eletricidade integrada) e lucramos US$ 2,5 bilhões, rentabilidade superior a 10%. Em 2025, o negócio de eletricidade será 10% do negócio de petróleo e gás, o que é significativo. Portanto, temos uma estratégia clara, que estamos tornando lucrativa. Não vejo motivo para mudar. Em energia, é muito importante manter o ritmo ( do investimento). Amamos óleo e gás e gostamos de eletricidade. Vamos manter assim porque investimos a longo prazo. O presidente da Shell no Brasil já disse que a última gota de petróleo da empresa sairá daqui. Isso vale para vocês? Acho que não ( risos). Talvez ( a última gota) seja de Abu Dhabi para nós. Vejo mais 40 ou 50 anos de operação em Abu Dhabi. No Brasil, a operação é em águas profundas. É enorme e temos orgulho disso. Algo que surpreendeu muito os investidores é que, em 2025, o país número um do portfólio em termos de fluxo de caixa será o Brasil. Mas em águas profundas você produz e tem um declínio mais acentuado. Não é como na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes, onde há um longo platô de produção. Por isso, sou mais cauteloso ( sobre essa última gota). Quais são os próximos passos da operação de Oeamp;G no eldquo;Em breve, devemos investir em baterias no Brasil, porque elas são úteis quando você tem muito vento para armazenar e, depois, entregar. Não temos usinas a gás por enquanto no Brasil, mas talvez tenhamos um dia. O mesmo vale para hidrelétricas. Estamos abertoserdquo; Brasil? Discuti i sso com a Magda Chambriard. Hoje, estamos desenvolvendo muitos ativos paralelamente ( nos campos de) Mero, Sépia e Atapu. Mas devemos pensar no que vem a seguir. E voltamos para a exploração e a tecnologia. Na exploração, ainda há coisas a descobrir. Este ano, vamos perfurar um poço interessante com a Petrobras no verão, Água Marinha. E, na tecnologia, o que acontece no Brasil é que tem muito petróleo e gás associado a muito CO .Encontramos pe2 tróleo com 30% de CO , 20% 2 de CO . E o CO não é muito 2 2 bom. Não é ruim apenas para o planeta. Também é ruim em termos de corrosão de metais. Altos teores de CO exigem me2 tais muito caros para transporte do produto. E esse é um dos tópicos em que devemos trabalhar juntos. Se conseguirmos encontrar as tecnologias certas, poderemos ter um futuro muito longo no Brasil e aí, talvez, o meu colega da Shell esteja certo ( risos). A TotalEnergies vai participar dos próximos leilões de área? Na rodada de partilha da produção, tenho certeza de que participaremos. Vi alguns itens e minhas equipes estão motivadas. Então, iremos. Na outra, de concessão, eu não sei. Ainda preciso discutir com eles. O Brasil é importante, e isso está claro. Na minha cabeça, não há limite para investir no Brasil. Então, é uma questão de oportunidade técnica. Confio nos meus geólogos e, se eles estão dispostos a explorar, nós nunca cortamos o orçamento de exploração. Desde que sou CEO, estamos gastando cerca de US$ 1 bilhão por ano com exploração e mantenho esse orçamento. Em renováveis, o sr. fala muito em soluções integradas. Isso vale para o Brasil? Sim. Estamos olhando para isso. Integração significa atuar em toda a cadeia: produzir eletricidade a partir de fontes renováveis ou plantas de gás, fazer a comercialização, ir até os clientes para fechar contratos. É o que fazemos no Brasil. Em breve, devemos investir em baterias no Brasil, porque elas são úteis quando você tem muito vento para armazenar e, depois, entregar. Não temos usinas a gás por enquanto no Brasil, mas talvez tenhamos um dia. O mesmo vale para hidrelétricas. Estamos abertos. Como será o investimento em baterias? Ainda não fazemos isso aqui, mas acho que é o próximo passo. Pretendo tratar disso com o ministro de Minas e Energia ( Alexandre Silveira), e estamos dispostos a discutir com os reguladores para estabelecer um bom caminho. É preciso encontrar uma maneira de incentivar a colocação de baterias porque, quando se coloca muita energia renovável na rede, há um problema de estabilidade que leva a elsquo;curtailmentsersquo; ( cortes compulsórios na geração), que já são um problema no Brasil. Com as baterias, você resolve isso. É o que já fazemos na Alemanha, na Espanha e nos Estados Unidos. Então, é só uma questão de trazer essa experiência para o Brasil. Espero que não demore muito, porque significaria perda de dinheiro, e os cortes já são prejudiciais a todos. Quero ser o primeiro a instalar baterias no Brasil. ebull;

