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Programa Mover já tem 121 empresas habilitadas, diz Alckmin

Ao participar da abertura do 13º Fórum Nordeste, em Recife, nesta segunda-feira (2/8), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) já habilitou 121 empresas. Com isso, elas estão autorizadas a receber créditos financeiros como contrapartida de investimentos em inovação e descarbonização na indústria automotiva. A notícia foi um dos destaques do eixo Sustentabilidade da Nova Indústria Brasil, a política industrial lançada pelo presidente Lula em janeiro deste ano. Alckmin apresentou os eixos da NIB e os avanços já obtidos aos participantes do fórum, que é promovido pelo Grupo EQM e contou com a presença de cerca de 500 executivos das áreas de etanol, biocombustíveis, investidores, comunidade acadêmica e autoridades emdash; entre elas os ministros Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), José Múcio (Defesa), a governadora de Pernambuco, Rachel Lyra, o prefeito de Recife João Campos, e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Capelli. Nesta edição, o evento discute a descarbonização da economia, transição energética e novos negócios na área. Ainda sobre o Mover, o vice-presidente celebrou o fato de o programa ter impulsionado investimentos privados de R$ 130 bilhões da indústria automotiva no Brasil. eldquo;Todas [as montadoras] praticamente já investiram. E foram R$ 12 bilhões somente aqui em Goianaerdquo;, lembrou o vice-presidente O município de Goiana, em Pernambuco, é sede do polo automotivo da Stellantis. Alckmin lembrou que, no ano passado, o governo brasileiro acabou com a isenção de Imposto de Importação do etanol, que privilegiava os produtores dos Estados Unidos. A prejudicando a indústria local de açúcar e etanol. A medida contribuiu para o fortalecimento dessa indústria no Brasil, em especial na região Nordeste. Ainda no eixo Sustentabilidade, foco do fórum, o ministro destacou, entre outros, o projeto de lei do Combustível do Futuro, prestes a ser aprovado no Congresso, e que dará grande impulso aos biocombustíveis. eldquo;Prevê biogás, o biometano, o SAF, biodiesel, etanol, enfim, ele vem ao encontro do compromisso do Brasil com o combate às mudanças climáticas e a descarbonização ou desfossilização, que é o que nós todos desejamoserdquo;, disse Alckmin. O vice-presidente também falou dos demais eixos da NIB emdash; inovação, competitividade e exportações. No eixo inovação, o vice-presidente anunciou avanços na redução do prazo de avaliação de registro de patentes no país. eldquo;O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) estava levando quase sete anos para registrar uma patente. Reduzimos para 4,5 anos. No ano que vem, chegaremos a 3 anos e, em 2026, a 2 anos, que é o padrão internacionalerdquo;, afirmou Alckmin No eixo de competitividade, foram destaques a criação da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) e o programa Depreciação Acelerada, que permitirá a modernização do parque fabril do país. Segundo Alckmin, até o final desta semana deve sair a definição dos setores industriais a serem contemplados. Por fim, o vice-presidente reforçou a importância da desburocratização em curso para simplificar e reduzir custos no processo exportador. Entre os avanços estão o Portal Único de Comércio Exterior e a Licença Flex, que permite que uma mesma licença sirva para várias operações. eldquo;Essa desburocratização é extremamente relevante para a gente reduzir custos e poder avançar ainda maiserdquo;, concluiu.

