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Ineep: apesar da alta global no petróleo, preços internos se mantiveram estáveis em junho

O Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgou, nesta segunda-feira (14/7), seu relatório, referente ao mês anterior, sobre os preços dos combustíveis no mercado brasileiro. Em sua avaliação, o Ineep considerou que, apesar da volatilidade nos preços registrada no mercado global em junho, a Petrobras, por meio de sua política de preços, conseguiu estabilizar a situação no mercado interno, como demonstram as figuras 1 e 2. "Apesar da elevação de 10,8% na cotação do Brent em relação ao mês anterior, os preços dos combustíveis no Brasil mantiveram-se estáveis ao longo do mês", diz o Ineep, ao mencionar os efeitos do conflito Israel-Irã nos preços dos combustíveis globalmente. Contudo, o Ineep avaliou que os preços finais ao consumidor não refletiram a queda registrada. "De qualquer forma, ainda que os preços do etanol e os valores praticados pelas refinarias da Petrobras tenham registrado queda ou se mantido estáveis em junho, esse movimento ainda não se refletiu com a mesma intensidade nos preços finais ao consumidor", diz o boletim. Leia a íntegra do 26o boletim de preços dos combustíveis do Ineep

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Ibama libera licença de instalação do gasoduto Raia, da Equinor

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) emitiu no sábado (12/7) a licença de instalação para o trecho offshore do gasoduto do Projeto Raia, operado pela Equinor no pré-sal da Bacia de Campos. Será o primeiro projeto no Brasil a tratar o gás no mar, no FPSO Raia. A conexão à malha nacional não vai demandar processamento adicional em terra. A parte marítima do gasoduto terá 200 quilômetros e vai escoar a molécula do navio-plataforma até o Terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ). Já os líquidos serão descarregados por meio de navios aliviadores. O trecho terrestre do projeto será executado pela Azevedo eamp; Travassos Infraestrutura, que assinou, em 2024, um contrato de R$ 505 milhões para as obras de 4,5 quilômetros. Uma das principais apostas para a expansão da produção nacional de gás, o projeto terá capacidade de escoar 16 milhões de m³/dia de gás natural. Segundo a presidente da Equinor no Brasil, Verônica Coelho, o projeto deve suprir 15% da demanda brasileira de gás natural quando entrar em operação, em 2028. A Equinor opera a área em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%). Raia vai fornecer gás para Comgás A Equinor já assinou com a Comgás um contrato para comercialização do gás natural do Projeto de Raia durante dez anos, com uma curva crescente de compromissos de fornecimento que começa em 50 mil m³/dia e atinge, no pico, 1 milhão m³/dia. O acordo é um marco importante para a monetização do gás do projeto BM-C-33 pela produtora norueguesa.

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Governo pede abertura de crédito de R$ 3,3 milhões para mudança de sede da PBIO

O governo enviou à Câmara dos Deputados um projeto de lei (PLN 11/2025) que destina R$ 3,3 milhões para a Petrobras Biocombustível (PBIO) custear a mudança de sede, o que inclui não só a troca de edifício, mas a aquisição de bens, equipamentos e veículos. Esse investimento será custeado pelo cancelamento parcial dos custos de manutenção e adequação da infraestrutura operacional das usinas de biodiesel. A empresa afirma que não trará impactos significativos em suas atividades, dada a revisão de projeções de gastos com as plantas industriais. O governo justifica que o pleito da PBIO não traz implicações à meta fiscal pois a Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano (LDO 2025) estabelece que a Petrobras e subsidiárias não serão consideradas na meta de déficit primário. eldquo;As empresas estatais, seguindo a dinâmica empresarial, possuem a necessidade de adoção de um planejamento flexível, o que as levam a retificar, quando necessário, suas projeções orçamentárias, a fim de se adequarem a seus planos de negócioserdquo;, diz a justificativa da proposta enviada à Câmara. O projeto será analisado pela Comissão Mista de Orçamento e, em seguida, pelo Plenário do Congresso Nacional.

