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Biodiesel deve crescer 27% em 2024 e aumentar perdas da soja

A indústria do biodiesel deve registrar um avanço de 26,92% em 2024, aliviando parcialmente a contração de 5,77% projetada para o PIB (Produto Interno Bruto) da cadeia de soja, que pode somar R$ 521,3 bilhões neste ano. O dado foi divulgado nesta terça-feira (29) pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). A quebra da safra de soja emdash; que afeta diretamente o biodiesel emdash; causada por problemas climáticos, resultou em uma retração estimada de 13,15% na produção em 2024, prejudicando principalmente os agrosserviços (-4,70%) e o mercado de trabalho. A cadeia perdeu 4% dos postos de trabalho no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023, gerando emprego para 2,24 milhões de pessoas. Somente a agroindústria (+17,06%) e o setor de insumos (+1,92%) apresentaram aumento nas contrações. Os preços na cadeia seguirão pressionados. O estudo, de acordo com o eldquo;IstoÉerdquo;, aponta uma queda de 17,1% nos preços em 2024, implicando uma redução de 21,88% na renda real. No segundo trimestre, em relação ao mesmo período em 2023, houve queda de 16,83% para a soja em grão, 8,09% para o óleo e 21,38% para a soja em grão. PIB da soja e do biodiesel cresce 21% em 2023 O PIB total da cadeia da soja e do biodiesel cresceu 21% em 2023 frente ao ano anterior, conforme levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Os dados indicam que o expressivo avanço anual se deve a elevações do PIB de todos os segmentos da cadeia, com destaque para a soja dentro da porteira. Entre 2022 e 2023, os crescimentos do PIB foram de 6,24% para insumos; 39,2% para a soja; 6,82% para a agroindústria; e 16,58% para os agrosserviços. No entanto, a renda real em 2023 caiu 5,34% frente a 2022, devido ao comportamento de queda nos preços. De todo modo, a cadeia produtiva manteve sua elevada dimensão econômica, e agregou PIB expressivo de R$ 635,9 bilhões em 2023, representando 23,2% do PIB do agronegócio e 5,9% do PIB brasileiro.

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Petróleo recua após notícias sobre negociações para encerrar a guerra no Líbano

Os preços do petróleo fecharam com leve queda nesta terça-feira, que se somou ao recuo de mais de 6% na sessão anterior, após relatos de que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, realizará uma reunião para buscar uma solução diplomática para a guerra no Líbano. Os futuros do petróleo Brent fecharam com queda de 0,30 dólar, ou 0,4%, a 71,12 dólares o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos caiu 0,17 dólar, ou 0,3%, a 67,21 dólares o barril. Os dois contratos de referência ganharam mais de 1 dólar o barril no início da sessão. Ambos os contratos caíram na segunda-feira para seus níveis mais baixos desde 1º de outubro, após o ataque retaliatório de Israel ao Irã no fim de semana ter contornado a infraestrutura de petróleo de Teerã. Netanyahu realizará uma reunião nesta terça-feira à noite com ministros israelenses e chefes das forças armadas e da comunidade de inteligência do país sobre negociações para uma solução diplomática para a guerra no Líbano, disse o repórter do Axios, Barak Ravid, no X, citando duas fontes. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, disse na segunda-feira que o Irã "usará todas as ferramentas disponíveis" para responder ao ataque israelense no fim de semana. Enquanto isso, a queda na demanda por petróleo da China, o maior importador de petróleo do mundo, continua sendo um obstáculo ao consumo e aos preços globais do petróleo. (Reuters)

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Grupo SADA transforma frota de caminhões a diesel para gás

