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Semana que vem vamos assinar com Argentina para trazer gás de Vaca Muerta, diz Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira, 5, que na próxima semana ocorrerá a assinatura do acordo para a importação brasileira do gás natural da região de Vaca Muerta, na Argentina. Ele declarou, em entrevista à CNN Money, que a formalização acontecerá no âmbito de reunião do G-20, mas não detalhou qual o encontro. A Cúpula de Líderes do G-20 está agendada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast em agosto, os consumidores brasileiros poderão verificar uma vantagem de 10% a 15% no preço do gás, de acordo com cenários prospectivos do setor. O escoamento deverá ser feito pelo gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). São 3,5 mil quilômetros de gasoduto. Apesar da logística do transporte, que naturalmente encarece o produto, o gás conseguirá chegar no Brasil mais competitivo do que os preços que estão sendo praticados atualmente no mercado interno, segundo projeção da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). elsquo;Gas releaseersquo; Silveira defendeu o eldquo;amadurecimentoerdquo; na discussão sobre o chamado gas release endash; tema inserido no projeto de lei do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), em tramitação no Senado. O gas release é o programa de desconcentração do mercado de gás, que está em debate na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Estadão/Broadcast mostrou que o relator no Senado do projeto de lei, Laércio Oliveira (PP-PE), incluiu no texto um capítulo intitulado eldquo;medidas para fomentar o mercado de gás naturalerdquo;, com novas regras para regulação para o setor. Pela previsão que consta no texto, a quantidade total de gás natural comercializado por uma empresa, ou por conjunto de empresas afiliadas, a concessionárias de serviço local de gás canalizado e usuários livres não poderá exceder, a cada ano, eldquo;o limite de 50% da quantidade diária total de gás natural consumido no mercado brasileiro no ano anteriorerdquo;. A empresa que ultrapassar o limite deverá realizar leilão para venda compulsória de pelo menos 20% da quantidade de gás natural excedente, até o final do primeiro semestre do ano seguinte. A venda compulsória de gás natural é o principal ponto de discussão. O Programa de Redução de Concentração (Gas Release) vem sendo discutido entre os agentes do setor. O programa está ligado à liberalização do mercado de gás natural, buscando diminuir a concentração. Silveira, apesar de pedir o eldquo;amadurecimentoerdquo; da discussão, disse que a proposta sobre gas release, no PL da Paten, tem eldquo;a sua vantajosidadeerdquo;, havendo uma eldquo;resistência naturalerdquo; da Petrobras.

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Etanol/Cepea: Liquidez diminui, mas preços continuam firmes

Apesar da queda no ritmo de negócios, os preços dos etanóis seguiram firmes na última semana, no mercado spot do estado de São Paulo. Para o hidratado, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou em R$ 2,6023/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), de 28 de outubro a 1º novembro, avanço de 1,66% frente à semana anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 1,4% em igual comparativo, a R$ 2,9151/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins). Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores seguem firmes nas cotações pedidas nas negociações envolvendo novos lotes, fundamentados no possível período de entressafra mais longo nos próximos meses em boa parte das unidades produtoras, no consumo doméstico aquecido e na boa paridade de preços na ponta varejista. (Cepea)

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Preço do etanol cai em 15 Estados e no DF e sobe em outros 6, diz ANP

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 15 Estados e no Distrito Federal (DF), subiram em outros 6 e ficaram estáveis em 5 na semana passada. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol caiu 0,25% na comparação com a semana anterior, de R$ 4,05 para R$ 4,04 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média ficou estável, a R$ 3,86. A maior queda porcentual na semana, de 6,79%, foi registrada no Rio Grande do Norte, onde o litro passou a custar R$ 4,39. A maior alta, de 1,61%, foi registrada em Mato Grosso, a R$ 3,78. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,09 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,06, foi registrado em Santa Catarina. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,71, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado em Rondônia, de R$ 5,31 o litro. (Estadão Conteúdo)

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Petrobras passou a ter um preço de combustível 'abrasileirado' e justo, diz Magda

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira, 5, em entrevista à CNN Money, que, a partir das mudanças na política de preços da estatal, feita em maio do ano passado endash; após um pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que fossem eldquo;abrasileiradoserdquo; -, a empresa conseguiu praticar um preço justo para a sociedade, e atualmente os valores dos combustíveis são inferiores aos praticados em janeiro de 2023. eldquo;Nós estamos extremamente satisfeitos com a política de preços, que garante para a sociedade uma estabilidade desses preços. A gente evita transportar para a sociedade uma volatilidade indesejada, e ao mesmo tempo nós nos remuneramos por esses combustíveis de forma bastante satisfatóriaerdquo;, disse ela, em sua primeira entrevista exclusiva para uma emissora de TV. De acordo com Magda, as críticas sobre a nova estratégia de preços, de que não seria tão transparente quanto a política de preços de importação (PPI), abandonada pela companhia, vai persistir. eldquo;Essa dúvida tem que persistir, porque ninguém conta para o concorrente como faz seu preço. Então, no mercado de combustíveis, a hora que descobrirem como eu faço meu preço, é a hora em que eu tenho que ser mandada embora. Isso é uma prerrogativa da companhiaerdquo;, explicou Magda. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo fecha em alta à espera de decisão nos EUA e preocupação com oferta

