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Petróleo cai 2% com decepção sobre estímulos da China e preocupação por demanda

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 14, após dados decepcionantes de inflação da China e falta de clareza quanto aos planos de estímulos econômicos de Pequim. O petróleo reduziu as perdas levemente após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortar a previsão de crescimento da demanda de petróleo para o restante deste ano e em 2025. Porém, a commodity seguiu pressionada pela incerteza econômica da China. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em queda de 2,28% (US$ 1,73), a US$ 73,83 o barril. O Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 2% (US$ 1,58), a US$ 77,46 o barril. O ministro de Finanças da China, Lan Foan, afirmou no fim de semana que Pequim está considerando formas adicionais de alavancar a segunda maior economia do mundo, mas não forneceu detalhes sobre um grande plano endash; deflagrando preocupações sobre a demanda pela commodity no país. O noticiário da China se sobrepõe a temores de que Israel retalie o Irã pelos ataques a mísseis do começo do mês. Em relatório nesta segunda-feira, a Opep cortou a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano em 106 mil barris por dia. As mudanças marcaram o terceiro mês consecutivo em que a Opep reduziu sua previsão. Os preços do petróleo bruto podem chegar a três dígitos se os suprimentos forem interrompidos pelo conflito no Oriente Médio, apesar dos fracos fundamentos do mercado, disse o Citi nesta segunda-feira em um relatório. Analistas aumentaram sua estimativa do Brent, no cenário mais positivo, para US$ 120, de US$ 80 por barril, para o quarto trimestre e o primeiro trimestre do próximo ano, atribuindo a esse resultado uma probabilidade de 20%, ante 10% anteriormente. (Estadão Conteúdo)

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Petrobras e Vale terão parceria para fornecimento de bunker e diesel com teor renovável

A Petrobras terá um acordo com a Vale para o fornecimento de combustíveis com teor renovável, segundo a presidente da estatal, Magda Chambriard. A parceria envolve o fornecimento de diesel coprocessado (diesel R), que tem uma parcela de 5% de conteúdo renovável. Há previsão ainda de entrega do bunker (combustível marítimo) com menos emissões, com adição de 24% de conteúdo renovável. eldquo;A gente tem o nosso chuchuzinho [o diesel R], vamos dizer assim, para caminhão, para ferrovia. Vocês imaginam a frota da Petrobras e a frota da Vale em termos de barcos, na navegação, com combustível 24% renovávelerdquo;, disse a jornalistas na manhã de segunda-feira (14/10). Em 2023, a Vale e a Petrobras assinaram um protocolo de emissões para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono. Segundo a executiva, o propósito da parceria é ajudar a descarbonizar as indústrias do petróleo e da mineração. Os detalhes do acordo ainda serão anunciados. eldquo;É um esforço das duas maiores empresas do Brasil em prol da descarbonização. Então, nós vamos ajudar a Vale a descarbonizar a sua mineração. Nós vamos fazer uma parceria para as duas empresas se ajudaremerdquo;, acrescentou. Nesse contexto, Chambriard comentou ainda a decisão da Câmara dos Deputados de não incluir o coprocessado entre as opções consideradas elegíveis para o mandato de diesel verde ao longo da tramitação do projeto de lei do Combustível do Futuro. O projeto foi sancionado pelo presidente Lula este mês, sem o mandato para o produto da Petrobras. eldquo;Eu acho que eles ficaram com medo de nós. Eu não posso negar que a Petrobras é um senhor concorrente, mas nesse caso a gente não quer ser concorrente do agro não, nós vamos ser parceiros do agroerdquo;, disse a executiva. Planejamento vai ter eldquo;moléculas e elétronserdquo; Segundo Chambriard, o novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2025 a 2029 vai incluir eldquo;moléculas e elétronserdquo;. Ela confirmou que a empresa vai buscar ampliar participação em fontes renováveis, mas com uma maior atenção para o mercado de combustíveis. eldquo;O Brasil é o país, talvez, o sexto ou o sétimo maior mercado consumidor de derivados do mundo. A gente não pode fechar os olhos para isso e para as potencialidades que a transição energética nos trará em termos de derivadoserdquo;, disse. O planejamento está em elaboração, com previsão de divulgação em novembro. Será o primeiro plano de negócios anunciado depois que a executiva assumiu o cargo, em maio deste ano. Net zero em 2035 A CEO afirmou ainda que a Petrobras tem a ambição de zerar emissões até 2035, mas não detalhou como isso vai ocorrer. Ela disse que o compromisso da companhia é atingir o eldquo;net zeroerdquo; em 2050, conforme a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, mas que acredita que a companhia pode antecipar a meta. eldquo;A gente acha que esse net zero, da Petrobras, vai acontecer bastante antes de 2050. Eu não quero prometer quando, mas só falando assim, dando licença para a intuição feminina, eu digo o seguinte: 2035 não é impossível. Mas não é uma promessa, a promessa é o comprometimento é para 2050. É só uma intuição feminina e uma vontade muito grande de fazererdquo;, disse.

