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Novo substituto assume amanhã (30/7) a Diretoria 4 da ANP

Foi publicada hoje (29/07), no Diário Oficial da União (DOU), a portaria da ANP que convoca o servidor e atual superintendente de Participações Governamentais da Agência, Bruno Caselli, para assumir, a partir de amanhã (30/7), temporariamente, como substituto, a Diretoria 4. Estão vinculadas à Diretoria 4 as superintendências de Infraestrutura e Movimentação (SIM), de Defesa da Concorrência (SDC), de Exploração (SEP) e de Avaliação Geológica e Econômica (SAG). Desde o término do mandato do Diretor Cláudio Jorge de Souza, que ocupava a Diretoria 4, em 22/12/2023, ainda não foi indicado pela Presidência da República e aprovado pelo Senado Federal novo diretor com mandato fixo, para ocupar o cargo. Em situações como essa, a legislação prevê que as diretorias vagas nas agências reguladoras federais devem ser ocupadas por servidores, até a posse de novo diretor com mandato fixo. Esses servidores podem atuar como substitutos por 180 dias e fazem parte de uma lista tríplice que consta de decreto da Presidência da República. Do fim do mandato do Diretor Cláudio Jorge de Souza, até 31/01/2024, o superintendente de Segurança Operacional da ANP, Luiz Henrique Bispo, respondeu, como substituto, pela Diretoria 4. Ele integrava a lista tríplice anterior, que não está mais em vigor. Com a publicação de nova lista tríplice, Patrícia Baran, primeira substituta da lista, assumiu a Diretoria 4 por 180 dias, de 1/2 a 29/7. Com o final do período de Patrícia Baran como substituta, Bruno Caselli assume a Diretoria 4. Segundo a Lei 9.986/2000, com redação dada pela Lei Geral das Agências (Lei nº 13.848/2019), devem ser selecionados três nomes entre os servidores das agências reguladoras (ocupantes dos cargos de superintendente, gerente-geral ou equivalente hierárquico) para atuarem como substitutos em caso de vacância na diretoria do órgão. Para cada vaga na lista, a Agência deve indicar três nomes, para escolha e designação pelo Presidente da República.

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ANP revoga autorizações de funcionamento da Copape

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) revogou 3 autorizações de funcionamento da Copape. A empresa, que atua no setor de distribuição de combustíveis, está impedida de exercer atividades de formulação e distribuição, além de atuar como agente de comércio exterior. Leia a íntegra do despacho (PDF endash; 78 kB). A decisão da agência reguladora foi celebrada por diversas associações ligadas ao mercado de combustíveis no Brasil. Em nota, as entidades afirmaram que a revogação das autorizações foi um marco da fiscalização da ANP para segurança dos consumidores e na mitigação de prejuízos às empresas que atuam no mercado brasileiro. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Etanol/Cepea: Indicadores caem 3% em SP

Os preços dos etanóis anidro e hidratado caíram cerca de 3% na última semana no mercado paulista. De acordo com pesquisadores do Cepea, distribuidoras seguiram mostrando menor interesse em efetuar compras, mantendo baixa a movimentação no spot. Entre 22 e 26 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,5664/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), queda de 3,39% frente ao período anterior. Para o anidro, a desvalorização foi de 3%, com o Indicador a R$ 2,9592/litro (líquido de PIS/Cofins). Segundo pesquisadores do Cepea, muitos vendedores ficaram fora do mercado, devido aos preços internacionais competitivos do açúcar. Esses agentes também se mostram descontentes tanto com os valores atuais quanto com o volume de negociação nos últimos meses. As usinas ativas, por sua vez, baixaram os preços do biocombustível, ainda conforme pesquisas do Cepea.

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Montadoras dos EUA dobram aposta em veículos a combustão