O petróleo fechou em alta nesta terça-feira (5) em sua quinta sessão consecutiva de ganhos, enquanto investidores aguardam os resultados das eleições presidenciais dos EUA endash; mas que não deve sair tão cedo. A commodity também segue se beneficiando da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de adiar o aumento de sua oferta para início de 2025. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,72% (US$ 0,52), a US$ 71,99 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganhos de 0,59% (US$ 0,45), a US$ 75,53 o barril. No geral, o movimento de alta reflete as preocupações do mercado sobre uma menor oferta de petróleo para os próximos meses e também o enfraquecimento do dólar frente às incertezas sobre o resultado das eleições americanas, diz Bruno Cordeiro, analista de inteligência de mercado para petróleo da StoneX. Os preços do petróleo do Irã vendidos para a China estão em seu nível mais alto em cinco anos, com descontos que se estreitaram devido à queda nas exportações e preocupações sobre tensões no Oriente Médio, segundo a Reuters. Ainda em território iraniano, o governo aprovou ontem um plano para aumentar a produção de petróleo em 250 mil barris por dia (bpd) em apoio à economia, de acordo com o site do Ministério do Petróleo do país. Em temporada de balanços, a Saudi Aramco, petrolífera nacional da Arábia Saudita, teve lucro menor no terceiro trimestre em função de quedas nos preços da commodity e nas margens de refino, mas superou a previsão de analistas consultados pela Visible Alpha. Também permanece no radar dos traders as tensões no Oriente Médio, já que a possibilidade de uma nova retaliação a Israel por parte do Irã não é descartada. (Estadão Conteúdo)

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Shell diz a ministro que explorar petróleo no Brasil tem emissão menor

Em reunião nesta terça-feira (5/11) com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, executivos da petroleira Shell apresentaram um estudo sobre a emissão de carbono por barril de petróleo produzido no Brasil. A empresa mostrou a Silveira que o país aparece liderando as iniciativas de neutralidade de emissões de carbono. Os números da multinacional petrolífera vão na linha defendida pelo auxiliar do presidente Lula (PT), que advoga pela continuidade da exploração do petróleo como forma de bancar a transição energética. Silveira vê demanda e procura por petróleo como aliadas aos compromissos em abaixar os níveis de emissões de carbono e destaca que é preciso equilibrar as necessidades do mercado com os desafios climáticos mundiais. De acordo com o presidente da Shell no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, a média brasileira atual de produção é de 10 kg de carbono por barril produzido, enquanto no mundo o número é de 15 kg de CO²/barril. O estudo da companhia, ao qual o Metrópoles teve acesso, sustenta que a produção de petróleo e gás do Brasil apresenta eldquo;novas oportunidades em um mundo ainda fortemente dependente de combustíveis fósseiserdquo; e indica uma janela de oportunidade para a exploração de recursos naturais que têm o potencial de levar ao desenvolvimento econômico e à distribuição de riqueza para o povo brasileiro. eldquo;Para isso, serão necessárias decisões políticas rápidas e estratégicas, proporcionando estabilidade fiscal e regulatória para a continuidade das rodadas de licitações de petróleo e gás, assim como exploração e investimento em novas fronteiraserdquo;, diz o documento. Na reunião, segundo apurou a reportagem, Silveira defendeu segurança jurídica para investidores do setor de petróleo e gás e garantiu que sua equipe e o Palácio do Planalto não permitirão eldquo;sobressaltoserdquo; no setor produtivo do país. O ministro também reforçou sua visão de que o Brasil deve continuar explorando os recursos naturais de que dispõe ao mesmo tempo em que trabalha pela transição energética. Ele apontou ainda para a existência de um eldquo;protecionismo econômicoerdquo;. A possibilidade de conciliar exploração de petróleo e preservação do meio ambiente é questionada por ambientalistas. Por outro lado, cenários indicam que os hidrocarbonetos estarão presentes na economia mundial por mais 40 ou 50 anos. Em resposta às críticas, o governo federal tem ressaltado que, ao longo de quase dois anos, foram adotadas medidas em prol dessa transição para uma economia de baixo carbono, com o combustível do futuro, o hidrogênio verde e o Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês). Além disso, o governo frisa que têm sido realizados investimentos em aumento de energias renováveis no Nordeste brasileiro, em especial a eólica e a solar. O Brasil se comprometeu a alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050, considerando que a pegada de carbono do sistema energético nacional já está entre as mais baixas do mundo, graças à grande oferta de recursos renováveis. O país também pactuou em âmbito internacional o fim do desmatamento até 2030. EPE diz que há potencial para descarbonização Segundo estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) emdash; empresa pública federal que presta serviços ao MME na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético emdash;, a exploração e produção (Eeamp;P) de petróleo e gás natural apresentam um potencial para a descarbonização. O documento, de abril deste ano, indicou que as decisões com impacto de longo prazo precisam ser tomadas agora, pois há riscos associados à escassez de oferta, que incluem, por exemplo, necessidade de aumento da importação.

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