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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 13 unidades da Federação (26 a 29/5)

Entre os dias 26 e 29/5, a ANP fiscalizou o mercado de abastecimento em 13 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis e lubrificantes. No período, destacou-se a participação da ANP na Operação Ágata, uma ação conjunta das Forças Armadas e órgãos de segurança do Brasil, coordenada pelo Ministério da Defesa, com o objetivo de fortalecer a presença do Estado nas fronteiras e combater crimes transfronteiriços e ambientais. Veja abaixo mais informações sobre essa operação, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Amazonas No período, destacou-se a participação da ANP na Operação Ágata, uma ação conjunta das Forças Armadas e órgãos de segurança do Brasil, coordenada pelo Ministério da Defesa, com o objetivo de fortalecer a presença do Estado nas fronteiras e combater crimes transfronteiriços e ambientais. Durante a operação, os fiscais da ANP ficaram embarcados em navio da Marinha. Além das ações de fiscalização, eles realizaram visitas a comunidades ribeirinhas para orientar sobre a correta comercialização de combustíveis e os canais de acesso à ANP. As ações foram realizadas nos municípios de Jacitara, Acanauê, Japurá, Saracura e Vila Bittencourt. Em Japurá, dois postos de combustíveis sofreram autos de infração, por comercializar combustível de agente não autorizado e por não apresentar tabela de preços. Também foi lavrado auto de infração a um posto flutuante por não exibir os preços dos combustíveis e realizada a apreensão de 8 mil litros de óleo diesel sem nota fiscal em uma draga (embarcação flutuante que faz extração de britas da margem do rio e armazena grande quantidade de combustível). Bahia Os fiscais da ANP estiveram em Camaçari, Candeias, Lauro de Freitas e Valença. Foram fiscalizados 20 postos de combustíveis e nove revendas de GLP. Em Camaçari, dois postos sofreram autos de infração e interdição, um por comercializar combustíveis em desacordo com as especificações técnicas e o outro por romper lacre de interdição da ANP. Um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição em Valença por apresentar instalações e equipamentos em desacordo com o exigido por lei. Foram lavrados autos de infração e interdição em dois postos de combustíveis em Lauro de Freitas também por possuírem instalações e equipamentos em desacordo com o exigido por lei. Foram ainda lavrados autos de infração, sem interdições, em outros 17 postos, nos quatro municípios onde ocorreram as ações, por motivos como: não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel; não possuir em perfeito estado de funcionamento medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume); apresentar bomba medidora em más condições de uso e conservação e instalações e equipamentos em desacordo com o exigido por lei. No estado, foram coletadas 13 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Distrito Federal Em ação conjunta com a Polícia Civil do Distrito Federal, a ANP lavrou auto de infração e interdição em um posto de combustíveis que operava sem autorização. Foram apreendidos 19.470 litros de combustíveis que estavam armazenados de forma precária, sem condições mínimas de segurança e com alto risco de explosão e contaminação ambiental do solo. Espírito Santo Foram fiscalizados dez postos de combustíveis, nas cidades de Linhares, São Mateus, Cariacica e Vila Velha. Foram lavrados autos de infração em dois postos, em São Mateus e Vila Velha, por não efetuar o controle de drenagem dos tanques de diesel e não exibir adesivo com o CNPJ e o endereço completo do estabelecimento, respectivamente. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas 12 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Goiás No período, foram fiscalizados três postos de combustíveis em Rio Verde, em conjunto com o Procon municipal. Foi lavrado auto de infração em um posto por não apresentar o adesivo com o CNPJ e nem o 0800 da ANP na bomba de combustível. Mato Grosso A ANP participou de operação integrada de fiscalização no Mato Grosso, realizada em força-tarefa com a Funai, a Polícia Federal, a Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal, com ações de fiscalização direcionadas para instalações de armazenamento de combustíveis com indícios de fornecimento de combustíveis para áreas de garimpo ilegal dentro da terra indígena Sararé, que abrange vários municípios. As ações resultaram em quatro autos de