Durante a maior parte dos últimos cinco anos, as montadoras gastaram bilhões de dólares em uma corrida frenética para desenvolver veículos elétricos e construir fábricas para produzi-los, com a expectativa de que os consumidores aderissem a esses novos modelos. No entanto, nos últimos 12 meses, a taxa de crescimento das vendas de veículos elétricos diminuiu. Alguns compradores de carros não gostaram dos altos preços dos automóveis e caminhões elétricos e das dificuldades de carregá-los, especialmente em viagens longas. A mudança no sentimento do consumidor agora está forçando muitas montadoras a recuar em seus planos de investimento agressivos e a voltar, pelo menos em parte, para os veículos com motor a combustão, que ainda são responsáveis pela maioria das vendas de carros novos e por uma grande parcela dos lucros corporativos. O exemplo mais recente ocorreu quando a Ford disse, há duas semanas, que iria reequipar uma fábrica no Canadá para produzir grandes caminhonetes, em vez dos utilitários-esportivos elétricos que havia planejado fabricar anteriormente. A decisão da Ford ocorreu um dia depois que a General Motors disse esperar fabricar de 200 mil a 250 mil carros e caminhões movidos a bateria este ano, 50 mil a menos do que o previsto anteriormente. TENSÃO POLÍTICA. eldquo;Após a pandemia, houve uma enorme exuberância em torno dos veículos elétricos e acho que muitos fabricantes pensaram que o crescimento continuariaerdquo;, disse Arun Kumar, sócio e diretor administrativo da AlixPartners, uma empresa de consultoria. eldquo;Mas a realidade é que esse não é o caso, e é uma medida inteligente garantir que você não esteja perdendo participação no mercado de combustão interna.erdquo; A hesitação das montadoras em relação aos veículos elétricos ocorre num momento politicamente tenso para o setor. As regulamentações automotivas dos EUA podem mudar significativamente se o ex-presidente Donald Trump vencer a eleição em novembro. Trump prometeu desfazer muitas das políticas do presidente Joe Biden, incluindo aquelas que promovem o uso de carros movidos a bateria para lidar com as mudanças climáticas. Mas mesmo antes do início da campanha presidencial, a Ford, a GM e outras montadoras vinham diminuindo seus investimentos em veículos elétricos, atrasando alguns modelos novos e o trabalho em fábricas de baterias. Há apenas alguns anos, a GM e a Ford esperavam conseguir fabricar mais de 1 milhão de veículos elétricos por ano até meados desta década. Em um evento da CNBC, Mary T. Barra, CEO da GM, disse que levaria mais tempo para atingir esse nível de capacidade devido ao crescimento mais lento das vendas de veículos elétricos. Até mesmo a Tesla, a principal produtora de carros elétricos dos EUA, mudou seus planos porque não espera mais que as vendas cresçam 50% ao ano; suas vendas globais caíram 6,6% nos primeiros seis meses do ano. A empresa desacelerou seus planos de construir uma fábrica de carros elétricos no México e cancelou uma reunião em abril entre seu CEO, Elon Musk, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para discutir uma nova fábrica naquele país. Recentemente, a fábrica da Ford em Oakville, Ontário (Canadá), deixou de produzir o utilitário-esportivo Edge, movido a gasolina, e estava programada para produzir novas versões elétricas do Ford Explorer e do Lincoln Aviator. Em vez disso, a Ford transformará a fábrica em um terceiro local de produção para sua picape Super Duty, um de seus modelos mais lucrativos. Jim Farley, CEO da Ford, disse que as outras fábricas da Super Duty em Kentucky e Ohio não conseguiam produzir tantos veículos quanto os clientes comerciais desejavam. eldquo;Não podemos atender à demandaerdquo;, disse ele em um comunicado. Em abril, Farley disse que o número de pedidos da Super Duty era o dobro do número de picapes que a empresa conseguia fabricar. No primeiro semestre deste ano, a Ford produziu mais de 200 mil unidades da Super Duty. E informou que ainda planejava fabricar o Explorer e o Aviator elétricos, mas não disse quando ou onde faria isso. ebull;

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Petróleo fecha em queda, com incertezas sobre a China e dólar no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam o pregão desta segunda-feira (29) em queda forte, em meio a contínua incerteza sobre a demanda da China e diante da valorização do dólar no exterior, que tende a encarecer e tirar a atratividade de commodity aos investidores que possuem outras moedas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro o fechou em queda de 1,75% (US$ 1,35), a US$ 75,81 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,53% (US$ 1,23), a US$ 79,05 o barril. No início do pregão, os preços registraram ganhos, em meio a temores de um conflito no Oriente Médio, após um ataque nas Colinas de Golã no último sábado, território ocupado por Israel. A reação inicial positiva mostra que o mercado segue atento aos eldquo;riscos limitadoserdquo; de uma escalada das tensões na região que possa afetar a oferta, segundo o chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, Ole Hansen. No entanto, as cotações do petróleo inverteram sinal para negativo e afundaram em baixa ao a partir do final da manhã, em meio ao fortalecimento do dólar e a cautela quanto à China. Os estrategistas Warren Patterson e Ewa Manthey, do ING, comentaram sobre a expectativa do mercado de petróleo em relação à próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Eles destacaram que o mercado está atento a possíveis sinais de mudança na política de produção, especialmente após uma recente queda nos preços do petróleo. A surpresa, segundo eles, poderia vir eldquo;na forma de adiamento do início da flexibilização gradual dos cortes de fornecimento, que deve começar em outubroerdquo;.

