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Petrobras voltará a produzir fertilizantes, mas enfrenta desafios com fábricas antigas e gás natural

A Petrobras está prestes a retomar a produção de fertilizantes no Brasil, mas deve enfrentar grandes desafios nessa empreitada, avaliam especialistas. Desde a necessidade de modernização das fábricas existentes à escassez e ao preço alto do gás natural, a companhia terá de fazer altos investimentos para cumprir o objetivo determinado pelo presidente Lula de voltar a atuar nessa área. Além disso, ainda terá de estar atenta à velocidade da transição energética, com a demanda cada vez mais voltada para as versões eldquo;verdeserdquo; dos produtos usados no agronegócio emdash; ou seja, sem usar combustíveis fósseis, como o gás natural. A pressão para que a Petrobras acelerasse a entrada no setor foi um dos motivos da demissão do ex-presidente Jean Paul Prates. Já na posse, a nova presidente da estatal, Magda Chambriard, fez questão de deixar claro que eldquo;está totalmente alinhada com a visão do presidente Lulaerdquo; nesse setor, de reduzir a dependência das importações. Além dos fertilizantes, Lula também determinou que a Petrobras retome investimentos em refinarias e incentive a retomada dos estaleiros no Brasil, encomendando novos navios emdash; movimentos que provocaram muitas críticas, por já terem sido feitos nas gestões anteriores do PT, com resultados negativos. RIO - A Petrobras está prestes a retomar a produção de fertilizantes no Brasil, mas deve enfrentar grandes desafios nessa empreitada, avaliam especialistas. Desde a necessidade de modernização das fábricas existentes à escassez e ao preço alto do gás natural, a companhia terá de fazer altos investimentos para cumprir o objetivo determinado pelo presidente Lula de voltar a atuar nessa área. Além disso, ainda terá de estar atenta à velocidade da transição energética, com a demanda cada vez mais voltada para as versões eldquo;verdeserdquo; dos produtos usados no agronegócio emdash; ou seja, sem usar combustíveis fósseis, como o gás natural. A pressão para que a Petrobras acelerasse a entrada no setor foi um dos motivos da demissão do ex-presidente Jean Paul Prates. Já na posse, a nova presidente da estatal, Magda Chambriard, fez questão de deixar claro que eldquo;está totalmente alinhada com a visão do presidente Lulaerdquo; nesse setor, de reduzir a dependência das importações. Além dos fertilizantes, Lula também determinou que a Petrobras retome investimentos em refinarias e incentive a retomada dos estaleiros no Brasil, encomendando novos navios emdash; movimentos que provocaram muitas críticas, por já terem sido feitos nas gestões anteriores do PT, com resultados negativos. No ano passado, o consumo de fertilizantes no Brasil chegou a 45,8 milhões de toneladas. Desse total, apenas 6,8 milhões de toneladas foram produzidas no País, segundo números da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Em 2013, como comparação, o consumo foi de 30,7 milhões de toneladas, e quase um terço foi produzido aqui emdash; 9,3 milhões de toneladas. A estatal já chegou a ter uma participação importante no mercado brasileiro de fertilizantes quando estavam em operação as fábricas do Paraná (Araucária Nitrogenados - Ansa), Sergipe e Bahia, que possuem uma capacidade instalada de 2,87 milhões de toneladas por ano. Uma quarta fábrica, a UFN-III, em Três Lagoas (MS), cujas obras não foram finalizadas, terá capacidade para cerca de 1,3 milhão de toneladas por ano. A empresa, porém, havia saído desse setor. De acordo com a estatal, essa saída fazia parte do plano de desinvestimento para que o foco fosse totalmente voltado à