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Preço do etanol sobe em 8 estados na última semana de agosto e cai em 14 e no DF, diz ANP

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 8 estados, caíram em 14 e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 4 na semana de 25 a 31 de agosto. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o país, o preço médio do etanol caiu 0,49% na comparação com a semana anterior, de R$ 4,06 para R$ 4,04 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,77%, para R$ 3,89. A maior alta porcentual na semana, de 3,43%, foi registrada no Paraná, onde o litro passou de R$ 4,08 para R$ 4,22. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,29 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,06, foi registrado em Santa Catarina. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,67, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Rio Grande do Norte, de R$ 5,12 o litro. (Estadão Conteúdo)

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Stellantis defende combinação de etanol e eletrificação para descarbonizar frota

O Polo Automotivo Stellantis de Goiana, complexo industrial localizado na Zona da Mata Norte de Pernambuco, tem papel fundamental no processo de descarbonização da empresa. A informação foi do vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis, João Irineu Medeiros, durante sua participação na 13ª edição do Fórum Nordeste realizada nesta segunda-feira (2). No evento, Medeiros realizou a palestra eldquo;Estratégia de Descarbonização e Desenvolvimento Localerdquo;, que ainda teve como mediador o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha. Também participaram o presidente-executivo do Sindálcool Paraíba, Edmundo Coelho Barbosa; o presidente da Alcopar Paraná, Miguel Rubens Tranin; e o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Adamo Mendes. Segundo Medeiros, o processo de descarbonização deve ser feito de forma equilibrada, incluindo os carros de entrada até os veículos premium. "Precisamos encontrar uma descarbonização equilibrada do ponto de vista ambiental, social e econômico", disse. Ele lembrou que a emissão de gás carbônico (CO2) é feita durante todo o ciclo de vida dos automóveis e o momento que o carro mais emite carbono é no uso. eldquo;São 300 mil quilômetros que o carro está emitindo CO2, mas a emissão começa na mineração e termina na reciclagem do carroerdquo;, reiterou. Segundo o vice-presidente, com base em dados de 2021, o mundo emite 50 gigatoneladas (Gt) de CO2 todos os anos. Desses 12,8 são da China; 5,6 dos Estados Unidos; e 3,6 da Europa. O Brasil é responsável por emitir 1,5 gigatoneladas. eldquo;O Brasil não é um dos maiores emissores de CO2. Mas se a gente não fizer nada, esse número vai dobrar ou triplicar só com o crescimento da população e dos negócios e, no ano de 2100, vamos emitir 100 ou 150 gigatoneladaserdquo;, mencionou. O excesso de CO2 que penaliza a camada de proteção que existe na atmosfera agrava o efeito estufa. eldquo;A temperatura que hoje está em torno de 1,5 graus acima do período pré-industrial vai chegar a 5 acima do período pré-industrialerdquo;, reiterou. Com isso, de acordo com Medeiros, os cientistas apontam que em uma determinada área perto da Linha do Equador, a temperatura será, todos os dias, de 44 graus e de alta umidade, fazendo com que a região fique inabitável. eldquo;Cientistas calculam 3 bilhões de refugiados do clima em 2100erdquo;, alertou o vice-presidente da Stellantis. Segundo ele, os transportes representam 14% das emissões de gás carbônico no Brasil. Por isso, a Stellantis tem um compromisso de redução de CO2 firmado durante a última Conferência do Clima (COP 28) com objetivos de reduzir as emissões em 53% até 2030 e chegar a Net Zero (compromisso de zerar as emissões de gases de efeito estufa) até 2050. Diante dos desafios de migrar os carros a combustão para 100% elétricos, a fim de descarbonizar a frota, João Irineu destacou que a empresa pretende combinar o etanol com os diferentes níveis de eletrificação para a criação de novos veículos. "Combinar biocombustível com eletrificação é a chave do sucesso", reiterou. A empresa montou um programa chamado Bio-Hybrid que combina biocombustível com hibridização. Os esforços de desenvolvimento das plataformas Bio-Hybrid começaram em 2022, com a criação do Bio-Electro, uma plataforma destinada a acelerar tecnologias de motopropulsão baseadas na hibridização, combinando eficiência térmica e eletrificação. O Bio-Electro está baseado em três pilares: Academy, que abrange informação, formação e recrutamento; Lab, com incubação de ideias e desenvolvimento de ecossistema; e Tech, com a parte de materialização de soluções e da inovação. O Fórum Nordeste 2024 teve patrocínio da Neoenergia, Copergás, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Sudene, FMC, Grunner e Cahu Beltrão; e apoio do Governo de Pernambuco, Fertine e Novabio.