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Petrobras lança novos tipos de contrato de gás de olho na concorrência

A Petrobras anunciou um novo pacote de modalidades de contratos de comercialização de gás natural para as distribuidoras que incluem um prêmio de incentivo à demanda e mais flexibilidade. É uma nova resposta da empresa ao aumento da concorrência. A presidente da estatal, Magda Chambriard, disse que a empresa está de olho no market share. eldquo;A gente não está querendo abrir mão de mercado para ninguém, não. O mercado que pudermos ocupar, nós vamos ocuparerdquo;, afirmou, em conversa com jornalistas nesta segunda (14/10). A CEO da Petrobras reforçou que a companhia vai buscar aumentar a oferta de gás ao mercado e que isso se refletirá na queda dos preços. Em entrevista recente ao estúdio eixos na ROG.e., a CEO da Petrobras já havia antecipado que a companhia está eldquo;trabalhando fortementeerdquo; para aumentar a oferta de gás natural e, assim, baratear o preço da molécula ao ponto de viabilizar novos projetos de fertilizantes nitrogenados e de outras indústrias no país, como a química. Em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu a petroleira, Chambriard destacou, na ocasião, que o potencial de crescimento do mercado brasileiro de gás é imenso e que a demanda poderia ser ao menos três vezes maior se a molécula tivesse um preço adequado. Petrobras oferece contratos eldquo;sob medidaerdquo; O diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, disse nesta segunda que o novo pacote de modalidades contratuais oferecido pela empresa permitirá às distribuidoras fechar acordos de suprimento eldquo;sob medidaerdquo;. eldquo;As distribuidoras podem fazer um tipo de contrato tailor-made [sob medida], jogando com flexibilidade, prazo, início de fornecimento, local de entrada e indexadorerdquo;. eldquo;Então, jogando com essas variáveis, a gente tinha 20 possibilidades de combinação de contrato anteriormente. Esse novo pacote aprovado pela diretoria faz passar de 20 para 48 possibilidades para as distribuidoraserdquo;, comentou. Tolmasquim também anunciou um prêmio de incentivo à demanda. E explicou que será dado um desconto de 10% sobre o preço de referência, para consumos que ultrapassem o compromisso mínimo do cliente. Não chega a ser uma novidade. Este ano, a petroleira, num primeiro contra-ataque aos concorrentes, já havia anunciado uma nova política de preços que previa um desconto de até 10% nos contratos vigentes. O desconto, válido somente até o fim de 2025, foi aplicado, então, apenas sobre uma parcela do volume contratado: 60% da quantidade diária contratada seguiu atrelada às condições vigentes e os outros 40% à nova precificação. Petrobras prevê crescimento no mercado livre Só este ano, a Petrobras já fechou contratos da ordem de 20 milhões de m3/dia com as distribuidoras estaduais. E também espera crescer no mercado livre. Tolmasquim disse que a estatal espera contar com mais um grande cliente em dezembro. A petroleira tem, hoje, contratos no mercado livre com a Acelen, CSN, Gerdau e Ternium endash; além das UTEs Santa Cruz e Araucária, no setor termelétrico. eldquo;A gente está com uma política bastante agressiva de atrair o negócio com o consumidor livreerdquo;, afirmou Tolmasquim. A Petrobras fechou novos contratos de venda de gás natural, da ordem de 940 mil m3/dia, com consumidores livres, no segundo trimestre, quando fez sua primeira mudança na política comercial este ano. Os dados operacionais mostraram, contudo, que a petroleira perdeu mercado para a concorrência na ocasião. Mercado livre engrena Em entrevista ao estúdio eixos, na ROG.e, o gerente executivo de gás e energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu, afirmou que o mercado livre de gás está em um processo eldquo;bem franco e claroerdquo; para engrenar. Embora ainda dê seus primeiros passos, o desenvolvimento do mercado livre de gás tem acelerado. O número de indústrias presentes no mercado livre de gás mais que dobrou em 2024.

