Ano:
Mês:
article

ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 12 unidades da Federação (24/3 a 3/4)

Entre os dias 24/3 e 3/4, a ANP fiscalizou o mercado de combustíveis em 12 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis. No período, destacou-se a participação da ANP, com a Força Nacional, nas operações de desintrusão das Terras Indígenas Yanomami (Roraima) e Munduruku (Pará). Veja abaixo mais informações sobre essa operação, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Pará A ANP participou, com a Força Nacional, da Operação de Desintrusão em Terras Indígenas Munduruku. A ação foi realizada em Itaituba. Em dois aeródromos fiscalizados, existiam recipientes com óleo diesel S500 que seriam transportados por aeronaves para garimpos da região. Em um deles, havia uma aeronave adaptada para levar a carga endash; mesmo sendo homologada para seis assentos, estava só com o assento do piloto. Foram apreendidos, no total, 15 recipientes de 50 litros cheios de óleo diesel S500 e outro com aproximadamente 25 litros de gasolina de aviação. Num dos aeródromos, havia ainda seis tanques, de 30.000 litros cada: um de gasolina de aviação, um de querosene de aviação (JET A) e quatro de óleo diesel. Todos encontravam-se em estado precário de conservação e estavam fora de operação no momento da ação. No outro endash; que tentou impedir o acesso das equipes às instalações endash;, foram encontrados dois recipientes de 100 litros de óleo diesel S500 e um de 25 litros de gasolina de aviação, que teriam sido drenados irregularmente de aeronave. Também houve autuações em dois postos de combustíveis de aviação por transferência irregular de gasolina de aviação entre si. Um deles ainda não indicava nas documentações de movimentação o nome/razão social e o CPF/CNPJ de clientes com quem comercializava. Um posto de combustíveis foi autuado por armazenamento irregular de combustíveis e por abastecer combustíveis em recipiente não certificados para este fim. Roraima A ANP participou, com a Força Nacional, da Operação de Desintrusão das Terras Indígenas Yanomami. Dois postos revendedores de combustíveis foram autuados por armazenamento irregular de combustíveis e por transferência de produtos entre si. Também foram fiscalizadas três empresas que operariam no ramo de combustíveis, mas duas delas não dispunham de instalações físicas e a terceira não opera no endereço cadastrado na Receita Federal. As três foram notificadas pela ANP a prestarem esclarecimentos. Amazonas Em Manaus, foram fiscalizados dez postos de combustíveis e cinco revendas de GLP. Um posto foi autuado por ostentar marcar comercial de distribuidor sendo cadastrado na ANP como bandeira branca. No município, foram coletadas amostras de óleo diesel para análises mais aprofundadas em laboratório. Bahia A ANP fiscalizou, no período, 37 postos de combustíveis, duas distribuidoras de combustíveis e dois produtores de biodiesel em Salvador, Santa Maria da Vitória, Camaçari, São Francisco do Conde, Candeias, Correntina, Santana e Simões Filho. Em Santa Maria da Vitória e Correntina, a ANP participou de força-tarefa com a Secretaria da Fazenda do Estado, Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) e a Polícia Militar. Na ação, um posto de Santa Maria da Vitória foi autuado e sofreu interdições por comercializar óleo diesel S500 comum fora das especificações estabelecidas na legislação vigente, quanto ao teor de biodiesel. Essa detecção foi possível graças ao uso de FTIR portátil, equipamento que permite a determinação em campo do teor de biodiesel. Em Salvador, parte das ações foi realizada em conjunto com a Polícia Civil, através da Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC), não sendo encontradas irregularidades. Em ações individuais da ANP, um posto em Salvador e outro em São Francisco do Conde foram autuados por terem a medida-padrão de 20 litros (equipamento usado no teste de volume) em desacordo com as normas e não prestarem informações ao consumidor. O posto de Salvador ainda tentou dificultar a ação dos fiscais, o que também gerou autuação. Não houve autuações nas demais cidades. No estado, foram coletadas duas amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Distrito Federal Em Planaltina e São Sebastião, foram fiscalizados seis postos de combustíveis. Em São Sebastião, a ANP participou de força-tarefa com o CORF/PCDF (Coordenação de Repressão ao Crime Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes da Polícia Civil) e o Procon-DF, a pedido da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa do DF. Na ação, um posto foi autuado por comercializar combustíveis em embalagem não certificada pelo Inmetro. Não foram encontradas irregularidades em Planaltina. No DF, foram coletadas duas amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Goiás No estado, foram fiscalizados 46 postos de combustíveis, duas revendas de GLP, um produtor de biodiesel e um agente não regulado. A ANP participou de uma nova fase da Operação Crepitus, em conjunto com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (DECON), da Polícia Civil, visando