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Petrobras bate recorde de reinjeção de gás carbônico em reservatórios do pré-sal

A Petrobras reinjetou 14,2 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios do pré-sal da Bacia de Santos no ano passado, superando o volume de 13 milhões de toneladas reinjetado em 2023. A técnica contribui para o aumento da eficiência da extração de óleo das jazidas do pré-sal ao pressurizar os reservatórios subterrâneos, além de reduzir as emissões de CO2, de acordo com a companhia. O programa é o maior em operação no mundo,e#8239;considerando a quantidade de gás carbônico reinjetada anualmente, segundo a Petrobras. A estatal afirma que o valor corresponde a mais de um quarto (28%) da capacidade global reportada para 2024, com base em dados do relatório da Global CCS Institute. Atualmente, 22 plataformas que produzem e armazenam petróleo no pré-sal da Bacia de Santos estão equipadas com sistemas para captura e reinjeção do CO2. (Coluna por Mônica Bergamo)

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Vibra se torna primeira empresa a disponibilizar combustível sustentável de aviação no Brasil

A Vibra Energia, maior distribuidora de combustíveis do Brasil, tornou-se a primeira companhia a disponibilizar combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) no país, após importar o biocombustível, informou a companhia em nota à imprensa nesta terça-feira (25). O SAF da Vibra já está disponível em base localizada no aeroporto internacional Tom Jobim (GIG), o Galeão, na cidade do Rio de Janeiro. Ao todo, em janeiro, foram importados pela empresa 23 contêineres tanque com cerca de 550 mil litros de SAF, que embarcaram do porto de Antuérpia, na Bélgica, disse a empresa. Inicialmente, a distribuidora planeja misturar o biocombustível ao combustível de aviação convencional, na proporção de 10% de SAF e 90% de combustível fóssil, reduzindo as emissões de carbono nos voos abastecidos pela Vibra com a mistura. Futuramente, entretanto, poderá elevar a mistura até o limite de 50%, conforme permitido por normas internacionais. Em nota, a companhia afirmou que, por meio da BR Aviation emdash;unidade de negócios da Vibra para serviços de abastecimento de aeronavesemdash;, mantém conversas avançadas com diferentes companhias da aviação comercial e executiva para fornecimento do produto. Com 60% de participação no mercado de aviação, a Vibra afirmou que a importação do produto "demonstra a viabilidade de adoção do SAF na aviação brasileira". Estudos apontam que atualmente o SAF exige custos de produção mais elevados do que o combustível de aviação convencional, o que traz desafios para o desenvolvimento desse mercado. O SAF é produzido a partir de fontes renováveis e reduz em cerca de 80% as emissões de gases de efeito estufa em comparação ao combustível de aviação convencional, segundo a Vibra. O produto disponibilizado pela Vibra foi produzido a partir de óleo de cozinha usado (UCO endash;Used Cooking Oil), uma das matérias-primas de menor intensidade de carbono, já que se trata de um resíduo, disse a companhia. "Como líderes, estamos preparados para ampliar a oferta de SAF no mercado brasileiro, utilizando nossa infraestrutura em mais de 90 aeroportos e nossa expertise para entregar soluções seguras e competitivas", frisou Bragança. A Vibra afirmou que o planejamento e a execução do processo, que envolveu desde a busca pelo fornecedor, importação, certificações, até a mistura do SAF com o combustível de origem fóssil na base da Vibra no Galeão, durou dez meses. Como parte importante da operação, a Vibra destacou que obteve a certificação ISCC (International Sustainability eamp; Carbon Certification) para as bases da empresa em Cubatão (SP) e no Galeão, que permite o rastreio da sustentabilidade de toda a cadeia de fornecimento do produto emdash;da matéria-prima, passando pela produção na biorrefinaria até a distribuição via base do aeroporto carioca. No ano passado, foi sancionada a lei do Combustível do Futuro, que atende a demandas do setor de petróleo e gás e incentiva a produção de combustíveis mais sustentáveis. A assinatura da lei ficou marcada por uma reviravolta curiosa: a cerimônia previa o pouso de um avião da Azul movido a SAF, que seria a demonstração prática do novo mundo aberto pela legislação. No entanto, a Azul não conseguiu SAF para abastecer o avião, que faria a rota doméstica de Campinas a Brasília usando exclusivamente combustível sustentável. (Reuters)