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Entenda a proposta de criação do Comitê Monitoramento do Setor de Gás Natural

O novo decreto regulamentador da Lei do Gás abre o caminho para a criação do Comitê de Monitoramento do Setor de Gás Natural (CMSGN), ao dar o comando para instituir o novo órgão responsável pelo assessoramento, articulação, monitoramento de políticas públicas, formulação de propostas e deliberações para o setor de gás natural. O próximo passo será a publicação de ato do Ministério de Minas e Energia formalizando a criação do Comitê e definindo sua composição, competências, governança e regras de funcionamento e participação dos membros permanentes e de convidados. O CMSGN é uma proposta inspirada no Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), criado há 20 anos. A ideia surgiu dentro do Grupo de Trabalho do Gás para Empregar, nas discussões sobre como promover o enforcement na regulação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) endash; embora as atribuições pensadas para o órgão sejam mais amplas do que isso. O que fará o Comitê de Monitoramento? O relatório produzido pelo comitê técnico do Gás para Empregar sobre o acesso ao mercado de gás natural elenca as atribuições do CMSGN endash; que ainda precisam ser confirmadas pela portaria do MME que formalizará a criação do órgão. Algumas delas são: acompanhar o desenvolvimento das atividades dos diferentes elos da cadeia do gás e avaliar as condições de segurança de abastecimento em horizontes pré-determinados; identificar dificuldades e obstáculos de caráter técnico, ambiental, comercial, institucional, dentre outros, que afetem, ou possam afetar, a regularidade e a segurança de abastecimento e atendimento à expansão do setor; elaborar propostas de ajustes, soluções e recomendações de ações preventivas ou saneadoras de situações observadas nesses casos; monitorar a evolução das obras e previsão da entrada em operação de projetos importantes de gás natural; monitorar o atendimento às recomendações e determinações legais e dispostas em resoluções do CNPE; acompanhar a agenda regulatória da ANP A relação com a ANP A expectativa no governo é que o CMSGN possa atuar no enforcement da regulação da agência, inclusive recomendando a priorização da ordem de execução dos temas a serem regulamentados pela ANP. De acordo com o relatório técnico do Gás para Empregar, um dos resultados esperados com o Comitê seria a elaboração de procedimentos transitórios e auxiliares na implementação das medidas de curto prazo a serem adotadas pela diretoria do regulador. Como funcionará o CMSGN? O CMSGN será composto por membros do Ministério de Minas e Energia, da ANP e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Também poderão ser convidados a participar das reuniões do CMSGN, mas sem direito a voto, representantes de órgãos da administração federal, estadual e municipal, e de entidades públicas e privadas, bem como técnicos do setor de gás natural. O ministro de Minas e Energia presidirá o órgão e terá direito a voto de qualidade em casos de empate nas deliberações. A proposta é que o CMSGN se reúna de forma ordinária uma vez por mês e, em caráter extraordinário, sempre que convocado por seu presidente. O CMSGN poderá instituir comitês técnicos para a realização de estudos específicos.

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Por que o gás natural está de volta aos postos?