infração, em Pontes e Lacerda e em Vila Bela da Santíssima Trindade, por operação de tanques de abastecimento em pontos sem autorização da ANP, por destinação irregular de combustíveis praticada por um transportador-revendedor-retalhista e por armazenamento de combustíveis fora dos tanques subterrâneos. Nesse último estabelecimento, foram apreendidos 12 mil litros de óleo diesel. Também foi realizada fiscalização em um posto de combustível em Várzea Grande, em parceria com o Procon municipal, sem registro de irregularidades. Minas Gerais Foram realizadas ações em quatro postos de combustíveis e uma distribuidora de combustíveis. As ações ocorreram nos municípios de Belo Horizonte, Governador Valadares, Guaxupé, Monte Belo e Uberlândia. Em Belo Horizonte, em força-tarefa com o Ministério Público de Minas Gerais/Procon, o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), foi lavrado auto de infração em um posto de combustíveis por não possuir dados cadastrais atualizados na ANP. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. No estado, foram coletadas quatro amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio de Janeiro Foram fiscalizados 17 postos de combustíveis. As ações ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro, Guapimirim, Niterói, São Gonçalo, Magé e Itaguaí. Na capital, em ação realizada com Polícia Civil (Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados-DDSD), o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM/RJ) e a Naturgy, um posto de combustíveis sofreu auto de infração e interdição de três bombas e tanque de gasolina, por apresentar esse produto fora das especificações, além de interdição de seis bicos de GNV por falta de segurança e desligamento desses equipamentos durante a ação, impedindo a verificação completa pelos fiscais. Foram ainda lavrados autos de infração em três postos, sem interdições, em São Gonçalo e em Niterói, por não realização pelos revendedores do controle de drenagem dos tanques de diesel. Não foram encontradas irregularidades nas demais localidades. No estado, foram coletadas 17 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio Grande do Norte No estado, foram fiscalizados 14 postos de combustíveis, duas revendas de GLP, um agente não regulado e um transportador-revendedor-retalhista. As ações aconteceram em Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante. Em Natal, foi lavrado auto de infração e interdição em uma revenda de GLP por armazenar botijões sem observar as condições mínimas de segurança estabelecidas e possuir balança decimal com prazo de utilização vencido. Oito postos de combustíveis sofreram autos de infração sem interdições em Natal e São Gonçalo do Amarante por: ausência de medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume) em perfeito estado de funcionamento; não atender às normas mínimas de segurança; deixar de efetuar atualização cadastral; não possuir todos os instrumentos para o teste de qualidade dos combustíveis; e não prestar ao consumidor todas as informações exigidas por lei. Não foram encontradas irregularidades em Parnamirim. Foi coletada uma amostra de combustível para análise em laboratório. Rio Grande do Sul A ANP fiscalizou quatro postos de combustíveis e nove transportadores-revendedores-retalhistas (TRR). As ações foram realizadas nos municípios de Cacequi, Rosário do Sul, São Gabriel, Alegrete, Barra do Quaraí, Uruguaiana e Caçapava do Sul. Um posto de combustíveis foi interditado em Uruguaiana por indício de combustível não conforme, detectado pelo Programa de Monitoramento da Qualidade de Combustíveis (PMQC), tendo amostra coletada para confirmação em laboratório. Em Caçapava do Sul, um TRR sofreu auto de infração por comercializar óleo diesel fora das especificações exigidas por lei. Foi lavrado auto de infração em um posto de combustíveis em Barra do Quaraí por armazenar 5 mil litros de gasolina fora dos tanques subterrâneos. