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Opep+ avançará em plano de ampliar produção de petróleo com aumento maior em maio

Oito países da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) concordaram nesta quinta-feira (3) em avançar com o plano de aumento da produção de petróleo, ampliando-a em 411 mil barris por dia em maio. "Isso inclui o aumento originalmente planejado para maio, além de dois aumentos mensais", disse a Opep em comunicado. (Reuters)

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Gasolina E30: veja o que muda no combustível que chegará em breve às bombas

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou na última sexta-feira (28/3) o relatório final da eldquo;Avaliação da utilização do percentual de 30% do etanol anidro na gasolina em veículos leves e motocicletaserdquo;, desenvolvido pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). O estudo confirma que a nova mistura, chamada E30, é viável. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressalta que os resultados da pesquisa fortalecem a política energética do Brasil, alinhando-a com os princípios de sustentabilidade e proteção ao consumidor. eldquo;O relatório confirma que podemos avançar na ampliação do uso do etanol na nossa matriz de combustíveis sem prejuízos para os consumidores. Isso fortalece o compromisso do Brasil com os biocombustíveis e com a nossa liderança global na transição energéticaerdquo;, afirmou. Os testes realizados pelo IMT analisaram os efeitos do aumento da proporção de etanol anidro na gasolina, de 27% para 30%. Os resultados indicam que essa alteração não gera impactos negativos significativos no desempenho dos veículos, na dirigibilidade, no consumo de combustível ou nas emissões. O estudo atende às diretrizes da Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), que busca ampliar o uso de biocombustíveis como parte da estratégia de descarbonização e transição energética do Brasil. Modelos a gasolina foram avaliados com a nova gasolina A pesquisa incluiu a avaliação de 16 modelos de veículos leves e 13 motocicletas representativos da frota nacional, submetidos a testes em laboratório e em condições reais de rodagem. Foram analisados fatores como partidas a frio, estabilidade da marcha lenta, aceleração, retomadas de velocidade e emissões. Os resultados mostraram que os veículos abastecidos com E30 apresentaram comportamento semelhante ao da gasolina E27, comprovando a adaptação dos sistemas eletrônicos de controle e injeção, inclusive em modelos carburados. Nos ensaios laboratoriais, não foram registradas alterações significativas nas emissões de poluentes ou na autonomia dos veículos. Algumas pequenas variações estatísticas foram observadas, mas sem ultrapassar os limites regulatórios. O estudo conclui que a introdução da gasolina E30 pode ocorrer sem prejuízos aos consumidores e conforme as normas ambientais. A iniciativa contou com a participação de diversas entidades do setor automotivo e de biocombustíveis, incluindo ANP, ANFAVEA, ABRACICLO, ABEIFA, SINDIPEÇAS, UNICA e UNEM, entre outras. O relatório final servirá de base para as decisões do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) sobre a ampliação do teor de etanol na gasolina. Nova gasolina E30 vai afetar o carro? Conforme o engenheiro Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira Engenharia Automotiva (AEA), os ensaios com a nova gasolina analisam diferentes aspectos. eldquo;São três categorias: dirigibilidade, onde testam-se os efeitos no automóvel, como a partida a frio e a condução do veículo; compatibilidade de materiais, onde se mede corrosão e resposta de materiais elastoméricos, injeção e afins; e emissõeseldquo;. Dessa forma, alguns efeitos são esperados. Por exemplo, o aumento do etanol na gasolina comum resultará em uma queima mais limpa no escape. Além disso, pode afetar o consumo dos veículos. eldquo;Com a adição de 3% de etanol na mistura, o motorista pode sentir diferença na autonomia total, que pode baixarerdquo;, explica o diretor da AEA. Além disso, modelos importados ou mais antigos podem levar mais tempo para se adaptar. Contudo, segundo o relatório do governo, as alterações registradas nos testes não foram significativas. Acesse o relatório completo dos testes neste link. (Jornal do Carro)

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Carro flex ou elétrico: veja a diferença de gastos com abastecimento