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Mistura do etanol à gasolina poderá chegar a 35% em 2037, destaca consultoria

Estudo da consultoria do Itaú BBA aponta o quanto a nova Lei do Combustível do Futuro deve fortalecer o agronegócio. No caso do setor de combustíveis renováveis, essa Lei visa acelerar a utilização de etanol e de biodiesel na matriz energética brasileira e terá um grande impacto na agropecuária. Lei altera teor de mistura de biocombustíveis A proposta altera os percentuais do teor de mistura de biocombustíveis na gasolina e no diesel e foca na maior utilização de etanol, biodiesel, diesel verde, biogás, biometano e combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). Lucas Brunetti, analista da Consultoria Agro do Itaú BBA, fez um estudo avaliando qual será o impacto no consumo de combustível renovável e no uso de matérias-primas oriundas da agropecuária. Reconhecimento das externalidades O etanol, segundo o analista, terá novo incentivo em função de suas externalidades. A mistura do anidro à gasolina, hoje em até 27%, poderá chegar a 35% em 2037. Vale destacar que esse percentual necessita de novos estudos técnicos. Evolução do ciclo Otto Brunetti considerou uma evolução de 2,5% ao ano no consumo do ciclo Otto no Brasil. O aumento do consumo total de etanol, nessas condições, seria de 9,5 bilhões de etanol anidro em 2037, sendo que 4,9 bilhões viriam por causa do aumento da mistura para 35%. Os cálculos consideram o percentual do hidratado em 24% no território nacional.

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Petróleo cai nesta 6ª com atenção à China e Oriente Médio, mas avança na semana

Os contratos futuros do petróleo voltaram a fechar em queda nesta sexta-feira, 11, com os investidores de olho na demanda da China e nas atualizações do conflito que acontece no Oriente Médio. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,38% (US$ 0,29), a US$ 75,56 o barril. O Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,45% (US$ 0,36), a US$ 79,04 o barril. Na semana, o WTI avançou 1,59%, enquanto o Brent subiu 1,27%. De acordo com o ING, os investidores estão aguardando detalhes de possíveis medidas adicionais de estímulo da China neste fim de semana endash; no sábado, o Ministério de Finanças da China realiza uma coletiva de imprensa -, o que limitou os ganhos no preço da commodity. A potência econômica é importante para a demanda global do óleo e, consequentemente, impacta nos valores. O banco holandês não descarta o fato de que os preços do petróleo ainda estão sendo sustentados pelas tensões no Oriente Médio e por uma possível resposta de Israel contra o Irã, após o ataque de mísseis no início do mês. eldquo;Embora os Estados Unidos e outras nações do Golfo tenham pressionado Israel a não mirar na infraestrutura de petróleo, isso não pode ser descartado completamenteerdquo;, cita. O ANZ Research menciona que, no radar dos traders, está ainda os impactos do furacão Milton na demanda americana pelo óleo, já que o desastre natural interrompeu o fornecimento de combustível e causou quedas de energia em toda a Flórida. Em relatório, no entanto, a Capital Economics não acredita que o furacão terá qualquer impacto nos preços da commodity.

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Decisão sobre horário de verão será na terça-feira, diz ministro

