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Petróleo fecha em alta de quase 3%, após Opep adiar aumento de produção da commodity

O petróleo fechou em alta de quase 3% nesta segunda-feira, 4, enquanto investidores analisavam a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de adiar os aumentos de produção pelo menos até o início de 2025. O noticiário vindo do Oriente Médio também permanecia no radar. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 2,84% (US$ 1,98), a US$ 71,47 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganhos de 2,70% (US$ 1,98), a US$ 75,08 o barril. A notícia de que a Opep+ concordou em estender os cortes voluntários de produção de 2,2 milhões de barris de petróleo por dia por mais um mês, até o fim de dezembro de 2024, impulsionou os preços da matéria-prima hoje. Durante evento em Abu Dhabi, o secretário-geral da organização, Haitham Al Ghais, disse ainda que a organização está otimista em relação à demanda global pela commodity. Kieran Tompkins, da Capital Economics, espera que a decisão cause impacto marginal no fornecimento de petróleo de 2025, mas afirma que a Opep+ enfrenta uma encruzilhada à frente, na medida em que busca manter os preços altos e recuperar a participação de mercado perdida. A abordagem de adiar a decisão parece insustentável, diz, dado que a organização está presenteando participação de mercado a outros países. eldquo;Isso aumenta as chances de uma mudança ainda maior na política de petróleo, como um cenário de inundação do mercado, mais adiante.erdquo; Investidores também se atentaram ao noticiário vindo Oriente Médio, após relatos de que o Irã está planejando uma resposta complexa aos ataques de Israel, envolvendo ogivas ainda mais poderosas e outras armas. *Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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Etanol ainda é mercado de nicho, mas com grande potencial, dizem executivos

A principal dificuldade para a expansão do biocombustível está em aumentar a escala de produção, já que a demanda existe tanto como combustível quanto na indústria, afirmou Ricardo Mussa, CEO da Raízen. eldquo;Hoje não há disponibilidade suficiente para fazer grandes mudançaserdquo; e para uma ampla adoção do etanol, disse em evento promovido pelo BTG Pactual nesta segunda-feira (4/11). Para Tomás Manzano, CEO da Copersucar, os desafios vão além da questão da escala. Ele mencionou uma eldquo;cesta de riscoserdquo; envolvendo aspectos regulatórios, tecnológicos e o montante de investimentos necessário, destacando a importância de incentivos para reduzir esses riscos e ampliar a produção. Mussa destacou que o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) pode se tornar um dos mandatos mais efetivos a curto prazo, com grande potencial para exportação brasileira. Ele afirmou que o Brasil precisa se posicionar como produtor de SAF. "O Brasil tem que olhar para sua matriz endash; e o Combustível do Futuro ajuda a equacionar isso e tornar a discussão mais palpável endash; para se posicionar como grande hub de exportação de energia, como SAF e energia", afirmou. O executivo defendeu a eletrificação dos processos para gerar um excedente de biomassa voltado à produção e exportação de biocombustíveis, incluindo o SAF. Segundo ele, enviar etanol para produção de combustível de aviação no exterior é uma eldquo;idiotice logísticaerdquo;. Rafael Abud, CEO da FS Fueling Sustainability, apontou que, apesar do crescimento, o mercado de etanol ainda é especializado. eldquo;O etanol ainda é uma gota no oceano frente ao petróleo, então é difícil que se torne uma commodity global, mas será um agente importante de descarbonização.erdquo; Abud acrescentou que cada mercado exige especificidades técnicas, metodológicas e de certificação que podem complicar a comoditização do etanol. eldquo;É difícil tornar o etanol uma commodity global e nem sei se é necessárioerdquo;, comentou Mussa. eldquo;O tamanho do mercado é muito maior do que imaginamos e, às vezes, esse nicho é bom: você vende mais caro e tem prêmio do produto.erdquo; Ele mencionou que, atualmente, o etanol exportado é vendido entre 27% e 30% acima do preço cotado no mercado interno pelo Cepea-Esalq. Para Abud, ainda há o desafio de eldquo;equacionar um gap [diferença] importante de preçoerdquo;. No caso do combustível de aviação, eldquo;há um grande gap entre o fóssil e o renovável, e o desafio é como monetizar a descarbonização deste produtoerdquo;. Manzano acrescentou que, segundo levantamento da Copersucar, produzir a mesma quantidade de emissões no Japão, por exemplo, exigiria de 30% a 40% mais matéria-prima, o que representaria um custo adicional de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões por ano para uma planta média. eldquo;É um momento muito estratégico para o Brasilerdquo;, concluiu.

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Etanol x gasolina: saiba em quais estados cada combustível é mais vantajoso

O etanol é o combustível mais vantajoso economicamente na maior parte do país, com leve queda no preço médio em outubro. A análise foi feita pela empresa de logística e gestão de frotas Ticket Log, em estudo fornecido com exclusividade para o UOL Carros. Considerando o consumo de combustível e o preço, o derivado da cana-de-açúcar é a melhor opção em 15 estados e também no Distrito Federal: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. "O mês de outubro chega ao fim com o preço médio da gasolina em estabilidade e etanol em leve queda no país. No acumulado do mês, o litro da gasolina foi encontrado com média de R$ 6,26, mesmo valor registrado em setembro. Já o etanol foi comercializado por um preço médio de R$ 4,20 no período, após uma redução de 0,71% ante o mês anterior", Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, proprietária da Ticket Log. Variação nos preços Douglas Pina também destaca a diferença de preços entre as cidades com médias mais caras e mais baratas de preço dos dois combustíveis. O menor preço médio do litro do etanol é verificado no município de Meridiano, em São Paulo (R$ 3,44), enquanto a maior média está em Rio Formoso (PE), a R$ 5,55. Em relação à gasolina, o município com o maior preço médio é Tarauaca, no Acre (R$ 7,55), enquanto a cidade gaúcha de Coronel Bicaco tem o valor mais em conta para o litro do derivado do petróleo (R$ 5,50). Para ler esta notícia, clique aqui.

