Ano:
Mês:
article

Cientista brasileiro descobre maior reserva de petróleo do mundo

Uma significativa reserva de petróleo e gás natural foi identificada na costa da Coreia do Sul, conforme anunciado pelo geólogo brasileiro Vitor Abreu. O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, destacou a relevância do achado, que pode colocar a Coreia do Sul como um influente participante no mercado energético mundial. Estima-se que a reserva contenha até 14 bilhões de barris de petróleo, o suficiente para suprir a demanda de petróleo do país por quatro anos e de gás natural por 29 anos. O impacto dessa descoberta é observado tanto no potencial econômico quanto nas implicações para o mercado energético global. A reserva poderia não apenas satisfazer a demanda interna, mas também fornecer recursos energéticos a mercados externos. No entanto, Vitor Abreu alertou para os desafios e riscos associados à exploração de petróleo, mencionando que há 80% de probabilidade de insucesso na produção efetiva dos recursos encontrados. Localmente, a notícia foi recebida com uma combinação de otimismo e precaução. A perspectiva de vantagens econômicas geradas por uma reserva substancial de petróleo é contraposta pelo ceticismo sobre os custos e riscos do projeto. Críticos, especialmente políticos da oposição, têm expressado preocupações sobre os possíveis encargos financeiros para os contribuintes, enfatizando a incerteza dos resultados da exploração, que será determinante até 2025.

article

Do monitoramento de dados ao diesel verde: como a inovação contribui para mitigar riscos climáticos

