Ano:
Mês:
article

ANP recebe equipamento que detecta teor de biodiesel no diesel

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recebeu recentemente dispositivos capazes de medir o teor de biodiesel no óleo diesel. Atualmente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) fixa esse percentual em 14%, mas decidiu elevá-lo para 15% a partir de 1º de agosto. Os equipamentos emdash; cinco ao todo, chamados espectrofotômetros emdash; foram doados pelo Instituto Combustível Legal (ICL), em parceria com entidades do mercado: Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom); Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove); União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio); bem como a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio). Equipamento permite aferição em fiscalizações de campo De acordo com a ANP, o dispositivo permite aos fiscais detectarem em campo se a mistura obrigatória de biodiesel na composição do diesel está correta. Dessa forma, a agência pode aplicar medidas cautelares de interdição imediatas ao fornecedor em casos de irregularidades. Sem o espectrofotômetro, os fiscais identificam o percentual de biodiesel apenas em laboratórios, após a ação. Segundo a ANP, a demora desse método pode impossibilitar a apreensão do combustível irregular e a interdição do posto. Ainda conforme a agência, o cumprimento correto do teor de biodiesel no óleo diesel eldquo;é fundamental não apenas para a garantia de um mercado concorrencial saudável, mas também para a adequada implementação da Polícia Energética Nacionalerdquo;. Além disso, a ANP usará os espectrofotômetros de forma independente, sem gerar qualquer relação de dependência com o setor. A agência informou que não dependerá de insumos, treinamentos, autorizações, atualizações ou sistemas fornecidos pelos doadores para operar os dispositivos.

article

Petróleo sobe com alívio por adiamento de tarifas e com tensões geopolíticas no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, 8, estendendo o rali de ontem, apesar da avanço do dólar no exterior e do acréscimo de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no final de semana. Traders também observam as tensões geopolíticas, bem como o adiamento da implementação das tarifas eldquo;recíprocaserdquo; de Donald Trump para 1º de agosto. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em alta de 0,58% (US$ 0,40), a US$ 68,33 o barril. Já o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,81% (US$ 0,57), a US$ 70,15 o barril. Embora as preocupações com o aumento da oferta da commodity tenham achatado a curva para além do verão do Hemisfério Norte, os preços imediatos continuam a encontrar apoio de um pico de demanda esperado, diz a Rystad Energy. A Opep+ também está lidando com preocupações pessimistas relacionadas à não conformidade e à superprodução de alguns membros, e o adiamento do prazo tarifário dos EUA para 1º de agosto também ajuda a sustentar os preços, acrescenta a consultoria. A Capital Economics, contudo, pontua que a decisão do cartel de acelerar o ritmo de produção em agosto reforça a pressão de queda sobre os preços do petróleo, que se intensificará nos próximos 18 meses ou mais. No contexto geopolítico, os Houthis do Iêmen voltaram a atacar navios no Mar Vermelho pela primeira vez desde que Trump anunciou uma trégua com o grupo rebelde em maio. O Comando Central do Exército dos EUA afirmou estar ciente dos relatos do ataque, mas se recusou a fazer mais comentários. Ainda no radar dos investidores, o Departamento de Energia (DoE) americano elevou a previsão para o preço do barril do Brent este ano, de US$ 66 para US$ 69, mas reduziu ligeiramente a de 2026, de US$ 59 para US$ 58. O avanço nas projeções de 2025 reflete a escalada do prêmio geopolítico diante de tensões no Oriente Médio, diz o DoE. (Estadão Conteúdo)

