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Servidores de agências reguladoras rejeitam segunda proposta do governo

Os servidores das agências reguladoras rejeitaram a proposta de reajuste apresentada pelo governo federal. Em assembleia realizada nesta quarta-feira (7/8), 99% dos 1,5 mil participantes decidiram contra o acordo. Também foi aprovada uma paralisação entre os dias 12 e 14 de agosto. O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) marcou uma nova rodada de negociações com o Sindicato dos Servidores das Agências Reguladoras (Sinagências) no dia 13. O governo federal chega pressionado à próxima reunião após ter apresentado uma proposta de aumento salarial entre 14,4% e 23%. A paralisação programada para a próxima semana é a segunda do Valoriza Regulação, que cruzou os braços nos dias 31 de julho e 1º de agosto. Além da mobilização dos servidores, o Poder Executivo convive com cortes orçamentários de R$ 35 milhões no Ministério de Minas e Energia, na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e na Agência Nacional do Petróleo (ANP). A última negociação entre o governo e o Sinagências teve melhorias na proposta, já que os reajustes passaram de 21,4% para 23% no caso dos cargos de carreira; e 13,4% para 14,4% para o Plano Especial de Cargos (PEC). O MGI também acenou com o incremento de benefícios como os auxílios alimentação, saúde e creche. Entretanto, um dos pontos fundamentais para o movimento é que os servidores das agências se aproximem do ciclo de gestão, que inclui as carreiras de analistas de comércio exterior e de infraestrutura. Após a reunião com o governo, o Sinagências deve convocar uma nova assembleia para decidir se aceita e pode convocar novas paralisações.

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Donos postos de combustíveis são alvos de investigação contra sonegação de impostos em Alagoas

O Ministério Público Estadual (MP-AL) realizou a Operação Saccharum nesta quarta-feira (7) em Maceió, Pilar e Arapiraca. Os alvos foram empresários, contadores, advogado, eldquo;laranjaserdquo; e testa-de-ferro suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada em fraudes tributárias a partir de postos de combustíveis. Um trabalhador foi por porte ilegal de arma de fogo em rancho em Pilar que foi alvo da operação. Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Oito postos em Alagoas faziam parte do esquema criminoso que desviou mais de R$ 11 milhões em oito meses, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AL). Os mandados foram cumpridos em postos de combustíveis, escritórios de contabilidade, de advocacia e uma empresa de eventos e produções. Também foi executada uma medida cautelar na residência particular de alguns integrantes do núcleo criminoso. Os investigados tiveram bloqueados imóveis, veículos, contas correntes e outros bens em nome dos integrantes da organização criminosa. Um dos mandados foi cumprido em um rancho onde são criados cavalos da raça Quarto de Milha, de alto valor no mercado por causa da sua genética. Eles são conhecidos nos circuitos de vaquejada. Os animais passaram por avaliação veterinária, fizeram exame de sangue para atestar a saúde deles e foram apreendidos. O levantamento feito durante oito meses mostra que a organização criminosa sonegou dos cofres públicos R$ 11.093.270, e os valores podem ser maiores. O Ministério Público acusa os integrantes do esquema de prática de sonegação fiscal, falsidade ideológica e crime contra as relações de consumo. A operação ganhou esse nome porque Saccharum é a denominação científica para cana-de-açúcar, produto principal de onde é extraído o álcool, um dos componentes para a fabricação do combustível. Aplicando-se a analogia, o Saccharum também serve para produzir fraudes contra o fisco alagoano.

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IGP-DI acelera para 0,83% em julho, puxado por minério de ferro e gasolina

O Índice Geral de Preços endash; Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou em julho, passado de 0,50% em junho para 0,83% no mês passado, informou nesta quarta-feira (7) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês as commodities agrícolas pressionaram os preços ao produtor e altas nas passagens aéreas e na gasolina fizeram o mesmo com o índice do consumidor. Com o resultado de julho, o IGP-DI acumula alta de 1,95% no ano e de 4,16% em 12 meses. Em julho de 2023, o índice havia caído 0,40% e acumulava queda de 7,47% em 12 meses. IPA O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,93% em julho, ante alta de 0,55% em junho. Um dos grupos que mais exerceram pressão no mês foi o do estágio das matérias-primas brutas, que acelerou de 0,80% para 1,54% em julho. As maiores contribuições para esse aumento vieram do minério de ferro (que saiu de uma queda de2,66% para uma alta de 1,34%), os bovinos (de -2,15% para +1,89%) e a mandioca (de -3,89% para -0,79%). Em sentido oposto, reduziram a pressão a soja (de 2,69% para 0,59%), oncafé em grão (de 11,73% para 5,64%) e o cacau (de 20,10% para -1,59%). Para André Braz, coordenador dos índices de preços, a alta na taxa do índice ao produtor só não foi ainda mais expressiva devido à retração dos preços de alimentos in natura, especialmente hortaliças, legumes e frutas. IPC Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,54% em julho, ante 0,22% em junho. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de -0,75% para +3,48%), Transportes (de 0,19% para 1,09%), Habitação (de 0,13% para 0,61%), Despesas Diversas (de 0,44% para 1,84%) e Comunicação (de -0,08% para 0,11%). As principais contribuições para este movimento partiram de itens como passagem aérea (de -4,81% para +21,20%), gasolina (de 0,61% para 2,90%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,30% para 2,24%), serviços bancários (de 0,86% para 3,14%) e mensalidade para TV por assinatura (de -0,36% para 1,39%). Em contrapartida, os grupos Alimentação (de 0,50% para -1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para -0,01%) e Vestuário (de 0,36% para -0,21%) apresentaram quedas em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram de hortaliças e legumes (1,57% para -11,72%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,44% para -1,03%) e roupas (0,33% para -0,40%). INCC O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,72% em julho, praticamente estável ante o 0,71% do mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de junho para julho: Materiais e Equipamentos (de 0,38% para 0,71%), Serviços (0,20% para 0,71%) e Mão de Obra (1,23% para 0,74%).