produção de petróleo e gás. Mas diz que agora pretende retomar seu papel nessa área. No mercado, há muitas dúvidas se essa é uma operação viável financeiramente emdash; ou seja, se a Petrobras vai conseguir ter retorno para o seu investimento. A iniciativa privada vem evitando investir no Brasil nessa área, por conta dos custos muito altos. Mas a estatal afirma que eldquo;busca a atuação no negócio de fertilizantes de forma sustentável e com retorno financeiroerdquo;. Fábricas paradas Das quatro unidades de fertilizantes ligadas à Petrobras, nenhuma está atualmente em funcionamento. A Ansa, no Paraná, entrou em hibernação (parou de produzir) em 2020, após um processo de venda fracassado que durou dois anos. As unidades de Sergipe e da Bahia foram arrendadas à Unigel, mas também estão com as operações paralisadas. Há uma forte pressão para que a estatal reassuma as fábricas. Uma das entidades que mais têm pressionado nesse sentido é a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que participa do grupo de trabalho de fertilizantes coordenado pela Petrobras. A quarta unidade, em Mato Grosso do Sul, nunca foi terminada. As obras foram paralisadas em 2015, quando cerca de 80% da fábrica estava pronta. As tentativas de vendê-la nunca foram à frente. A Petrobras informou que foi aprovada em 6 de junho, a reativação da Ansa, eldquo;já em curso e com investimento previsto na ordem de R$ 1,2 bilhãoerdquo;. Além disso, a estatal diz que pretende retomar as obras da UFN-III. eldquo;O estudo de viabilidade técnica e econômica da unidade de Três Lagoas (MS) está em andamentoerdquo;, informa. eldquo;As unidades situadas nos Estados da Bahia e Sergipe estão arrendadas e permanecem de posse da Proquigel (empresa do Grupo Unigel), agora em condição de hibernação. A Petrobras vem mantendo diálogo com a Unigel em busca da melhor condição para o retorno da operação das duas fábricas.erdquo; Os possíveis investimentos nessas outras fábricas não foram divulgados. No início deste mês, a estatal deu mais um passo para voltar aos fertilizantes, com o avanço nas negociações para uma parceria com a Yara, uma das três maiores produtoras globais de fertilizantes, o que poderá acelerar o ganho de escala que o governo brasileiro quer. Setor privado De acordo com o diretor da área de fertilizantes da consultoria Stonex, Marcelo Mello, sem investimentos nessa área, seja público, seja privado, o Brasil pode se tornar nos próximos dois a três anos o maior importador mundial de fertilizantes, ultrapassando a Índia, que vem aumentando sua produção interna. Isso porque a tendência é a produção agrícola brasileira continuar em expansão. No passado, por meio da Petrofértil (hoje Gaspetro), criada no início da década de 1970, a Petrobras atendia parte do mercado, mas nunca conseguiu abranger toda a demanda. E nem será desta vez, segundo o analista de Insumos do Rabobank Brasil, Bruno Fonseca, que considera uma tarefa quase impossível a autossuficiência. Para ele, a volta da Petrobras ao setor está ligada ao Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, após a crise no setor trazida pela guerra na Ucrânia, e renovado agora no governo Lula. Na versão anterior, a iniciativa privada seria a responsável pelo aumento da oferta. Mas isso nunca aconteceu. eldquo;O Brasil levou um susto com a invasão da Rússia à Ucrânia. O preço dos fertilizantes disparou até três vezes do que era, e teve risco de faltar, o que seria um desastre para um País agrícola como o nosso. Então, foi criado o Plano Nacional de Fertilizanteserdquo;, disse Fonseca. eldquo;O Brasil entendeu isso como uma política importante para a continuidade da agricultura no País, porque sem fertilizante