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Mundo seguirá usando petróleo, então precisa reduzir emissões, diz secretário dos EUA

O secretário-adjunto de Estado para Recursos Energéticos dos Estados Unidos, Geoffrey Pyatt, diz não acreditar que o mundo cortará o uso de petróleo e gás em um futuro próximo, mas defende a aceleração do investimento na transição energética. Segundo ele, o foco deve estar nos minerais críticos, além de um esforço nas áreas de controle e captura de gases do efeito estufa para reduzir a pegada de carbono dos combustíveis fósseis e seu impacto sobre o meio ambiente. Como exemplo, fala da mensuração e não queima do metano, algo que só recentemente começou a ser feito, e da estocagem de CO2 no subsolo, nos próprios poços de petróleo esvaziados emdash;prática criticada por alguns ambientalistas, que afirmam não haver garantia de segurança. "A responsabilidade de todos nós, que somos tradicionais produtores de energia, é focar sistematicamente em como podemos reduzir a intensidade de carbono da energia fóssil que usamos", disse à Folha. "O mundo não vai parar de usar os fósseis [num futuro próximo], então precisamos descobrir como fazer isso com o mínimo de dano possível." O secretário visitou o Brasil para agendas relacionadas a minerais críticos e transição energética. O solo brasileiro é rico em uma série destes minerais emdash;como nióbio, bauxita ou manganêsemdash;, que são importantes, por exemplo, para a produção de baterias que podem estocar a energia gerada por fontes eólicas e solares, e servir de motor para carros elétricos. Atualmente, a China domina este mercado e é o país com maior capacidade de processar estes materiais. Agora, os Estados Unidos negociam parcerias com o Brasil e na América Latina para fornecimento desses minérios e querem ampliar a capacidade de processamento e produção da sua indústria da transição energética. "Definitivamente existe uma competição pelos recursos que precisamos para impulsionar a transição energética. A China saiu na frente dos Estados Unidos em termos de identificar a importância estratégica dessa indústria da transição energética, mas nós estamos alcançando", diz Pyatt. Ele repete seu superior, Antony Blinken, e diz que os EUA podem fazer "uma oferta melhor" nestas negociações, justamente pelas características econômicas que diferem seu país da nação oriental. "Nós não vamos nos medir pela China ou qualquer outro país, vamos nos manter atrelados aos valores dos americanos", diz. "A economia dos Estados Unidos é super flexível, muito grande e o governo tem uma musculatura enorme para movimentá-la, como com o elsquo;inflation reduction actersquo; que vai injetar US$ 360 bilhões na economia em dez anos. Isso proporciona previsibilidade, que traz novos investimentos no setor de transição energética." Pyatt diz que estes os aportes no combate ao aquecimento global precisam acelerar para evitar que a temperatura média do planeta alcance a marca de 1,5°C a mais que na era pré-industrial emdash;o que, segundo cientistas, pode levar partes da Terra ao ponto de não retorno, ou seja, quando o meio ambiente não consegue mais sobreviver. Investir em energia renovável, como eólica e solar, é parte dessa estratégia, e os minerais críticos viabilizam essas tecnologias. Em maio, a embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Bagley, afirmou que os Estados Unidos vão anunciar uma integração de cadeia de suprimentos em minerais críticos do Brasil e em transição energética. Os detalhes, segundo ela, ainda serão divulgados, mas as conversas acontecem enquanto a presidência do G20 é brasileira e no ano em que as relações bilaterais entre as duas nações completam dois séculos. Uma das especulações é a inclusão do Brasil no PGII (em inglês, parceria global para infraestrutura e investimento), grupo comandado pelo G7 e que visa aportes estratégicos neste setor. Pyatt diz que o Brasil tem potencial para ser um líder global no fornecimento dos minerais críticos. "Só vamos atingir as metas climáticas com uma ampla parceria internacional e vemos o Brasil perfeitamente posicionado para exercer um papel de liderança." O principal destes objetivos é evitar que o mundo atinja a marca de 1,5°C, o ponto central do Acordo de Paris, do qual tanto Brasil, como Estados Unidos, são signatários. "É um reflexo da convergência de objetivos do presidente Lula [PT] e do presidente [Joe] Biden", completa. Os EUA chegaram a deixar o Acordo de Paris durante o governo do republicano Donald Trump, em 2020. Um ano depois, Joe Biden recolocou o país dentre os signatários do tratado. Trump, reconhecidamente um negacionista das mudanças climáticas, pode voltar ao poder nas eleições deste ano. Pyatt diz ser apenas um "um observador" da política interna, mas não vê possibilidade de retrocesso na transição energética, independentemente do resultado das urnas. Em conversas com governadores e parlamentares republicanos de estados como Alasca, Geórgia e Carolinas do Sol e do Norte, afirma ele, todos se mostram empenhados em desenvolver uma economia sustentável. Inclusive, diz, parte dos investimentos em transição energética e minerais estratégicos aconteceram durante o antigo governo Trump. Cita, por exemplo, que a maior usina eólica do seu país fica no Texas, um estado reconhecido pela produção de petróleo e gás natural. "Sabemos que somos o maior produtor de petróleo e gás do mundo, isso faz parte da competitividade da nossa economia, não vai mudar. O que já está mudando é o foco em como reduzir a pegada de carbono dessa energia. Houve uma virada na maneira como a nossa economia está organizada", diz. "Para bilhões de pessoas no mundo, transição energética ainda significa a transição de não ter energia para ter. Então temos que descobrir como entregar essa energia de uma maneira que não seja tão danosa ao clima como a que temos feito nos últimos cem anos."

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