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. No estado, foram coletadas 18 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Santa Catarina No estado, foram fiscalizados seis transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), nos municípios de Pouso Redondo, Rio de Sul, São Cristóvão do Sul, Catanduvas, Treze Tílias e Caçador. Em Pouso Redondo, um transportador-revendedor-retalhista sofreu auto de infração por não fornecer livre acesso as suas instalações. Não foram encontradas irregularidades nas demais localidades. Oito amostras de combustível foram coletadas para análise em laboratório. São Paulo A ANP fiscalizou 70 postos de combustíveis, dois pontos de abastecimento, duas revendas de GLP e dois revendedores de óleo lubrificante acabado em São Paulo. As ações foram realizadas na capital e em outras 20 cidades: Jundiaí, Guarulhos, Arujá, Itaí, Arandu, Cerqueira César, Praia Grande, Valinhos, Ferraz de Vasconcelos, Santos, Sorocaba, Botucatu, Lençóis Paulista, Itaquaquecetuba, Poá, Jaú, Boracéia, Dois Córregos, Pardinho e Itú. Em Praia Grande, em ação conjunta com a Polícia Civil, um posto de combustíveis sofreu autuação e foi interditado totalmente por exercer a atividade de revenda sem autorização da ANP, ter rompido os lacres, removido faixas de interdição e por dar destinação não autorizada aos combustíveis de suas instalações. Um posto de combustíveis de Ferraz de Vasconcelos sofreu interdição em um bico de óleo diesel S10 e auto de infração por fornecer combustível em quantidade menor do que a registrada na bomba ("bomba baixa"). Em uma ação conjunta com a Polícia Civil em Santos, um posto de combustíveis teve uma bomba de etanol interditada e sofreu auto de infração por: fornecer ao consumidor volume diverso do indicado na bomba medidora, não efetuar regularmente a drenagem de fundo do tanque de diesel e o registro dos resultados encontrados na verificação semanal de presença de água e exibir marca de distribuidor de combustíveis diversa da comercializada. Foram ainda lavrados autos de infração, sem interdições, em outros oito postos, nos municípios de São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Santos, Praia Grande, Poá, Itaquaquecetuba, Boracéia e Dois Córregos por motivos como: não efetuar a drenagem e o registro regular dos resultados em seus tanques de óleo diesel; não possuir em perfeito estado de funcionamento medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste de volume); não manter no estabelecimento documentos obrigatórios; não possuir todos os instrumentos necessários à realização das análises de qualidade dos combustíveis e ostentar marca de distribuidora estando cadastrado como bandeira branca. Em Valinhos, foi lavrado auto de infração em uma revenda de GLP por exceder o limite de capacidade total de armazenamento de sua classe. Não foram encontradas irregularidades nas demais cidades. Em todo o estado, foram coletadas 30 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Tocantins Foi realizada ação em Couto Magalhães em conjunto com o Procon estadual. Dois postos de combustíveis sofreram autos de infração por não prestarem informações ao consumidor sobre diferença de preços e condições de pagamento, sendo que um deles também fornecia combustível em quantidade diferente da registrada na bomba. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Já a interdição é uma medida cautelar, aplicada para proteger o consumidor, evitando a comercialização de combustíveis fora das especificações, fornecimento de combustível em quantidade diferente da marcada na bomba, entre outras irregularidades. Caso o posto comprove à ANP que o problema foi sanado, a Agência realiza a desinterdição, sem prejuízo do processo administrativo e possíveis penalidades." Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Biocombustíveis são tema central para o Brasil na COP30, afirma Corrêa do Lago

Os biocombustíveis serão um tema central na agenda brasileira à frente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), afirmou nesta segunda (2/6) o presidente da cúpula, André Corrêa do Lago. Em entrevista exclusiva à agência eixos, durante o Encontro sobre Transição Energética do Fórum Econômico Mundial, no Rio de Janeiro, Corrêa do Lago disse que o evento marcado para novembro de 2025, em Belém (PA), é uma forma de mostrar ao mundo soluções de diferentes regiões para a transição energética. eldquo;Os biocombustíveis são um tema central, porque o Brasil tem mostrado que o mundo tem que encontrar soluções compatíveis com as circunstâncias de cada país, e, no caso do Brasil, nós sabemos que um carro híbrido brasileiro, que é com etanol e elétrico, emite menos do que um carro elétrico na Europa, porque nós temos uma matriz elétrica mais limpa do que a europeiaerdquo;. O Brasil tem tentado, em fóruns internacionais como o G20, o Brics e a Organização Marítima Internacional (IMO), derrubar barreiras aos biocombustíveis de origem agrícola e conquistar reconhecimento como solução climática. Entretanto, o projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2159/2021), já aprovado pelo