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Petrobras avalia volta à distribuição de combustíveis

O conselho de administração da Petrobras deve avaliar se incluirá no Plano de Negócios 20262030 a volta da empresa ao setor de distribuição de combustíveis, conforme apurou o Estadão/Broadcast. O possível retorno da Petrobras ao mercado de varejo de combustíveis, no entanto, é visto como negativo tanto do ponto de vista de negócios quanto de governança. Na visão dos analistas, a estatal deve concentrar esforços em exploração e produção (Eeamp;P) de petróleo, como faz na Bacia de Santos. Além disso, concorrentes como Ultrapar (dona da rede de postos Ipiranga), Cosan (Shell) e até mesmo a Vibra (exBR Distribuidora) já têm presença relevante no setor endash; juntos, os três grupos detêm mais de 50% de participação no mercado de distribuição. Rodrigo Glatt, sócio da GTI Administração de Recursos, observa que, ainda que a estatal seja um nome eldquo;de pesoerdquo;, o desenvolvimento de novos postos seria menos rentável do que os já existentes. eldquo;É um business de capital intensivo e de retornos muito mais baixos do que os investimentos que ela tem em exploração de petróleo, que é onde ela devia focarerdquo;, diz Glatt. REPRESAMENTO. Segundo pessoas a par do assunto, a Petrobras estaria cogitando voltar ao setor por meio de um projeto greenfield endash; ou seja, começando do zero, como fez há décadas na criação da BR Distribuidora. A intenção não seria o controle de preços, mas garantir que não haverá represamento de cortes no valor dos derivados nas refinarias da empresa ao consumidor final. Apesar de a estatal ter reduzido o preço da gasolina em 5,6% no início de junho, os postos praticamente não repassaram a queda, o que trouxe descontentamento ao governo Lula. eldquo;Para montar uma rede como a da Ultrapar, Ipiranga, ou a da Cosan, a Shell, leva-se muito tempo, e o mercado já está ocupado. A saída seria desenvolver novos postos ou comprar redes pequenas de bandeira branca, o que exigiria muito trabalho e levaria tempo para a Petrobras se tornar relevanteerdquo;, complementa Glatt. A BR Distribuidora foi privatizada entre os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, passou a se chamar Vibra, mas manteve o direito de usar a marca Petrobras nos postos por um período. O contrato vence em 2029 e não deve ser renovado. Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a notícia sinaliza pressão negativa sobre o segmento de distribuição. eldquo;Os postos ganham pela variação de preços ao longo do tempo, e os retornos já estão ruins porque a Petrobras não acompanha a cotação internacional. Me parece que, se a estatal assumir postos, será ruim para todo o setor, ao criar distorção difícil de revertererdquo;, pondera. elsquo;DESTRUTIVAersquo;. A corretora Ativa avalia que, no longo prazo, a medida é potencialmente destrutiva de valor tanto para a estatal, que deveria focar em Eeamp;P, quanto para a Vibra. eldquo;Ainda que a proposta possa gerar reação positiva de curto prazo nas ações da distribuidora, apoiada em dispositivos de proteção acionária, temos dúvidas quanto à capacidade de execução sob uma nova gestão Petrobraserdquo;, diz a corretora. Para Cruz, mesmo que a ideia não seja a de controlar preços, o movimento reforça a percepção de maior intervenção estatal. eldquo;Acho que o passo seguinte ainda não foi dado porque as contas públicas estão deficitárias, e a Petrobras vem sendo solução, ano após ano, por meio dos dividendoserdquo;, diz.

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FGV: com queda da gasolina, grupo Transporte recua e alivia inflação ao consumidor no IGP-10

As quedas nos custos com Transportes, apoiada no recuo do preço da gasolina, ajudaram a desacelerar a inflação ao consumidor medida pelo Índice Geral de Preços emdash; 10 (IGP-10) em julho, informou nesta quinta-feira (17/7), a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) arrefeceu a alta a 0,13%, depois de 0,28%. eldquo;Nos preços ao consumidor, o grupo de transportes exerceu influência decisiva na desaceleração do índice. O principal fator foi a queda no preço da gasolina, resultado do novo reajuste implementado pela Petrobras para as distribuidoras, impacto que se propagou diretamente aos preços praticados no varejoerdquo;, disse Matheus Dias, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. Em relação ao mês anterior, seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Habitação (0,86% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para 0,04%), Alimentação (0,11% para -0,12%), Vestuário (0,51% para -0,15%), Comunicação (-0,05% para -0,26%) e Transportes (-0,08% para -0,12%). (Estadão Conteúdo)