o combate ao comércio irregular de GLP, nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Um estabelecimento foi autuado por exercer a atividade de revenda de GLP sem autorização da ANP, tendo apreendidos dois botijões de 13kg (P13) cheios. Em Rio Verde, houve ações conjuntas com o Procon Municipal em postos de combustíveis, não sendo encontradas irregularidades. Ocorreram ainda ações individuais da Agência em Goiânia, Planaltina de Goiás, Jussara, Cocalzinho de Goiás, Aragarças, Pirenópolis, Corumbá de Goiás, Hidrolândia, Aparecida de Goiânia, Palmeiras de Goiás e Goianira. Em Jussara, um posto foi autuado e teve tanque e bicos abastecedores de etanol interditados por comercializar combustível fora das especificações. Em Planaltina de Goiás, dois postos foram autuados, sem interdições, por não realizarem a drenagem dos fundos dos tanques do óleo diesel, sendo que um deles também estava com o termodensímetro (equipamento acoplado na bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) com defeito. Não houve autuações nas demais cidades. No estado, foram coletadas 39 amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Mato Grosso No período, a ANP participou de ações conjuntas com os Procons Municipais de Cuiabá e Várzea Grande, bem como realizou ações individuais em Barra do Garças, Nova Mutum, Barra do Bugres, Campo Verde, Rondonópolis, Pedra Petra e Alto Araguaia. Em Várzea Grande, dois postos foram autuados e sofreram interdições por comercializarem combustíveis fora das especificações da ANP, sendo um etanol comum e o outro, etanol aditivado. Em Barra do Garças, um posto foi autuado por não realizar a drenagem dos fundos dos tanques do óleo diesel. Não houve autuações nos demais municípios. No estado, foram coletadas 20 amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Paraná A ANP fiscalizou 21 postos de combustíveis, quatro distribuidoras de combustíveis, quatro revendas de GLP, dois pontos de abastecimento e um terminal. Os fiscais estiveram em Curitiba, Goioerê, Pérola, Engenheiro Beltrão, Cianorte, Cruzeiro do Oeste, Floresta, Maringá, Paiçandu, Sarandi, Londrina, Arapongas, Coronel Vivida, Guarapuava, Dois Vizinhos, Itapejara De#39;oeste e Ponta Grossa. Quatro postos foram autuados, em Goioerê, Pérola, Londrina e Ponta Grossa, sendo três por não efetuarem a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel e um por não identificar, na bomba, o fornecedor do combustível comercializado. Não houve autuações nos demais municípios. No estado, foram coletadas 23 amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Piauí Em Teresina e Monsenhor Gil, a ANP participou de força-tarefa com Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estado da Fazenda e Procon. Foram fiscalizados cinco postos de combustíveis, uma revenda de GLP, um transportador-revendedor-retalhista (TRR) e um caminhão-tanque pertencente a um produtor de etanol. Dois postos foram autuados, um em cada cidade, por terem bombas em más condições de uso e conservação, e sem a utilização de dispositivos de segurança mínimos e obrigatórios. Um deles sofreu interdição devido à gravidade do problema. O TRR, localizado em Teresina, foi autuado e interditado por falta de segurança nas instalações. Já a empresa detentora do caminhão-tanque, que tem sede em Goiás, foi autuada por não efetuar teste obrigatório no momento da revenda. No estado, foram coletadas três amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Rio de Janeiro No período, foram fiscalizados 38 postos de combustíveis, uma distribuidora de combustíveis, duas distribuidoras de GLP, um ponto de abastecimento e um produtor de óleo lubrificante acabado. Os fiscais estiveram em cinco cidades: Rio de Janeiro, São João de Meriti, Duque de Caxias, Niterói e Itaboraí. No Rio de Janeiro e em Duque de Caxias, a ANP participou de forças-tarefas com outros órgãos públicos, como Polícia Civil, Procon-RJ, Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON-RJ), Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais do Estado (SUPCCA), Ipem-RJ, Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), além das concessionárias Naturgy e Light. Na capital fluminense, sete postos de combustíveis foram autuados e sofreram interdições. Dois deles tiveram tanques e bicos de abastecimento de etanol interditados por comercializar combustível fora das especificações. Em um, também houve interdições de bicos por fornecer menos combustível do que o registrado na bomba (bomba baixa) e o outro recebeu autuação por não efetuar o controle de drenagem dos tanques de óleo diesel. Três outros postos da cidade sofreram interdições de tanques e bicos de gasolina comum por comercializar o produto fora das especificações, sendo que um deles também teve bicos de diversos combustíveis interditados por bomba baixa; outro foi autuado por não identificar a origem do combustível na bomba e o terceiro recebeu autuação por não efetuar o controle de drenagem dos tanques de óleo diesel. Mais dois postos tiveram interdições em bicos, estes de GNV, por problemas no compressor, sendo um deles autuado por não