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Biodiesel: diretora do IBP propõe medida que pode atrasar aumento de mistura ao diesel

A diretora do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Ana Mandelli, defendeu na última quinta-feira (31), que a fase de testes do aumento do percentual do biodiesel no diesel seja feita considerando as condicionantes de diferentes regiões brasileiras. Na prática, seriam realizados inúmeros testes, o que poderia atrasar a regulamentação do mandato obrigatório na mistura do biocombustível, segundo interlocutores do setor. O presidente Lula sancionou a lei eldquo;combustíveis do futuroerdquo; no início de outubro. O texto trata de uma série de iniciativas, incluindo determinações sobre o aumento da mistura de biodiesel ao diesel. A partir de 2025 será acrescentado 1 percentual de mistura por ano, até atingir 20% em março de 2030. Desde março de 2024 o biodiesel passou a ser misturado ao diesel de origem fóssil no percentual de 14%. Viabilidade do biodiesel O Ministério de Minas e Energia (MME) e agentes do setor discutem agora a fase de testes de viabilidade técnica e econômica das mudanças. Estudos sobre aspectos sociais também poderão ser elaborados, como o impacto da produção de biocombustíveis nas comunidades locais. eldquo;Já temos exemplos de montadoras que já aprovaram teores mais altos, mas estamos discutindo aqui colocar teores mais altos do biodiesel no diesel do Oiapoque ao Chuí. Temos que efetivamente refletir nesses testes o que o consumidor vai receber nas diferentes regiões do país, que é tão grandeerdquo;, declarou Ana.

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Petróleo fecha em alta moderada após avanço do dólar atenuar ímpeto com Oriente Médio

O petróleo fechou em alta pela terceira sessão seguida, sustentado por renovada tensão geopolítica no Oriente Médio, ainda que tenha perdido força no fim da sessão por conta do avanço do dólar no mercado internacional. O saldo semanal foi negativo, pressionado pelo recuo de mais de 6% na segunda-feira. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,33% (US$ 0,23), a US$ 69,49 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,39% (US$ 0,29), a US$ 73,10 o barril. Na semana, recuaram 3,19% e 3,35%, respectivamente. O petróleo alcançou três sessões seguidas de ganhos hoje, após relatos de que o Irã prepara um ataque retaliatório contra Israel nos próximos dias. O movimento ocorreu depois da commodity recuar mais de 6% na segunda-feira, após um ataque israelense poupar instalações petrolíferas iranianas. "Os aumentos e diminuições do apetite por conta do risco geopolítico mantêm o mercado instável, ampliando a dificuldade de manter uma posição no ativoerdquo;, dizem analistas da Ritterbusch. Embora a perspectiva ainda seja de baixa, eldquo;dado o último pico de preço, um novo teste da próxima resistência do WTI no nível de US$ 72 não pode ser descartadoerdquo;, acrescenta a empresa. A commodity reduziu ganhos no fim do dia, enquanto o dólar subia ante principais pares. Investidores analisavam dados de atividade e se preparavam para a eleição presidencial dos Estados Unidos. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Brasil pode virar importador de petróleo em dez anos se não encontrar novas reservas