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Lula assina decreto que regulamenta Lei de Reciprocidade após sobretaxa de Trump

O presidente Lula (PT) assinou nesta segunda-feira (14) o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, instrumento que permitirá ao Brasil adotar medidas em resposta à sobretaxa de 50% anunciada pelo governo Donald Trump para produtos brasileiros. O decreto estabelece os procedimentos que devem ser adotados para a aplicação da lei aprovada pelo Congresso em abril, que impõe a reciprocidade de regras ambientais e comerciais nas relações do Brasil com outros países. A proposta teve tramitação acelerada na Câmara e no Senado, com apoio de ruralistas e governistas. O conteúdo do decreto deve ser publicado na edição de terça-feira (15) do Diário Oficial da União. Segundo integrantes do governo que participaram da elaboração do decreto, o texto prevê dois ritos distintos para aplicação da reciprocidade. No rito ordinário, para situações que não são urgentes, os casos serão remetidos à Camex (Câmara de Comércio Exterior), vinculada à Presidência e ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Esses processos serão mais longos e incluirão a realização de consultas públicas. Haverá também um rito expresso, que poderá ser acionado em casos excepcionais para a aplicação de medidas consideradas mais urgentes. Os processos serão avaliados por um comitê interministerial presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, com a participação de Fazenda, Itamaraty e Casa Civil. O decreto, de acordo com auxiliares de Lula, deve prever que o alvo da reciprocidade seja comunicado pelos canais diplomáticos em cada fase do processo, o que garante que a negociação seja mantida constantemente entre os países emdash;e serve até mesmo como uma forma de pressão para evitar qualquer tipo de retaliação. O ministro Rui Costa (Casa Civil) afirmou a jornalistas na tarde desta segunda que o decreto, assim como a norma aprovada pelos parlamentares, autoriza o Executivo a adotar medidas de "proteção do país quando medidas extemporâneas e extraordinárias forem adotadas de forma unilateral por outros países". "Por isso a denominação reciprocidade. Para que o Brasil possa responder num formato também rápido se outro país fizer medida semelhante a essa anunciada pelos EUA", disse o ministro da Casa Civil. A Lei da Reciprocidade define como alvo qualquer país ou bloco econômico que decida adotar medidas unilaterais e ações que prejudiquem a competitividade internacional de bens e produtos brasileiros. O modelo permite ao Brasil adotar contramedidas comerciais e diplomáticas proporcionais quando países ou blocos econômicos impuserem barreiras ambientais injustificadas aos produtos brasileiros. A Camex passa a ter papel central na aplicação de medidas, garantindo uma abordagem mais técnica e menos suscetível a distorções políticas. Em vez de barreiras automáticas, o texto prevê consultas diplomáticas coordenadas pelo Ministério de Relações Exteriores, possibilitando a resolução de conflitos de forma negociada antes da aplicação de contramedidas. Trump anunciou a sobretraxa no último dia 9, em publicação numa rede social. Produtos importados pelos EUA do Brasil são sobretaxados atualmente em 10%, tarifa anunciada por Trump em 2 de abril. Ou seja, além das tarifas de importação já cobradas, há uma cobrança adicional de 10%. Um exemplo é o caso do etanol, de acordo com interlocutores. Os americanos impunham uma tarifa de 2,5% ao produto, elevada a 12,5% após a sobretaxa de 10%. Com o novo anúncio, a porcentagem sobe a 52,5% em agosto. A sobretaxa não é adicionada a produtos que já sofrem tarifas setoriais, como aço e alumínio, sobre os quais há tarifas de 50%.