Senado, facilita a licença a empreendimentos de grande impacto e beneficia segmentos do agronegócio e da indústria energética, o que pode gerar desconfiança internacional sobre a produção brasileira. Questionado sobre essas possíveis repercussões, o embaixador foi diplomático: eldquo;O Brasil é uma democracia. Esses debates internos são necessários, mas tem que ser preservada a forma. (ehellip;) Existem formas de fazer as coisas e as formas são extremamente importantes de mantermoserdquo;. Clima tenso Fora do Brasil, guerras tarifárias e violentas, além de inflação, adicionam dificuldades ao multilateralismo. Corrêa do Lago reconhece que o cenário geopolítico e econômico de diversos países está desfavorável para discussões sobre o clima, mas defende que é preciso diálogo para construir acordos em Belém e cumpri-los. eldquo;Como nós podemos integrar o clima, por exemplo, à economia? Esse eu acho que é o grande tema. (ehellip;) Nós temos que integrar o clima e tornar natural o combate à mudança do clima em tudo que está sendo feito.erdquo;, continuou. Agenda das ações da COP30 O embaixador pretende apresentar até o dia 15 de junho a agenda das ações da COP30. Será a quarta Carta Aberta da Presidência Brasileira. eldquo;Estamos ouvindo muito os outros países também, do que eles esperam, porque a agenda de ação é (ehellip;) uma forma de você mostrar como você vai implementar o que você assinou e há, eu acho, uma grande frustração do mundo com relação à implementação, então, vamos ter que mostrar issoerdquo;, disse. Na primeira carta, a presidência propõe um eldquo;mutirãoerdquo; global contra a mudança do clima, ao mesmo tempo em que reforça a visão brasileira sobre transição justa. Já na segunda, ela propõe um novo modelo de governança a partir de eldquo;círculos de liderançaerdquo;. Na terceira carta, houve, enfim, a primeira menção explícita de uma agenda para a transição dos combustíveis fósseis.

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MME aprova regime especial para projetos de biometano em MS e RS

O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) para dois projetos de biometano, um deles em Nova Alvorada do Sul (MS) e outro em São Leopoldo (RS). As portarias com as habilitações estão publicadas na edição desta segunda-feira (2) do Diário Oficial da União (DOU). No Rio Grande do Sul, o projeto da Biometano São Leopoldo visa benefícios a projeto de planta de purificação de biogás para produção de biometano, a partir de aterro sanitário, com capacidade de 36,7 mil m³/dia. O projeto da Atvos Bioenergia, no Mato Grosso do Sul, consiste na implantação de uma planta de biometano anexa à Usina Santa Luzia. A unidade terá capacidade de produção de 110,1 mil m³/dia e uma estimativa anual de 28 milhões de m³, obtido a partir do aproveitamento da vinhaça e da torta de filtro geradas pela usina. O incentivo fiscal do Reidi consiste na suspensão da incidência das contribuições para PIS (1,65%) e Cofins (7,6%) sobre as receitas decorrentes de aquisições previstas na lei 11.488/2007, destinadas à utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao seu ativo. Biometano e Combustível do Futuro No fim de março, a Atvos (ex-Odebrecht Agroindustrial) recebeu a licença de instalação para a construção da sua primeira fábrica de biometano, a partir de resíduos da cadeia produtiva da cana-de-açúcar. A expectativa é de que a planta de biomateno entre em operação até o fim de 2026 endash; ano que marca o início de vigência do mandato do Combustível do Futuro. A unidade será instalada anexa à Unidade Santa Luzia, responsável pela produção de etanol e que também gera energia elétrica a partir da biomassa da cana. A unidade de São Leopoldo (RS) é a segunda da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) em aterros endash; a outra será instalada em Minas do Leão. Juntas, as plantas da CRVR irão produzir mais de 100 mil m³ do gás renovável por dia

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Petrobras diz que gasolina caiu 7,3% em dois anos e meio de governo Lula