identificar a origem do combustível na bomba. Ainda no município,houve autuações, sem interdições pela ANP, em dez postos, por motivos como: bomba baixa (neste caso, a interdição foi realizada pelo Ipem-RJ); não efetuar o controle de drenagem dos tanques de óleo diesel; não manter as bombas em perfeito estado de funcionamento; e não identificar a origem do combustível na bomba. Em Niterói, um posto foi autuado e sofreu interdições de tanque e bicos por comercializar gasolina comum fora das especificações. Em São João de Meriti, um posto foi autuado por romper lacre de interdição anterior em tanque de gasolina comum, sofrendo reinterdição do equipamento. Em Duque de Caxias, um posto foi autuado, sem interdição pela ANP, por não manter o compressor de GNV em perfeito estado de funcionamento. Um ponto de abastecimento da mesma cidade foi autuado por abastecer veículo não registrado em nome do detentor das instalações ou autorizado pela legislação e por não manter em perfeito estado de conservação equipamentos de combate a incêndio. Em Itaboraí um posto foi autuado por não efetuar o controle de drenagem dos tanques de diesel. No estado, foram coletadas 50 amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Rio Grande do Sul No estado, foram fiscalizados 13 postos de combustíveis, duas distribuidoras de combustíveis, cinco revendas de GLP, um revendedor de óleo lubrificante e um produtor de biodiesel. Os fiscais estiveram em Porto Alegre, Gravataí, Esteio, Nova Santa Rita, Ivoti, Novo Hamburgo, Campo Bom, Canguçu, Pelotas, São Leopoldo, Rio Grande, Viamão, Capão da Canoa e Muitos Capões. Em Nova Santa Rita, um posto foi autuado e teve um bico abastecedor de gasolina comum interditado por comercializar combustível em quantidade diferente da registrada na bomba (bomba baixa). Outros oito postos foram autuados, sem interdições, por motivos como: comercializar combustível em recipientes não certificados pelo Inmetro; não possuir equipamentos para o teste de qualidade dos combustíveis (que pode ser exigido pelo consumidor); não realizar a drenagem nos tanques de óleo diesel; comercializar combustível fora das especificações da ANP (após comprovação em laudo laboratorial); não manter em perfeito estado de conservação a medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume); e não identificar na bomba o fornecedor do combustível. As autuações ocorreram em Esteio, Novo Hamburgo, Canguçu, Gravataí, Rio Grande e Capão da Canoa. Duas revendas de GLP, uma em Porto Alegre e outra em Ivoti, foram interditadas por exercerem a atividade sem autorização da ANP. Foram apreendidos 28 botijões na primeira e 123 na segunda. Outra revenda, em Gravataí, também foi interditada, por não respeitar as normas de segurança da legislação vigente. Um revendedor de óleo lubrificante de Porto Alegre teve 174 litros do produto apreendidos por não terem registro na ANP. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. No estado, foram coletadas 15 amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Santa Catarina Em Florianópolis, Lages e Correia Pinto, foram fiscalizados um posto de combustíveis, uma distribuidora de combustíveis e uma revenda de GLP. A revenda de GLP, em Correia Pinto, foi interditada por não possuir autorização da ANP, tendo 57 botijões apreendidos. O posto, localizado em Florianópolis, foi autuado por não realizar a drenagem nos tanques de óleo diesel. Não foram encontradas irregularidades na distribuidora, em Lages. No estado, foram coletadas quatro amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. São Paulo No estado, foram fiscalizados 87 postos de combustíveis, três distribuidoras de combustíveis, 11 revendas de GLP, uma distribuidora de GLP, três pontos de abastecimento (PAs), um produtor de etanol, dois produtores de lubrificante acabado, um coletor de óleo lubrificante usado ou contaminado (OLUC) e dois agentes não regulados (empresas ambientais, para verificação de atividades relacionadas a combustíveis). As ações ocorreram em 35 municípios: São Paulo, Osasco, Campinas, Ribeirão Preto, Valinhos, Sumaré, Sertãozinho, Tremembé, Mogi das Cruzes, Aguaí, Tambaú, Leme, Limeira, Conchal, Taubaté, Paulínia, Cosmópolis, Americana, Piracicaba, Lorena, Caçapava, Ourinhos, Batatais, Vargem Grande Paulista, Paraibuna, Marília, Caieiras, Guarulhos, Candido Mota, Indaiatuba, Presidente Prudente, Praia Grande, Regente Feijó, Tupã e Itapevi. Na Região Metropolitana de São Paulo, a ANP realizou ação focada em postos com autorização para abastecimento fora de seu estabelecimento (o chamado eldquo;delivery de combustíveiserdquo;). Os agentes foram notificados para apresentação de informações e documentos à Agência. Além disso, na verificação das entregas, um posto de Guarulhos foi autuado por seu veículo de entrega não possuir material absorvente para remoção de eventual derrame de produto. Outro, em São Paulo, foi autuado em duas ocasiões por utilizar veículos de entrega diferentes, com equipamentos medidores de combustíveis sem aferição e certificação do Inmetro. Ainda na capital paulista, outro posto foi autuado por não