O Brasil vive um momento de incerteza em relação ao futuro da produção de petróleo, que depende fundamentalmente de novas reservas e do aumento do fator de recuperação de campos maduros. Especialistas alertam que, sem novas descobertas nos últimos anos no pré-sal - hoje responsável por 81% da produção brasileira da commodity -, o Brasil corre o risco de se tornar importador já na próxima década. Esse é o cenário provável sobretudo se o País não conseguir explorar as bacias da Margem Equatorial, no Norte e Nordeste, ou de Pelotas, no Sul. Atualmente o Brasil produz 3,47 milhões de barris de petróleo por dia, ou 1,2 bilhão de barris por ano, com reservas provadas de 15,9 bilhões de barris. Nesse ritmo, o petróleo nacional acabaria em 2035. Mesmo que fossem confirmadas as reservas prováveis e possíveis (que ainda dependem de testes), de 27 bilhões de barris, teria mais 10 anos de produção e terminaria em 2045. No ano passado, apenas seis poços foram perfurados no litoral brasileiro, mesmo número de 2024, até o momento. Para o pesquisador e professor do Instituto de Energia da PUC-Rio, Edmar Almeida, não existe outra opção a não ser a exploração da bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, onde existe chance de se encontrar reservatórios gigantes a exemplo dos vizinhos da região, Guiana e Suriname. Já o eldquo;espelhoerdquo; da bacia de Pelotas é a Namíbia, na África, onde estão sendo descobertos reservatórios bem menores, a própria Petrobras já indicou que a região Sul ficará para uma exploração posterior à do Norte do País. Ele observa que, até o fim desta década, serão instaladas mais 17 plataformas no Brasil, mas a falta de exploração e de novas descobertas, mantida a produção atual ou aumentando-a, esgotará em pouco mais de uma década todo o petróleo conhecido atualmente. eldquo;Não tem opção. Já faz algum tempo que não tem nova descoberta no pré-sal e as empresas têm devolvido blocos. Estamos aumentando muito a produção e as reservas atuais não vão conseguir sustentar essa produçãoerdquo;, alerta. Negativa do Ibama Um parecer de técnicos do Ibama divulgado na terça-feira, 29, no entanto, apontou para uma nova negativa da licença ambiental para a perfuração de um poço da Petrobras na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, situado a mais de 500 quilômetros da costa. Mesmo assim, o presidente da autarquia ambiental, Rodrigo Agostinho, voltou a pedir maiores esclarecimentos à estatal, antes de indeferir o pedido definitivamente. Na quinta-feira, 31, no primeiro comentário de um executivo do alto escalão da Petrobras sobre o tema após o surgimento do parecer, a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, afirmou estar eldquo;muito otimistaerdquo; e disse acreditar que não vai demorar muito mais tempo para a estatal obter a licença. Em evento no Rio de Janeiro, Anjos disse que a Petrobras vai insistir na Margem Equatorial porque já cumpriu várias etapas do processo de exploração e porque acredita no potencial da província petrolífera. Além disso, lembrou que a produção do petróleo brasileiro emite cerca da metade de gases do efeito estufa que a média mundial e advertiu que, se o País tiver de voltar a importar petróleo à frente, vai trazer um produto mais poluente do exterior. eldquo;Por isso, produzir petróleo no Brasil é bom negócioerdquo;, defendeu, sob a lógica ambiental. O consultor e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Eberaldo Almeida, enxerga um componente ideológico muito forte na posição dos técnicos do Ibama. Eles estariam dificultando um rito técnico e usando de eldquo;filigranas burocráticaserdquo; para inviabilizar a licença e servir a uma leitura de que a produção de petróleo no mundo tem de acabar. eldquo;O que está acontecendo nessa história é uma maldade grande com o País e principalmente com a região Norte, que fica alijada dos recursos especiais do petróleo, que poderiam gerar desenvolvimento e proteger efetivamente a florestaerdquo;, diz o especialista. eldquo;Não há fundamento científico para o que está sendo feito, a negativa de uma licença para uma operação de exploração segura a mais de 500 quilômetros do litoral, que apesar do nome geológico de Bacia da Foz do Amazonas, pouco tem a ver com a floresta e seus rios efetivamente.erdquo; O especialista lembra que, se o Brasil parar de produzir petróleo, invariavelmente vai ter de importar um produto de origem comprometida. eldquo;Hoje, no mundo, dos 18 países que exportam volume de petróleo significativo, 14 são autocracias. Só estão fora desse grupo a Noruega, com produção declinante, o Canadá, o Brasil e o Méxicoerdquo;, afirma. eldquo;Se parar de produzir, o Brasil vai ter de importar petróleo mais poluente e de regimes como os da Rússia, Arábia Saudita, Kuwait e outros. É isso o que se quer?erdquo; questiona. Para Eberaldo, uma saída positiva e eficaz para esse imbróglio seria vincular os leilões de área nas cinco bacias da Margem Equatorial a projetos socioambientais na Amazônia, para além dos pagamentos tradicionais à União. eldquo;Já se vê declínio no pré-salerdquo;, diz Edmar Almeida, lembrando que o declínio natural dos campos de petróleo é de cerca de 10% ao ano. eldquo;Basicamente, se o País decidir não aproveitar os recursos da Margem Equatorial, outro país vai produzir e exportar para o Brasil um petróleo com mais emissões de COe#8322;eamp;Prime;, diz, repetindo o argumento de Anjos e ressaltando a incoerência da demora da licença, já que a Petrobras explora e produz no mar do Sudeste perto de adensamentos demográficos bem maiores, além de manter vasta operação na base de Urucu, encravada na floresta amazônica. eldquo;Qual é a diferença da Margem Equatorial e da Ilha Grande (RJ)?erdquo;, questiona. Negociações em andamento Segundo pessoas próximas à Petrobras, que falaram sob condição de anonimato, a estatal continua negociando com o órgão ambiental o aval para explorar a Margem Equatorial. O Estadão/Broadcast apurou que a expectativa é que a licença seja concedida após a reunião do G-20 no País, prevista para o mês que vem. Além disso, a estatal quer aumentar o fator de recuperação de campos maduros, principalmente na bacia de Campos, que segundo a diretora de Exploração e Produção da companhia, Sylvia Anjos, vai produzir mais 200 mil barris por dia em 2025. No momento, entre os pontos mais sensíveis a serem resolvidos pela Petrobras está a unidade de apoio à fauna, a ser construída em distância razoável para o caso de eventual vazamento - a Petrobras havia construído uma base em Belém, considerada distante. E, também, e a utilização do Aeroporto Municipal de Oiapoque (AP) para as operações, cuja utilização, defende a Petrobras, estaria no limite operacional previsto sem perturbação maior a comunidades indígenas na região, o que os técnicos do Ibama questionam. eldquo;Esse embate (com o Ibama) tem de ser resolvido. Se o Brasil quiser continuar relevante no mercado internacional, vai ter de encontrar uma área expressiva para explorar, como foi o pré-salerdquo;, diz Edmar. eldquo;Mas o debate não está acontecendo de forma correta. Seria saudável se houvesse um debate mais honesto, mais aberto, porque a gente não consegue entender porque o offshore de lá (Margem Equatorial) é diferente do offshore da Ilha Grande.erdquo;