article

Brasil bate recorde na importação de diesel no 1º semestre, aponta StoneX

As importações de diesel A (sem mistura de biodiesel) pelo Brasil cresceram 13,2% no primeiro semestre, ante o mesmo período de 2024, para um volume recorde, diante de uma menor atividade de refinarias brasileiras e um mercado que favoreceu compras externas, disse a consultoria StoneX. No total, o Brasil importou 7,9 bilhões de litros de diesel A entre janeiro e junho, com a maior parte proveniente da Rússia, de acordo com dados do governo compilados pela consultoria. Dados mais recentes da reguladora ANP apontam que enquanto as vendas de diesel A no mercado doméstico avançaram 2,1% entre janeiro e maio, a produção do combustível pelas refinarias recuou 2,4%, destacou a StoneX, em relatório. O movimento, segundo a consultoria, gerou "um aumento do déficit no balanço brasileiro do combustível, que foi compensado, em última instância, por um aumento das compras externas". Além disso, as fortes quedas do preço do petróleo e do diesel no mercado externo influenciaram uma maior atratividade do combustível ofertado pelo exterior em determinados períodos do ano. "Essa janela mais aberta foi observada principalmente a partir de fevereiro -- em meio ao reajuste positivo dos preços de venda pela Petrobras, o início da queda das cotações no mercado internacional e a valorização do real --, se estendendo até meados de junho", disse a StoneX em relatório. A consultoria destacou que, entre abril e maio, mesmo com os três reajustes de baixa promovidos pela Petrobras em suas refinarias, foi registrado o período de maior atratividade do produto externo, "em meio ao derretimento dos futuros do petróleo e derivados". A queda dos preços ocorreu como impacto da implementação da nova política tarifária norte-americana e a decisão da Opep+ de acelerar o aumento da entrega de barris nos meses seguintes. Dentre as principais origens, a Rússia seguiu ocupando a primeira posição nas vendas de diesel ao Brasil, com 4,86 bilhões de litros. Apesar de se manter como principal fornecedor, o país registrou uma redução das vendas no comparativo com o mesmo período de 2024, de 3,7%. A participação russa nas vendas totais de diesel ao Brasil também caiu, de 71,9% para 61,3%, com os Estados Unidos assumindo uma boa parte dessa participação, indo de 6,4% para 24,7%, e passando a ocupar a segunda posição no ranking, com 1,96 bilhão de litros, desbancando os Emirados Árabes Unidos. GASOLINA As importações de gasolina A (sem adição de etanol anidro), por sua vez, caíram 12% no primeiro semestre, ante o mesmo período do ano passado, para 1,2 bilhão de litros, o volume mais baixo desde 2022, apesar de um aumento no consumo. "Isso responde a alguns fatores. Entre eles, destaca-se a dinâmica de paridade de importação, com a janela se mantendo e#39;fechadae#39; pela maior parte do semestre", disse a StoneX, pontuando que houve ainda um crescimento da oferta de gasolina A pelas refinarias domésticas. A Rússia também foi o principal país exportador de gasolina para o Brasil, entre janeiro e junho, com 39,1% do volume, seguido pelos Estados Unidos (32,8%) e Holanda (15,6%). "Essa tendência indica uma maior aproximação com o mercado de combustíveis russo, conforme Moscou representou menos de 18% das importações no primeiro semestre de 2024", ressaltou a consultoria, citando dados oficiais do governo. "Isso pode refletir preços mais atrativos, em um cenário similar ao observado para o caso do diesel." (Reuters)

article

ANP participa de audiência no Senado sobre os cortes orçamentários nas agências reguladoras

O Diretor-Geral em exercício da ANP, Bruno Caselli, participou, nesta terça-feira (8/7), da audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal (CI) que debateu a situação financeira das agências reguladoras federais. Em sua exposição, o Diretor-Geral apresentou as atribuições regimentais e as medidas emergenciais adotadas pela Agência para se adaptar à redução orçamentária. O diretor ressaltou ainda que, atualmente, a ANP, em termos reais, detém apenas 18% do orçamento que tinha em 2012/2013. eldquo;Com a redução da previsão orçamentária limitada a R$ 105 milhões de reais até o final do ano, corremos o risco de encerrar 2025 com um trimestre inteiro da Agência perdido. É um valor completamente incompatível com as nossas necessidades. Compreendemos a questão da política fiscal, mas o fato é que a capacidade de atuação do regulador fica extremamente limitada nesse contextoerdquo;, explicou. Como exemplo das consequências dos cortes orçamentários à sociedade, Caselli destacou os prejuízos à fiscalização, pela ANP, do atendimento ao aumento, a partir de 1º. de agosto, do percentual de biodiesel adicionado ao diesel fóssil (B15) e do percentual de etanol anidro adicionado ao etanol hidratado (E30). eldquo;O combustível comercializado, o E30 e o B15, precisam da ANP em campo para poder verificar sua qualidade e essa atuação está prejudicada pelo corteerdquo;, afirmou o Diretor. Além da ANP, participaram do evento representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Mineração (ANM).

article

Etanol/Cepea: Vendas caem 40%, para o menor volume da safra

Levantamento do Cepea mostra que o volume de etanol hidratado comercializado na primeira semana de julho no estado de São Paulo foi o menor da safra 2025/26, iniciada oficialmente em 1º de abril. Foram quase 20 milhões de litros a menos deste combustível frente ao período anterior, ou redução de 40,4%. Segundo o Centro de Pesquisas, já abastecidos com compras realizadas em semanas anteriores, demandantes de etanol estiveram afastados do mercado spot paulista. Agentes de usinas, por sua vez, seguiram firmes nos valores pedidos na maior parte dos casos, por conta dos estoques reduzidos de combustível neste atual momento da safra. Quanto aos preços, oscilaram pouco, conforme levantamentos do Cepea. De 30 de junho a 4 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,6055/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), pequena queda de 0,17% frente ao do período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ teve ligeiro avanço de 0,11% em igual comparativo, a R$ 2,9996/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). (Cepea)