O Grupo SADA, que atua no transporte e logística de veículos 0-km, converteu seis unidades dos caminhões diesel da frota para o uso do gás natural veicular (GNV). Conforme a companhia, a iniciativa faz parte do compromisso com a sustentabilidade, já que vai reduzir as emissões de dióxido de carbono (COe#8322;) nas operações. Seja como for, para essa transformação, a empresa de transporte investiu R$ 7 milhões. O que incluiu o retrofit dos sistemas de alimentação, motor e câmbio. Assim como dos sistemas de exaustão e eletroeletrônicos. Resultando em um novo sistema motriz. Nesse sentido, vale ressaltar que os seis caminhões são Iveco Cursor. Com idade média de 11 anos. Portanto, outra vantagem é o novo ciclo de vida do ativo dos modelos. "A indústria de transportes tem um papel fundamental no desafio global de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. E a transição para o GNV é uma etapa importante para reduzirmos nossa pegada de carbono, ao mesmo tempo que garantimos operações eficientes e seguras", explica o diretor de operações e negócios do Grupo SADA, Ricardo Ramos. O uso do caminhão a gás De acordo com o Grupo SADA, a operação com os caminhões movidos a GNV pode reduzir, em média, 20% as emissões de COe#8322; em comparação aos motores a diesel. Além disso, vai emitir quantidades significativamente menores de poluentes atmosféricos como óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado. "Essa mudança também prepara nossa empresa para o futuro. Acreditamos que a adoção de tecnologias sustentáveis é essencial para garantir a competitividade em um mercado que valoriza a responsabilidade socioambientalerdquo;, diz o executivo. Seja como for, até o final do primeiro trimestre de 2025, a frota de caminhões a gás da SADA passará dos atuais seis para 31. eldquo;Esse movimento de transformação, fará com que a companhia, sozinha, represente cerca de 25% de market share da frota de caminhões GNV circulante no Paíserdquo;, diz Ramos. Operação GNV já foi testada pela SADA O Diretor Comercial do Grupo SADA, Marcelo Loureiro, destaca que o investimento na frota GNV faz parte de um alinhamento estratégico com a cadeia automotiva. eldquo;Trouxemos os primeiros investimentos para apoiar o transporte entre as plantas da GM e Stellantis. E em nossos pátios em São Bernardo do Campo (SP) e Betim (MG), respectivamenteerdquo;. Nesse sentido, os caminhões vão rodar por rotas de até médias distâncias. Ou seja, com autonomia de até 340 km. Para isso, cada caminhão está equipado com oito cilindros de gás. A empresa de transporte realizou testes com as frotas percorrendo quilometragens similares. E comparando os caminhões utilizando diesel e GNV. O que comprovou que a meta de redução de emissões está sendo cumprida. eldquo;Comparamos as emissões de CO2 em equipamentos utilizando diesel S10, S500 e GNV. Ao final desses testes iniciais, os caminhões GNV apresentaram um resultado próximo à média de mercado. Ou seja, redução de 15% de CO2erdquo;, diz Loureiro.

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Produção de petróleo da Petrobras (PETR4) deve crescer em 2025, diz CEO