você não produz. É isso que mais espanta, deve espantar todo mundo, porque é um País que abastece o mundo inteiro e não produz fertilizante.erdquo; Mesmo com o eldquo;sustoerdquo;, porém, a iniciativa privada não abraçou o Plano lançado pelo governo. Atualmente, empresas internacionais do setor, como Mosaic e Yara, contribuem com uma parte da oferta no Brasil, mas que não chega a 20% da demanda. eldquo;Muitas empresas evitam o investimento em uma nova fábrica ou até mesmo expandir sua capacidade instalada por conta dos altos custoserdquo;, diz Fonseca. eldquo;Em muitos casos, o custo desta nova capacidade é até superior ao preço de mercado do próprio fertilizante, o que acaba inviabilizando a operação.erdquo; Segundo Mello, da StoneX, a iniciativa privada até tem investido no segmento de fertilizantes, mas focando basicamente nas atividades de mistura e distribuição, incluindo logística. Já os investimentos em produção efetiva de fertilizantes, tanto em plantas petroquímicas para produção de nitrogenados, quanto em atividades minerais para produção de fosfatados e potássio, ainda não cresceram significativamente. eldquo;Possivelmente, os principais motivos para esta situação são o alto custo estrutural de energia no País; o alto preço de gás natural, não apenas para geração de energia em si, mas também para produção de amônia e ureia; e os baixos teores minerais em muitas das reservas já provadas de fósforo e potássioerdquo;, disse. Entre os poucos projetos que chegaram ao País, Mello cita o da EuroChem, na Serra do Salitre, em Minas Gerais, um investimento de US$ 1 bilhão, que vai incrementar a produção nacional em cerca de 1 milhão de toneladas de fosfatados por ano. A operação começou em março deste ano, e a previsão é de que a capacidade total seja atingida no ano que vem. Investimentos Segundo Mello, a primeira planta da Petrobras a ser reativada, no Paraná (Ansa), é muito antiga e terá de passar por muita modernização para ser eficiente. Hibernada no governo Bolsonaro, a Ansa, inaugurada em 1982, já não operava bem, destacou, ficando mais tempo parada do que produzindo. Já as duas fábricas de fertilizantes do Nordeste, em Sergipe e na Bahia, são mais modernas que a do Paraná, mas também foram construídas na década de 1980 e ainda sofrem com a falta de gás natural para operar, eldquo;tanto que a Unigel não deu contaerdquo;, explicou o executivo. Mas agora, com a descoberta de reservatórios de gás no Nordeste, é possível que a estatal consiga colocar essas fábricas em operação, ressaltou. A melhor das fábricas da estatal, na avaliação de Mello, é a de Mato Grosso do Sul, que por não ter sido concluída ainda pode passar por uma modernização para atender o novo perfil de mercado, voltado para a descarbonização. A UFN-III quase foi adquirida por uma empresa russa (Acron) no governo anterior. Com a troca de gestão, a unidade deve ser concluída e utilizar o gás argentino da região de Vaca Muerta, que será trazido pelo Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), se as negociações entre os três países derem certo. eldquo;Se você conseguir trazer o gás de Vaca Muerta pela Bolívia para Mato Grosso do Sul, pronto, você resolveu o problema logístico e está no centro consumidor. Seria bom, mas mesmo assim é uma tecnologia mais ultrapassada. No mundo, hoje em dia, todos os investimentos estão saindo com a pegada de carbono, e você já partir do gás natural, que é um combustível fóssil, é bem complexoerdquo;, explicou Mello. eldquo;No curto prazo, porém, a gente precisa disso, para reduzir a importação, mas aparentemente não vai ser uma operação economicamente viável, porque o gás é um problema no Brasilerdquo;, concluiu.