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Alckmin se reúne com Raízen, JBS, Weg, Embraer e Suzano em encontro sobre tarifaço dos EUA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), teve nesta quinta-feira (17/7), uma nova reunião com empresários, tendo como pauta a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre importação de produtos brasileiros. O encontro ocorreu por videoconferência iniciada às 9h e reuniu representantes de setores potencialmente afetados pela tarifa, sucroenergético e biocombustíveis, de aeronaves, carne bovina, celulose a suco de laranja. Participaram do encontro: o vice-presidente executivo da Raízen, Claudio Oliveira; o CEO Global do Grupo JBS, Gilberto Tomazoni; o CEO da Prumo Logística, Rogério Zampronha; o diretor superintendente e o o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Weg, respectivamente, Alberto Kuba e Daniel Godinho; o CEO da Aeris Energy, Alexandre Negrão; o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto; o presidente da Suzano, João Alberto Fernandez de Abreu; o CEO da Citrosuco, Marcelo Abud; e o presidente e CEO Global da Stefanini Group, Marco Stefanini. O encontro compõe a série de agendas de Alckmin, como coordenador do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, para ouvir o setor produtivo e discutir ações de proteção ao Brasil frente às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos. Na terça (15/7) e quarta-feira, entidades de variados segmentos da indústria, do setor agropecuário e de centrais sindicais participaram de reuniões com o vice-presidente. Até aqui, a principal proposta do empresariado encontro foi a de buscar pelo menos mais 90 dias de discussão. Já no segundo encontro representantes do setor agropecuário pediram cautela ao Executivo nas negociações e que as tratativas sejam esgotadas até 31 de julho. A urgência de retomar negociações imediatas com os estados também tem sido uma das tônicas dos encontros. Com informações do Estadão Conteúdo.

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Petrobras cogita voltar a distribuir combustível no varejo

A Petrobras está considerando retornar à distribuição de combustíveis no varejo depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente da estatal, Magda Chambriard, reclamaram dos altos preços nas bombas. Quatro anos após concluir sua saída da BR Distribuidora, hoje Vibra Energia, o conselho de administração da Petrobras vai se reunir esta semana para discutir a alteração do plano estratégico da empresa a fim de incluir uma presença no setor de varejo, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, que pediu para não ser identificada ao discutir questões privadas. Não está claro se essa medida envolveria a tentativa de reestatização total da Vibra ou a compra de uma participação na operadora de lojas de conveniência e distribuidora de combustíveis. A proposta a ser discutida no âmbito do plano estratégico 2026-2030 posicionaria a Petrobras como uma empresa diversificada e integrada na geração de energia, de acordo com a pessoa a par do assunto. A BR Distribuidora foi privatizada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Petrobras preferiu não comentar. Lula tem se queixado de que os cortes nos preços de atacado da Petrobras para gasolina, diesel e outros produtos não têm sido repassados aos consumidores no varejo. Ele culpa os postos de gasolina e os impostos estaduais pelas disparidades. "Não é possível que a Petrobras anuncia tanto desconto no óleo diesel e esse desconto não chega no consumidor," disse Lula no início do mês em uma cerimônia para anunciar investimentos da estatal em refino. "Mesmo quando a Petrobras baixa, muitos postos de gasolina não reduzem". Lula também disse que a privatização criou várias camadas no sistema de distribuição que resultam em preços mais altos para os consumidores. "Hoje a Petrobras libera um botijão de gás de 13 quilos por R$ 37 e ele chega na casa de um pobre em outro estado a R$ 140," disse Lula no evento no dia 4 de julho. O controle dos pontos de venda pela Petrobras permitiria uma entrega mais eficiente do combustível, acrescentou. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também tem expressado preocupação com o fato de os postos de gasolina não estarem repassando as reduções no atacado para os consumidores na ponta. A AGU (Advocacia Geral da União) solicitou recentemente uma investigação sobre práticas anticoncorrenciais no preço dos combustíveis após analisar evidências de que os distribuidores e varejistas não estão repassando as reduções de preços no atacado. A Vibra tem um contrato para usar a marca Petrobras em seus postos até meados de 2029. A gigante do petróleo notificou a empresa no ano passado de que não estava interessada em renovar a licença nos termos atuais. (Bloomberg)

