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Nova gasolina que será vendida no Brasil contará com 'truque'

Prepare-se para uma mudança relevante nos postos de combustíveis do Brasil. A partir de 1º de agosto, entrará em circulação a gasolina E30, uma nova versão que eleva para 30% o teor de etanol anidro na mistura, atualmente fixado em 27%. Essa alteração, embora pareça pequena à primeira vista, traz consigo impactos significativos tanto para o funcionamento dos veículos quanto para o mercado de combustíveis. E tem mais: essa nova gasolina também virá com octanagem mais alta, um "truque" técnico que pode melhorar a eficiência dos motores. O reforço do etanol e seus efeitos no mercado O aumento do percentual de etanol na composição da gasolina não é apenas uma escolha técnica, mas também estratégica. Isso porque o etanol é um combustível mais limpo e renovável, o que contribui para a redução de emissões de poluentes e reforça a imagem sustentável da matriz energética brasileira. Sendo assim, a medida pode impulsionar a produção nacional de cana-de-açúcar e beneficiar economicamente o setor agrícola. Além disso, o aumento do etanol pode influenciar no comportamento do motor em alguns veículos. Por isso, motoristas devem ficar atentos a possíveis variações de consumo e desempenho, principalmente em modelos mais antigos. Octanagem mais alta Vale destacar que, junto à nova proporção de etanol, a gasolina E30 terá uma octanagem maior. O índice RON (Research Octane Number) passará de 93 para 94 na versão comum. A octanagem mede a resistência do combustível à detonação. Dessa maneira, quanto maior o número, melhor será o aproveitamento da queima dentro do motor, o que pode significar mais potência e menos desgaste. Desse jeito, veículos com motores mais modernos e de alta compressão devem se beneficiar mais da nova fórmula. Com isso, a E30 promete aliar desempenho, sustentabilidade e menor impacto ambiental, uma combinação que reflete a busca por uma mobilidade mais eficiente e consciente. Cabe ressaltar que essa mudança marca um novo momento para os combustíveis no Brasil. E se o consumidor estiver atento às especificações do seu carro, a adaptação à nova gasolina tende a ser tranquila e vantajosa. (Gávea News)

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Petróleo fecha estável com dados e tarifas dos EUA compensando novas sanções à Rússia

Os preços futuros do petróleo tiveram pouca variação nesta sexta-feira, em meio a notícias mistas sobre a economia e tarifas dos Estados Unidos e preocupações com o fornecimento de petróleo após as últimas sanções da União Europeia contra a Rússia pela guerra na Ucrânia. Os preços futuros do petróleo bruto Brent caíram 24 centavos, ou 0,3%, para US$69,28 por barril, enquanto os preços futuros do petróleo dos EUA (WTI) recuaram 20 centavos, ou 0,3%, para US$67,34. Com isso, os dois índices de referência do petróleo encerraram a semana com perda de cerca de 2%. Nos Estados Unidos, a construção de moradias unifamiliares caiu para uma mínima de 11 meses em junho, já que as altas taxas de hipoteca e a incerteza econômica prejudicaram as compras de imóveis, sugerindo que o investimento residencial contraiu-se novamente no segundo trimestre. Entretanto, o sentimento do consumidor dos EUA melhorou em julho, enquanto as expectativas de inflação continuaram a cair. A inflação mais baixa deve facilitar a redução das taxas de juros pelo Federal Reserve, o que poderia diminuir os custos de empréstimos dos consumidores e impulsionar o crescimento econômico e a demanda por petróleo. Separadamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, está pressionando por uma tarifa mínima de 15% a 20% em qualquer acordo com a União Europeia, informou o Financial Times na sexta-feira, acrescentando que o governo está agora analisando uma tarifa recíproca que exceda 10%, mesmo que um acordo seja alcançado. O aumento da inflação pode elevar os preços para os consumidores e enfraquecer o crescimento econômico e a demanda por petróleo. Na Europa, a UE chegou a um acordo sobre um 18º pacote de sanções contra a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, que inclui medidas para prejudicar os setores de petróleo e energia da Rússia. eldquo;As novas sanções contra o petróleo russo impostas pelos EUA e pela Europa nesta semana foram recebidas por uma reação silenciosa do mercadoerdquo;, disseram analistas da Capital Economics em uma nota. eldquo;Isso reflete o fato de os investidores duvidarem que o presidente Trump vá cumprir suas ameaças e acreditarem que as novas sanções europeias não serão mais eficazes do que as tentativas anteriores.erdquo; A UE também não importará mais nenhum produto petrolífero feito a partir do petróleo bruto russo, embora a proibição não se aplique às importações da Noruega, Reino Unido, EUA, Canadá e Suíça, disseram diplomatas da UE. (Reuters)

