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CNC discute segurança pública com Lewandowski em reunião de Diretoria

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou, em 25 de março de 2025, em Brasília, sua reunião mensal de Diretoria para discutir temas de grande relevância para o setor produtivo e para a sociedade brasileira. Entre os destaques da pauta, estiveram a visita do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a integração das federações empresariais, a evolução do Programa Atena e as perspectivas econômicas e tributárias do País. O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, foi saudado pelos presentes pela sua posse na Academia Carioca de Letras, um reconhecimento por sua trajetória e contribuição para o setor empresarial e cultural do País. Ele também confirmou sua participação em reunião do Mercosul, em Buenos Aires, reforçando o compromisso da entidade com a integração econômica regional. O ministro Ricardo Lewandowski falou sobre segurança pública, ressaltando a importância de uma maior integração entre as polícias federais, estaduais e municipais. Ele defendeu a criação de um Sistema Único de Segurança Pública, inspirado no modelo do SUS, para estabelecer diretrizes gerais e coordenar a atuação das forças de segurança em todo o Brasil. A proposta inclui um Conselho Nacional de Segurança, com participação de entes federados e da sociedade civil, garantindo autonomia das polícias estaduais e municipais sem interferência federal indevida. A PEC se baseia em quatro pilares: diretrizes nacionais para a segurança pública, ampliação do papel da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, garantia de recursos via Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e criação de corregedorias e ouvidorias autônomas para fortalecer a fiscalização e o combate à corrupção Outro ponto de destaque do encontro foi apresentado pelo presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Junior, sobre a formalização da Aliança do Setor Produtivo de Mato Grosso, composta pela Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Fecomércio-MT e Fiemt (Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso). O grupo pretende intensificar a colaboração entre os setores de comércio, indústria e agropecuária, promovendo iniciativas conjuntas para o crescimento econômico do Estado. O Programa Atena 2025 também foi discutido, com ênfase nos avanços obtidos, em apresentação dos integrantes da equipe da Diretoria Jurídica e Sindical (DJS) Mateus Dornelas e João Braga. Os tópicos ressaltaram o número de alunos na UniCNC, que cresceu significativamente, e uma nova ferramenta de análise foi implementada para aprimorar a integração e a avaliação de resultados, evidenciando o impacto positivo do programa. Na esfera econômica, o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, comentou a carga tributária brasileira, que se mostra superior à de outros países da América Latina, além de um panorama dos principais índices econômicos. O presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, falou sobre a apresentação do Centro de Referência em Educação Inclusiva (CREI) do Sesc-Senac, que promove formação para educadores e atendimento gratuito a jovens com TEA (Transtorno de Espectro Autista) e síndrome de Down, na ONU, durante a 17ª Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Durante a reunião, o presidente da Fecomércio-ES, Idalberto Moro, ressaltou a importância de ampliar o reconhecimento da Festa da Penha, a maior celebração religiosa do Espírito Santo e um impulsionador do turismo local. Já Alexandre Sampaio, diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), convocou os Conselhos de Turismo das Fecomércios a promoverem o programa Vai Turismo em seus estados, ampliando sua divulgação e fortalecendo a captação de dados para a plataforma de inteligência.

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Galípolo explica hoje política de juros do Banco Central após Selic subir para 14,25%

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e seu diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, concedem, nesta quinta-feira, uma entrevista coletiva para falar da condução da política monetária no Brasil. A entrevista será a primeira de Galípolo desde que tomou posse como presidente do BC, em janeiro. Antes, ele havia falado em dezembro, ainda como diretor de Política Monetária do BC. O encontro ocorre uma semana depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% para 14,25% ao ano. Na ata divulgada na terça, o BC reconheceu que os dados dos últimos meses continuaram indicando sinais de "incipiente moderação do crescimento" econômico, mas sugeriu "parcimônia" nas conclusões. O Copom ainda destacou que o distanciamento das expectativas de inflação da meta de 3%, o que no jargão econômico se chama de desancoragem, sobretudo em prazos longos, torna a convergência mais desafiadora e "exige uma restrição monetária maior e por mais tempo do que outrora seria apropriado". A entrevista desta quinta ocorre oficialmente para comentar o novo Relatório de Política Monetária (RPM). O RPM foi criado a partir do decreto que instituiu a meta de inflação contínua e substitui o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que era publicado pelo BC desde 1999.