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Ação da ANP leva à retomada da produção em 61 campos de petróleo e gás natural

De abril de 2020 a julho de 2025, a ANP notificou 29 empresas a retomar a produção de um total de 91 campos de petróleo e/ou de gás natural. Como resultado, dados atualizados até julho de 2025 indicam que: 61 campos retomaram a produção após a notificação; 8 campos passaram por cessão de direitos; 4 campos foram formalmente devolvidos; e 3 campos foram anexados a outros campos. O ano de 2023 destacou-se com o maior número de retomadas (19), refletindo o impacto direto das ações regulatórias da Agência. As Bacias do Recôncavo e Potiguar concentram a maior parte das notificações e ações subsequentes. Assim, graças ao acompanhamento e à atuação da Agência, foi possível assegurar a retomada da produção de campos que estavam inativos e, consequentemente, o retorno do pagamento das participações governamentais. Essa ação da Agência atende às Resoluções do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) n° 2/2016 (sobre medidas de incentivo à exploração e à produção de petróleo e gás natural) e n° 5/2022 (sobre medidas de estímulo ao desenvolvimento e produção de campos ou acumulações de hidrocarbonetos de economicidade marginal). Ambas as resoluções trouxeram diversas determinações à ANP, dentre as quais, notificar operadoras de campos que não tenham apresentado produção nos últimos 6 meses para que restabeleçam a produção no prazo de 12 meses. As empresas podem ainda, nesse período, transferir os direitos sobre esses campos para outras empresas que se comprometam e tenham capacidade de cumprir a produção. Em caso da extinção do contrato de concessão e sendo identificada ainda alguma viabilidade de produção, o campo pode, ainda, ser incluído, pela ANP, na Oferta Permanente, para ser licitado novamente como eldquo;área inativa com acumulações marginaiserdquo;. É importante destacar que 15 dos campos notificados entre 2024 e 2025 ainda estão dentro do prazo regulamentar para a adoção de medidas pelas empresas, conforme previsto nas Resoluções CNPE n° 2/2016 e n° 5/2022 e no Parágrafo 29.4 da cláusula vigésima nona do contrato de concessão. A ANP segue monitorando esses casos, avaliando cronogramas para a retomada da produção, propostas de cessão e eventuais devoluções.

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Ações da Vibra caem 2,2% com notícia de que Petrobras mira varejo de combustíveis

As ações da Vibra Energia (VBBR3) caíram nesta quinta-feira, após a Bloomberg News noticiar que a Petrobras (PETR4) está considerando retornar ao varejo de venda de combustíveis e que seu conselho se reunirá esta semana para discutir o assunto. As ações da Vibra recuaram 2,22% (R$ 21,11), entre os piores desempenhos do Ibovespa, que subiu 0,04%. As ações preferenciais da Petrobras cederam cerca de 1%. Nesta quinta-feira, duas fontes familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que a Petrobras não tem planos de voltar a vender combustível no varejo. Uma delas observou que a estatal possui uma cláusula de não concorrência com a Vibra, sua antiga subsidiária, até 2029. A fonte acrescentou que, mesmo que o assunto viesse à tona durante uma reunião do conselho, essa cláusula impediria qualquer ação. Procurada, a Petrobras não respondeu de imediato a um pedido de comentário. A Vibra é uma das maiores distribuidoras de combustível da América Latina, operando uma rede de postos de gasolina com a marca Petrobras e vendendo combustível diretamente a empresas. Antiga BR Distribuidora, a empresa foi desmembrada da Petrobras e privatizada em 2019 sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro, à medida que a estatal vendia ativos para se concentrar nas frentes de exploração e produção de petróleo. A medida foi considerada um erro grave pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que frequentemente critica os varejistas de combustível por não baixarem os preços na bomba, mesmo quando a Petrobras, que controla a maior parte do refino de petróleo do Brasil, reduz seus preços para as distribuidoras. (Reuters)

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