possuir equipamentos para testes de qualidade certificados e não possuir material absorvente para remoção de eventual derrame de produto. A Agência participou ainda de força-tarefa com a Polícia Civil, o IPEM-SP e o Procon-SP em Tambaú, resultando em quatro postos autuados, por motivos como: não possuir equipamentos para o teste de qualidade dos combustíveis (que pode ser exigido pelo consumidor); e não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel. Em Marília, houve ação conjunta com a Polícia Civil, na qual um posto foi autuado e interditado totalmente por: dificultar o acesso dos fiscais às suas instalações; comercializar gasolina comum fora de especificação; romper lacres e faixas de interdição anterior; comercializar combustíveis enquanto deveria estar interditado; e não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel. Em Tremembé, Taubaté, Paraibuna, Indaiatuba e Praia Grande, ocorreram fiscalizações do Procon-SP, órgão que mantém acordo de cooperação com a ANP. Um posto foi autuado e interditado totalmente por exercer a atividade sem autorização da ANP, tendo apreendidos mais de 38 mil litros de combustíveis. Em ações individuais da ANP, quatro postos de São Paulo foram autuados e sofreram interdições. Um posto teve tanque e bicos de abastecimento interditados por comercializar gasolina aditivada e etanol fora de especificação, além de receber autuações por não possuir equipamentos para o teste de qualidade dos combustíveis, ter tanque sem interligação à bomba medidora e a equipamento filtrante e não informar que fornece combustível de distribuidora diferente da marca comercial exibida no painel de preços e nas bombas. Outro posto da capital paulista foi autuado e interditado totalmente por: exercer a atividade sem autorização da ANP; se recusar a fornecer amostras para o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis da ANP (PMQC); exibir marca comercial de distribuidor estando cadastrado como bandeira branca; não efetuar regularmente a drenagem de fundo do tanque de óleo diesel nem o registro dos resultados encontrados; e não informar que fornece combustível de distribuidora diferente da marca comercial que ostenta. Outros dois postos da cidade foram autuados e sofreram interdições de bicos por fornecerem menos combustível do que o registrado na bomba (bomba baixa). Em Mogi das Cruzes, um posto revendedor de combustíveis foi autuado e interditado totalmente por: dificultar o acesso dos fiscais às suas instalações; comercializar gasolina comum com percentual de etanol fora das especificações; exibir em suas instalações a marca comercial, embora cadastrado como bandeira branca; não ter equipamentos para o teste de qualidade dos combustíveis; e não possuir equipamento para a verificação dos estoques de combustíveis armazenados em seus tanques. Em Leme, um posto foi autuado por comercializar etanol fora da especificação, tendo interdições de tanque e bicos. Foram autuados ainda 12 postos de combustíveis, sem interdições, em São Paulo, Tambaú, Piracicaba, Batatais, Caieiras, Guarulhos e Cândido Mota. Entre o motivos, estiveram: desatualização cadastral; não possuir equipamentos para o teste de qualidade dos combustíveis; não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de diesel; violar os lacres de fiscalização anterior; não tomar medidas determinadas em notificação; entrega de combustível em local diverso do estabelecimento da revenda, sem autorização para essa atividade; possuir tanques não interligados à bomba medidora e ao equipamento filtrante; não funcionar em horário mínimo obrigatório; e recusar o fornecimento de amostras para o PMQC. Com relação aos pontos de abastecimento, um deles, em Aguaí, foi autuado e interditado totalmente por ter capacidade de armazenamento igual ou superior a 15 m³ e funcionar sem possuir autorização da ANP, tendo apreendidos 14.600 litros de óleo diesel S10. Outro PA, em Cândido Mota, foi autuado por adquirir óleo diesel S10, irregularmente, junto a um posto revendedor de combustíveis. No segmento de produtores de lubrificantes, um agente de Vargem Grande Paulista foi autuado e interditado por exercer a atividade sem autorização da ANP e remover sem autorização os produtos apreendidos depositados em suas instalações interditadas, dando destinação não permitida aos produtos e equipamentos. Foram apreendidos 2.400 litros de lubrificantes e fluidos. Em Mogi das Cruzes, outro produtor de lubrificantes foi autuado e interditado totalmente por comercializar o produto sem o devido registro na ANP e funcionar sem autorização. Foram apreendidos mais de mil litros de óleo lubrificante acabado. Em São Paulo, uma revenda de GLP foi autuada por não possuir balança decimal aprovada pelo Inmetro disponível no estabelecimento. Não houve autuações nos demais municípios. No estado, foram coletadas 55 amostras de combustíveis para análises mais aprofundadas em laboratório. Tocantins Em parceria com o Procon Estadual, foram fiscalizados três postos de combustíveis em Combinado. Não foram encontradas irregularidades. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