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Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de queda em junho, aponta levantamento Veloe

Cinco dos seis combustíveis monitorados pelo Monitor de Preços de Combustíveis apresentaram queda nos preços médios nacionais em relação a maio. O recuo mais expressivo foi do etanol, com baixa de 1,6%, seguido pelo diesel comum (-1,5%), diesel S-10 (-1,4%), gasolina comum (-0,8%) e gasolina aditivada (-0,6%). Dentre os combustíveis, apenas o Gás Natural Veicular (GNV) registrou discreta alta no período, de 0,1%. Os números fazem parte da nova edição do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Já na análise do primeiro semestre do ano, quatro dos seis combustíveis encerraram os primeiros seis meses com preços mais elevados para o consumidor: o etanol subiu 3,4%, a gasolina comum teve alta de 1,6%, a aditivada avançou 1,5% e o GNV, 1,3%. Em contrapartida, outros dois tipos de diesel registraram queda no período: diesel comum, com queda de 1,5%, e o diesel S-10, com recuo de 1,3%. Considerando o recorte de 12 meses, todos os seis combustíveis acompanhados pelo levantamento estão mais caros nos postos, com destaque para o etanol, com alta de 11%, seguido pela gasolina comum e aditivada (ambas com +6,6%), diesel S-10 (+2,0%), diesel comum (+1,8%) e GNV (+1,1%). Essas variações, vale dizer, dizem respeitos aos preços médios nacionais, podendo ser distintas de acordo com região, UF e localidade analisada. Preços nacionais em junho de 2025 A gasolina comum teve preço médio de R$ 6,313 por litro, com redução de 0,8% no mês. Ainda assim, acumula alta de 1,6% no ano e de 6,6% em 12 meses. Os maiores valores foram observados nas regiões Norte (R$ 6,740) e Centro-Oeste (R$ 6,399), enquanto Sudeste (R$ 6,166) e Sul (R$ 6,313) registraram os menores preços. A queda nos preços foi generalizada, com destaque para o Sul (-1,3%) e Centro-Oeste (-1,0%). Já o etanol hidratado foi comercializado, em média, a R$ 4,305 por litro endash; recuo de 1,6% frente a maio. No acumulado do ano, o valor subiu 3,4% e, em 12 meses, 11,0%. Os preços mais altos foram registrados no Norte (R$ 5,266) e Nordeste (R$ 4,910); os menores, no Sudeste (R$ 4,161) e Centro-Oeste (R$ 4,362). Todas as regiões brasileira apresentaram retração nos preços no último mês, com destaque para Sudeste e Centro-Oeste ambas com (-1,8%). Comparativamente, o diesel S-10 fechou o mês com média de R$ 6,133 por litro, queda de 1,4%. No ano, acumula retração de 1,3%, mas segue 2,0% mais caro do que há 12 meses. Norte (R$ 6,454) e Centro-Oeste (R$ 6,226) concentraram os preços mais elevados; Sul (R$ 6,001) e Nordeste (R$ 6,007), os menores. A redução foi observada em todas as regiões, com destaque para Norte e Centro-Oeste (ambas com -1,6%). Com respeito aos demais combustíveis monitorados: o diesel comum também apresentou recuo significativo em junho, de 1,5%, com preço médio nacional de R$ 6,076 por litro. Apesar da queda acumulada no ano (-1,5%), ainda registra uma alta de 1,8% em 12 meses. Comparativamente, o preço médio nacional da gasolina aditivada caiu 0,6% no mês, para R$ 6,467 por litro. A despeito da queda, o valor médio nacional do combustível acumula aumentos de 1,5% no ano e de 6,6% em 12 meses. Por fim, o valor cobrado pelo abastecimento com GNV teve avanço marginal de 0,1% em junho, com preço médio de R$ 4,817. O combustível acumula altas de 1,3% em 2025 e de 1,1% nos últimos 12 meses. Trajetória semanal dos preços A análise semanal das trajetórias dos preços nacionais dos principais combustíveis endash; diesel S-10, etanol e gasolina comum endash; evidência, por um lado, o súbito forte aumento dos preços em janeiro (em razão de reajustes da Petrobras e no ICMS), seguido por uma relativa estabilidade entre fevereiro e março, e uma tendência de queda entre o começo de abril e o final de junho. No intervalo dos últimos três meses, a Petrobras já anunciou reduções nos preços do diesel e da gasolina para as distribuidoras, contribuindo para baratear os combustíveis nos postos nacionais. Além de mudanças feitas pela Petrobras, outros fatores econômicos endash; como a queda da taxa de câmbio e a redução dos preços internacionais das commodities também podem ter contribuído para o cenário registrado pelo Monitor de Combustíveis. Como resultado do declínio observado, o preço do diesel comum atingiu em meados de junho seu menor patamar no ano, enquanto os valores cobrados pelo litro do etanol e da gasolina apresentaram os menores níveis desde o final de janeiro. Gasolina x Etanol De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, em junho de 2025, o preço médio do etanol correspondeu a 72% do valor da gasolina comum no cenário nacional e 72,6% na média das capitais, o que, considerando o rendimento dos combustíveis, favoreceu a escolha pela gasolina em diversas regiões. Como ambos os percentuais superam o patamar de 70% emdash; considerado o ponto de equilíbrio em termos de rendimento para veículos flex emdash;, a gasolina tende a apresentar ligeira vantagem econômica no abastecimento na média nacional e das capitais. Ainda assim, há importantes variações regionais. Estados como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná continuam apresentando condições favoráveis ao etanol, mantendo a competitividade desse combustível nesses mercados. Acesse aqui na íntegra a última edição do Monitor de Preço de Combustíveis do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade (junho/2025). (Veloe)