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Elevamos projeção para IPC-S de julho, de 0,2% para 0,4%, por gasolina, diz economista da FGV

A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de julho foi elevada de 0,2% para 0,4%, calcula o economista da Fundação Getulio Vargas e coordenador do índice André Braz. A revisão, afirma, está atrelada ao reajuste feito pela Petrobras (BVMF:PETR4) no preço da gasolina no início deste mês. Braz salienta que o índice deve seguir a tendência de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no curto prazo, registrada no último relatório Focus. A mediana da pesquisa para julho passou de 0,23% para 0,28%, para agosto, de 0,11% para 0,15%, e para setembro, de 0,19% para 0,20%. "A revisão no Focus aconteceu pelo reajuste da gasolina e também pelo acionamento da bandeira tarifária amarela na conta de luz. É provável que esse deslocamento siga no IPC-S", afirma. Ele pondera, no entanto, que a taxa em 12 meses do índice deve ser em torno de 4%, menor que a prevista para o IPCA, que deve ficar entre 4,1% e 4,2%, calcula. O economista destaca que os núcleos de preços administrados e serviços foram os responsáveis pela aceleração do IPC-S na passagem da segunda para a terceira quadrissemana de julho - de 0,30% para 0,34%. "Gasolina e energia elétrica puxaram pelos administrados e passagem aérea e serviços bancários pelos serviços", detalha. Braz frisa que a tendência para esses itens é de aceleração até o fim deste mês. Ele acrescenta que a queda observada em Alimentação, pela devolução das altas após as enchentes no Sul, e pela sazonalidade, limitou um avanço mais expressivo do indicador. Quer saber qual ação comprar agora? Com a disparada do mercado em 2024, muitas pessoas têm medo de colocar mais dinheiro em ações. Se você está em dúvida sobre onde investir, nossas estratégias comprovadas mostram as oportunidades mais promissoras. Em 2024, a IA do ProPicks identificou 2 ações que já subiram mais de 150%, outras 4 que saltaram mais de 30% e mais 3 que se valorizam mais de 25%. É um histórico impressionante. Com portfólios personalizados com ações do Dow, Seamp;P, setor de tecnologia e empresas em crescimento, você pode explorar diversas estratégias para construir seu patrimônio. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo fecha em queda diante de preocupações pela demanda global

Os contratos futuros do petróleo caíram pelo terceiro pregão consecutivo e fecharam em baixa de quase 2% nesta terça-feira (23). Os preços são influenciado por preocupações com a demanda pela dificuldade de recuperação econômica e ausência de estímulos na China. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 1,84% (US$ 1,44), a US$ 76,96 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,69%% (US$ 1,39), a US$ 82,40 o barril. eldquo;Os preços do petróleo nos próximos dias vão depender das notícias econômicas da China, da probabilidade de cortes nas taxas dos EUA e de como as negociações progridem no Oriente Médioerdquo;, explica o diretor de análise de mercado global da Rystad Energy, Claudio Galimberti. Nos últimos dias, a commodity vem sendo pressionada pelos temores em relação à economia chinesa, ainda que o Banco do Povo da China tenha cortado juros. A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de deixar a corrida presidencial não teve impacto material nos mercados de petróleo, conforme observou Galimberti. De acordo com o especialista, a campanha presidencial dos EUA provavelmente afetará os preços do petróleo devido à centralidade da política energética em ambos os lados. O relatório do Commerzbank apontou que eldquo;não há um gatilho específico no mercado de petróleo para a atual fraqueza de preço. O vento contrário é, portanto, muito provavelmente decorrente do sentimento de mercado geralmente negativo em relação às commodities cíclicas, o que também se reflete na queda do preço dos metais básicoserdquo;. Conforme a análise, os preços do petróleo inicialmente conseguiram resistir a esse efeito, mas mudou na sexta-feira. Ainda, a Rússia ajustou sua produção de petróleo em julho para atingir a meta estabelecida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O país esteve abaixo da meta de produção total, mas está tomando medidas para compensar os volumes excedentes.