article

Petróleo cai 7% e tem mínima de mais de 3 anos; Petrobras perde 4% e Brava desaba 12%

Os preços do petróleo chegaram a despencar 8% nesta sexta-feira, e encerraram o dia no menor fechamento desde meados da pandemia de coronavírus em 2021, com a China revidando na escalada da guerra comercial global com os EUA após uma série de taxas impostas pelo presidente Donald Trump nesta semana. A China anunciou que irá impor tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos dos EUA a partir de 10 de abril. Países de todo o mundo preparam retaliação depois que Trump elevou barreiras tarifárias ao nível mais alto em mais de um século, levando a uma queda nos mercados financeiros mundiais. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para maio caiu 7,41% (US$ 4,96), fechando a US$ 61,99 o barril. O Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), cedeu 6,50% (US$ 4,56), alcançando US$ 65,58 o barril. No acumulado da semana, o contrato do WTI teve perda de quase 10%, enquanto o do Brent desvalorizou mais de 9%. Ambas as referências estavam a caminho de suas maiores perdas semanais em termos percentuais em mais de dois anos. eldquo;A resposta agressiva da China em relação às tarifas dos EUA praticamente confirma que estamos caminhando para uma guerra comercial global; uma guerra que não tem vencedores e que prejudicará o crescimento econômico e a demanda por commodities importantes, como petróleo bruto e produtos refinadoserdquo;, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank. eldquo;Por conta desse receio de recessão global, o petróleo sente muito, pois uma desaceleração mundial significa menos demanda global pela commodity. Isso faz com que alguns ativos brasileiros sangrem muito e, hoje, cairão novamente, como Petrobras (PETR4), PRIO (PRIO3), PetroRecôncavo (RECV3), entre outras do ramoerdquo;, caso da Brava (BRAV3), conforme aponta Vitor Agnello, analista educacional da CM Capital. Na véspera, os ativos já haviam caído forte. Hoje, a BRAV3 desaba 12,92%, a R$ 18,34; PRIO3 caía 7,96%, a R$ 33,90; RECV3 recuava 8,60%, R$ 14,35; PETR3 tinha baixa de 4,19%, a R$ 37,73; enquanto PETR4 registrava queda de 4,03%, a R$ 34,55. O Bradesco BBI aponta que a China respondendo às tarifas dos EUA aumenta a percepção de que uma guerra comercial completa provavelmente ocorrerá, e isso é ruim para o preço do petróleo. Por outro lado, as tarifas incluirão o petróleo vindo dos EUA para a China e, portanto, podem criar algumas oportunidades para empresas que exportam petróleo para a China. O analista da CM Capital aponta que, por sua vez, um ativo que sentiu ontem e agora tende a se beneficiar em momentos globais como esses é o próprio ouro. Isso porque o ouro, o ativo mais seguro da história do mundo, sempre serviu como um ativo de hedge, ou seja, proteção de patrimônio. (com Reuters)

article

Governo estabelece regras de doação de equipamentos para fiscalização do biodiesel