A Petrobras anunciou redução de 5,6% no preço da gasolina A vendida às distribuidoras, a partir de terça-feira (3/6). Com o ajuste, a estatal acumula redução de R$ 0,22 por litro desde dezembro de 2022 emdash; queda de 7,3% no preço nominal. Ajustada pela inflação do período, essa retração chega a R$ 0,60 por litro, ou 17,5% em termos reais, segundo destacou a companhia no comunicado desta segunda (2/6). O valor médio nas refinarias passará a R$ 2,85 por litro, queda de R$ 0,17. A Petrobras afirma que, para o consumidor, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, a parcela Petrobras na gasolina C recua para R$ 2,08/litro, R$ 0,12 a menos por litro. eldquo;Considerando a inflação do período de dezembro de 2022 até hoje, a redução dos preços da gasolina nas refinarias da Petrobras é de 17,5%erdquo;, afirmou a companhia. Veja o comunicado. Essa é a primeira mudança no preço da gasolina em 328 dias. Na semana passada, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que tanto a gasolina quanto o diesel estão sendo vendidos pelas refinarias da estatal abaixo do preço de paridade internacional. Em entrevista após participar de evento do Dia da Indústria no BNDES, na segunda (26/5), Chambriard reforçou que, caso os preços do petróleo continuem em queda e o real se valorize, a companhia eldquo;por certoerdquo; reduziria os valores dos combustíveis. eldquo;Estamos monitorando os preços a cada 15 dias e buscando eliminar a volatilidade do mercado. Temos visto o petróleo recuar e o real se valorizar. Tanto a gasolina quanto o diesel estão com preços abaixo da paridade internacional. Por enquanto, acompanhamoserdquo;, disse a executiva. De lá para cá, as cotações do petróleo Brent no mercado internacional caíram de US$ 64,12 para US$ 63,93 nos fechamentos do mercado de 26 de maio e 1º de junho. Nesta segunda (2/6), contudo, o barril é negociado em alta de 3,4%, próximo dos US$ 65. eldquo;Se o petróleo cair mais, certamente vamos reduzir o preço dos combustíveis endash; não só da gasolina, mas também do diesel, do QAV e do GLPerdquo;, disse Magda Chambriard na semana passada. Petrobras faz primeiro reajuste de preço da gasolina em 11 meses A Petrobras manteve o preços da gasolina sem reajustes por 328 dias, desde 9 de julho de 2024, quando havia elevado os preços médios em R$ 0,20 por litro. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) faz o balanço diário de preços domésticos e da paridade de importação (PPI), com a consultoria Stonex. Segundo o boletim desta segunda (2/6), o mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos e o PPI acumula uma redução de R$ 0,49 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras. eldquo;Os preços médios da gasolina A operam acima ou abaixo da paridade a depender dos polos analisadoserdquo;, informa. A janela de importação ficou aberta por quatro dias até o fechamento do mercado na sexta (30/5). Isto é, a Abicom calculava que era possível importar combustíveis com preços competitivos em relação aos praticados pelas refinarias nacionais em razão da diferença de R$ 0,03 a R$0,17 por litro, a depender do polo. A Refinaria de Mataripe, da Acelen, na Bahia, vende a gasolina A para as distribuidoras no polo de Aratu por R$ 2,8772 por litro, enquanto o preço de paridade (PPI) no mesmo polo está em R$ 2,8986, defasagem de 1% (R$ 0,0214 por litro), segundo a Abicom. Concorrência da Petrobras com o etanol hidratado A Petrobras anunciou o corte em 5,6% nos preços da gasolina após os preços do etanol hidratado caírem em 18 estados na semana de 25 a 31 de maio, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pela AE-Taxas. Nos postos pesquisados e#8203;e#8203;pela agência em todo o país, o preço médio do etanol cedeu 0,23% na comparação com a semana anterior, para R$ 4,27 o litro, diz o Estadão. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais posições avaliadas, a cotação média caiu 0,25%, de R$ 4,08 para R$ 4,07 o litro. A maior queda percentual na semana, de 1,31%, foi registrada no Ceará, onde o litro passou de R$ 5,35 para R$ 5,28. A maior alta no período, na Bahia, foi de 1,04%, para R$ 4,87 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,38 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi distribuído em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,89, foi registrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,49 o litro. Assim, o etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em seis estados na semana de 25 a 31 de maio. Na média das pesquisas postadas no país, o etanol tinha paridade de 68,10% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP elaborado pela AE-Taxas. Executivos do setor observam que o biocombustível pode ser competitivo mesmo com paridade maior que 70%, a depender do veículo em que é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (69,56%); Mato Grosso (63,25%); Mato Grosso do Sul (65,29%); Minas Gerais (69,67%); Paraná (68,09%) e São Paulo (66,29%). Com informações do Estadão Conteúdo.

