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Unesp lidera projeto de R$ 5 mi para desenvolver diesel verde

Ambientalistas e autoridades do clima do mundo todo são unânimes: o futuro do planeta depende da redução drástica das emissões de gases de efeito estufa. Parte essencial dessa missão passa pela substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis. E é justamente nesse contexto que o IQ (Instituto de Química) da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Araraquara, dá início ao projeto eldquo;Materiais Aplicados na Transformação de Biomassa em Diesel Verde: do Laboratório ao Pilotoerdquo;. A iniciativa, aprovada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e liderada pela professora Sandra Helena Pulcinelli, do IQ, estima o investimento de cerca de R$ 5 milhões ao longo dos próximos 5 anos em vistas de desenvolver diesel verde, também conhecido como HVO (Hydrotreated Vegetable Oil, óleo vegetal hidrogenado, em tradução livre). eldquo;Esse projeto foi concebido com a proposta de somar competências para criar algo novo e relevante para o Brasil. O diesel verde já é produzido em outros países, mas sua exploração aqui ainda é praticamente nulaerdquo;, explica a professora. Produzido a partir de matérias-primas renováveis como óleo de cozinha usado, gordura animal e rejeitos da indústria, o HVO se diferencia do biodiesel tradicional por utilizar hidrogênio em sua produção. Segundo Sandra, isso garante uma série de vantagens: menor emissão de poluentes, maior eficiência na queima, estabilidade térmica, resistência à oxidação, versatilidade no uso, entre outras. eldquo;Ele pode ser utilizado puro ou misturado com diesel convencional ou mesmo com biodieselerdquo;, acrescenta. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Japão vai misturar etanol a combustível, e Ásia surge como antídoto a Trump

O Brasil quer fugir da dependência dos gigantes econômicos emdash;China e Estados Unidosemdash;, e o Japão é a porta de entrada para novos mercados asiáticos. O movimento tem como objetivo enfrentar a guerra comercial iniciada por Donald Trump. O que aconteceu O presidente Lula tem intensificado conversas com países asiáticos. Lula já realizou viagens para o Japão e o Vietnã, num gesto que simboliza a busca por um leque de opções que vá além da China. A expectativa é firmar acordos e recompor perdas comerciais com os Estados Unidos. Há dois caminhos possíveis: parcerias bilaterais e parcerias entre blocos, o que envolveria o Mercosul. Tóquio foi o primeiro destino na Ásia porque Japão e Brasil se anteciparam ao protecionismo de Trump. As tratativas entre os dois países começaram no G20, realizado no Rio, em novembro do ano passado. Três motivos foram decisivos para ambos sentarem à mesa de negociações: Comprometimento com a transição energética; Relação comercial de longa data; Balança comercial equilibrada. A possibilidade de um acordo com o Mercosul se tornou real. A afirmação é de Rafael Cecconello, diretor de Assuntos Regulatórios e Governamentais da Toyota e que esteve na comitiva de Lula ao Japão. Ele explicou que os dois países sairiam ganhando. Brasil e Japão têm um portfólio de produtos complementar e estão empenhados com a política de neutralidade de carbono. Em 26 de março, Brasil e Japão assinaram dois memorandos. Eles tratam de combustíveis sustentáveis e da expansão da colaboração industrial entre os dois países. Mercado aberto para etanol O setor açucareiro brasileiro será bastante beneficiado. O Japão vai acrescentar 10% de etanol no combustível (E10) até 2030. O percentual vai dobrar na década seguinte. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Com tomate, ovo e café caros, inflação sobe 0,56% em março