O Ministério de Minas e Energia vai decidir na terça-feira (15) sobre adoção do horário de verão no Brasil ainda este ano. O ministro Alexandre Silveira vai se reunir com a equipe técnica no prédio da pasta em Brasília para definir a questão. Diante da urgência da decisão, Silveira reduziu em uma semana o período de férias e retornará ao trabalho na próxima segunda-feira (14). eldquo;O resumo da ópera é que se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verãoerdquo;, afirmou Silveira, em Roma, após participar como palestrante do último painel II Fórum Internacional Esfera. Horário de verão eldquo;Se não houver risco energético, aí é um custo-benefício que terei a tranquilidade, a serenidade e a coragem de decidir a favor do Brasil e a favor do Brasil nem sempre quer dizer que vai economizar meio por cento, um por cento na conta de energia, porque qual impacto nos outros setores? Isso tem que ser um equilíbrio. Ainda bem que a política de diálogo voltou. Com essa política a gente tem tranquilidade e com muita profundidade chegar a um momento em que a gente possa mostrar com clareza qual o melhor caminho a seguirerdquo;, acrescentou o ministro, ressaltando que eldquo;não tem como não ser esta semana, porque não daria tempo de aproveitar a melhor janela que é novembro, se não for tomada a decisão, esta semanaerdquo;. De acordo com Silveira, a reunião foi marcada para terça-feira por causa da eldquo;imprescindibilidade de ser agoraerdquo; e, para isso, é preciso que seja de imediato para permitir que os setores que serão impactados se preparem, embora, segundo ele, o cuidado que teve de conversar com os setores muito importantes para que se planejam. eldquo;Se tem algo que não se pode abrir em uma política pública com essa dimensão, é a questão da previsibilidade. A importância maior do horário de verão e tem muita importância é entre 15 de outubro e 30 de novembro. Até 15 de dezembro tem uma importância vigorosa, não que ele não tenha depois, mas vai diminuindo a curva da importância deleerdquo;, disse. Silveira destacou que o horário de verão é uma política pública aplicada mundialmente e não deve ser tratado como uma questão ideológica. eldquo;Primeiro quero registrar que o horário de verão é uma política pública que não é nacional. É implementada em vários países e em especial em países desenvolvidos. É uma política pública que não deve ser tratada como uma questão ideológica e ela foi tratada pelo governo anterior assim, simplesmente extirpando ela em 2019erdquo;, observou. Crise hídrica O ministro acrescentou que as usinas hídricas e hidrelétricas, quando não são, como é o caso de Belo Monte, localizada no Rio Xingu, no Pará, que não conseguiu licenciamento para fazê-la com reservatório, elas dependem naturalmente das questões pluviométricas. Os números indicam que a crise hídrica atual é grave. eldquo;O Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais] apurou que desde 1950, quando ele mede a questão pluviométrica no Brasil, nós vivemos a pior crise hídrica dos últimos 73 anos, o que nos levou, se nós não tivéssemos feito medidas preventivas, como diminuir a vazão de Jupiá e Porto Primavera, corajosas que tomamos durante o ano, preservando 11% de água doce nos nossos reservatórios, hoje nós teríamos problema energético no Brasil. Não temos, temos tranquilidade para este período, mas temos que nos equilibrar entre segurança e modicidade tarifária e temos que preparar também o planejamento para 2026erdquo;, comentou. Eleição O ministro Alexandre Silveira disse ainda que, caso seja adotado pelo governo, o horário de verão não vai impactar o segundo turno da eleição, marcado para o dia 27 deste mês. eldquo;Se ele for decretado, não pega a eleição, porque tem que ter no mínimo 20 dias para que setores extremamente importantes se planejem, como o setor aéreo por causa das conexões internacionais e outros setores também como segurança públicaerdquo;. Ele que tudo está sendo analisado com todo o cuidado e serenidade. eldquo;Imagine a responsabilidade de uma decisão como essa de um ministro de estado. Se ele o faz sem necessidade está naturalmente tomando uma medida que tem transversalidade e tem custo em alguns setores da economia, apesar de que para outros é benéfico, mas em alguns da economia muito contundentes. Se ele não faz, e dá um problema, a responsabilidade é do ministro. Um problema energético não é um problema é um problemaçoerdquo;, explicou sobre a complexidade da decisão. O ministro lembrou que o presidente Lula já disse em entrevista que essa decisão não é política e delegou a condução dela ao seu ministro de estado. eldquo;O farei, com a coragem de quem tem que decidir. O farei muito ancorado em bases técnicas e em sensibilidade política e social, para que a gente defendendo, como eu defendo o horário de verão como política pública, só use mão dessa política pública se ela for imprescindível para assegurar energia para o Brasil e diminuir os custos que não impactem mais negativamente e faça economia para o consumidorerdquo;, completou.

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