Quando grandes dilemas globais passam a pautar a ciência e a tecnologia, o resultado é uma série de inovações capazes de revolucionar o mundo em que vivemos. Em tempos de preocupação com a crise climática e tempo curto para mitigar os seus efeitos, é do suporte das boas ideias que surgem alternativas para enfrentar as crises. Nos últimos anos, as questões do clima têm fomentado o desenvolvimento de diversas iniciativas nesta frente, da educação ambiental como base para o novo momento, à criação de produtos sustentáveis para o mercado. Tudo com muita pesquisa de fundo. De Passo Fundo, no norte gaúcho, nasce uma das tecnologias mais vanguardistas para enfrentar a urgência da transição energética. É o eldquo;diesel verde brasileiroerdquo;, capaz de substituir totalmente o diesel fóssil e o primeiro do país com essas características. Em desenvolvimento desde 2019 pela gigante Be8, o produto batizado de BeVant está pronto para revolucionar o mercado de biocombustíveis, garante o gerente corporativo de Engenharia e Peamp;D (pesquisa e desenvolvimento) da companhia, André Roll. E justifica: a tecnologia patenteada permite que o produto seja utilizado imediatamente nos motores, sem necessidade de mistura, substituindo totalmente o diesel fóssil. O pioneirismo do BeVant confere um investimento de anos em pesquisa e traça um novo marco para o já consolidado espaço do Brasil nesta frente, destaca o vice-presidente de operações da Be8, Leandro Zat. A cor verde esmeralda do biocombustível emdash; com previsão de entrada ainda em novembro no mercado emdash;, denuncia o seu maior potencial: eldquo;verdeerdquo;, como o mundo exige hoje, e inovador, para fazer diferença num dos segmentos mais promissores da indústria. Produzido a partir de um processo de destilação do biodiesel, o BeVant emite 50% a menos de COe#8322; e reduz em até 90% as emissões de fumaça preta. Com potencial para atender as malhas rodoviária, marítima e ferroviária, tem mostrado excelentes resultados de performance. O produto é visto como uma solução imediata de sustentabilidade para empresas que querem despoluir as suas frotas. emdash; O custo de fazermos a transição energética pode ser equilibrado ou pode ser abrupto e de forma bastante onerosa. Essas soluções que temos agora, como o BeVant, podendo substituir o diesel 100% e comparado em termos de preço, são muito viáveis emdash; diz Zat. Estudando de perto a transição energética, a diversidade de novos materiais e a eficiência, a indústria tem investido em núcleos de pesquisa cada vez mais robustos para o desenvolvimento de tecnologia nas fábricas. Com expertise 100% brasileira, a Randoncorp prepara para lançar no mercado uma inovação que muda paradigmas na condução autônoma de veículos a partir de algoritmos e inteligência artificial. É a tecnologia AT4T, que permite a condução autônoma em ambientes controlados com altíssima precisão, sobretudo nas manobras de ré, grande gargalo no segmento automatizado, explica o Chief Technology Innovation Officer (CTIO) da Randoncorp, César Augusto Ferreira. O desenvolvimento da plataforma foi todo baseado nos conceitos do futuro do transporte, diz o diretor: emdash; É um caminho sem volta. Temos que ter conceitos de propulsão que emitam menos COe#8322;, não tem muita alternativa emdash; analisa Ferreira, mencionando que o momento marca a maior transformação da indústria automotiva desde a era Ford. Foram cerca de cinco anos de desenvolvimento até a atual fase de testes da plataforma. Seu uso pode ser implementado em diversas frentes, entre elas o agronegócio, cada vez mais ávido por tecnologia embarcada nos equipamentos. Com funcionamento 100% elétrico, a automação permite versatilidade em termos de movimentação e não necessita de intervenção humana constante, o que amplia a capacidade das operações, trazendo ganho de produtividade. "Temos que ter conceitos de propulsão que emitam menos COe#8322;, não tem muita alternativa" - CÉSAR AUGUSTO FERREIRA, Chief Technology Innovation Officer (CTIO) da Randoncorp. Educação como norte Antes mesmo de as soluções chegarem ao mercado, parte fundamental do processo começa pela educação ambiental. São inúmeras as startups e empresas de tecnologia que passaram a se debruçar sobre o tema nos últimos anos, facilitando o caminho tanto para o entendimento das questões climáticas quanto para a implementação das práticas associadas ao ESG em empresas e instituições. No elo da cadeia entre o despertar da consciência ambiental e a prática, a startup Green Thinking, instalada no Tecnopuc, em Porto Alegre, desenvolve projetos de educação que colocam a inovação e a sustentabilidade na mesma página. A startup aplica diversas ferramentas para levar a educação ambiental, entre elas projetos relacionados à compostagem e ao tratamento de resíduos sólidos. Entre os clientes, estão empresas e corporações que buscam consultoria para realizar as iniciativas. Lucas Fontes, educador ambiental e sócio da Green Thinking, lembra que há um costume de se olhar para o ecossistema da inovação somente pelo viés das tecnologias físicas, como os softwares. No entanto, há tecnologias sociais que são fundamentais para a verdadeira aplicação da sustentabilidade. Isso evita que se pratique a chamada eldquo;maquiagem verdeerdquo;, quando as práticas sustentáveis ficam apenas nos discursos: emdash; Tudo começa por um despertar social. A consciência das pessoas é o primeiro passo e a mudança só ocorre quando