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Aumento nos preços dos combustíveis impacta o bolso do consumidor, aponta levantamento

A Veloe, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgou os dados do Monitor de Preços de Combustíveis de julho de 2024, revelando um cenário de alta abrangente nos valores dos combustíveis em todo o País. O reajuste anunciado pela Petrobrás no início do mês, que elevou em 7,1% o preço da gasolina para as distribuidoras, foi um dos principais fatores que contribuíram para o resultado. Os dados do monitor mostram que, entre junho e julho, praticamente todos os combustíveis apresentaram alta nos preços médios, com destaque para o etanol (+5,2%) e a gasolina comum (+3,5%). Em contraste, o gás natural veicular (GNV) foi o único dos seis combustíveis acompanhados pela pesquisa a apresentar queda de preço no período (-0,8%). Comparativamente, no balanço parcial de 2024, os aumentos abrangeram todos os combustíveis, liderados, também neste recorte temporal, pelo etanol hidratado (+14,4%) e gasolina comum (+7,5%). Alternativamente, adotando como referência os últimos 12 meses, cinco dos seis combustíveis monitoradas registraram valorização nas bombas, destacando-se, neste horizonte temporal, o comportamento dos preços do diesel comum (+20,5%) e do diesel S-10 (+20,0%). Embora inferiores, os aumentos acumulados pela gasolina comum (+8,3%), gasolina aditivada (+7,7%) e etanol (6,1%) também foram relevantes, contrastando com os preços do GNV, com queda de 1,0%. Os dados mais recentes do Monitor de Preços de Combustíveis evidenciam um cenário desafiador para o consumidor brasileiro, com aumentos generalizados nos preços dos combustíveis. Além de pesarem diretamente no bolso do consumidor brasileiro, os resultados pressionam os custos de transporte, consequentemente, a inflação de outros produtos e serviços. Essa tendência impõe desafios para a economia e exige medidas para mitigar os impactos sobre a população.

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Petróleo sobe com demanda por viagens nos EUA e desdobramentos no Oriente Médio

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sessão, ampliando os ganhos modestos de ontem. A força da commodity acompanha a demanda por viagens nos Estados Unidos e os desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em alta de 2,77% (US$ 2,03), a US$ 75,23 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 2,42% (US$ 1,85), a US$ 78,33 o barril. O analista Dennis Kissler, da BOK Financial pontua que a demanda por viagens nos EUA ainda está elevada, e acho que está ainda maior do que o mercado antecipavaerdquo;. Portanto, aumenta os consumo de combustíveis derivados do petróleo, o que pode levar a um aumento nos preços da commodity, já que a oferta precisa atender a demanda. Os investidores seguem atentos aos desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Relatório da Oanda divulgado hoje argumenta que qualquer conflito na região pode afetar o fornecimento e os preços do petróleo. Por outro lado, preocupações adicionais sobre uma recessão nos Estados Unidos ou desaceleração econômica global eldquo;podem deprimir ainda maiserdquo; os preços da commodity, conforme a consultoria. Mais cedo, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA informou que os estoques de petróleo no país tiveram queda de 3,73 milhões de barris na semana, ante a previsão de queda de 500 mil barris, mas a reação do mercado ao dado foi tímida. (Estadão Conteúdo)

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Braga defende graduação para imposto seletivo sobre automóveis elétricos e híbridos

O relator da regulamentação da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), antecipou, na terça-feira (6), que pretende incluir em seu parecer uma eldquo;escadinhaerdquo; no imposto seletivo sobre automóveis para atenuar a cobrança sobre os modelos elétricos e híbridos. A ideia é fazer uma diferenciação gradual em relação aos tributos dos carros a combustão, cujo impacto ambiental é considerado maior. Em entrevista ao Valor, Braga voltou a defender a necessidade de eldquo;ajustes finoserdquo; na Zona Franca de Manaus (ZFM), especialmente no que diz respeito ao comércio da região. Ele também expôs dificuldades em fazer alterações na inclusão da proteína animal na cesta básica desonerada, embora discorde do fato de até mesmo o filé mignon ter sido adicionado. Contrariando a vontade do governo Lula, o relator deixou claro que só deve apresentar o seu parecer final a partir de novembro, após as eleições municipais. eldquo;Não vou colocar para votar um relatório esvaziadoerdquo;, garantiu. Horas antes, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou a jornalistas que o ideal seria a deliberação ocorrer na semana do dia 12 de outubro. A ideia foi rechaçada pelo relator em conversa reservada com o próprio Wagner. Para ler esta notícia, clique aqui.

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