Você já deve ter ouvido que a vida é feita de escolhas, e no mundo automotivo existem várias delas a serem feitas. Uma delas, e de grande relevância, é escolher entre um modelo a combustão ou um elétrico. Com muitas opções disponíveis no mercado, decidimos comparar dois modelos parelhos em preço e mercado, e seus gastos de abastecimento, assim você pode decidir qual deles vale mais a pena. Para comparar os custos de abastecimento entre um VW Polo TSI e o BYD Dolphin, dois candidatos que, apesar de bem diferentes, disputam o mesmo público, é essencial analisar a autonomia e o consumo de cada veículo. O Polo TSI e o Dolphin possuem custos de abastecimento bem diferentes devido às suas motorizações. O VW, movido a combustão, (1.0 TSI de até 116 cv) tem consumo médio de 10,5 km/l com etanol e 15,1 km/l com gasolina, enquanto o BYD (versão GS, 80 cv), elétrico, faz cerca de 6,95 km/kWh de média. A autonomia do Polo varia entre 466 km (etanol, na cidade) e 789 km (gasolina, na estrada), enquanto o Dolphin percorre até 291 km com uma carga completa de sua bateria de 44,9 kWh. Quanto custa para abastecer os hatches? Para responder essa pergunta, trabalharemos com estimativas. Considerando os preços médios de R$ 6,00/l para gasolina, R$ 4,00/l para etanol e R$ 0,649/kWh para eletricidade, o custo por km do Polo TSI fica em R$ 0,381 com etanol e R$ 0,398 com gasolina, enquanto o Dolphin gasta R$ 0,093/km. Ou seja, rodar com o elétrico custa menos do que com o Polo TSI. Para um motorista que percorre 1.000 km por mês, o gasto mensal com combustível seria de aproximadamente R$ 381 no Polo com etanol, R$ 398 com gasolina e só R$ 93 no Dolphin. Esse valor demonstra a economia proporcionada pelo veículo elétrico, especialmente para quem roda bastante. Conclusão: elétrico custa menos, mas requer paciência do motorista Além da economia de abastecimento, o Dolphin também se destaca por ser livre de emissões e por ter menor custo de manutenção, já que motores elétricos possuem menos componentes sujeitos a desgaste. Entretanto, também não esconde seus pecados. A autonomia limitada e a infraestrutura de recarga ainda são pedras no sapato para alguns motoristas. Principalmente quando o assunto são grandes viagens. No geral, o Dolphin é mais econômico no dia a dia, mas o Polo TSI ainda pode ser uma opção mais prática para quem não quer depender de pontos de recarga ou precisa de maior autonomia para viagens longas. Seja como for, a escolha entre os dois depende do perfil de uso e da disponibilidade de infraestrutura elétrica para o motorista. (Jornal do Carro)

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Governo prepara decreto para endurecer regras contra fraudes na mistura de biodiesel no diesel

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara um decreto para endurecer as regras de distribuição de combustíveis e combater fraudes na mistura de biodiesel no diesel. O g1 teve acesso à minuta enviada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Lula nesta quinta-feira (3). Notas fiscais A minuta regulamenta uma alteração na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), feita por lei sancionada em 2024. No decreto, o governo pretende determinar que as distribuidoras enviem notas fiscais de aquisições e retiradas de biodiesel de estoques próprios e de terceiros à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Hoje, as distribuidoras são obrigadas a adicionar biodiesel ao óleo diesel fóssil comprado das refinarias. A mistura obrigatória é de 14% do biocombustível e 86% de diesel, cujo produto é vendido nos postos aos consumidores. Como o biodiesel está mais caro que o diesel, desobedecer às regras e adicionar menos biocombustível à mistura pode se tornar uma vantagem comercial. Com a medida, o ministério quer aumentar a fiscalização da mistura e reduzir fraudes. No último mês, o setor de distribuição chegou a sugerir a suspensão da adição de biodiesel por 90 dias, mas o pedido não prosperou na ANP. Segundo o rascunho de decreto, que ainda pode sofrer alterações, caso a ANP identifique inconsistências na entrada e saída de biodiesel dos estoques, as distribuidoras envolvidas serão incluídas em uma lista pública de irregularidades. Além disso, podem ter o fornecimento de combustível suspenso até sanar as inconsistências. Créditos de descarbonização O texto também endurece as regras para os chamados eldquo;créditos de descarbonizaçãoerdquo; ou eldquo;CBIOSerdquo;. Esses créditos são gerados por produtores de biocombustíveis e correspondem a uma tonelada de carbono não emitido na atmosfera. Esses créditos podem ser adquiridos por qualquer pessoa ou empresa. Mas, no caso das distribuidoras de combustíveis, há metas anuais definidas pela ANP. Para as distribuidoras inadimplentes com as metas, a minuta de decreto proíbe a comercialização ou importação de combustíveis. Ou seja, suspende a novas operações pelas empresas. O texto também aumenta as multas aplicáveis, que podem variar de R$ 100 mil a R$ 500 milhões.