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Com 4,2 bilhões de litros, MS bate recorde na produção de etanol

Segundo dados da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), MS bateu recorde na produção de etanol com 4,2 bilhões de litros produzidos nesta safra 24/25, sendo o quarto maior do país no quesito. Mesmo com o número histórico, a produção não atingiu a expectativa, que era de 4,5 bilhões de litros, provavelmente devido à grande estiagem que o estado vem enfrentando nos últimos meses. Desse total, o etanol de milho é responsável por 37%, ou seja, 1,55 bilhão de litros. Na safra anterior, MS produziu 3,8 bilhões, ou seja, houve um aumento de 10,53% de uma safra para outra. Ainda, para 25/26, que se inicia em 1º de abril, a expectativa é que o estado atinja 4,7 bilhões de litros, volume 11% maior em relação ao ciclo atual. Acerca do plantio de cana-de-açúcar, a produção caiu de 51 milhões de toneladas para 48,5 milhões, portanto, é esperado que o estado recupere um pouco dessas toneladas perdidas na próxima safra, atingindo cerca de 50,5 milhões, aumento de 3,5% em relação a essa. Com essa queda no plantio da cana, a produção de açúcar também caiu, de 2,2 milhões de toneladas para 1,9 milhões. Também visando uma recuperação neste setor, o estado espera que essa produção aumente em 30%, atingindo 2,6 milhões de toneladas produzidas. "O setor de bioenergia é um dos eixos estruturantes da política de desenvolvimento do Estado. E o Governo definiu como prioritário em investimentos, porque temos competitividade, assim como nas florestas e na proteína animal. Por isso o Governo buscou atrair indústrias de etanol de milho e isso tem garantido um salto na produção de bioenergia de milho de 37% no Estado", disse Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Petroleiros da Petrobras paralisam atividades em greve de 24 horas

Os petroleiros da Petrobras iniciaram uma greve de 24 horas à meia-noite desta quarta-feira (26) e acusaram a empresa de esvaziar "fóruns de negociação coletiva". Em manifesto conjunto, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) afirmaram que, entre as reivindicações, está a garantia dos valores integrais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Conforme o documento, a categoria rejeita o possível corte de 31% na PLR, eldquo;enquanto os acionistas recebem 207% do lucro líquidoerdquo;. "A categoria petroleira decidiu, em assembleias realizadas nas unidades operacionais e administrativas da Petrobrás, pela convocação de uma greve de advertência de 24 horas, marcada para esta quarta-feira, 26 de março. O movimento é um protesto contra a postura da atual gestão da empresa", afirmaram as duas entidades, que acusaram a Petrobras de não cumprir o "princípio negocial". Os participantes da mobilização pediram a defesa da Remuneração Variável (pagamento adicional ao salário base que varia de acordo com o desempenho do funcionário da empresa) e da adesão ao teletrabalho. A categoria quer a suspensão do cronograma de retorno ao trabalho presencial negociado individualmente e a abertura de "negociações coletivas sobre as novas regras que contemplem os impactos sobre os trabalhadores". Em 19 de março, o Sindipetro-RJ (Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro) divulgou um vídeo em que uma funcionária da Petrobras identificada como Luciana Frontin expressava preocupação com a exigência de retorno ao trabalho presencial. Ela afirmou que a mudança vinha causando "estresse" e "sintomas físicos" que ela nunca havia sentido antes em 17 anos na estatal. Em outra parte do manifesto, os petroleiros defendem uma solução para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) do Plano Petros e de previdência, além da criação de um plano único e integrado de cargos, carreira e salário, "que garanta progressões justas na carreira". A nota menciona também a reposição do efetivo de pessoal, com a convocação de concursados e a abertura de novos concursos, "considerando a drástica redução no número de trabalhadores após a Lava-Jato". A categoria petroleira reivindica melhores condições de trabalho, com o fim da escala 6x1, e segurança para os prestadores de serviços. Os trabalhadores ressaltam que, em 2024, foram registrados 731 acidentes de trabalho no setor de óleo e gás, com 78 feridos graves e 6 mortos. Posição da Petrobras A Petrobras afirmou ao Portal Terra que a estatal "respeita o direito de manifestação dos empregados" e que tem "mantido diálogo aberto com as entidades sindicais sobre os ajustes ao modelo híbrido de trabalho, que aumentará de dois para três dias na semana o período de trabalho presencial". A companhia afirmou também que já vem repondo seu efetivo de trabalhadores, tendo convocado mais de 1.900 novos empregados em 2024. A estatal informou ter anunciado publicamente a contratação de 1.780 novos empregados ao longo de 2025, provenientes de concurso público de nível técnico. "Por fim, convém destacar que a Petrobras possui um programa de remuneração variável que contempla, entre outros itens, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A Petrobras negociou com as entidades sindicais um acordo de PLR para o período 2024/2025, que será cumprido integralmente pela companhia", acrescentou a empresa.