há interesse da população. O primeiro passo é mexer na cultura e na consciência das pessoas. Isso é também o que justifica o nosso trabalho emdash; diz Fontes. Nas escolas, uma parceria está fazendo com que a capacitação de professores seja o pontapé para levar a educação ambiental adiante. É a Plataforma de Cenários Climáticos, desenvolvida pela Kaz Tech e pela GAUSS Geotecnologia. Inicialmente fornecida para educadores do Ensino Médio do Sesi no RS, a ferramenta será disponibilizada num segundo momento para todas as escolas do Estado. A plataforma permite analisar cenários de clima nos municípios pesquisados e projetar como se comportarão os parâmetros no futuro em meio às mudanças climáticas. Marcos Kazmierczak, doutor em Desastres Naturais, diretor fundador da Kaz Tech e uma das lideranças no projeto, cita modelos que indicam que vai chover menos em 80% dos munícipios brasileiros nas próximas décadas. Em outros 15%, vai chover mais, sendo que metade desses estão no RS. Para o pesquisador, é fundamental que os dados compilados gerem informação. A partir da educação climática, o conhecimento tem potencial para virar ação concreta e permite que as populações estejam mais preparadas para enfrentar os efeitos. emdash; O potencial da tecnologia para ajudar é gigantesco. Hoje conseguimos ter análises situacionais muito rapidamente. Aliadas às necessidades, o dado vira informação, que vira conhecimento, mas que precisa virar ação emdash; diz Kazmierczak. O papel das startups Destaque internacional pelo ecossistema de inovação que abriga, o Rio Grande do Sul viu as tragédias climáticas de 2023 e 2024 acelerarem o desenvolvimento de iniciativas voltadas à pauta ambiental. Os parques tecnológicos aqui instalados lideraram uma série de ações no auge das enchentes, tornando-se sede não só para abrigar planos de urgência, mas também para apoiar iniciativas de enfrentamento em várias frentes. Rodrigo Cavalheiro, presidente da Associação Gaúcha de Startups, menciona o papel da tecnologia nos momentos de crise. Além de decisões mais assertivas, as soluções criam um ambiente colaborativo entre empresas, governos e sociedade. emdash; O uso de tecnologias como Inteligência Artificial, big data, internet das coisas (IoT) e machine learning faz com que startups consigam desenvolver ferramentas que monitoram e preveem os eventos climáticos extremos com mais precisão. Isso permite ações mais preventivas que minimizam os danos e salvam vidas. Vimos isso refletido recentemente nas enchentes, quando várias aplicações contribuíram para a prevenção ou a diminuição do impacto no Estado emdash; diz. "Isso (o uso de tecnologia) permite ações mais preventivas que minimizam os danos e salvam vidas" - RODRIGO CAVALHEIRO, Presidente da Associação Gaúcha de Startups. Representante da PUCRS no Pacto Alegre e superintendente de Inovação e Desenvolvimento da universidade, o professor Jorge Audy lembra quando o centro tecnológico da instituição, o Tecnopuc, virou QG de tomada de decisões, reunindo secretarias públicas, voluntários e empresas para pensar em conjunto. Foi neste contexto que o Pacto Alegre lançou um conjunto de ações, o Desafio Extraordinário Porto Alegre Resiliente, com o objetivo de enfrentar o impacto dos eventos climáticos. O grupo trabalhou para traçar ações de curto, médio e longo prazo, prevendo projetos de limpeza solidária, articulação de abrigos e habitação, apoio à saúde mental (em operação até hoje), hospital veterinário, comunicação resiliente e estratégia de resposta climática. As iniciativas tiveram apoio de diversos atores envolvidos. emdash; Cada vez fica mais claro que a inovação em si, se não estiver a serviço da sociedade e das resoluções dos problemas, ela sequer faz sentido. É necessário ter essa intencionalidade das estratégias, com foco na melhoria da qualidade de vida emdash; diz Audy. Startups que desenvolvem soluções que enfrentam as mudanças climáticas e as suas consequências têm se destacado no Rio Grande do Sul. Desde 2017, a Hopeful vem desenvolvendo um software de gestão de voluntariado, justamente um dos gargalos no evento nefasto de maio de 2024. A grande proposta de valor é as pessoas saberem como agir nestes casos. Ou seja, ter informação sobre o que fazer no desastre, diz Abner de Freitas, fundador da Hopeful. O pesquisador resume que não bastam dados se não há plano de contingência traçados previamente. emdash; A inovação é curiosa porque a ideia que temos dela é de que seja associada ao desenvolvimento de dispositivos ou programas. Mas não adianta ter o satélite da Nasa produzindo informação de inteligência artificial se a população não souber como agir. Curiosamente, a grande inovação é fazer o básico, que é a comunicação comunitária. Treinando, treinando emdash; diz o fundador. A Hopeful foi a única startup brasileira convidada pela Comissão Europeia para participar do Fórum Europeu de Proteção Civil este ano e tem auxiliado governos e setor privado na elaboração de planos de contingência. Em Santa Maria, o protocolo desenvolvido tem capacidade para abrigar 5% da população, o que representaria quase 15 mil pessoas, por exemplo. Também coordenou o primeiro plano da Capital, ajudando na operação de evacuação de locais, oferta de serviços de saúde, gestão de abrigos e de recursos. emdash; Na ocorrência de um desastre, se executa plano, não se cria plano. E muitos municípios entraram no desespero pelo despreparo emdash; alerta Freitas.