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Setor de etanol rejeita baixar tarifa dos EUA para conter Trump e quer disputar mercado no Japão

A uma semana da entrada em vigor das chamadas eldquo;tarifas recíprocaserdquo; do presidente americano Donald Trump, que atingem o etanol brasileiro exportado aos Estados Unidos, o setor sucroalcooleiro embarcou para o Japão na expectativa de conquistar espaço num novo mercado em formação. A competição será com os EUA. De Tóquio, o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, disse ao Estadão nesta terça-feira, dia 25, que o setor rejeita a hipótese de uma redução na tarifa de 18% cobrada sobre o etanol de milho importado dos EUA como forma de evitar a tarifação recíproca anunciada Trump. A promessa da Casa Branca é de que a tarifa passe a valer a partir do dia 2 de abril, e o governo brasileiro segue tentando adiá-la em rodadas de conversas. eldquo;De maneira alguma, a indústria nem cogita esse tema de redução da tarifa. Nós estamos falando de dois produtos extremamente diferentes. Não faz sentido a gente deixar de crescer a produção brasileira de um etanol de baixo nível de emissão para importar um etanol com alto nível de emissão, que é feito lá nos Estados Unidoserdquo;, afirmou Gussi, que vai participar do Fórum Econômico Brasil Japão, na madrugada desta quarta-feira, dia 26, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premiê japonês, Shigeru Ishiba. Ele discursa no painel eldquo;Descarbonização e Estratégias Energéticaserdquo;. Gussi disse que não existe uma contraproposta brasileira. Ele mandou recado ao governo Lula, ao ressaltar que confia na estratégia de negociação adotada. O governo federal optou por ouvir o setor antes de iniciar conversas com representantes de comércio exterior da administração Trump. O próprio Gussi participou de reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin (também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e de duas recentes audiências com o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores). eldquo;A gente confia muito no governo brasileiro, que está sendo, lógico, diplomático e buscando soluções pacificadoras para esse processo, mas ao mesmo tempo com uma altivez muito grande, percebendo com clareza os diferenciais do etanol brasileiro e a necessidade de respeitar e valorizar esses atributos nacionaiserdquo;, afirmou ele. Segundo Gussi, caso a Casa Branca não reverta a prometida tarifa de 18% ao etanol brasileiro, a consequência será um aumento de custos internos no EUA, sem um impacto imediato aos produtores nacionais. As empresas brasileiras exportam sobretudo para clientes do Estado da Califórnia, por causa de compromissos de redução de emissões de gases do California Air Resources Board, agência governamental local destinada ao controle da poluição do ar e do combate a mudanças climáticas. eldquo;Primeiro, a gente espera que (a taxação) não aconteça. Os Estados comprometidos com a descarbonização vão pagar mais caro por esse etanolerdquo;, disse Gussi. eldquo;Por que a Califórnia, especialmente, importa etanol do Brasil? Porque o etanol do Brasil é mais limpo, o americano chega a ter o triplo de emissões do que o etanol brasileiro. Não teria lógica essa tarifa de equivalência, já que os produtos são diferentes. Então, para cumprir as metas de redução de emissões lá na Califórnia, eles precisam do etanol brasileiroerdquo;, afirma. Disputa de mercado no Japão Já no Japão, o maior competidor do Brasil serão os Estados Unidos endash; maior exportador e produtor de etanol do mundo - com 52% de participação, em 2024, segundo dados da RFA (Renewable Fuels Association). O Brasil teve uma fatia de 28% e continuou sendo o maior fornecedor de etanol para os EUA, mas houve uma queda drástica de importações endash; somente 15 milhões de litros, o menor volume em 30 anos. Em fevereiro, o premiê japonês indicou na Casa Branca a intenção de importar mais etanol dos EUA, eldquo;a um preço estável e razoávelerdquo;, o que foi prontamente comemorado por Trump: eldquo;Todos os nossos Estados agrícolas ficarão muito felizes. Eles (japoneses) querem etanol, e nós seremos capazes de fornecê-loerdquo;. O Japão é o quarto maior parceiro comercial dos EUA, e a sinalização de Ishiba de comprar mais ocorre por causa de sucessivos déficits americanos, da ordem de US$ 68 bilhões. Os EUA são muito próximos do Japão, com ampla colaboração e relacionamento estratégico em diversos setores: econômicos, políticos e estratégicos. Mas, ao contrário do temor que ronda a busca pela abertura do mercado japonês de carne bovina brasileira (o que também fará Brasil e EUA competirem), Gussi descarta que o governo japonês possa tomar alguma decisão com motivação política que leve o País a perder espaço