O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério da Gestão e Inovação definiram nesta quinta-feira (3/4) os procedimentos para doação de equipamentos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que permitirão verificar in loco a mistura de biodiesel em postos de combustíveis. A medida busca combater fraudes no setor, que tem aumento de 12% para 14% na mistura obrigatória prevista para março deste ano. A fiscalização mais ágil permitirá punir postos que não cumprirem a determinação eldquo;garantindo o cumprimento do mandato vigenteerdquo;, conforme nota do MME. Entre os aparelhos que serão doados está o espectrofotômetro FTIR, capaz de medir o teor de biodiesel no diesel diretamente nos postos. Segundo anunciou o diretor do Instituto Combustível Legal (ICL), Carlo Faccio, na reunião desta quinta, a instituto já se comprometeu em doar cinco unidades desses equipamentos portáteis. A ANP coordenará os trâmites com sindicatos e associações do setor de combustíveis que manifestem interesse em realizar as doações, a serem formalizadas pelo Sistema de Doações do Governo Federal para acelerar o processo, afirma o MME. Para Marlon Arraes Jardim, diretor de Biocombustíveis da pasta, eldquo;trata-se de um processo importante que vai ajudar a equipar a ANP, em pareceria com o setor privado, de uma maneira transparente e em menor espaço de tempo possívelerdquo;. Também participaram da reunião o superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, Julio Cesar Candia Nishida; o superintendente-adjunto, Carlos Eduardo Neri de Oliveira; o diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Mozart S. Rodrigues Filho, além do diretor do ICL, Carlo Faccio. ANP tem apenas um equipamento para fiscalizar biodiesel Há 15 dias, a ANP afirmou que dispõe de apenas um espectrofotômetro FTIR para verificar em tempo real o cumprimento da mistura obrigatória de biodiesel em postos em todo o território nacional. O aparelho, doado pelo MP de Sergipe, agiliza a identificação e apreensão do combustível assim como a interdição imediata em caso de fraude, de acordo com a agência. eldquo;A ANP vem trabalhando para a aquisição de outros equipamentos do mesmo tipo, para ampliar a identificação de irregularidades em campo, sem prejuízo das análises em laboratórioerdquo;, informou em nota. Atualmente, postos flagrados com teor incorreto podem receber multas de até R$ 5 milhões e ter autorizações revogadas. Até recentemente, o percentual de biodiesel somente era identificado em laboratório, ou seja, só após o fim da ação fiscal. O Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas (CPT) da ANP e a rede de laboratórios contratados (via licitação) possuem equipamentos que detectam o teor de biodiesel presente no óleo diesel B. O setor privado pede, contudo, aumento da fiscalização em campo. A ANP diz que vem eldquo;empenhando esforços para desenvolver metodologias e utilizar equipamentoserdquo; que permitam a identificação in loco do percentual de biodiesel, buscando agilidade na fiscalização. O Sindicom, que havia pedido a suspensão temporária do aumento para B14, rejeitada pela ANP, alerta sobre o crescimento de fraudes e sonegações no setor e os impactos da competição desleal. A comercialização do combustível com menor teor do biocombustível, que é mais caro do que o derivado fóssil, foi objeto de circular por parte do SindTRR (Sindicato Nacional do Comércio Transportador-Revendedor-Retalhista de Combustíveis) alertando para os riscos. Com informações do Estadão Conteúdo

article

Total de veículos novos vendidos no 1º trimestre é o maior desde 2008

A quantidade de vendas de veículos novos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários) no primeiro trimestre de 2025 foi a maior desde 2008. Foram vendidas 1,08 milhão de unidades nos três primeiros meses do ano, resultado 8% superior ao anotado no mesmo período de 2024. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (3), em São Paulo, são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No primeiro trimestre, foram comercializadas 517,7 mil unidades de automóveis e comerciais leves, alta de 7,1% em relação ao mesmo período de 2024. Esse resultado só foi alcançado, no acumulado de 2024, no mês de abril. eldquo;O bom desempenho mostra que a demanda segue aquecida. Apesar dos desafios no crédito, há um ritmo sustentado de crescimentoerdquo;, disse o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior. Vendas de motocicletas batem recorde O número de vendas de motocicletas no primeiro trimestre também foi o maior da história do país. Foram comercializadas 473,9 mil unidades, total 9,6% superior ao verificado no mesmo período do ano passado. eldquo;A motocicleta se consolidou como solução de mobilidade e ferramenta de trabalho no Brasil. Este é o melhor primeiro trimestre da história do segmento em nosso paíserdquo;, acrescentou Arcelio. Os dados da Fenabrave mostram, também, que foram vendidas - nos três primeiros meses do ano - 27,1 mil unidades de caminhões (+4,8%); 6,7 mil ônibus (+27,8%); e 18,4 mil unidades de implementos rodoviários (-16,7%).

article

Brasil foi beneficiado ou prejudicado por tarifas de Trump?

