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Mais de 230 mil hectares de cana foram atingidos pelos incêndios em SP, diz Unica

As usinas do Centro-Sul processaram 45,07 milhões de toneladas de cana na segunda quinzena de agosto, de acordo com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O volume é 3,25% menor que o moído no mesmo período de 2023. O levantamento inclui o período em que lavouras de cana de São Paulo foram afetadas por incêndios, a partir de 22 de agosto, mas, segundo a Unica, o recuo na moagem no Centro-Sul ainda não retrata de forma efetiva o impacto do fogo nas plantações. Levantamento parcial realizado pela associação junto a empresas responsáveis por cerca de 75% da produção de São Paulo indicou que pelo menos 231,83 mil hectares de cana foram atingidos pelos incêndios. Desse total, 132,04 mil hectares foram em lavouras que ainda seriam colhidas, e a área restante emdash; 99,79 mil hectares emdash; ocorreu em locais onde a cana já havia sido colhida ou com lavouras de cana recém-plantada. eldquo;Os prejuízos associados à queima são diversos. Nas áreas em que a cana já havia sido colhida, o fogo pode exigir a necessidade de nova condução de tratos culturais, com suplementação de fertilizantes, pulverização foliar e aplicação de herbicidas, além do risco de não rebrota e o consequente replantio de parte da lavouraerdquo;, disse Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da entidade, em nota. Ainda, segundo ele, eldquo;nas áreas onde a cana ainda seria colhida, o impacto dos incêndios pode incorporar a perda de qualidade da matéria-prima, a alteração do cronograma de colheita das usinas e a impossibilidade de processamento nos locais onde a colheita não pode ser realizada em tempo hábil para evitar maior degradação da cana-de-açúcar queimadaerdquo;. Esse cenário deve ampliar a dificuldade para a fabricação de açúcar e intensificar a queda de rendimento agrícola da lavoura, concluiu o executivo. Acumulado da safra No acumulado da safra, a moagem ainda está maior do que na temporada passada. Até 1 de setembro, a moagem no Centro-Sul chegou a 422,61 milhões de toneladas, um avanço de 3,93%. Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) na segunda quinzena foi 0,92% superior ao de um ano antes, e alcançou 155,34 quilos de ATR por tonelada de cana. No acumulado da safra, o indicador está em 137,27 quilos de ATR, praticamente estável em relação ao mesmo período do último ciclo. Ao término da segunda metade de agosto, 258 unidades estavam em operação no Centro-Sul, sendo 239 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex. Açúcar e etanol Ainda conforme o levantamento, a produção de açúcar na segunda quinzena de agosto caiu 6,02%, para 3,26 milhões de toneladas. No acumulado até 1 de setembro, a fabricação somou 27,17 milhões de toneladas, alta de 3,9%. Rodrigues informou que a proporção de cana direcionada para a fabricação do açúcar também recuou na segunda metade de agosto. Uma fatia de 48,85% da matéria-prima foi destinada ao açúcar emdash; na mesma quinzena da safra anterior, fora de 50,75%. Como consequência, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul na segunda metade de agosto atingiu 2,45 bilhões de litros, sendo 1,56 bilhão de litros (alta de 10,27%) de etanol hidratado e 888,93 milhões de litros (queda de 0,14%) de etanol anidro. No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola, em abril, até 1 de setembro, a fabricação do biocombustível totalizou 20,46 bilhões de litros (+7,14%), sendo 13,0 bilhões de etanol hidratado (+16,34%) e 7,46 bilhões de anidro (-5,84%). Etanol de milho Do total de etanol obtido na segunda quinzena de agosto, 14% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 348,63 milhões de litros neste ano, ante 236,53 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2023/24 endash; aumento de 47,39%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 3,13 bilhões de litros endash; avanço de 26,92% na comparação com igual período do ano passado. Vendas de etanol As vendas de etanol totalizaram 3,06 bilhões de litros em agosto, o que representa uma variação positiva de 3,76% em relação ao mesmo período da safra 2023/24, segundo a Unica. A comercialização foi puxada pelo hidratado, cujas vendas cresceram 6,81% (1,93 bilhão de litros), enquanto a de anidro caíram 1,03% no volume comercializado (1,14 bilhão de litros). No mercado interno, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro-Sul totalizou 1,79 bilhão de litros em agosto deste ano, o que representa um aumento de 11,16% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda mensal de etanol anidro, por sua vez, atingiu a marca de 1,04 bilhão de litros, retração de 3,33%. eldquo;As vendas de etanol hidratado no mercado interno continuam em ritmo aquecido há 12 meses, posicionando o mercado em um patamar superior àquele observado em 2023erdquo;, explicou Luciano Rodrigues, diretor de inteligência da Unica. Cbios Dados da B3 até o dia 9 de setembro indicam a emissão de 28,73 milhões de créditos em 2024 pelos produtores de biocombustíveis. A quantidade de Crédito de Descarbonização (Cbio) disponível para negociação em posse da parte obrigada, não obrigada e dos emissores totaliza 28,61 milhões de créditos de descarbonização, segundo a Unica. eldquo;Somando os CBios disponíveis para comercialização e os créditos já aposentados para cumprimento da meta de 2024, já temos cerca de 83% dos títulos necessários para o atendimento integral da quantidade exigida pelo Programa para o final deste anoerdquo;, destacou em nota Luciano Rodrigues, diretor de inteligência da Única.