article

Trump anuncia tarifas de 25% a 40% para produtos de 14 países

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira (7) impor tarifas entre 25% e 40% sobre importações de 14 países, incluindo Japão, Coreia do Sul, Tailândia e Bangladesh, a primeira rodada de novas taxas enquanto o governo americano tenta chegar a acordos comerciais. Em uma série de cartas publicadas no Truth Social, Trump disse que os EUA concordaram em continuar trabalhando com cada país apesar dos grandes déficits comerciais, e anunciou taxas maiores a partir de 1º de agosto. "Nossa relação está longe de ser recíproca", escreveu, acrescentando que as tarifas propostas são apenas um ponto de partida. O presidente também ameaçou responder eventuais retaliações dos países afetados com novas altas da mesma magnitude imposta por eles. As novas tarifas divulgadas nesta segunda são semelhantes às taxas do chamado Dia da Libertação que Trump anunciou em abril, e começariam em 25% para Japão, Coreia do Sul, Malásia, Cazaquistão e Tunísia, e chegariam a até 40% para Mianmar e Laos. Enquanto isso, África do Sul, Bósnia, Indonésia, Bangladesh, Sérvia, Tailândia e Camboja enfrentariam tarifas entre 30% e 36%. "Se você deseja abrir seus mercados comerciais até agora fechados para os Estados Unidos, e eliminar suas políticas tarifárias e não tarifárias e barreiras comerciais, nós, talvez, consideraremos um ajuste a esta carta", escreveu Trump. A pausa de 90 dias nas tarifas que Trump implementou em abril sobre Economistas, empresários e autoridades estrangeiras tentavam interpretar a avalanche de novas propostas tarifárias nesta segunda. Não estava claro, disseram eles, se o governo estava falando sério em seus planos ou apenas esperando reiniciar conversas estagnadas, embora ambos os cenários tenham adicionado à crescente incerteza econômica. Em 2 de abril, Trump anunciou tarifas contra inúmeros países no que chamou de "Dia da Libertação", mas uma semana depois ele suspendeu a medida contra a maioria dos países, mantendo uma taxa de 10%. A exceção foi a China, de quem os EUA chegaram a aumentar a tarifa até 154%, mas posteriormente os dois países diminuíram o imposto. Nas cartas endereçadas a Shigeru Ishiba, primeiro-ministro do Japão, e Lee Jae-Myung, presidente da Coreia do Sul, Trump afirmou que se qualquer um dos países aumentasse suas tarifas em retaliação, o percentual anunciado será somado aos 25%. A medida repete o que os EUA fizeram com a China em abril, mas os dois países tiveram de recuar e chegaram a um acordo em 27 de junho. dezenas de países estava prevista para terminar nesta quarta, mas na noite desta segunda o presidente assinou um decreto adiando o prazo para o dia 1º de agosto. As tarifas mais altas entrarão em vigor na mesma data e não serão combinadas com as tarifas setoriais anunciadas anteriormente, como as de automóveis, aço e alumínio. Isso significa, por exemplo, que as tarifas sobre veículos japoneses permanecerão em 25%, em vez de a tarifa setorial existente de 25% subir para 50% com a nova taxa recíproca, como ocorreu com algumas das tarifas de Trump. Após o anúncio, a Bolsa Seamp;P 500, em Nova York, deixou de operar em alta e fechou com queda de 0,8%. No Brasil, o dólar fechou com uma forte alta de 1%, cotado a R$ 5,478, após Trump ameaçar a aplicação de uma tarifa adicional de 10% a países que se alinharem ao Brics. A Bolsa encerrou com uma desvalorização de 1,25%, a 139.489 pontos, após renovar máximas históricas na última sexta-feira (4). Apesar de o governo Trump insistir que está perto de chegar aos acordos, eles não têm se materializado. Na semana passada, o presidente dos EUA disse nas redes sociais que havia chegado a um acordo comercial com o Vietnã, incluindo uma tarifa de 20% sobre as importações do país, embora os detalhes ainda permaneçam confusos. Leavitt, em conversa com jornalistas na Casa Branca nesta segunda, disse que as tarifas do presidente visam corrigir desequilíbrios comerciais que reduziram a manufatura dos EUA. "Ele está literalmente olhando para o mapa e observando cada país do planeta e vendo onde eles estão enganando o povo americano, vendo onde eles esvaziaram nossa base industrial, vendo onde nossos empregos foram para outros países no exterior por causa de suas políticas tarifárias, e ele está tentando corrigir isso", disse Leavitt. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse no domingo que as tarifas sobre importações de alguns países vão "voltar como um bumerangue" aos níveis elevados de abril, a menos que rapidamente ofereçam concessões e fechem acordos com Washington. Falando à CNN, ele disse que Trump informaria aos países que não conseguissem chegar a acordos com os EUA que tarifas mais altas sobre suas importações entrariam em vigor no próximo mês. "Não vou revelar a estratégia. Vamos estar muito ocupados nas próximas 72 horas", afirmou o secretário.

Como posso te ajudar?