O presidente americano, Donald Trump, pode ter inaugurado uma nova era do comércio mundial com o anúncio do tarifaço, na quarta-feira, 2, segundo muitos analistas. Os efeitos prometem ser disseminados, duradouros e abrangentes emdash; tanto em produtos quanto em origens. Também podem redirecionar as vendas transnacionais e trazer para o Brasil exportações que seriam feitas para os Estados Unidos. Por conta de tudo isso, as previsões de ganhos e perdas para o Brasil ainda trazem muitas incertezas, mas as contas já estão sendo feitas. O cenário desenhado não é visto pelos analistas como benéfico ao Brasil, mesmo que o anúncio da quarta-feira tenha sido recebido com certo alívio, com uma alíquota para o País mais favorável relativamente aos concorrentes comerciais. eldquo;Começamos a vivenciar uma das maiores fricções, se não for a maior, do comércio global desde o acordo de tarifas de 1947. Todas as relações de comércio estão sendo reavaliadas a partir daquierdquo;, afirma o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato. eldquo;Muitos dos investimentos atuais foram feitos sob as regras anteriores, e considerando uma previsibilidade tarifária. O anúncio fomenta a incerteza. Vai haver um período de adaptação e produzir uma desaceleração da economia global, com fluxos de capitais mais retraídos.erdquo; Do ponto de vista da balança comercial, os maiores impactos, se não forem estabelecidas exceções para esses produtos e para o Brasil, estarão nos setores que vendem mais para os EUA, casos do petróleo, café, papel e celulose, aço e ferro e aeronaves. Mas, dentro desse grupo, há expectativas diferentes e que podem mudar. Por exemplo, entre as commodities agrícolas brasileiras mais vendidas para os EUA, estão o café e o suco de laranja. eldquo;Mas o café não tem produção local nos EUA, já o suco de laranja enfrenta competição local, que vai ser beneficiada por não pagar a tarifaerdquo;, diz o advogado especialista em comércio internacional Rodrigo Pupo, do escritório MPA Trade Law. É um caso similar ao da indústria de aeronaves brasileira, mais especificamente, da Embraer. Com atuação na produção de jatos médios e executivos, ela tem como concorrentes diretos a canadense Bombardier e empresas chinesas, dois dos países mais afetados pela ofensiva de Trump. A americana Boeing não atua no mesmo nicho que a brasileira. Outro efeito que deve advir da nova configuração depende da reação dos países mais afetados pela nova configuração comercial. A União Europeia, a China e nações do Sudeste Asiático estão entre as mais taxadas. Elas podem redirecionar parte da produção que iria para os EUA para países da América Latina, em especial, para um grande mercado como o Brasil. eldquo;O Brasil é um forte candidato para receber essas exportações, porque tem um mercado consumidor relevanteerdquo;, diz Renê Medrado, sócio e especialista em comércio internacional e direito aduaneiro do escritório Pinheiro Neto Advogados. Ameaça à indústria, oportunidade ao agro Há o risco de uma enxurrada de produtos baratos sendo trazidos para o País, que pode ameaçar setores industriais, como já aconteceu quando a China passou a vender fortemente pneus, painéis solares e aço no Brasil a preços muito inferiores ao da produção local. Esses impactos podem ser medidos nos próximos dias. Por outro lado, commodities agrícolas podem fazer o caminho inverso. Com a possível resposta da China de restringir a importação de produtos agrícolas americanos, em retaliação, o Brasil pode ocupar mais espaços nas vendas para o mercado asiático. eldquo;A pauta brasileira concorre com o produto americano, como em soja e proteína animal. Inclusive, o Brasil pode abrir exportações para o Japão, que pode passar a comprar o produto brasileiro até como forma de proteção de fornecimento americanoerdquo;, afirma Pupo. A política comercial externa brasileira, muito menos agressiva do que a do governo Trump, será pressionada a abrir espaço para a formação de alianças estratégicas de longo prazo. eldquo;O Brasil tem buscado construir relações mais sólidas com a União Europeia, com a China e, mais recentemente, com o Japãoerdquo;, afirma Carlos Fadigas, fundador da consultoria CF Partners e com larga vivência no setor industrial. O consultor afirma que o País poderá obter vantagens e desvantagens, considerando o impacto grande nos fluxos de comércio global e a complexidade do tema. eldquo;Ainda assim, o país tende a colher mais benefícios do que prejuízos, considerando o cenário de forma agregadaerdquo;, afirma o consultor. Ele diz que, em primeiro lugar, o Brasil manterá acesso à maior economia do mundo com tarifas, em média, menores do que as aplicadas a outros países emdash; especialmente quando comparadas às impostas à China. Setorialmente, Fadigas avalia que exportadores brasileiros com foco na China emdash; que vão desde o minério de ferro até o frango, passando pela soja emdash; tendem a se beneficiar de um aumento no fluxo de comércio com a Ásia. eldquo;Desde o início do governo Trump, a China vem intensificando sua aproximação com a América Latina, especialmente com o Brasilerdquo;. Impacto na inflação Como as redes de comércios e os seus efeitos são bastante complexas, mesmo notícias negativas, como uma possível enxurrada de produtos chineses no Brasil pode trazer um benefício de curto prazo macroeconômico. eldquo;Depois da questão fiscal, o tema que mais assola o País e prejudica a popularidade do governo é a inflação, que obriga a juros mais altos. Pode ser conveniente ao Brasil permitir a importação de produtos baratos. Acho que a resposta inicial do País vai ser quieta no começoerdquo;, diz Honorato, do Bradesco. Num segundo momento, a expectativa é de que essa superoferta global acabe se ajustando, defende o economista. eldquo;As empresas não vão ficar olhando uma queda global da demanda, e então vão cortar a produção. Deve ocorrer um equilíbrio de uma demanda global menor, com um choque de oferta clássicoerdquo;, afirma Honorato. Por exemplo, o setor de vestuário, que deve ser um dos setores mais afetados no mundo, e tem forte produção em Bangladesh e Vietnã, é relativamente simples fazer uma mudança para os EUA. Quanto ao risco da chegada de produtos de menor custo vindos da Ásia, o Brasil pode ter formas de se defender dessa ameaça. eldquo;Isso pode afetar a competitividade dos produtores nacionais. Porém, o Brasil dispõe de mecanismos para mitigar esses impactos, como a aplicação de medidas antidumping e o uso seletivo e criterioso de tarifas, capazes de proteger os setores mais vulneráveis da economia nacionalerdquo;, diz Fadigas. O cálculo de benefício líquido para o Brasil, observa Medrado, do escritório Pinheiro Neto, tem de ser feito setor a setor e vai exigir muita estatística e muita observação empírica a respeito do desenvolvimento desses mercados. eldquo;Essa é uma análise bem econômica, porque precisa comparar os fluxos comerciais por produto, com os outros países que concorrem com tal produtoerdquo;. Por exemplo, se existe um determinado tipo de aço exportado do Brasil aos EUA, e as exportações que concorrem com o Brasil são da China, EUA e Vietnã, o Brasil vai se beneficiar. Agora, se a Argentina for também uma exportadora, como o país ficou com o mesmo patamar do Brasil, haveria uma divisão de ganho entre os dois países. Isso terá que ser feito de produto a produto. É um exame bem detalhado, com base em estatística de comércio.