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Distribuição de gasolina grátis para carros vermelhos gera filas em Palhoça

Motoristas formaram uma longa fila no posto Texaco recém-inaugurado em Palhoça, nesta quinta-feira (31), para aproveitar a promoção de gasolina gratuita. A ação celebra o retorno da Texaco ao Brasil e limita a oferta aos veículos de cor vermelha, em referência à identidade visual da marca. A ação chamou atenção por limitar a distribuição de gasolina gratuita a carros vermelhos, oferecendo até 20 litros por veículo. A ideia promove a marca e reforça sua identidade visual no mercado brasileiro. Imagens publicadas nas redes sociais mostraram filas extensas no posto Galo Boca da Serra, no km 05 da BR-282, bairro Bela Vista. Motoristas aguardaram horas para abastecer e aproveitar a ação inédita na região. Após mais de uma década fora do Brasil, a Texaco retorna com a inauguração do posto em Palhoça. A marca, presente no país desde 1915, encerrou suas operações em 2008, mas agora volta para recuperar seu espaço no mercado de combustíveis.

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Confaz publica alíquotas ad rem sobre combustíveis para 2025

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou no Diário Oficial da União (DOU), os Convênios ICMS 125/2024 e 126/2024, que tratam da atualização anual das alíquotas ad rem de combustíveis. A medida entrará em vigor a partir de 1º de fevereiro de 2025, observando-se integralmente o princípio constitucional de anterioridade, conforme estabelecido pelo artigo 150, inciso III, alíneas eldquo;aerdquo; e eldquo;berdquo;, da Constituição Federal. A atualização anual das alíquotas para gasolina, diesel e GLP considerou os preços médios mensais dos combustíveis divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de fevereiro a setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Com a aplicação dessa metodologia, os novos valores para as alíquotas a partir de fevereiro de 2025 serão R$ 1,47/l para a gasolina, R$ 1,12/l para o diesel e R$ 1,39/kg para o GLP. Esses ajustes refletem o compromisso dos Estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária.

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Estudo da UnB sobre os impactos do biodiesel no combustível comercial

Um dos principais pontos de atenção ao setor transportador têm sido as mudanças nas regras do teor do biodiesel de base éster no diesel fóssil. O estudo foi apresentado nas Sessões Técnicas do 14º Congresso Brasileiro de Planejamento Energético (14º CBPE), promovido pela SBPE (Sociedade Brasileira de Planejamento Energético). A participação no Congresso representa que o estudo foi revisado por cientistas e validado pela citada Sociedade. O trabalho, conduzido pela UnB (Universidade de Brasília), revelou que o aumento na proporção de biodiesel no diesel comercial está relacionado a uma série de complicações que afetam diretamente o motor de veículos do ciclo diesel, no que diz respeito a emissões de poluentes e à eficiência energética. Aumento nas emissões de CO2 No estudo, observou-se um aumento significativo nas emissões de CO2 (dióxido de carbono), especialmente quando um motor opera com uma mistura de 20% de biodiesel (B20) endash; proporção que é a meta estabelecida para o combustível em 2030, segundo a legislação do Combustível do Futuro. Os resultados do estudo mostram que, ao se elevar a mistura de biodiesel de 7% para 20%, as emissões específicas de CO2 aumentam consideravelmente, em função da diminuição da potência efetiva do motor. A análise também revelou um aumento significativo nas emissões de NOx (óxido de nitrogênio). Esse gás é extremamente nocivo à saúde humana e ao meio ambiente, pois provoca infecções respiratórias e pode induzir à ocorrência de chuva ácida. Desempenho comprometido A pesquisa também notou uma queda no desempenho dos motores. A partir de uma mistura de biodiesel de 20%, surgem problemas como a formação de resíduos e a contaminação do óleo lubrificante, exigindo maior atenção para a manutenção de peças do motor. Nesse nível de adição, o consumo de combustível também aumenta, enquanto a eficiência do motor é reduzida, resultando em um desempenho inferior ao que seria alcançado com teores inferiores de biodiesel. Os dados indicam que motores com tecnologias antigas enfrentam mais dificuldades quando operam com altos níveis de biodiesel. O impacto é tanto no desempenho quanto nas emissões, demonstrando a necessidade de avanços tecnológicos e de uma possível reavaliação das metas de mistura de biodiesel no diesel. Reflexões para o futuro do setor Os resultados apresentados reforçam a necessidade de uma análise contínua e ajustada das políticas públicas em relação ao biodiesel, especialmente no que se refere à tecnologia dos motores utilizados e ao impacto ambiental gerado pela mistura. Com o eventual aumento da mistura obrigatória para 20% até 2030, é fundamental considerar tanto a eficiência operacional quanto a sustentabilidade ambiental no planejamento futuro do setor. eldquo;A CNT alerta para a importância de decisões embasadas tecnicamente e defende que qualquer mudança no teor do biodiesel seja precedida por testes rigorosos e validação científicaerdquo;, afirma o diretor executivo da Confederação, Bruno Batista.

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