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Petróleo fecha em baixa com ameaças tarifárias de Trump contra a Rússia

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda (14) com destaque para a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com relação à Rússia. As ameaças de impor tarifas aos compradores de energia do país foram destaque, com potenciais efeitos para o mercado, enquanto o conflito com a Ucrânia prossegue, sem sinalizações de intensificações no campo diplomático. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em queda de 0,77% (US$ 0,53), a US$ 66,98 o barril. Já o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,63% (US$ 1,15), a US$ 69,21 o barril. Trump anunciou que "tarifas secundárias sobre Rússia podem chegar a 100%" caso não haja um acordo sobre um cessar-fogo na guerra da Ucrânia nos próximos 50 dias. Em encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, Trump reafirmou a disposição de aplicar "tarifas severas sobre Rússia" e reforçou o compromisso dos EUA com o apoio militar à Ucrânia e à aliança atlântica. Trump afirmou estar "muito infeliz com a Rússia" e lembrou que "já gastamos US$ 315 bilhões com essa guerra na Ucrânia, que é de Joe Biden, não minha". O presidente também expressou desapontamento com o presidente russo, Vladimir Putin. "Estou desapontado com Putin, pois pensei que teríamos um acordo sobre Ucrânia há 2 meses", acrescentou, e pontuou que assuntos de comércio são "ótimos para resolver guerras". Segundo o The Hill, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, tentou esclarecer a ameaça de Trump de impor "tarifas secundárias" contra a Rússia caso não haja um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, após o uso do termo gerar certa confusão. "Então, é uma sanção econômica, não uma sanção no sentido técnico", disse Lutnick a repórteres, após Trump ameaçar impor tarifas "severas" à Rússia. "Você pode usar tarifas ou pode usar sanções. São duas ferramentas à disposição dele", acrescentou Lutnick. Para a Capital Economics, se Trump cumprir sua ameaça, levando a uma queda acentuada nos fluxos de energia russos, isso invariavelmente resultará em preços globais de energia mais altos. O impacto provavelmente seria maior nos preços do gás natural do que no petróleo, dependendo de até que ponto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) interviesse para suprir o déficit no fornecimento de petróleo. "Isso poderia causar graves tensões fiscais para a Rússia, mas as ações de Putin até o momento sugerem que os gastos militares podem ser priorizados em relação a outros gastos", conclui. (Estadão Conteúdo)

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