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Projeto que acaba com saque-aniversário do FGTS deve ser enviado em novembro, diz Marinho

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira, 12, que deve enviar em novembro ao Congresso o projeto de lei que prevê o fim do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A proposta, que enfrenta resistências, já foi adiada sucessivas vezes pelo governo Lula. O saque-aniversário do FGTS foi instituído por lei em 2019 e permite que o trabalhador escolha receber desembolsos anuais, sempre no mês de seu aniversário. Em compensação, quando é demitido, o trabalhador não tem direito a acessar o saldo integral do fundo e apenas recebe a multa rescisória. O período de transição entre a extinção da modalidade e a implementação do novo crédito consignado será construído junto aos parlamentares, segundo o ministro. eldquo;Estamos admitindo possibilidade da transição, ainda não fechamos qual período. Isso nós vamos ter que deixar para negociar na tramitação do projeto com o próprio Parlamento. Talvez fosse erro tático da nossa parte adiantar qual transição seriaerdquo;, disse Marinho, ao lado do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do presidente da Caixa, Carlos Vieira, em um evento para comemorar os 58 anos do FGTS, em Brasília. A ideia, segundo o ministro, é finalizar o saque-aniversário e criar uma modalidade de crédito consignado para trabalhadores, de forma que o empregador não mais tenha de autorizar o trabalhador a contrair esse crédito. O ministro afirmou que a missão da pasta é eldquo;resgatar o FGTS, tal como é constituído para a proteção do trabalhadorerdquo;, além do Fundo de Investimento em infraestrutura e educação. Segundo Marinho, é importante garantir que o FGTS continue eldquo;vigorosoerdquo; para estimular o crescimento. Marinho vem se declarando, desde o início do governo, contra o saque-aniversário. O ministro considera o mecanismo prejudicial ao trabalhador por não permitir, em caso de desemprego, o acesso ao restante dos recursos que detém no fundo, se tiver optado por retirar parcelas em seu aniversário.

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ANTT, ANP e ANAC reforçam ações para impedir logística do garimpo ilegal na Terra Yanomami

As operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), coordenadas pela Casa de Governo, contam com a participação estratégica da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com o apoio da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Essas instituições têm desempenhado um papel crucial no bloqueio das rotas logísticas que abastecem o garimpo, cortando o fluxo de combustíveis, maquinário e insumos essenciais para a exploração ilegal. O objetivo é sufocar o fornecimento de materiais que sustentam essa atividade criminosa, contribuindo para a preservação do território e garantindo a segurança das comunidades Yanomami e Yee#39;kwana. O diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, destacou a importância da ação integrada das agências e do suporte das forças de segurança: eldquo;Estamos comprometidos em desarticular as operações de garimpo ilegal, que não só afetam o meio ambiente, como também colocam em risco a saúde e a segurança dentro do território Yanomami. O Governo Federal não medirá esforços para garantir que a proteção dessa área seja permanente.erdquo; ANTT: bloqueios em estradas e interrupção do fluxo de suprimentos A ANTT tem atuado principalmente nas estradas que conectam Boa Vista a municípios estratégicos, como Cantá, Alto Alegre e Vila Apiaú, regiões amplamente utilizadas para transportar combustíveis e mantimentos destinados ao garimpo. Até o dia 8 de setembro, a ANTT contabilizou 215 ações focadas no bloqueio de rotas terrestres. Essas operações resultaram na apreensão de sete veículos e 1.080 litros de óleo diesel. As interdições visam cortar o fornecimento de combustíveis que alimentam os motores e dragas utilizados no garimpo. As operações de bloqueio terrestre têm se mostrado eficazes ao interromper as atividades logísticas do garimpo, já que as estradas são rotas cruciais para o transporte de grandes volumes de insumos. ANP: fiscalizações intensificadas em postos de combustíveis A ANP tem sido um dos principais agentes no combate ao fornecimento de combustível para as operações de garimpo ilegal. Até o início de setembro de 2024, a ANP já realizou 122 ações de fiscalização para coibir o desvio de grandes quantidades de óleo diesel e gasolina, combustíveis essenciais para alimentar os maquinários usados na extração ilegal de ouro. Essas operações resultaram em 49 autuações e na aplicação de nove embargos em postos de combustíveis e distribuidoras da região, totalizando R$ 13.500 em multas. Além disso, foram apreendidos 4.914 litros de óleo diesel, que seriam destinados ao abastecimento dos garimpos, e 50 litros de gasolina interceptados em um comboio que trafegava em estradas próximas à Vila Apiaú. A atuação da ANP tem sido crucial para impedir a capacidade logística do garimpo ilegal, uma vez que o combustível é um dos principais insumos que mantêm os equipamentos pesados em funcionamento nas áreas remotas da Terra Indígena Yanomami. ANAC: inutilização de aeronaves e pistas de pouso clandestinas A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) desempenha um papel essencial no combate à logística aérea do garimpo ilegal. Desde o início das operações, a ANAC apreendeu duas aeronaves e inutilizou diversas pistas de pouso clandestinas, usadas para transportar suprimentos e ouro extraído da Terra Indígena Yanomami. Além disso, a agência realizou 156 ações de fiscalização aérea, nas quais monitorou 566 aeronaves, identificando voos irregulares que apoiam o garimpo ilegal. Uma das ações recentes resultou na aplicação de um embargo e em uma autuação, com multa de R$ 253.500. O monitoramento aéreo tem sido essencial para a repressão às atividades garimpeiras, já que muitas áreas de difícil acesso dependem exclusivamente do transporte aéreo. As apreensões realizadas pela ANAC enfraqueceram significativamente a capacidade dos garimpeiros de se abastecerem e transportarem o ouro extraído para fora das áreas de exploração. Balanço da Casa de Governo de março a setembro de 2024 As ações coordenadas pela Casa de Governo, entre março e setembro de 2024, geraram prejuízos consideráveis ao garimpo ilegal, estimados em R$ 181,8 milhões até o momento. Durante esse período, foram realizadas 1.710 operações, que resultaram na apreensão e inutilização de equipamentos e recursos fundamentais para as operações de garimpo ilegal. Entre os principais itens destruídos estão 20 aeronaves, 86 antenas Starlink, 32 pistas de pouso, nove quadriciclos e 721 motores, todos essenciais para a logística do garimpo. Além disso, foram inutilizadas 83.330 toneladas de cassiterita, 226 geradores e 284 acampamentos clandestinos. No que diz respeito ao combustível, foram inutilizados 91.504 litros de óleo diesel, um dos principais insumos usados para manter os maquinários em funcionamento. Essas apreensões e inutilizações representam uma interrupção significativa na capacidade logística do garimpo ilegal. Outro ponto crítico foi a apreensão de 224.607 kg de mercúrio, um elemento essencial para o processamento do ouro extraído.

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Inpasa investirá R$ 1,2 bilhão para construir usina de etanol de milho na Bahia