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Etanol é opção de moeda de troca em negociação com os EUA, avaliam empresários em evento

O etanol poderia ser usado como eldquo;barganhaerdquo; em uma eventual negociação com os Estados Unidos, segundo avaliação de empresários ouvidos pelo Estadão/Broadcast, durante reunião do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) promovida nesta sexta-feira, 18, na sede da organização, na avenida Faria Lima, em São Paulo. Com isso, o Brasil poderia oferecer alguma concessão nesse setor em troca de redução das tarifas impostas pelos americanos a produtos brasileiros. Com o avanço da produção nacional, especialmente a partir do milho, participantes do encontro argumentaram que o atual nível tarifário aplicado pelos EUA ao etanol brasileiro poderia ser revisto. Empresários destacaram que a produção de etanol de milho tem crescido de forma expressiva no Brasil, gerando outros produtos relevantes, como o grão seco por destilação (DDG), utilizado na alimentação animal. Um dos presentes afirmou que talvez seja o momento de discutir uma equalização nas tarifas aplicadas ao produto, como parte de uma agenda propositiva de concessões bilaterais. Outros participantes da reunião chamaram atenção para a postura dos Estados Unidos, onde cerca de 38% da produção de milho é destinada à fabricação de etanol. Parte dos presentes sugeriu que, caso os EUA decidam ampliar de 10% para 15% a mistura obrigatória de etanol à gasolina em todo o território, haveria um ganho de consumo de até 27 bilhões de litros, o que poderia abrir oportunidades de cooperação com o Brasil. Ainda assim, foi ponderado que o etanol brasileiro, mesmo com eliminação tarifária, permaneceria fora do mercado norte-americano em razão do preço. Diante desse cenário, a avaliação entre os interlocutores foi de que o etanol poderia integrar o pacote de negociação com os Estados Unidos. Em caso de concessão por parte do Brasil, setores eventualmente prejudicados pela abertura comercial deveriam ser compensados internamente, com apoio de políticas públicas ou mecanismos de ajuste de mercado. Só elsquo;sensação de vitóriaersquo; recuaria Trump Na avaliação de empresários ouvidos pelo Estadão/Broadcast durante reunião do Lide, Trump só recuará na política tarifária contra o Brasil se obtiver uma eldquo;sensação de vitóriaerdquo;, e emdash; no entender dos entrevistados emdash; é isso que o Brasil precisa entregar do ponto de vista psicológico. Um dos participantes, enfatizando que Trump não vai eldquo;ceder de graçaerdquo;, defendeu que o governo aja de um ponto de vista pragmático, técnico e eldquo;até do ponto de vista psicológicoerdquo;. Os empresários mencionaram ainda que as empresas americanas têm demonstrado estar de eldquo;portas abertaserdquo; para uma eventual negociação, mas que o presidente Trump eldquo;as fechaerdquo;. A tarifa de 50% imposta pelo governo Trump a produtos importados brasileiros a partir de 1º de agosto foi vista pelos empresários como uma reação à postura do Brics de avaliar o uso de outra moeda como referência internacional, e não mais ao dólar. Outro participante observou que a questão da eldquo;moedaerdquo; do Brics, citada por Lula (na verdade, a facilitação do comércio entre os integrantes do bloco, que manteriam suas moedas próprias) foi um ponto que aumentou a hostilidade de Trump em relação ao Brasil. Na reunião do Lide, empresários levantaram ainda a possibilidade de que o governo americano não escute o Brasil em termos de negociação tarifária, mas destacam que a mobilização tem de vir do governo central brasileiro, e não de Estados ou municípios. Os riscos de uma eventual retaliação Participantes da reunião do Lide associam uma eventual retaliação, em vez de negociação, ao risco de eldquo;explodir a cadeia produtivaerdquo; do Brasil. Segundo outro participante, se houver retaliação por parte do Brasil, eldquo;a cadeia produtiva interna explodeerdquo;, pois há possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevar ainda mais o nível de tarifas. Outros empresários afirmam que a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 dos Estados Unidos emdash; que autoriza o presidente americano a tomar todas as medidas apropriadas, incluindo retaliação tarifária e não tarifária, para obter a remoção de qualquer ato, política ou prática de um governo emdash; abre margem para negociação, por meio também de uma eldquo;agenda positivaerdquo;. Segundo empresários, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, é visto como a melhor representação do governo brasileiro para fomentar um diálogo com os Estados Unidos. Qual é o impacto da operação contra Bolsonaro Na avaliação dos empresários ouvidos pelo Estadão/Broadcast, a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, deflagrada nesta manhã, adicionou tensão ao ambiente político e pode comprometer a busca por soluções técnicas para a crise comercial com os Estados Unidos. Um dos participantes também avaliou que o atual embate tarifário pode ganhar contornos de mobilização popular e até reconfigurar discursos políticos no Brasil.