em favor de Washington. eldquo;Eu não acredito nisso. É claro que vai ser uma competição de mercado natural, mas os japoneses têm se debruçado muito ao tema da diminuição de emissões de CO2 e já reconhecem largamente e publicamente que o etanol brasileiro tem um nível de emissão muito menor endash; ou seja, para alcançar a mesma redução de emissões com o etanol americano, os japoneses teriam que ter o dobro, ou quiçá o triplo de valor de montanteerdquo;, disse Gussi. Conforme dados da Unica, a demanda diária de etanol no Japão deve chegar a 12,2 milhões de litros nos próximos anos, já que o governo decidiu aumentar a mistura de etanol na gasolina ao patamar de 10% até 2030. Serão 4,45 bilhões de litros anuais a serem supridos. O Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI) do Japão anunciou no ano passado o plano de elevar a mistura para 20% até 2040. A demanda, nos cálculos da Unica, dobraria para 9 bilhões de litros por ano. Atualmente, o Japão mistura na gasolina o ETBE (ethyl tert-butyl ether), que leva como matéria-prima o etanol. O Brasil supre parte da demanda de importação. A entidade diz que a frota japonesa já está preparada para a mistura ser elevada a 10% e que chegar a 20% não seria um problema, mas depende ainda de preparos. A legislação atual permite apenas 3%. De olho nesse novo mercado, a Unica vai promover um segundo seminário com o Instituto de Economia da Energia do Japão (IEEJ), um think tank local, reunindo também empresários e representates governamentais em Tóquio, no dia 27. Estão na comitiva empresarial que acompanha a visita de Lula, além da Unica, empresas como a Raízen, Brasken, BP Bioenergy, Atvos Bioenergia, Copersucar SA, Energis 8, Transpetro e a Toyota. Alternativas para elsquo;escaparersquo; de Trump Segundo o Palácio do Planalto, a viagem de Lula se insere numa estratégia de buscar novos mercados para escapar das tarifas de Trump e também de mostrar aos principais parceiros comercias do País endash; EUA e China endash; que o Brasil eldquo;sempre vai buscar alternativaserdquo; e não quer ficar dependente nem alinhado. O presidente planeja novas incursões na Ásia neste ano, como a própria China, Malásia e Indonésia. O representante da indústria brasileira disse que já havia, no entanto, um trabalho próximo junto ao governo japonês, antes da guerra tarifária disparada pelo presidente americano. O recado a ser enviado aos setores público e privado nipônicos é de que o etanol brasileiro seria uma opção para o país reduzir emissões de CO2 nos transportes terrestres, no setor aéreo e agora há conversas para uso como combustível marítimo. eldquo;A nossa relação aqui com os japoneses, para os três modais, não tem esse caráter específico. É a construção de uma relação independente de governo, de circunstâncias pontuais do ponto de vista geopolítico. Nós já temos trabalhado, inclusive antes do Trump ser eleito, antes dessa história de guerra tarifária, no fundo a gente tem um diferencial competitivo, o japonês quer descarbonizar, o etanol brasileiro é a melhor solução para fazer issoerdquo;, resumiu Gussi. Montadoras japonesas estão envolvidas no desenvolvimento dos veículos híbridos associados a etanol, especialmente para o mercado brasileiro, e empresas locais fazem parte dos estudos de A to J (alcohol to jet), a rota do etanol para combustível sustentável de aviação, e já promovem testes em motores de navios movidos a etanol. No setor aéreo, também há interesse em colaboração para o desenvolvimento do SAF (Combustível de Aviação Sustentável) - e a esperança brasileira é que os japoneses apostem no uso do etanol. Também há planos de que os voos 10% dos voos internacionais no país usem SAF até 2030. Para produzi-lo a partir do etanol, haveria uma demanda de 1,7 bilhão de litros por ano, prevê a Unica. No ano passado, Lula e o então premiê Fumio Kishida assinaram comunicado conjunto demonstrando interesse na colaboração e na promoção de investimentos no etanol e no SAF e citaram as eldquo;complementariedades no setor energéticoerdquo;. O documento fala em estimular o uso de biocombustíveis, entre eles etanol e SAF. O país asiático tem projetos de construção de plantas produtoras de combustível sustentável de aviação a partir de etanol, e o Brasil quer inserir o produto nacional. eldquo;O tema que a gente vai trazer justamente é esse do diferencial competitivo do etanol brasileiro, por intensidade de carbono, capacidade de suprimento e confiabilidade de suprimento já há alguns anos, e o estabelecimento de relações profundas de amizade entre o Brasil e o Japãoerdquo;, disse o presidente da Unica. eldquo;A gente tem esse grande diferencial competitivo, que é ter o etanol com o menor nível de emissões desses gases causadores de efeito estufa no mundo.erdquo;