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Lula: 'Queremos que Japão adote no Brasil perspectiva de produção de etanol e combustível renovável'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a intenção de fortalecer o comércio bilateral entre Brasil e Japão e afirmou que a meta é superar a relação comercial de US$ 17 bilhões registrada em 2011. Lula citou a perspectiva de lançar negociações de acordo com o país durante a presidência brasileira do Mercosul e disse contar com tecnologia japonesa para o Brasil se transformar em país desenvolvido. As declarações aconteceram durante cerimônia de assinatura de acordos entre o Brasil e o Japão nesta quarta-feira, 26. O evento aconteceu após uma reunião bilateral entre Lula e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba. De acordo com Lula, o Brasil e o Japão têm uma relação comercial de US$ 11 bilhões, mas, em sua avaliação, isso não corresponde ao tamanho das economias. Diante disso, o País quer aumentar seu comércio com o Japão: eldquo;Queremos vender e comprarerdquo;, afirmou Lula. eldquo;Queremos que o Japão adote no Brasil a perspectiva de produção do etanol, hidrogênio verde e combustível renovável. Queremos contar com tecnologia japonesa para o Brasil se transformar em país desenvolvidoerdquo;, acrescentou. Dentre os temas que os países trabalharão juntos, Lula citou medidas de mitigação à mudança do clima. Segundo ele, ambos os chefes de governo concordaram que sustentabilidade, paz e democracia são essenciais para o futuro do planeta. Na cerimônia, o presidente disse que o Brasil e o Japão assinaram dez acordos e outros 80 instrumentos de cooperação, que incluem universidades e outras instituições. Lula ainda falou que cuidar dos brasileiros que residem no Japão é tema prioritário. Segundo o petista, após a visita do governo ao Japão, a relação entre os países mudou de patamar.

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Acordo entre produtores de biodiesel e distribuidoras pode evitar suspensão da mistura no diesel

