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ANP: etanol é mais competitivo em 6 estados e cai em 12 e no DF

O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em seis estados na semana de 30 de março a 5 de abril. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 67,83% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Goiás (66,88%); Mato Grosso (63,71%); Mato Grosso do Sul (66,78%); Minas Gerais (69,76%); Paraná (67,92), e São Paulo (67,31%). Preço do etanol cai em 12 estados e no DF, sobe em 6 e fica estável em 8 Os preços médios do etanol hidratado caíram em 12 estados e no Distrito Federal, subiram em 6 e ficaram estáveis em 8 estados na semana de 30 de março a 5 de abril. Os dados são da ANP compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o país, o preço médio do etanol caiu 0,93% na comparação com a semana anterior, para R$ 4,28 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média recuou 0,24% no período, para R$ 4,16 o litro. A maior queda porcentual na semana, de 5,45%, foi registrada em Goiás, onde o litro passou a R$ 4,16. A maior alta no período, na Bahia, foi de 1,08%, para R$ 4,70 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,46 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,95, foi registrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,48 o litro. (Estadão Conteúdo)

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BP desfaz time de mobilidade de baixo carbono e concentra em combustíveis fósseis

A BP decidiu dissolver sua equipe destinada a desenvolver projetos de mobilidade com hidrogênio, gás natural liquefeito (GNL) e elétrica, principalmente para caminhões, como parte da estratégia anunciada em fevereiro para aumentar investimentos em óleo e gás, informou o Financial Times na quinta-feira (3/4). No final de fevereiro, o CEO da petroleira britânica, Murray Auchincloss, anunciou que cortaria investimentos em energia limpa, diante do declínio dos preços das ações da companhia em comparação a concorrentes como Shell e ExxonMobil desde que começou a migrar para fontes de energia de menor emissão de carbono em 2020. De acordo com o Financial Times, o executivo sênior da BP, Martin Thomsen, disse a funcionários que o setor não era mais eldquo;viável comercialmenteerdquo; para a empresa e que a transição energética está acontecendo a um ritmo mais lento do que o planejado. eldquo;Tínhamos uma visão de baixo carbono que não aconteceuerdquo;, afirmou. Em fevereiro, ele já havia cortado 70% dos gastos com energia verde. Após a pandemia, o consumo de combustíveis fósseis voltou a crescer mundialmente, e, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços dispararam. O encerramento da equipe de mobilidade de baixo carbono não afeta as atividades do BP Pulse, unidade de carregamento de veículos elétricos da companhia. Segundo a empresa, ela continua focada no crescimento nos seus quatro principais mercados, que são Reino Unido, Alemanha, EUA e China.

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Petróleo cai 2% para perto de mínima de 4 anos com guerra comercial

Os preços do petróleo fecharam em queda de 2%, atingindo uma mínima de quase quatro anos nesta segunda-feira (7), devido às preocupações de que as últimas tarifas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possam levar as economias de todo o mundo à recessão e reduzir a demanda global por energia. Os contratos futuros do Brent caíram US$ 1,37, ou 2,1%, para fechar a US$ 64,21 por barril, enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) caíram US$ 1,29, ou 2,1%, a US$ 60,70. Isso empurrou ambos os índices de referência do petróleo, que caíram cerca de 11% na semana passada, para seus menores fechamentos desde abril de 2021. A sessão foi marcada por extrema volatilidade, com os preços intradiários caindo mais de US$ 3 por barril durante a noite e subindo mais de US$ 1 na manhã desta segunda-feira, depois que uma notícia de que Trump estava considerando uma pausa de 90 dias nas tarifas. As autoridades da Casa Branca rapidamente negaram a reportagem, fazendo com que os preços do petróleo voltassem ao vermelho. Confirmando os temores dos investidores de que uma guerra comercial global completa tenha começado, a China, a segunda maior economia do mundo, atrás dos EUA, disse na sexta-feira que imporia taxas adicionais de 34% sobre os produtos norte-americanos em retaliação às últimas tarifas de Trump. Trump respondeu que os EUA imporiam uma tarifa adicional de 50% sobre a China se Pequim não retirasse suas tarifas retaliatórias sobre os EUA, e disse que eldquo;todas as conversas com a China sobre suas reuniões solicitadas conosco serão encerradaserdquo;. A Comissão Europeia, por sua vez, propôs contra-tarifas de 25% sobre uma série de produtos norte-americanos nesta segunda-feira, em resposta às tarifas do presidente Donald Trump sobre aço e alumínio, segundo um documento visto pela Reuters.

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Petrobras não deve alterar preços de combustíveis em cenário turbulento, diz CEO