A Inpasa, a maior produtora de etanol de milho do país, anunciou que investirá R$ 1,2 bilhão para construir uma usina de etanol em Luís Eduardo Magalhães (BA). Segundo a empresa, a unidade deverá ficar pronta em 2026 e terá capacidade de processar 1 milhão de toneladas de grãos, principalmente milho e sorgo. A usina terá capacidade de produzir, por ano, 460 milhões litros de etanol, 230 mil toneladas de DDGS, 23 mil toneladas de óleo vegetal e 200 Gwh de energia elétrica. A Inpasa estima que as obras vão gerar 2,5 mil empregos e que, com o início das operações, a usina vá criar 450 empregos diretos. O projeto deverá ter a participação de cerca de 200 fornecedores diretos e o transporte de mais de 10 mil cargas, afirma a empresa. Com a nova usina, a Inpasa passará a ter seis unidades no Brasil e duas no Paraguai. Em 2023, a companhia processou 6 milhões de toneladas de milho. Incentivos fiscais Segundo comunicação do governo baiano, a unidade da Inpasa receberá incentivos fiscais por meio do crédito presumido de 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) apurado nas operações com etanol anidro (puro, que é misturado à gasolina) e hidratado (comercializado nos postos de combustíveis), além dos chamados DDGs (coproduto da indústria de etanol de milho que pode ser usado na alimentação animal) e óleos diversos. eldquo;O Estado tem atraído empresas que aliam geração de emprego e renda e desenvolvimento sustentável. A alteração da legislação significa mais investimento em energia limpaerdquo;, disse o governador Jerônimo Rodrigues, em nota. Atualmente, a Bahia importa 80% do etanol que consome. O decreto saiu na edição desta quarta-feira (11/9) do Diário Oficial do Estado (DOE). O texto prevê ainda a desoneração de bens do ativo importados e do diferencial de alíquotas em relação a equipamentos que a empresa comprar no país.

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Governo enviará ao Congresso projeto do "ONS dos combustíveis"

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo encaminhará ao Congresso ainda em 2024 o projeto para criar o Operador Nacional do Sistema de Combustíveis. Apelidado de eldquo;ONS dos combustíveiserdquo;, em referência ao órgão operador do sistema elétrico, terá como função monitorar os preços dos combustíveis. Em entrevista ao Poder360, Silveira disse que o projeto já foi finalizado pela Secretaria Nacional de Petróleo e Gás Natural e agora passa por análises jurídicas. A ideia de criar o novo órgão foi tornada pública pelo ministro em 2023 para fiscalizar os repasses de reajustes por distribuidoras e postos. eldquo;A criação do Operador Nacional do Sistema de Combustíveis vai ser muito importante para que a gente ajude na fiscalização dos preços, no controle da garantia de suprimento e para ajudar inclusive na questão tributária, combatendo a sonegaçãoerdquo;, afirmou o ministro. Alexandre Silveira afirmou que, assim como o ONS, o novo operador para o segmento dos combustíveis será constituído no formato de uma entidade de direito privado, com sua estrutura financiada pelo próprio setor. O ministro afirmou que embora os preços dos combustíveis estejam mais baixos do que no governo de Jair Bolsonaro (PL), há uma captura de parte das reduções estruturais feitas pela Petrobras pelos revendedores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem cobrado soluções contra isso. eldquo;Muitas vezes a Petrobras faz um esforço enorme para reduzir os preços, mas na ponta isso é capturado pela revenda. É um problema que a gente enfrenta. Não é generalizado, mas também não é pontual. Todos os mecanismos ao nosso alcance temos utilizado e vamos buscar um maior controle, mas respeitando a política de mercado, sem prefixar preço. Isso não está em discussãoerdquo;, afirmou. Em agosto, o ministro enviou ofícios à ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural), Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública) pedindo mais fiscalização sobre as revendas de combustível e de gás de cozinha. Para ler esta notícia. clique aqui.

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Agência prevê aumento menor de demanda de petróleo para 900 mil barris diários

A AIE (Agência Internacional de Energia) revisou e reduziu a previsão de crescimento da demanda de petróleo para 2024, afetada pela desaceleração da economia chinesa, que está provocando uma queda do preço do barril. A demanda mundial de petróleo deve crescer 900 mil barris diários (bd) em 2024, 70 mil a menos que a previsão anterior da agência. A AIE revisou diversas vezes para baixo suas previsões. No início de 2024, a agência projetava um crescimento de 1,2 milhão de barris diários, 300 mil a mais que na previsão atual. A demanda total em 2024 não deve superar 103 milhões de barris diários, segundo a organização com sede em Paris. A queda na demanda é explicada pela desaceleração da economia chinesa e provocou uma redução expressiva nos preços do barril. O preço do Brent foi negociado abaixo dos US$ 70 (R$ 395,45) na terça-feira pela primeira vez desde dezembro de 2021, "menos US$ 20 que em abril de 2024", observa a AIE. (AFP)

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