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Em reunião com Lula, Tarcísio diz que setor de combustíveis virou 'problema sério'

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas defendeu que seja dada uma atenção especial para o setor de combustíveis, que vem sendo usado pelo crime organizado para lavar dinheiro. O chefe do Executivo paulista está entre os participantes da reunião promovida pelo governo Lula, nesta quinta-feira (31), para apresentar uma proposta de emenda à Constituição. "Uma coisa que nos preocupa muito é a transposição de ilícito em negócios lícitos. Nós temos um problema sério no setor de combustível", disse. "A gente está vendo a profusão de postos de combustível que estão sendo adquiridos pelo crime organizado, e até usinas de etanol. Se não houver uma atuação conjunta, não chegaremos a lugar nenhum." Clique aqui para continuar a leitura.

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Opep adia aumento de produção em meio à queda dos preços do petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados anunciaram neste domingo que vão adiar o aumento de produção previsto para ocorrer inicialmente em dezembro em um mês. A decisão ocorre em meio à queda dos preços do barril, puxada pelas frágeis perspectivas para a economia global. O anúncio foi feito em um comunicado divulgado no site da Opep. O grupo liderado por Arábia Saudita e Rússia planejava aumentar a produção em 180 mil barris por dia em dezembro, mas optou por manter a oferta no patamar atual para não pressionar ainda mais os preços da commodity. Clique aqui para continuar a leitura.

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Petrobras quer revitalizar Bacia de Campos em meio a incerteza sobre Foz do Amazonas

A Petrobras voltou a colocar a na Bacia de Campos entre as prioridades de investimento enquanto segue na disputa pela exploração da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, segundo reportagem do jornal O Globo. Na avaliação da presidente Magda Chambriard, há possibilidade de extrair da Bacia de Campos a mesma quantidade de petróleo e gás que já foi retirada desde os anos 1970 com a ajuda de novos poços, técnicas de revitalização de poços já explorados e reaproveitamento de plataformas e reutilização de algumas plataformas que estavam a caminho da aposentadoria. Clique aqui para continuar a leitura.

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