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,56% em março deste ano em comparação ao mês anterior, quando o índice saltou para 1,31%. Esta é a maior leitura para um mês de março desde 2023, quando índice subiu 0,71%. No acumulado dos últimos 12 meses, houve um acréscimo de 5,48%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (11). A leitura veio em levemente acima com a mediana de projeções de economistas consultados pela Bloomberg, que indicava alta mensal de 0,53% e anual de 5,45%. Já de acordo com o boletim Focus, era esperada uma alta de 0,56% em março. A alta de preços foi puxada pelo grupo alimentação e bebidas, que acelerou de 0,70% em fevereiro para 1,17% em março, respondendo por cerca de 45% do IPCA de março, o maior impacto no índice. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%). Em 12 meses, eles ficaram 0,13%, 19,52% e 77,78% mais caros, respectivamente. Segundo o IBGE, apenas estes três itens juntos respondem por um quarto do IPCA de março. A alta do café é a maior em 12 meses de todos os itens observados pelo IBGE. Em segundo lugar, está a tangerina, que ficou 52,71% mais cara no período. No lado das quedas de março, destacam-se o óleo de soja (1,99%), o arroz (1,81%) e as carnes (1,60%). A alimentação fora do domicílio (0,77%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,47%), com os refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) mostrando variações superiores às observadas no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente). Já o lanche (0,63%) desacelerou em relação a fevereiro (0,66%). Em despesas pessoais (0,70%), grupo com a segunda maior variação no mês, o resultado foi influenciado por cinema, teatro e concertos (7,76%), dado o barateamento dos ingressos que ocorreu pontualmente em fevereiro, com a Semana do Cinema. Em transportes (0,46%), o resultado foi influenciado pelo aumento da passagem aérea (6,91%) e dos combustíveis (0,46%), que desaceleraram em relação ao mês de fevereiro (2,89%). A gasolina variou 0,51% ante os 2,78% do mês anterior, o óleo diesel 0,33% ante 4,35% e o etanol 0,16% ante 3,62%. Apenas o gás veicular acelerou de -0,52% em fevereiro para 0,23% em março. Já ônibus urbano barateou (-1,09%), com as reduções de 2,15% em Curitiba em razão da tarifa promocional de metade do valor aos domingos e feriados e de Brasília (-24,18%), dada a decretação de tarifa zero aos domingos e feriados, a partir de 1º de março, válida também para o metrô (-1,68%). O táxi (0,23%), por sua vez, encareceu em razão de reajustes de 14,88% em Aracaju (9,46%) e de 10,91% em Porto Alegre (0,32%). O grupo habitação, que havia registrado alta de 4,44% em fevereiro, variou 0,24% em março. A energia elétrica residencial, subitem de maior peso no grupo, desacelerou dos 16,80% do mês anterior para 0,12% em março. Para Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IBGE, a resiliência do mercado de trabalho é uma das explicações para o aumento dos preços. A taxa de desemprego está em 6,8% no trimestre até fevereiro. No intervalo até novembro, que serve de base de comparação, o indicador estava em 6,1%, o menor patamar de toda a série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que começou em 2012. "A massa salarial estando maior acaba trazendo um impulso para o consumo", diz Gonçalves. Em fevereiro, a inflação oficial do Brasil subiu 1,31% em fevereiro, após marcar 0,16% em janeiro, a maior para meses de fevereiro desde 2003 (1,57%), ou seja, em 22 anos. O salto entre janeiro e fevereiro foi puxado pela conta de luz, que teve um desconto pontual do bônus de Itaipu no início do ano. Com o bônus, a taxa de 0,16% foi a menor para o primeiro mês do ano desde o início do Plano Real, em 1994. Em fevereiro, porém, houve uma reversão, que já era aguardada por analistas. A energia elétrica residencial teve alta de 16,8% no mês passado, após queda de 14,21% em janeiro. Assim, a conta de luz exerceu a maior pressão individual no IPCA (0,56 ponto percentual). Apesar da desaceleração em março, a inflação segue acima da meta perseguida pelo Banco Central, de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou, menos. Para barrar a alta de preços, a autoridade monetária vem elevando a Selic desde setembro do ano passado. A expectativa de economistas é que o ciclo de alta se estenda pelos próximos meses, levando a taxa básica de juros dos atuais 14,25% para 15% em dezembro. Para o IPCA, o Focus aponta uma alta de 5,65% no acumulado de 2025, e de 4,50% em 2026. Segundo André Valério, economista sênior do banco Inter, o resultado não deve alterar a condução da política monetária e prevê mais uma alta de 0,5 ponto percentual, com a Selic encerrando o atual ciclo de alta a 14,75%. "O resultado de março mantém o tom das últimas leituras da inflação. Por um lado, continua-se a observar fortes pressões vindas da inflação de alimentos, enquanto a inflação do núcleo e de serviços mantém-se relativamente pressionadas, mas sem indicar fortes tendências de piora", diz Valério. Ele calcula que o núcleo da inflação emdash;medida que exclui itens mais voláteis como alimentos e combustíveisemdash; saiu de 0,6% em fevereiro para 0,51% em março, e que a inflação de serviços foi de 0,82% para 0,63%. "E esse recuo teria sido maior se não fosse a alta de 7% das passagens aéreas, o que mostra que a piora do indicador em fevereiro foi amplamente influenciada pela sazonalidade das matrículas escolares", afirma o economista. A inflação de serviços subjacentes e dos serviços intensivos em trabalho recuaram marginalmente, alcançando 0,65% e 0,58%, respectivamente, o quem segundo Valério, sugere algum repasse da força do mercado de trabalho. Já o índice de difusão, indicador que mede o tamanho do processo inflacionário, voltou a acelerar, alcançando 65%. "Hoje, o grande risco para o cenário da política monetária é mais o cenário externo, dada a elevada incerteza devido às tarifas do governo americano, do que a inflação doméstica", afirma Valério. Para Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, os dados desta sexta não alteram a previsão de IPCA ao fim do ano. "Hoje, o que temos mais avaliado no nosso balanço de riscos é o movimento das commodities, decorrente da guerra comercial que se estende desde a semana passada", afirma Barbosa. Para ele, a queda do petróleo e a alta do dólar podem interferir na inflação brasileira. "É um cenário de bastante incerteza", diz o economista. De acordo com Felipe Sichel, economista-chefe da Porto Asset, as altas da alimentação fora de casa, transporte por aplicativo, conserto de automóvel e hospedagem surpreenderam. "Para a política monetária o quadro desafiador se agravou [...] As métricas de serviços, lembrando que o BC disse estar particularmente atento a estas, mostram dinâmica preocupante", afirma Sichel.