A Petrobras (PETR3, PETR4) não deve alterar preços de combustíveis cobrados na venda a distribuidoras enquanto o cenário estiver turbulento, com incertezas geradas pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos mercados globais, afirmou a presidente da petroleira, Magda Chambriard, à Reuters, nesta segunda-feira. eldquo;Não devemos fazer nada agora, enquanto o cenário geopolítico estiver com essa ansiedade e turbulênciaerdquo;, disse ela, por telefone desde Nova York, onde está apresentando planos de investimentos da empresa a investidores. A executiva frisou ainda que a companhia não vai internalizar o nervosismo do cenário internacional para o mercado brasileiro. eldquo;Não vamos internalizar a ansiedade inerente ao atual cenário geopolíticoerdquo;, destacou ela. Por hipótese, ela disse que a companhia poderia avaliar no curto prazo alguma mudança apenas se as duas principais variáveis da formação de preços dos combustíveis, o petróleo e o câmbio, tivessem quedas bruscas. O dólar subiu frente ao real nas últimas sessões. Questionada se falou com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre o tema, ela disse que pode ter havido um descasamento de informações, já que a Petrobras anunciou redução do diesel no começo da semana passada. Uma fonte com conhecimento das conversas disse que Silveira teria pedido à Chambriard para que a companhia analisasse um novo corte no valor médio do diesel, diante do recuo acentuado e recente do preço do barril do petróleo no mercado internacional. A CEO destacou, contudo, que o diálogo com os representantes do governo é constante e que há boa relação entre as partes. eldquo;Eles (governo), estão bem a par de como funciona isso (a política de preços). Não há receio quanto a isso. A relação com eles é muito pacificada, sem brigas, tem conversa, bom relacionamentoerdquo;, afirmou. O preço do barril de petróleo Brent recuou cerca de US$10, para aproximadamente US$ 64, na esteira do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de abril, pelos temores do mercado de que o movimento cause uma recessão global e reduza a demanda pela commodity. (Reuters)

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Datagro: Tarifa dos EUA fecha um mercado para etanol do Brasil, mas pode abrir outros

A tarifa de 10% sobre produtos brasileiros anunciada na semana passada pelo governo dos Estados Unidos fechou a possibilidade de exportações de etanol para os norte-americanos, que já vinham registrando baixos volumes historicamente, avaliou a consultoria Datagro em análise nesta segunda-feira. Antes, os EUA aplicavam uma tarifa de 2,5% sobre o etanol brasileiro, que pode ser reajustada para 10% ou adicionada para 12,5%, comentou a consultoria em relatório. eldquo;Independentemente, para ambos os casos, os EUA fecharam definitivamente a janela de importaçãoerdquo;, disse a Datagro. As exportações brasileiras no último ano foram mais baixas do que em anos passados. Os EUA importaram 330 milhões de litros em 2024, ou 16,4% do total exportado pelo Brasil para todos os destinos. O volume exportado aos EUA no ano passado ficou abaixo de 1% da produção total do Brasil em 2024/25, lembrou a Datagro. Se as tarifas inviabilizam as exportações aos EUA, podem abrir outros mercados, caso países afetados pelas tarifas resolvam reagir, impondo restrições ao produto dos EUA. eldquo;O etanol brasileiro também pode ser beneficiado no mercado externo. Também vale lembrar que os EUA exportaram um volume recorde de 7,4 bilhões de litros de etanol em 2024, com Canadá, Reino Unido, Índia, Colômbia, Coreia do Sul e União Europeia entre os principais destinoserdquo;, destacou a Datagro. eldquo;Caso esses países resolvam retaliar os EUA através do mercado de etanol, abre-se um leque importante para o combustível brasileiroerdquo;, completou.

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Ex-CEO da Raízen vê o etanol como bateria líquida na descarbonização do transporte

A descarbonização do setor de transportes, responsável por cerca de 25% das emissões globais de gases de efeito estufa, é peça-chave na luta contra as mudanças climáticas. Nesse contexto, os veículos elétricos são vistos como promissores, mas ainda enfrentam desafios relevantes. Em entrevista ao Money Times, o ex-CEO da Raízen e atual chair da iniciativa SB COP30, Ricardo Mussa, destacou o potencial do etanol como alternativa estratégica e defendeu o papel dos carros híbridos flex no processo de transição energética. eldquo;A grande desvantagem do carro elétrico ainda é a bateria, isso para o custo, peso e descarte da bateriaerdquo;, afirmou Mussa, apontando os obstáculos que ainda cercam a eletrificação plena da frota. eldquo;A vantagem hoje é que a bateria já existe, então é fácil de implementar. O projeto de transformar o etanol em hidrogênio, e, por consequência, ter o hidrogênio e eletricidade, é algo que eu gosto muito.erdquo; Mussa ressalta que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) já estudam a viabilidade da conversão do etanol em hidrogênio como forma de gerar eletricidade nos veículos. Para ele, essa possibilidade uniria o melhor de duas tecnologias: a eficiência do motor elétrico e a alta densidade energética do etanol. eldquo;Você une o melhor dos dois mundos, porque a vantagem do motor elétrico é a eficiência, torque e manutenção. É tudo melhor. A desvantagem do motor elétrico é que ele necessita de uma bateriaerdquo;, explicou. Segundo o executivo, o etanol pode funcionar como uma eldquo;bateria líquida renovávelerdquo;, com densidade energética muito superior à das baterias tradicionais. eldquo;A mesma quantidade de energia que existe em 600 quilos de bateria de um Tesla é o que você tem em 27 quilos de etanolerdquo;, comparou. No entanto, ele reconhece que a tecnologia de conversão ainda precisa avançar. eldquo;Esse é um processo que ainda necessita de evolução tecnológica. Por esse motivo, o carro híbrido flex é o carro da transição energética porque ele ajuda a ter parte do benefício do motor elétrico, ainda tendo um pequeno motor a combustão e o etanol lá dentroerdquo;, avaliou. Para Mussa, o futuro da mobilidade passa inevitavelmente pelos híbridos flex e, em seguida, pelo carro elétrico movido por energia limpa. Ele acredita que haverá evolução significativa nas baterias, com o uso de metais mais eficientes e redução de tamanho. Mas não descarta o papel estratégico do etanol. eldquo;É isso, ou a gente prova que o etanol é uma grande bateria e o processo de reforma se mostra um processo competitivo e economicamente viávelerdquo;, concluiu.

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