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Petróleo sobe com expectativa sobre tarifas e após dados de estoques nos EUA

Os contratos futuros do petróleo inverteram a trajetória de queda do início da sessão e fecharam a quarta-feira (2/4) em alta em meio aos últimos dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), que mostram um aumento inesperado nos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos, causado pelo aumento das importações e pela redução da utilização da capacidade das refinarias do país. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para junho avançou 0,62% (US$ 0,46), alcançando US$ 74,95 o barril, enquanto o petróleo WTI para maio, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), subiu 0,72% (US$ 0,51), fechando a US$ 71,71 o barril. O petróleo encontrou suporte recente na ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas secundárias sobre o petróleo russo, mas as atenções agora estão voltadas para as chamadas tarifas recíprocas, que atingirão amplamente os parceiros comerciais dos EUA e, para muitos, podem comprometer o crescimento e a demanda global. A escala e o escopo das tarifas ainda não são conhecidos, mas a Casa Branca afirmou que elas entrarão em vigor imediatamente após serem anunciadas, o que deve ocorrer por volta das 17h (horário de Brasília) desta quarta-feira (2). eldquo;O Brent atualmente está em uma montanha-russa, entre as novas tarifas de Trump, que prejudicam a demanda, e as novas sanções que restringem a oferta de produtores de petróleo como Irã, Venezuela e Rússiaerdquo;, diz Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do SEB. Além das tarifas recíprocas, os investidores aguardam a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), na quinta-feira. Os oito membros do grupo, que vêm aumentando gradualmente a produção, deverão discutir novos ajustes na oferta. Estoques de petróleo disparam nos EUA Em movimento contrário às expectativas do mercado, os estoques americanos de petróleo tiveram alta surpreendente de 6,165 milhões de barris na última semana, chegando a 439,792 milhões de barris. O DoE registrou aumento quando analistas do The Wall Street Journal projetavam queda de 700 mil barris. O relatório semanal mostrou cenário misto: enquanto os estoques de gasolina recuaram 1,551 milhão de barris (próximo do esperado), os destilados avançaram 264 mil barris (contra projeção de queda). A capacidade das refinarias caiu para 86%, abaixo dos 87,3% estimados, com Cushing registrando acúmulo de 2,373 milhões de barris. A produção diária subiu levemente para 13,580 milhões de barris. Com informações da Dow Jones Newswires. (Estadão Conteúdo)

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Be8 prepara para exportar biodiesel aos EUA ainda em 2025

A Be8 planeja fazer a primeira grande exportação de biodiesel para a Califórnia neste ano, afirmou à agência eixos o presidente da companhia, Erasmo Carlos Battistella. A produtora de biocombustíveis divulgou, nesta quinta-feira (3/4), que sua unidade de Passo Fundo (RS) se tornou a primeira empresa da América do Sul a receber a certificação da California Air Resources Board (Carb) para fazer a comercialização para o estado norte-americano. eldquo;Esta é, sem dúvida, mais uma conquista histórica para a Be8, porque o Carb é a agência de controle de qualidade do ar da Califórnia responsável por uma regulamentação ambiental extremamente rigorosa e reconhecida como uma das mais restritivas do mundoerdquo;, comemora. Para a companhia, a certificação abre as portas para o mercado californiano, um dos mais estratégicos e exigentes do setor, o que amplia também o leque de possibilidades de destinação do biocombustível. Hoje, a produção de biodiesel no Brasil é focada no atendimento da demanda nacional e depende dos mandatos de mistura com o diesel fóssil para crescer. O anúncio da Be8 chega um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a taxação de 10% sobre as exportações brasileiras, como parte do pacote de iniciativas protecionistas que inclui a adoção de tarifas de reciprocidade, com alíquotas equivalentes àquelas dos parceiros comerciais. A tarifa é a mais baixa aplicada pelo governo estadunidense e a mesma adotada para o Reino Unido. Para os países da União Europeia, a taxação será de 20%, e, para a China, 34%. Tarifa de Trump deve ter efeito limitado sobre biocombustíveis O imposto, a princípio, não afeta os planos de produtora de biodiesel de Passo Fundo. eldquo;A questão afeta todos os países, e Brasil está no grupo menos afetadoerdquo;, comenta o presidente da Be8. Reflete outras análises do mercado. A Argus, por exemplo, avalia que a taxação deve ter um efeito limitado sobre o setor de biocombustíveis. Desde 2023, não há nenhum fluxo de comércio de biodiesel entre Brasil e Estados Unidos. Já no caso do etanol, apenas 0,8% da produção nacional foi exportada para os EUA em 2024 e ela teve uma participação quase nula no suprimento doméstico, aponta a consultoria. Anteriormente, a tarifa era de 2,5%, enquanto no Brasil é de 18% sobre o produto estadunidense. A exportação foi destinada principalmente para o estado da Georgia em 2024, onde o produto é usado para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). Nos anos anteriores, a Califórnia foi um dos principais destinos do etanol de cana-de-açúcar brasileiro, por conta do prêmio dado ao etanol brasileiro pelo Carb.

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