A produção de petróleo da Petrobras (PETR4) tem uma tendência de crescimento em 2025 com a entrada em operação de plataformas relevantes já a partir deste ano, disse nesta terça-feira a presidente da petroleira, Magda Chambriard, durante evento no Rio de Janeiro. A executiva citou as capacidades dos FPSOs Almirante Tamandaré, com 225 mil barris/dia (bpd), no campo de Búzios, Duque de Caxias (180 mil bpd, em Mero) e Maria Quitéria (100 mil bpd, em Jubarte), como impulsos para a produção da empresa em 2025. As três unidades podem proporcionar até 2026 um pico de produção de 500 mil bpd. eldquo;Quando a gente bota algo capaz de produzir 500 mil, a gente está mitigando declínio natural de campos e entrando em elsquo;ramp upe#39;erdquo;, disse ela a jornalistas após evento. Por outro lado, a Petrobras lida com o declínio natural de outros campos, o que dificulta projeções do aumento líquido do bombeamento de petróleo. eldquo;Com certeza, vamos aumentar a produção, mas não sabemos quanto. Mas estamos aqui pra isso (aumentar a produção)erdquo;, adicionou Chambriard. Pelo plano de negócios divulgado ao final do ano passado, que deve ser atualizado ao final de novembro, a produção em 2025 ficaria praticamente estável em relação a 2024. A Petrobras projetou no plano 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) de petróleo e gás natural em 2024, podendo variar 4% para cima ou para baixo. O centro da meta configuraria praticamente uma estabilidade ante o volume produzido em 2023, de 2,78 milhões de boed. Já a produção de petróleo é estimada em 2,2 milhões de bpd em 2024, mesmo nível esperado para 2025. Na véspera, a estatal divulgou que sua produção de petróleo no Brasil caiu 8,2% entre julho e setembro ante igual período do ano passado, em meio a paradas para manutenção e declínio em campos maduros. A Petrobras produziu média de 2,13 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no terceiro trimestre. A presidente da Petrobras atribuiu ao declínio dos campos produtores maduros, principalmente, a redução na produção no terceiro trimestre de 2024. No mesmo evento, a diretora de Exploração e Produção, Sylvia dos Anjos, apontou que a queda média provocada pelas paradas programadas chegou a 144 mil barris ao dia. eldquo;Como a gente quer uma empresa para muito tempo, não vamos abrir mão das paradas programadas, grande parte tem pré-salerdquo;, explicou ela, lembrando da importância das manutenções. As executivas disseram que a estatal fará esforços para revitalizar campos da Bacia de Campos, no Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o fator de recuperação na bacia está em 17%, e a meta é elevar esse patamar para até 35%. (Reuters)

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Investimentos impulsionam produção de combustíveis verdes no Rio Grande do Sul