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Preço do diesel nos postos cai menos do que esperado após corte da Petrobras

O preço do diesel S-10 nos postos brasileiros caiu 0,8%, ou R$ 0,07 por litro, na segunda semana após redução de 4,6% no valor de venda pelas refinarias da Petrobras. O repasse ainda está bem menor do que o estimado pela estatal quando anunciou o ajuste. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o combustível foi vendido nesta semana, em média, a R$ 6,33 por litro. Nas duas semanas após o reajuste, a queda acumulada é de R$ 0,09 por litro. A Petrobras esperava R$ 0,15. O anúncio de redução no preço foi feito em evento pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, cerca de 15 minutos antes da divulgação de comunicado oficial pela estatal, procedimento normalmente usado para informar reajustes de preços. No dia seguinte ao corte, o tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, derrubou as cotações internacionais do petróleo, fazendo a Petrobras voltar a operar com prêmio em relação à paridade de importação. O cenário levou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a cobrar publicamente nova análise dos preços para acompanhar a queda das cotações internacionais, mas fontes da Petrobras disseram que a empresa vai esperar o fim da volatilidade. De fato, esta semana, recuo de Trump em relação às tarifas provocou recuperação das cotações internacionais, reequilibrando os preços internos. Mas nesta sexta-feira (11) os preços da estatal voltaram a ficar acima das cotações mundiais. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o prêmio para o diesel vendido pela Petrobras é de R$ 0,14 por litro. No caso da gasolina, a diferença é maior, de R$ 0,19 por litro. A estatal não altera o preço da gasolina em suas refinarias desde aumento de R$ 0,20 por litro promovido no início de julho. O produto tem grande peso no índice oficial de inflação, o IPCA, o que amplia a pressão por cortes. Segundo a ANP, a gasolina foi vendida pelos postos brasileiros ao preço médio de R$ 6,32 por litro esta semana, praticamente estável em relação à semana anterior. O preço do etanol também ficou estável, em R$ 4,27 por litro.