Os carros a gás natural (GNV) estão ressurgindo no mercado automotivo em 2024 como uma alternativa econômica e ambientalmente amigável aos combustíveis tradicionais. Apesar de não serem uma novidade, esses veículos estão ganhando nova popularidade devido aos avanços na tecnologia de combustíveis alternativos e à crescente preocupação com o meio ambiente. O GNV oferece uma série de vantagens, incluindo menor custo de operação e redução significativa das emissões de poluentes. Com a ampliação da rede de postos de abastecimento e incentivos governamentais, os carros a gás natural estão se tornando uma opção atraente para consumidores que buscam economia e sustentabilidade. A seguir, exploramos as razões pelas quais esses veículos estão voltando ao mercado em 2024. Confira os benefícios que estão impulsionando o retorno dos carros a GNV: Economia de combustível: O GNV é significativamente mais barato que a gasolina e o diesel, resultando em economia para o consumidor. Redução de emissões: O gás natural emite menos poluentes em comparação com combustíveis fósseis tradicionais, contribuindo para a melhora da qualidade do ar. Tecnologia avançada: Novos sistemas de conversão e motores mais eficientes estão tornando os carros a GNV mais competitivos em termos de desempenho. Incentivos fiscais: Em muitos países, há incentivos para a compra e conversão de veículos para GNV, reduzindo o custo inicial. Maior autonomia: Os carros a gás natural podem ser equipados com tanques adicionais, permitindo maior autonomia sem a necessidade de reabastecimentos frequentes. Por que os Carros a Gás Natural Estão Ganhando Popularidade em 2024? O retorno dos carros a gás natural em 2024 não é apenas uma tendência passageira. Esse fenômeno está diretamente relacionado ao aumento da conscientização sobre a importância de reduzir a pegada de carbono e mitigar as mudanças climáticas. Com avanços tecnológicos significativos, os veículos a GNV são agora mais eficientes e oferecem melhor desempenho, tornando-se uma opção viável para muitos motoristas. Além disso, muitos governos estão oferecendo incentivos financeiros para a compra e conversão de veículos para GNV, o que reduz o custo inicial para os consumidores. Esta combinação de fatores econômicos e ambientais faz com que o GNV seja uma escolha atrativa para quem busca alternativas sustentáveis. Quais São os Desafios na Adoção de Carros a Gás Natural? Embora os carros a gás natural ofereçam muitos benefícios, eles também enfrentam desafios que precisam ser superados. Um dos principais desafios é a necessidade de uma rede de abastecimento mais ampla. No entanto, com o aumento do interesse por combustíveis alternativos, essas barreiras estão sendo gradualmente superadas. Outro ponto a considerar é o custo da conversão de veículos para GNV. Embora existam incentivos que ajudem a mitigar esses custos, o investimento inicial ainda pode ser um obstáculo para alguns consumidores. Contudo, o retorno financeiro a longo prazo e os benefícios ambientais fazem dessa adaptação uma escolha sensata para muitos. Como Funciona a Conversão para GNV? A conversão de um carro para gás natural envolve a instalação de um kit específico que permite ao veículo utilizar GNV como combustível. Esse processo é realizado por profissionais qualificados e envolve a montagem de cilindros de armazenamento de gás, válvulas e outros componentes necessários para a operação segura do sistema. Confira os passos para a conversão de um veículo para GNV: Avaliação do veículo: Um profissional verifica se o carro é adequado para a conversão. Instalação do kit GNV: O kit é instalado, incluindo cilindros de gás, reguladores e outros componentes. Teste e calibração: Após a instalação, o sistema é testado e calibrado para garantir o funcionamento correto. Certificação: O veículo convertido passa por uma inspeção e recebe uma certificação de segurança. O Futuro dos Carros a GNV Em 2024, os carros a gás natural estão voltando ao mercado como uma opção viável para consumidores que buscam economia e sustentabilidade. Com as melhorias na tecnologia e o aumento da infraestrutura de abastecimento, o GNV está se consolidando como uma alternativa atrativa aos combustíveis tradicionais. À medida que a sociedade avança em direção a um futuro mais sustentável, espera-se que a adoção de carros a gás natural continue a crescer. Conjuntamente com outras formas de energia limpa, o GNV desempenha um papel crucial na evolução do transporte sustentável, promovendo um ambiente mais limpo e saudável para todos.