Em posição singular na transição energética a partir da agricultura, o Brasil se revela mundialmente como grande protagonista da produção de biocombustíveis. Na receita, dois dos principais ingredientes, capacidade industrial instalada e oferta de matéria-prima, agora se juntam a um terceiro, o marco legal do Combustível do Futuro, que tende a elevar a fabricação brasileira a outro patamar, segundo especialistas. Dividindo liderança com o Centro-Oeste, o Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores nacionais de biodiesel feito de soja e avança para buscar terreno também na produção de etanol a partir de cereais de inverno, como trigo e triticale. Os investimentos no setor são bilionários no RS e se concretizam no número de plantas industriais implementadas nos últimos anos. Além das linhas já em operação na metade Norte, há projetos em andamento para fábrica de etanol em Santiago, na região Central, e novas unidades na região de Passo Fundo, ampliando a produção. Chefe de pesquisa e desenvolvimento na Embrapa Agroenergia, Bruno Laviola lembra que a ciência tem papel fundamental no desenvolvimento de cultivares com aptidão energética e destaca que o novo marco legal, que amplia os percentuais de mistura dos biocombustíveis aos combustíveis fósseis, tende a consolidar o Brasil como referência mundial em descarbonização e mitigação de emissões. emdash; Desde que se criou o Pro-Álcool, essa é a política pública mais importante que nós temos no Brasil voltada a descarbonização, mudanças climáticas, e que realmente vai trazer um impacto muito relevante no desenvolvimento do setor de biocombustíveis, com impacto muito positivo também na agricultura. Mostra para o mundo que nós podemos produzir mais alimentos, mais energia e de forma sustentável emdash; diz Laviola. O que são biocombustíveis? Os biocombustíveis são aqueles produzidos a partir de matérias-primas vegetais ou orgânicas, podendo substituir ou complementar o uso de combustíveis fósseis, como o petróleo. A maior motivação para seu uso é o potencial de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Atualmente, o etanol e o biodiesel são os principais biocombustíveis utilizados pela matriz brasileira. Biogás, biomassa e biometano são outros exemplos de produtos já desenvolvidos. Puxando os investimentos mais agressivos da participação gaúcha no segmento, a Be8 (antiga BSBios), de Passo Fundo, lidera o mercado nacional de biodiesel processado a partir da soja e projeta expansão para a produção de etanol. Prevista para operar a partir de 2025, uma nova usina da companhia vai produzir até 220 milhões de litros de combustível fabricado com trigo e triticale. Além da solução energética, a produção traz outro fôlego para a agricultura, do grande negócio à agricultura familiar: emdash; O combustível do futuro traz uma grande oportunidade para o setor agrícola, porque é dali que vem a matéria-prima. Então, um dos setores mais beneficiados com essa política pública, sem dúvida, é o agronegócio emdash; diz o presidente da Be8, Erasmo Battistella. Entre os investimentos mais recentes, a fabricante está finalizando a primeira unidade do BeVant, combustível desenvolvido pela Be8 e chamado pela companhia de eldquo;diesel verde brasileiroerdquo;. O produto deve estar disponível no mercado a partir de novembro. Seu diferencial é poder ser utilizado imediatamente nos motores, sem necessidade de mistura, substituindo totalmente o diesel fóssil. Utilizado em larga escala, o biocombustível pode ter papel central nas estratégias sustentáveis das empresas que adotarem o compromisso com a redução das emissões na frota brasileira. A companhia também possui projeto avançado para produção de SAF (o combustível sustentável de aviação) no Paraguai. Com o novo marco legal dos combustíveis, abre-se a possibilidade de incluir o mercado brasileiro na rota dos investimentos sustentáveis para aviação, diz Battistella. Secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo menciona a importância dos biocombustíveis na reconstrução do Estado após a catástrofe climática. Além do escopo que confere à indústria, vira mais uma alternativa para a produção agrícola, sobretudo para a produção em duas safras, no inverno e no verão. Segundo Polo, há intenção por parte do Piratini para que o biocombustível gaúcho seja cada vez mais inserido nos programas de incentivo que priorizam a economia verde: emdash; É um setor importante, conectado com a pauta da sustentabilidade. O Estado tem capacidade industrial instalada, tem a matéria-prima, então o esforço vai ser na maior intensidade e o próprio governador nos orientou a caminhar nessa direção. Principais produtos e suas matérias-primas Biodiesel: processado em larga escala a partir da soja e da gordura animal, o biodiesel também pode ser fabricado a partir de outras fontes como o óleo palma, a canola e o girassol. A diversidade de matérias-primas para este fim é uma das vantagens competitivas do Brasil para atender às demandas energéticas de um país continental. Atualmente, 14% do diesel é composto por biodiesel, com aumentos gradativos da mistura já previstos nos próximos anos pela Lei do Combustível do Futuro. Etanol: fabricado principalmente a partir da cana-de-açúcar e responsável por puxar o movimento de transição energética brasileira, o etanol vive fase de expansão com o processamento de novas matérias-primas, como o milho. No Rio Grande do Sul, os cereais como trigo e triticale despontam como novas opções produtivas. Além de ser viável como combustível puro, o etanol pode compor a gasolina em teor até 27,5%. SAF: alternativa ao querosene e aposta para a descarbonização da malha aérea, o SAF, ou combustível sustentável de aviação, pode ser produzido a partir de diferentes matérias-primas. Entre elas, biomassa, óleos vegetais, resíduos agrícolas, gordura animal e óleo reciclado. No RS, a Refinaria Riograndense é pioneira em projetos para SAF e diesel renovável.

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Reforma tributária: Senado discute regulamentação com desafio de evitar novo aumento na alíquota