article

Etanol/Cepea: Oferta controlada e demanda aquecida sustentam cotações

Os preços do etanol no mercado paulista avançam novembro firmes, conforme apontam levantamentos do Cepea. Considerando-se as três semanas cheias do mês, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) está em R$ 2,6197/litro, 3,9% superior à de outubro. No caso do anidro, a elevação é de 3,2%, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 2,9042/litro. Pesquisadores do Cepea explicam que, ao longo de novembro, chuvas em áreas produtoras dificultaram a colheita e a moagem da cana-de-açúcar da safra 2024/25 em Goiás, Minas Gerais e em algumas regiões de São Paulo, cenário que manteve controlada a oferta de etanol e vendedores firmes nos valores de negociação. Demandantes, por sua vez, seguem mais ativos endash; os três feriados deste mês (Finados, da Proclamação da República e da Consciência Negra) aqueceram especialmente os negócios do etanol hidratado no mercado spot, conforme aponta o Centro de Pesquisas. (Cepea)

article

Projeto erra ao definir devedor contumaz, diz Everardo Maciel

O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, 77 anos, diz haver falhas no PL (projeto de lei) 15 de 2024, que dispõe sobre o chamado devedor contumaz (aquele que constantemente não cumpre dívidas tributárias). Em parecer feito a pedido da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), o consultor tributário critica a proposta de autoria do Executivo. No documento (íntegra endash; PDF endash; 214 kB) ao qual o Poder360 teve acesso, Maciel diz que há eldquo;impropriedades que definitivamente desaconselham sua aprovaçãoerdquo;. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Pacote de corte de gastos está pronto para ser anunciado

Após um mês de discussões dentro do governo, o pacote de corte de gastos está pronto para ser anunciado, disse nesta segunda-feira (25) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a data exata depende de uma conversa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. eldquo;[O anúncio do pacote] está dependendo agora de o Palácio do Planalto entrar em contato com o Senado e a Câmara. Tem que ver se os presidentes estão aí, estão disponíveis, mas enfim, nós já estamos preparados. Está tudo redigido já. A Casa Civil manda a remessa [da redação final dos textos] para mandar com certeza [ao Congresso] essa semana. Agora, o dia, a hora, vão depender mais do Congresso do que de nóserdquo;, disse Haddad ao sair do ministério. Apesar de a previdência dos militares, ponto que entrará no pacote, ser definida por lei ordinária, o ministro ressaltou que o governo enviará uma proposta de emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar ao Congresso. eldquo;A ideia é mandar o menor número de propostas possívelerdquo;, justificou. Embora não preveja o envio de projetos de lei, o pacote aproveitará textos em tramitação no Congresso. As mudanças no Vale Gás entrarão como substitutivo no projeto de lei que tramita no Congresso desde agosto. A limitação dos supersalários constará do projeto de lei complementar. Em relação à PEC, Haddad disse que o governo pode pegar carona e incluir o pacote de corte de gastos na proposta que estende a Desvinculação das Receitas da União (DRU), mecanismo que desvincula até 30% dos gastos carimbados para qualquer finalidade. Isso porque a DRU perde validade no fim do ano e precisa ser aprovada ainda em 2024. eldquo;A intenção é aprovar até o fim do ano pelo seguinte: há pelo menos uma PEC, mas talvez mais uma que deve ser votada esse ano. Por exemplo, a aprovação da DRU. Talvez nós aproveitemos essa PEC para, dependendo do julgamento dos congressistas, incluir, se concordarem, aquilo que foi matéria constitucional [do pacote de corte de gastos]erdquo;, acrescentou Haddad. Haddad e o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se reuniram com Lula pela manhã e à tarde no Palácio do Planalto. Segundo Haddad, os ministros responsáveis pelas pastas afetadas pelo pacote também estiveram presentes e concordaram com as medidas. Por volta das 16h, Haddad chegou ao ministério da Fazenda acompanhado de Galípolo, que deixou o prédio pela garagem após cerca de 40 minutos.

article

Vibra vê transição energética com 'cautela' e puxada pela demanda do consumidor

A Vibra Energia, que está prestes a concluir a aquisição total da Comerc, avalia que a transição energética é um desafio em um mundo com necessidades crescentes de energia. Neste contexto, será a demanda do consumidor que deve continuar puxando o ritmo da energia verde. É assim que tem ocorrido na Vibra, segundo informou a vice-presidente de Energias Renováveis da companhia, Clarissa Sadock, durante o evento MinutoMega Talks, realizado nesta segunda-feira, 25 de novembro. A empresa, que já atua na distribuição de biocombustíveis, tem acordos sobre SAF (combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês) com a Brasil BioFuels e com a Gol, e tem participação na ZEG Biogás, que produz biometano, além de acompanhar com interesse o mercado de e-metanol. Segundo Sadock, estas parcerias ainda são pequenas diante do tamanho da Vibra, mas são importantes para pavimentar o futuro da companhia. eldquo;A gente está num mercado em que o cliente puxa as demandas e as suas necessidades. Em função da demanda do cliente, a gente percebe a aviação andando na frenteerdquo;, disse a executiva. Pelo mesmo motivo, ela não acredita que a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas deve frear o avanço da transição energética, apesar de o republicano ser um defensor do petróleo. Para ler esta notícia,clique aqui.

Como posso te ajudar?