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Brasil aposta em veículos flex e hidrogênio em cenários para transição

O governo brasileiro está enxergando nos veículos flex uma vantagem para o país na corrida global pela transição energética e nos biocombustíveis de segunda geração uma rota de menor custo para o setor de transporte, indica o Plano Decenal de Energia 2034 (PDE 2034). Divulgado esta semana pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o estudo traz três cenários para a descarbonização da matriz brasileira, a partir da visão do Plano Nacional de de Transição Energética (PTE), com simulações de como será a penetração de novas tecnologias para que o país cumpra suas ambições climáticas até 2050. Veja a íntegra (.pdf) Veículos flex e etanol de segunda geração saem na frente em dois cenários: Transição Brasil (TB), que seria custo-eficiente em relação aos compromissos da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil; e Transição Global (TG), que considera a contribuição do país aos esforços globais para limitar o aumento médio da temperatura da Terra em até 1,5 °C em 2100. Apenas no cenário de Transição Alternativa (TA), a eletrificação ganha uma tração maior endash; ainda assim, há participação relevante dos biocombustíveis. Neste cenário, entram na conta questões como impactos da mudança climática no setor energético e as incertezas de novas tecnologias. É coerente com as decisões políticas dos últimos anos. De um lado, a frota elétrica vem conquistando cada vez mais o consumidor brasileiro. De outro, governo e Congresso Nacional têm avançado com políticas para incentivar a expansão dos biocombustíveis. A lei do Combustível do Futuro é um exemplo: prevê aumento da adição de etanol à gasolina e biodiesel ao diesel, além de inserir mandatos para biometano e diesel verde. Esses aumentos, no entanto, estão pendentes e enfrentam questões como impacto no preço final do combustível e inflação de alimentos. Hidrogênio acelera a partir de 2040 eldquo;Na década de 2030, a produção brasileira de hidrogênio é baixa, se acelerando nas décadas seguintes. Nos cenários de TG e TA em 2040, ultrapassam 0,7 EJerdquo;, estima o PDE. O relatório observa que o energético é considerado uma das tecnologias-chave da transição no contexto global, dada sua capacidade de armazenar energia renovável endash; o que pode viabilizar o avanço da eletrificação endash;, além da aplicação em em setores altamente dependentes de combustíveis fósseis, como produção de cimento, aço e fertilizantes. E cita projeções de agências internacionais para o Brasil que apontam o potencial de aumento de até 57% na demanda interna do hidrogênio. eldquo;O estudo do PTE discute o hidrogênio à luz das tecnologias de baixa emissão, visando à aplicação em setores de difícil descarbonização ou como vetor para armazenamento de energia, e permitindo maior entrada das renováveis intermitentes como a eólica e a solarerdquo;, explica. A partir de 2040, o PTE prevê um ganho de fôlego na produção, com a maior parcela destinada a uso indireto, como células a combustível alimentadas por etanol. No armazenamento de renováveis, o cenário de maior eletrificação (TA) considera a entrada de baterias eletroquímicas para atender o aumento significativo da eólica. Já nos cenários TB e TG, os biocombustíveis se apresentam como tecnologia de menor custo frente às baterias de veículos elétricos.

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Grupo Transportes avança 0,46% em março ante alta de 0,61% em fevereiro no IPCA

Os preços de Transportes subiram 0,46% em março, após alta de 0,61% em fevereiro. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (11/4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo deu uma contribuição positiva de 0,10 ponto porcentual para o IPCA, que subiu 0,56% no mês passado. Os preços de combustíveis tiveram alta de 0,46% em março, após avanço de 2,89% no mês anterior. A gasolina subiu 0,51%, após ter registrado salto de 2,78% em fevereiro, enquanto o etanol avançou 0,16% nesta leitura, após elevação de 3,62% na última. (Estadão Conteúdo)

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