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Petrobahia celebra aumento na venda de diesel marítimo e mira aumento de atuação no Norte do Brasil

A Petrobahia registrou no último ano um aumento de 16% na venda de diesel marítimo. Esse dado reflete a expansão da empresa, da demanda que cresce a cada dia e o aumento na distribuição do combustível no setor. Como resultado, a companhia segue posicionada como a terceira maior distribuidora de diesel marítimo no Nordeste. Para a assessora comercial marítima da Petrobahia, Ariana Alencar, esse aumento pode ser atribuído a diversos fatores. Um dos principais foi a conclusão da tancagem no Porto de Itaqui, que melhorou a logística e facilitou o fornecimento de combustíveis para o Norte e Nordeste do Brasil. eldquo;Além desse fator, ressalto o crescimento da demanda por transporte marítimo, melhorias nas operações portuárias, como as dragagens, e o aumento das atividades offshore de apoioerdquo;. Juntamente com esses fatores, a eficiência logística foi outro aspecto decisivo para o destacamento da empresa no mercado, permitindo que o diesel marítimo da Petrobahia chegasse em até 10 estados do Brasil só no último ano. eldquo;São alguns dos nossos clientes empresas do setor de transporte aquaviário, como navios mercantes, pesqueiros e embarcações de apoio offshore, juntamente com os operadores de terminais portuários e empresas de logística, que dependem do transporte por via marítima. Todos esses players quando buscam uma distribuidora procuram a união entre qualidade e preço justo, e isso nós temoserdquo;, finaliza. Para 2025, a Petrobahia estima que o cenário de crescimento permanecerá, principalmente por conta da demanda, impulsionada pela expansão econômica no setor, na Bahia, Nordeste e em muitas partes do Brasil. No momento, a empresa aguarda com boas expectativas a conclusão das obras de dragagem do Porto de Ilhéus e o avanço das obras da Ponte Salvador endash; Itaparica, que devem contribuir para esse crescimento nos próximos anos. Como estratégia de mercado, a Petrobahia tem buscado aumentar suas operações no Norte do Brasil, com o objetivo de alcançar uma posição de destaque, como o Top 10 nacional em movimentações de combustíveis marítimos. eldquo;Como a nossa cultura de segurança e a preocupação com o meio ambiente são pilares fundamentais da nossa empresa, sabemos da nossa capacidade de atender todas as demandas da região com celeridade, capacidade e segurança. Hoje no mercado, oferecemos combustíveis com menor impacto ambiental, atendendo todas as diretrizes da Organização Marítima Internacional (IMO). Com toda a certezaerdquo;, finaliza Ariana.