Depois de ter sido aprovado em meados de julho na Câmara, o Senado vai começar a discutir nesta terça-feira, 29, o projeto de lei que regulamenta a reforma tributária. Entre senadores, há a certeza de que haverá mudanças no texto, mas o entendimento do relator da proposta, Eduardo Braga (MDB-AM), é de que há menor margem de manobra para mudanças na Casa, já que a versão final da proposta caberá à Câmara dos Deputados, com possibilidade também de vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso, Braga tem dito que será preciso negociar com lideranças da Câmara e do Executivo, antes que os senadores aprovem modificações no texto em plenário. Entre os principais desafios do relator, segundo tributaristas, é impedir que novos setores e produtos consigam entrar em regimes com alíquotas reduzidas, para evitar um aumento da chamada eldquo;alíquota padrão do impostoerdquo;. eldquo;Temos de buscar o consenso com a Câmara previamente, sob a pena de que as medidas não sejam acolhidas pela Câmara e nem sequer cheguem ao Executivoerdquo;, afirmou o relator durante apresentação do plano de trabalho de tramitação, na última semana. Pelo calendário de Braga, haverá 11 audiências públicas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, até o dia 14 de novembro. Nesta terça, ele vai receber o secretário especial para Reforma Tributária, Bernard Appy, além do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e outros especialistas no tema. Ao término das audiências, Braga ainda pediu tempo para escrever o seu relatório e abrir as negociações com senadores, deputados e integrantes do Ministério da Fazenda. Ele afirmou, contudo, que o objetivo é aprovar o texto ainda em 2024. eldquo;Já temos 1.461 emendas ao texto, contra 898 emendas que foram apresentadas na tramitação da PEC. São mais de 500 adicionais. A regulamentação decide os detalhes, e por isso tem um debate maior no setor produtivoerdquo;, afirmou. Segundo Braga, dificilmente as carnes serão excluídas da cesta básica que tem alíquota zero, depois da inclusão feita pela Câmara. Segundo ele, não há eldquo;clima políticoerdquo; para a mudança, ainda que ela tenha tido forte impacto sobre a alíquota padrão do novo imposto imposto. eldquo;Foi decisão política que a Câmara tomou (incluir as carnes). Não vejo viabilidade política para que isso seja alterado pelo Congresso Nacionalerdquo;, afirmou. Com a inclusão da carne, cálculos preliminares do Ministério da Fazenda apontam que a alíquota do IVA chegará a 28%. Esse item, sozinho, elevou o IVA em 0,56 ponto porcentual. Se confirmada, será a maior cobrança do mundo, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Atualmente, o ranking global é liderado pela Hungria, que tem uma taxação de 27%. Setores se mobilizam Na visão do advogado tributarista Eduardo Fleury, doutor em Ciência da Tributação pela Universidade da Flórida (EUA), com especialização em Imposto sobre Valor Agregado (IVA), as alterações feitas pela Câmara sanaram vários problemas no texto, e por isso, há menos margem de manobra para mudanças no Senado. eldquo;Acho que vai ser menos problemático no Senado. Teve muita disputa na Câmara, eles conseguiram muita coisa e quem não conseguiu pode ficar tentando, só que por outro lado eles viram que o espaço para concessões agora é menor, fica muito difícilerdquo;, afirmou. Para a advogada e Pesquisadora do Núcleo de Estudos Fiscais (NEF), da FGV Direito de São Paulo, Lina Santin, há vários setores se mobilizando por mudanças. Entre eles, a construção civil, que alega que haverá forte aumento de carga, além da aviação internacional, que hoje é desonerada e passará a ter incidência de impostos, além de alguns tipos de medicamentos que não entraram na lista de alíquota zero, entre outros. eldquo;Como o Senado ficou de casa revisora, já que o projeto de lei começou a tramitar pela Câmara, há uma restrição maior para mudanças. Ainda assim, isso não condiz muito com a intenção dos senadores. Na PEC, a experiência que a gente teve é que o Senado conseguiu mudar muito o texto, e mesmo assim as mudanças foram acatadas na Câmaraerdquo;, disse. Entenda a tramitação A emenda constitucional que muda o sistema de tributação do País foi aprovada no ano passado por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), mas ainda é preciso passar a regulamentação do projeto, por meio de duas leis complementares. A primeira lei, que está sob análise do Senado, já foi aprovada na Câmara, e trata da espinha dorsal do IVA, que será dividido em dois impostos. Um se chamará Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com incidência federal, e o outro se chamará Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que tem caráter estadual e municipal. O segundo projeto de lei ainda está em análise na Câmara e institui o Comitê Gestor do IBS e trata da distribuição das receitas para Estados e municípios e também estabelece regras do imposto sobre herança e transmissão de imóveis.

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