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Petrobras inclui incentivos do marco do hidrogênio em cálculos de viabilidade de projetos

Os cálculos da Petrobras para viabilizar projetos de produção de hidrogênio passaram a considerar os incentivos aprovados no marco do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/2023), segundo o diretor executivo de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim. Com previsão de créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032, o marco legal foi aprovado na Câmara dos Deputados este mês e aguarda sanção presidencial. eldquo;Estamos fazendo contas com os novos apoios e incentivoserdquo;, disse Tolmasquim a jornalistas no Fórum Brasil-União Europeia no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (23/7). O executivo destacou que o projeto de lei aprovado foi positivo, sobretudo por não incluir subsídios que poderiam onerar a conta de energia dos consumidores. eldquo;O Brasil tem uma competitividade maior [na produção de hidrogênio], porque tem um potencial de energia elétrica mais barata, mas a gente precisava de um certo apoioerdquo;, reconheceu. Ele lembrou que cerca de 70% do custo final do hidrogênio vem da eletricidade usada na produção. A Petrobras ainda avalia a rota que vai escolher para entrar nesse mercado, mas o diretor ressaltou que a autoprodução de energia elétrica é eldquo;bastante interessanteerdquo;. Na autoprodução, os consumidores do mercado livre de energia têm isenção de encargos ao entrarem como sócios nos projetos de geração. Tolmasquim afirmou ainda que a ampliação do limite de emissões para que o hidrogênio brasileiro seja considerado de baixo carbono não deve afetar os projetos da Petrobras. Durante a votação do projeto de lei no Senado, o teto de emissões para que o hidrogênio seja considerado de baixo carbono subiu de 4 kgCO2eq por kg para 7 kgCO2eq/kgH2. eldquo;Não é algo que afetou nem positivamente nem negativamente. É um dado que a gente vai levar em consideração na hora de fazer o exameerdquo;, disse o diretor.

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Drenagem de Tanques de Diesel

Drenagem de Tanques de Diesel   A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabeleceu a Resolução nº 968/24, com novas regras para a drenagem de tanques de diesel S10 e S500. O procedimento é crucial não apenas para evitar multas, mas para garantir a longevidade do seu negócio. O diesel brasileiro, enriquecido com biodiesel para atender às normas ambientais do Proconve, possui uma característica peculiar: a capacidade de absorção de umidade. Essa afinidade com a água pode se tornar um problema dentro dos tanques. A água, junto com sedimentos, ferrugem e outras impurezas, forma um coquetel perigoso que compromete a qualidade do diesel, resultando em:   Motores problemáticos: O acúmulo de contaminantes no diesel interfere na combustão, diminuindo a performance do motor, aumentando o consumo e, em casos mais graves, causando danos irreversíveis; Proliferação de microrganismos: A água no tanque é um paraíso para bactérias e fungos, que se multiplicam e formam a temida “borra”. Essa borra obstrui filtros, corrói componentes metálicos e causa sérios problemas no sistema de combustível dos veículos; Bombas de abastecimento comprometidas: Os contaminantes podem danificar as bombas, levando a falhas no abastecimento, prejuízos financeiros e transtornos para os clientes; Tanques corroídos: A corrosão causada pela água e impurezas enfraquece a estrutura do tanque, aumentando o risco de vazamentos e graves impactos ambientais. A Resolução nº 968/24 da ANP, em vigor a partir de 31 de julho de 2024, estabelece um novo paradigma na gestão da qualidade do diesel. As principais mudanças são:   Periodicidade da drenagem: A drenagem deve ser semanal, mas se você realizar a verificação diária e não encontrar água livre, pode estender para quinzenal. Mas atenção: caso opte pela drenagem a cada quinze dias, o revendedor deverá realizar diariamente a medição do nível de água nos tanques. Neste caso, dois registros devem ser mantidos: um detalhando o monitoramento semanal do nível de água e outro relatando as drenagens realizadas nos tanques; Verificação diária: A ANP recomenda fortemente a verificação diária do nível de água nos tanques. Utilize medidores eletrônicos para precisão ou réguas de medição. Caso possua uma régua de medição com válvula, espere o equipamento tocar no fundo do tanque, colete