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Haddad diz que devedor contumaz é criminoso e deve 'parar no xilindró' com aprovação de lei

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera o termo eldquo;devedor contumazerdquo; suave para nomear o contribuinte que, de maneira reiterada e intencional, deixa de pagar impostos e vai criando novas figuras jurídicas, uma atrás da outra, para fugir do fisco. Para o chefe da equipe econômica, a conduta é criminosa, provoca prejuízo direto aos concorrentes e deve ser punida. eldquo;A gente está chamando de devedor contumaz, mas é um eufemismo para falar de um criminoso. Tanto é que você vai ver, quando essa lei for aprovada, quem vai para o xilindró é criminoso. A gente fica dando nome bonito para coisa feia. Vai ter impacto arrecadatório? Espero que sim. Mas não é essa a motivação da leierdquo;, disse o ministro em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, concedida na última quarta-feira, 16. A Fazenda fez uma proposta formal para punir o devedor contumaz em 2019. Sem ver avanços, a atual equipe econômica fez nova proposta, em março de 2024, com um capítulo que prevê a criação de vantagens aos bons contribuintes. Ainda assim, o projeto do devedor contumaz enfrenta percalços no Congresso. eldquo;Nós queremos aprovar porque não é possível que um empresário de boa fé, que está recolhendo seus impostos, sofra a concorrência de um bandido que está roubando combustível, que está abrindo 180 CNPJs para não pagar imposto. Fica difícil a vida assimerdquo;, disse Haddad. O texto de autoria do governo mira empresas que agem de má-fé e têm na inadimplência uma estratégia de negócio. O projeto estabelece quatro condições para a inclusão na eldquo;lista sujaerdquo;, entre elas ter dívida superior a R$ 15 milhões endash; montante que deverá ser maior que o patrimônio da companhia - de longa duração (há mais de um ano) e cujos sócios tenham vinculação com outro CNPJ, ativo ou extinto, com dívida tributária semelhante. No ano passado, sob relatoria de Danilo Forte (União-CE), a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara chegou a apresentar um parecer, mas nunca houve votação. Nos bastidores, entidades que representam o setor privado passaram a defender a tramitação de um projeto de autoria do ex-senador Jean Paul Prates (PT-RN) e que estava parado na Comissão de Constituição e Justiça, sob relatoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Ou ainda um texto anterior, de autoria do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que estava em estágio mais avançado. Ele trata do código brasileiro do contribuinte, pensado para ser um marco de defesa do pagador de impostos. Sob relatoria do senador Efraim Filho (União-PB), o texto incorporou a figura do devedor contumaz, mas às vésperas do Natal, a pedido do governo, foi retirado de pauta. Desde então, os senadores Veneziano e Efraim debatem um texto único para colocar em votação. Haddad disse que, em sua última conversa com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), tratou do projeto de lei e que o senador informou que Efraim apresentaria sua versão à Fazenda. Procurado, Efraim informou que o seu texto está pronto há mais de um mês e já foi validado pela Fazenda, aguardando apenas a inclusão na pauta de votação, o que é atribuição de Alcolumbre. Um dos setores mais afetados pela concorrência desleal é o dos postos de combustíveis, no qual empresários dizem perder espaço para grupos que não pagam impostos e que têm ligação com milícias e com o crime organizado. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Haddad disse que o governo não espera arrecadar com a iniciativa, mas preservar concorrentes. eldquo;Toda vez que você combate a sonegação, tem efeito arrecadatório. Você está combatendo o devedor contumaz, vai arrecadar. Agora, qual é a motivação de prender o devedor contumaz? É a concorrência. Tem setores econômicos sofrendo com a concorrência de criminosos. Criminososerdquo;, afirmou o ministro.

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Sem verbas, ANP fechará portas três dias por semana, diz superintendente

O superintendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Luciano Lobo, informou ontem que a agência disse ontem aos funcionários que vai fechar as portas durante três dias por semana, para economizar recursos e tentar chegar até o fim do ano. "A ANP está passando pela pior crise dos últimos 20 anos. Sou concursado há 20 anos e nunca vi uma crise tão grave", disse Lobo ao abrir o terceiro dia do seminário Energia 360 Alagoas, promovido pela Origem Energia, em Maceió. "Ontem, a ANP comunicou que vai fechar as portas por três dias na semana para economizar recursos, para tentar chegar ao final do ano. Vai apagar as luzes", afirmou o servidor, pedindo ajuda às associações presentes ao evento para tentar reverter a situação. A crise na agência reguladora, que também vem sendo percebida em outras similares, é consequência de sucessivos cortes de orçamento. Diante da limitação de recursos, a ANP já cortou a fiscalização da qualidade de combustíveis e reduziu a pesquisa de preços nos postos de abastecimento, entre outras medidas.

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