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Petróleo sobe com ameaças tarifárias de Trump e riscos em oferta do Canadá

Os preços do petróleo fecharam em alta de quase 3% nesta segunda-feira, apesar de o grupo produtor Opep+ ter mantido seus planos de aumento da produção, após incêndios florestais em província produtora de petróleo do Canadá ameaçarem a oferta e novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump pesarem sobre o dólar norte-americano. Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de US$1,85, ou 2,95%, a US$64,63 por barril. O petróleo West Texas Intermediate dos EUA subiu US$1,73, ou 2,85%, a US$62,52. Os incêndios florestais na província canadense de Alberta, produtora de petróleo, afetaram cerca de 7% da produção total de petróleo do país até segunda-feira, de acordo com cálculos da Reuters. Pelo menos duas operadoras ao sul do centro industrial de Fort McMurray evacuaram os trabalhadores de suas instalações no fim de semana e interromperam a produção por precaução. eldquo;Os incêndios florestais em Alberta estão agora começando a se infiltrarerdquo;, disse John Kilduff, sócio da Again Capital, em Nova York. Também apoiando os preços, o dólar dos EUA caiu nesta segunda-feira, devido a preocupações de que as novas ameaças tarifárias de Trump possam prejudicar o crescimento e estimular a inflação. Uma moeda norte-americana mais fraca torna as commodities cotadas em dólar, como o petróleo, menos caras para os compradores que usam outras moedas. (Reuters)

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Tecnologia alternativa ao diesel será regionalizada, diz Marcelo Gallao, da Scania

Em um bate-papo exclusivo com o Estradão, Marcelo Gallao, diretor de desenvolvimento da Scania Brasil, fez um panorama realista sobre os caminhos das tecnologias alternativas ao diesel no transporte de cargas pesado no País. Segundo o executivo, a viabilidade de novas soluções energéticas no Brasil passa diretamente pela infraestrutura existente e pelas características regionais de cada mercado. Além disso, Gallao aponta que hoje, entre as alternativas disponíveis, o gás natural veicular (GNV) e o biometano se destacam em regiões próximas a centros urbanos ou áreas agrícolas, como granjas, usinas sucroalcooleiras e aterros sanitários. Já o biodiesel ganha força em áreas produtoras de grãos e esmagadoras de soja. Crescente presença do gás Desde 2019, quando a Scania lançou sua linha a gás, o cenário mudou significativamente. eldquo;Na época, era como pregar no deserto. Porém, hoje, temos uma rede de postos estruturada, corredores dedicados e mais de 1.500 caminhões a gás vendidos, com previsão de ultrapassar 2.000 unidades até o fim deste anoerdquo;, diz. Ademais, sobre o transporte elétrico, Gallao reconhece seu potencial energético superior. Mas pondera que o grande desafio está na distribuição de energia no Brasil, que exige investimentos bilionários e de longo prazo. Era do híbrido vai chegar em pesados Dessa forma, para ele, nos próximos anos, o elétrico ganhará espaço em nichos específicos. Como entregas urbanas e operações de curta distância em áreas metropolitanas. Enquanto veículos híbridos e tecnologias como o REx (Range Extender) podem ser soluções intermediárias. Nesse sentido, a Scania apresentou, em parceria com a DHL na Europa, um modelo da gama G elétrico com tração 6x2, Mas transformado em veículo elétrico de alcance estendido (EREV, na sigla em inglês). O que na prática, trata-se de um caminhão híbrido. Seja como for, a conclusão de Gallao é que o futuro do transporte vai ser diversificado e regionalizado. Ou seja, com tecnologias convivendo de acordo com a infraestrutura disponível e as demandas locais. eldquo;O mundo inteiro é heterogêneo. E, no Brasil, não será diferente. Vamos ter gás, biodiesel, elétrico e híbrido, cada um ocupando seu espaçoerdquo;, completa. O futuro será regionalizado Dentro da realidade brasileira, considerando infraestrutura, viabilidade econômica e ambiental, quais são hoje as alternativas reais ao diesel? Marcelo Gallao: Olhando para o Brasil de forma pragmática e realista, temos duas alternativas principais. Ou seja, o gás natural veicular e o biodiesel. Dentro do gás, o biometano se destaca, principalmente em regiões próximas a centros urbanos ou onde há