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Shell aumentou produção e retornos para ações em nova estratégia

A Shell declarou que tem como meta o crescimento da produção de hidrocarbonetos e planeja aumentar ainda mais os retornos para os acionistas, já que a gigante de energia delineou sua estratégia para os próximos cinco anos em seu dia de mercado de capitais. A empresa listada em Londres disse nesta terça-feira (25/3) que sua nova estratégia proporcionará mais valor com menos emissões e incluirá uma maior meta de redução de custos. eldquo;Hoje, estamos elevando o nível de nossas principais metas financeiras, investindo onde temos pontos fortes competitivos e conforto mais aos nossos acionistaserdquo;, declarou o CEO da Shell, Wael Sawan. A petrolífera aumentou a produção de linha primeira em seu negócio de gás integrado e upstream em 1% ao ano até 2030. Isso sustentará sua produção de líquidos de 1,4 milhão de barris por dia até lá, segundo a empresa. Ela também terá como meta o crescimento das vendas em seu negócio de gás natural liquefeito de 4% a 5% no mesmo período. A Shell aumentou as distribuições aos acionistas para 40% a 50% do fluxo de caixa das operações, de uma meta anterior de 30% a 40%. A empresa continuará a priorizar as recompras de ações e manterá sua política de dividendos progressivos de 4% ao ano. Por fim, um gigante do setor declarou que explorará oportunidades estratégicas e de parceria para suas operações de produtos químicos nos EUA e que está buscando maneiras de aumentar as margens e fechar instalações de baixo desempenho na Europa. Por volta das 8h40 (de Brasília), as ações da Shell subiam 1,98% na Bolsa de Londres. (Estadão Conteúdo)

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