Produtores de biodiesel e distribuidoras de combustíveis entraram em acordo para evitar a suspensão temporária da mistura de biodiesel ao diesel. Nesta quinta-feira, 27, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve dar a palavra final sobre o pedido feito pelas distribuidoras para suspender a mistura de 14% de biodiesel ao diesel fóssil por 90 dias. Produtores e distribuidoras decidiram defender juntos que haja um reforço na fiscalização contra empresas que não fazem a mistura, atendendo ao pleito das grandes empresas do setor que relatam perder mercado para concorrentes que não respeitam as regras. Como o biodiesel é mais caro que o diesel fóssil, empresas que não respeitam a mistura conseguem vender o produto mais barato que as que seguem as regras. Representantes de frentes parlamentares ligadas ao agronegócio e aos combustíveis, além de entidades empresariais, vão fechar uma lista de ações conjuntas contra essas fraudes. Uma delas é a doação de cinco equipamentos para medir se a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel está sendo obedecida endash; hoje, a agência tem apenas dois equipamentos que fazem isso, um deles emprestado. Cada máquina custa cerca de R$ 235 mil, e o gasto será repartido entre produtores e distribuidores de diesel. A ideia é também marcar posição em outras frentes, mostrando que o setor apoiará e fará lobby conjunto em defesa do projeto de lei que amplia as penas para os infratores e de outros que fecham o cerco aos devedores recorrentes de impostos, chamados de devedores contumazes. O primeiro está tramitando na Comissão de Energia da Câmara dos Deputados e prevê multas de até R$ 20 milhões para quem fraudar a mistura. O segundo é objeto de dois projetos de lei que tramitam no Senado. A expectativa de representantes de produtores de biodiesel e de distribuidores é que, com isso, a ANP não aplique a suspensão da mistura na quinta-feira, mas reconheça que a fiscalização não vem dando conta do problema. No último dia 12, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) fez um pedido formal à ANP para suspender a mistura por 90 dias, alegando o aumento expressivo das fraudes e prejuízo aos concorrentes que obedecem às regras. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o aumento do preço do biodiesel ampliou as fraudes na mistura, com mais empresas deixando de adicionar a fatia do combustível renovável. Segundo levantamentos do Instituto Combustível Legal, que é bancado pelas grandes distribuidoras, as fraudes chegavam a 30% em amostras colhidas em São Paulo. No ano passado, foram vendidos 67,2 bilhões de litros de diesel (já misturado) no País. A preços de hoje do litro de diesel, isso representa um mercado de cerca de R$ 425 bilhões. As entidades também planejam apresentar propostas de alterações regulatórias, que podem ser aplicadas pela ANP, como a proibição de revenda de biodiesel entre distribuidoras endash; o que abre a porta para a emissão de notas fiscais frias, e defendem que a agência passe a ter acesso a dados da Receita Federal e dos fiscos estaduais sobre quantidades de biodiesel comprado pelas empresas. O objetivo é checar se esses volumes batem com o que é vendido nas bombas. Os distribuidores desistiram, porém, de defender a abertura do mercado para importação de biodiesel com o objetivo de baixar preços internos. A concessão visa a atender aos produtores de biodiesel e fechar o acordo. Essas medidas serão levadas à ANP. O biodiesel espera que o setor de etanol reforce a mobilização contra fraudes, mas estes produtores têm tomado distância do problema. Diferentemente do biodiesel, o etanol não foi afetado pela decisão do governo Lula de congelar o aumento da mistura aos combustíveis fósseis. A adição do biodiesel subiria para 15% neste ano, mas em razão do impacto nos preços nas bombas e o efeito na inflação, foi suspensa. Já no caso do etanol, o governo mantém o objetivo de elevar a mistura de 27,5% para 30% do litro de gasolina. Testes encomendados pelo governo para testar se a mistura afeta motores deram sinal verde para a iniciativa e a expectativa é a de que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorize a mistura nas próximas semanas. No Japão, Lula defende mistura do etanol No Japão, Lula defendeu a mistura de etanol à gasolina. eldquo;Nós estamos percebendo o crescimento da transição energética com o hidrogênio verde, com energia limpa, e o Brasil está dando um salto de qualidade na questão do etanol. A gente está pensando em elevar para 30% a mistura, tanto da gasolina quanto do biodieselerdquo;, disse nesta terça-feira, 25. O presidente tenta convencer o governo japonês a adicionar 10% de etanol à gasolina no país, o que aumentaria a demanda pelo combustível produzido no Brasil. eldquo;Se o Japão usar 10% de etanol na gasolina, é um salto extraordinário, não apenas para que a gente exporte, mas para que eles possam produzir no Brasilerdquo;, disse Lula.

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