article

Ações da Petrobras despencam seguindo petróleo no exterior

As ações da Petrobras estão em forte queda no pregão da Bolsa nesta quinta-feira (3). O movimento segue a esteira do derretimento dos preços do petróleo no exterior, embalados pela repercussão do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da véspera. Às 10h30, os papéis preferenciais da petroleira despencavam 3,38%, cotados a R$ 35,94, e os ordinários perdiam 3,87%, a R$ 39,24. O Ibovespa, no mesmo horário, tinha leve variação positiva de 0,11%, a 131.338 pontos. O barril do petróleo tipo Brent, referência para o mercado internacional, tombava 6,27%, a US$ 70,10. O barril do WTI, referência dos Estados Unidos, perdia 6,82%, a US$ 66,82. Trump poupou as importações de petróleo, gás e produtos refinados do tarifaço, evitando um golpe direto nos mercados de energia. No entanto, taxas mais altas do que o esperado para os parceiros comerciais dos EUA alimentam temores de que o crescimento global poderá passar por uma desaceleração abrupta, em meio, também, a um repique inflacionário. "Há uma expectativa de que essa política isolacionista norte-americana acarrete uma pressão inflacionária a nível global, que deve resultar em uma redução das atividades econômicas, impactando consequentemente a demanda por petróleo e derivados", avalia Bruno Cordeiro, analista de inteligência de mercado da StoneX. "A isenção para os produtos energéticos também é um fator de pressão. A medida protege a indústria petrolífera norte-americana, que importa grandes volumes de petróleo, e gerou a percepção de que os fluxos da commodities ao país e os preços para as refinerias norte-americanas não devem crescer." As ações da PRIO e da Petroreconcâvo também apresentam forte queda, a 4,04% e 6,13%, respectivamente. (Tamara Nassif)

Como posso te ajudar?