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PIB deve mostrar aceleração da economia no 2º trimestre, estimam economistas

Os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre, que serão divulgados na próxima terça-feira (3), devem mostrar aceleração do crescimento da economia brasileira. A maioria das projeções aponta expansão em torno de 1%, na comparação com os três meses anteriores, acima do crescimento de 0,8% do primeiro trimestre do ano. Será um resultado puxado novamente pela demanda interna, que cresceu acima da capacidade produtiva do país e puxou um forte aumento de importações. Tal resultado também gera questionamentos sobre a sustentabilidade desse ritmo de crescimento, impulsionado pelo aumento da renda em função de um mercado de trabalho forte e de transferências governamentais. As previsões de um resultado mais fraco ou até negativo por causa do impacto das chuvas no Rio Grande do Sul na economia não se confirmaram. Em parte, devido às ações para recuperação do estado. São esperados números positivos para indústria, construção civil e setor de serviços, impulsionados pelo aumento do consumo e dos investimentos. Como os economistas têm subestimado o desempenho da economia brasileira nos últimos anos, muitos são cautelosos ao falar na desaceleração esperada para o segundo semestre de 2024. A expectativa é fechar o ano com crescimento próximo de 2,5%, não muito distante dos cerca de 3% registrados nos últimos dois anos. Em janeiro, as projeções estavam na casa de 1,5%. Rafaela Vitória, economista-chefe do banco Inter, afirma que o resultado do trimestre reflete fatores positivos, como a recuperação mais rápida do Rio Grande do Sul e o bom desempenho do investimento privado e das indústrias de transformação e da construção civil. Também traz questões que preocupam, como um consumo que cresce acima do potencial. "A gente tem um consumo muito aquecido, o que hoje é uma preocupação, e parte desse crescimento foi estimulado por gastos e transferências do governo", afirma Vitória. Ela avalia que a economia continuará em expansão nos próximos trimestres, mas não no mesmo ritmo, e projeta crescimento de 1% no segundo trimestre e 2,5% no acumulado de 2024. Gabriel Fongaro, economista sênior do Julius Baer Brasil, afirma que o que explica a dinâmica recente da economia é uma demanda interna bastante aquecida e que boa parte da surpresa do crescimento está relacionada a uma política fiscal mais expansionista. Ele avalia que os números do PIB e do mercado de trabalho mostram uma situação que não é compatível com a produtividade do país e um ritmo que não pode ser mantido sem que isso respingue na inflação. "O mercado de trabalho como está hoje não é sustentável. Seria ótimo se o Brasil conseguisse crescer a esse ritmo sem gerar inflação, mas não é o caso", afirma Fongaro, que projeta crescimento de 0,9% no trimestre e 2,5% no acumulado de 2024. Felipe Sichel, economista-chefe da Porto Asset, afirma que os dados do trimestre vão mostrar uma expansão fiscal relevante do setor público, com uma economia aquecida, mesmo diante de uma taxa de juros que segue elevada. Ele projeta crescimento de 1,1% no trimestre e 2,5% no acumulado de 2024. Segundo Sichel, o resultado acima do esperando no início do trimestre sugere também mais pressão inflacionária do que se estimava. "Isso altera a equação para o Banco Central, tanto que a gente revisou a expectativa para a taxa Selic e vê agora um ciclo de ajuste da política monetária para cima. Em parte, baseado também nessa atividade muito mais resiliente." O economista-chefe da Brasilprev, Robson Pereira, afirma que o ponto mais importante para explicar o desempenho do trimestre não é a surpresa em relação ao Rio Grande do Sul, mas questões macroeconômicas como um mercado de trabalho bastante aquecido, o aumento da renda e a expansão do crédito. Ele projeta crescimento de 0,75% no trimestre e 2,2% ano ano, mas coloca um viés de alta nas previsões, apesar da expectativa de um desempenho mais fraco no segundo semestre. "Enxergamos dois principais vetores de desaceleração do PIB ao longo dos próximos trimestres. Um deles é a política monetária contracionista. O segundo vetor é que se espera alguma desaceleração no impulso fiscal."

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