o combustível e analise se há a presença de água. Outra opção é o uso de uma régua comum de medição, com presença na ponta de pasta específica para esse fim que muda de cor em contato com a água; Drenagem imediata: Se a verificação diária revelar água livre, a drenagem deve ser realizada imediatamente, sem esperar pela periodicidade regular. Persistindo a presença de água livre, partículas sólidas ou impurezas, que não sejam possíveis eliminar no processo de drenagem, o agente regulado deverá efetuar a limpeza dos tanques. Mesmo que as medições diárias não acusem a presença de água, a drenagem deve ser realizada semanalmente ou a cada quinze dias, para os revendedores que optarem por registrar o monitoramento diário do nível de água nos tanques; Registro minucioso: Cada drenagem deve ser meticulosamente registrada, incluindo data, hora, identificação do tanque, quantidades drenadas, método de verificação, assinatura do responsável e qualquer observação relevante. Mantenha esses registros organizados e acessíveis por pelo menos um ano, para comprovação junto à ANP. Alguns postos possuem sistemas eletrônicos de medição dos tanques, que já avaliam a presença de água. Tal aferição pode ser utilizada para preenchimento do registro de monitoramento de água. A drenagem de fundo dos tanques deve fazer parte da rotina operacional dos postos e precisa ser realizada por funcionário devidamente capacitado e seguindo as seguintes normas de segurança: Preferencialmente, realize a drenagem dos tanques antes da abertura do posto ou em horários de pouco movimento, para reduzir os riscos de acidente; A área deve estar isolada e sinalizada, com abastecimento interrompido nos tanques que serão drenados. Verifique se todos os equipamentos elétricos próximos ao tanque estão desligados para evitar faíscas; O funcionário que realizará a drenagem precisa utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI), como óculos, botas, máscara e luvas; A bomba de drenagem manual deve ser introduzida pela boca de medição; Quando alcançar o fundo do tanque, comece a drenar o produto em um recipiente limpo e com capacidade conhecida, como um balde, de forma a permitir anotar o volume retirado; Coloque parte do produto em uma proveta de 1 Litro e analise-o visualmente, em local claro. A drenagem só deve parar quando for obtido um produto “homogêneo, límpido e isento de material particulado”, exatamente como o combustível deve sair do bico da bomba abastecedora para o consumidor; Se mesmo após a drenagem o produto apresentar água livre, partículas sólidas ou impurezas, deverá ser efetuada a limpeza dos tanques; A quantidade de produto retirado na drenagem deve ser anotada no registro, apontando se apresentava água e/ou impurezas; O produto drenado deve ser descartado através do Sistema de Drenagem Oleosa (SDO) em região próxima da caixa separadora de água e óleo (SAO). Caso não seja possível, armazene o produto em recipientes específicos para resíduos perigosos e contrate uma empresa de descarte.   Observações quanto aos registros: Utilize o formulário padrão disponibilizado pelo SINDIPOSTO aos nossos associados (clica aqui) para registrar cada drenagem, incluindo data, hora, identificação do tanque, quantidades drenadas, método de verificação, assinatura do responsável e suas observações. Em caso de drenagem quinzenal tanto o registro das drenagens quanto da medição diária de água deverão ser objeto de registro. Mantenha os registros organizados e guardados em local seguro por pelo menos um ano. Eles são a sua garantia de conformidade com a ANP e a prova do seu compromisso com a qualidade do diesel. Dicas Extras para Drenagem de Diesel Invista no treinamento da sua equipe, garantindo que todos os envolvidos na drenagem conheçam os procedimentos, utilizem os EPIs corretamente e saibam como agir em caso de emergências. A manutenção regular dos tanques e equipamentos de drenagem é essencial para evitar problemas e garantir a eficiência do processo. Esteja preparado para lidar com imprevistos, como vazamentos ou derramamentos, com um plano de contingência bem elaborado e testado. A drenagem de tanques de diesel não é apenas uma obrigação legal, mas um investimento na qualidade do combustível, na satisfação dos clientes e na longevidade do negócio.

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Credenciamento online da ExpoPostos & Conveniência está aberto

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