granjas, propriedades agrícolas e aterros sanitários. Nessas áreas, a produção de biometano já tem maturidade. Todavia, o biodiesel ganha força em regiões produtoras de grãos, como o Mato Grosso, onde há esmagadoras de soja e produção local de biodiesel. O País é muito heterogêneo. Então, o que funciona para o Sul e Sudeste não necessariamente funciona para o Centro-Oeste ou Norte. Cada região vai se adaptar com a alternativa mais viável. Evolução da infraestrutura Como você avalia a evolução da infraestrutura para o gás no Brasil, de 2019 para cá? Marcelo Gallao: Em 2019, falar de caminhão a gás no Brasil era quase pregar no deserto. Em outras palavras, existia pouca infraestrutura, poucos postos, e um mercado cético. Todavia, de lá pra cá, a tecnologia se provou viável, e trabalhamos em parceria com a rede de postos para criar corredores de abastecimento. Hoje, temos um cenário bem mais maduro. Existem postos de alta vazão em corredores estratégicos, ligando o Sul ao Nordeste, com uma média de um posto a cada 400 km. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Seropédica, e regiões de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul têm projetos robustos de biometano. Dessa forma, até o fim de 2025, devemos ultrapassar 2.000 caminhões a gás vendidos. Esse número mostra claramente a maturidade da solução. E em relação ao transporte elétrico? Qual é a realidade brasileira nesse segmento? Marcelo Gallao: O elétrico tem uma eficiência energética imbatível. Porém, o grande desafio está na infraestrutura de distribuição de energia elétrica. Não adianta só gerar mais energia, é preciso levá-la até os pontos de consumo. E isso exige investimentos bilionários, de longo prazo, que não são viáveis apenas pela iniciativa privada. Esse desafio não é só brasileiro. Europa, Ásia e América do Norte enfrentam o mesmo problema. Mas no Brasil, nos próximos cinco anos, veremos elétricos principalmente em nichos muito específicos. Como distribuição urbana, bebidas, última milha. Ou seja, onde a autonomia de 200 a 250 km atende bem. Fora desses nichos, não há ainda viabilidade para transporte pesado elétrico em larga escala. Híbridos em veículos pesados Os híbridos podem ser uma solução de transição viável? Marcelo Gallao: Sim, principalmente os híbridos leves e médios, que combinam um motor a combustão com um módulo elétrico. Isso permite reduzir consumo e emissões sem depender exclusivamente da infraestrutura elétrica. No Brasil, o híbrido flex a etanol faz ainda mais sentido, pois aproveita o etanol, que já é amplamente disponível. Essa tecnologia deve crescer bastante no transporte urbano e regional. O que leva a crer que os caminhões pesados elétricos ainda são inviáveis para operações rodoviárias? Marcelo Gallao: Hoje, sim. Os pesados elétricos são caros, com baterias que ainda ocupam muito espaço, são pesadas e limitam a autonomia. A solução que começa a ganhar espaço é o modelo eldquo;Rexerdquo;. Ou seja, um caminhão essencialmente elétrico, mas com um pequeno motor a combustão que funciona como gerador para recarregar as baterias em rota. Ele aumenta a autonomia sem precisar de uma infraestrutura tão robusta de recarga. Na Europa, há discussões e legislações que obrigam caminhões a mudarem para modo zero emissão ao entrarem em áreas urbanas. Se isso vier a acontecer no Brasil, essa tecnologia pode ganhar espaço. Todas as tecnologias vão conviver Pensando no médio e longo prazo, qual deve ser o mix de tecnologias no transporte de carga brasileiro? Marcelo Gallao: O Brasil não terá uma solução única. Vamos ter um mix regionalizado de tecnologias. Dessa forma, em regiões próximas a geração de energia elétrica, o elétrico tende a dominar, principalmente no transporte urbano. Onde houver disponibilidade de gás natural ou biometano, essa será a alternativa mais competitiva. Em áreas agrícolas, o biodiesel será protagonista. E o diesel continuará sendo importante, especialmente em rotas longas, onde a infraestrutura de outras alternativas ainda não chega. A grande certeza é que todas essas tecnologias vão coexistir. Dessa forma, nenhuma vai eliminar a outra. Cada uma atenderá sua aplicação específica, e isso não é um atraso, é a realidade de um País continental e heterogêneo como o nosso.

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