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Entidade com agro e montadoras classifica como retrocesso ações contra mistura de biodiesel

O movimento para a promoção da Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB) divulgou nota, nesta segunda (24/3), manifestando preocupação com o avanço de iniciativas contrárias à mistura de biodiesel no diesel. Também classificou essas ações como retrocesso, em especial no ano em que o país sedia a COP30. Segundo o MBCB, questões estruturais de deficiência de fiscalização devem ser resolvidas na origem, e não por meio de ações que possam afetar os objetivos da lei do Combustível do Futuro. eldquo;Movimentos contrários à lei do Combustível do Futuro enfraquecem o trabalho do Legislativo, transmitem desinformação à sociedade e uma mensagem equivocada sobre os biocombustíveiserdquo;, diz a nota. O MBCB reúne entidades de diversos segmentos, incluindo o setor de bioenergia, automobilístico, máquinas agrícolas, autopeças, sucroenergético, entre outros. Dentre os participantes estão grandes montadoras, como a Stellantis, Toyota, BYD e Scania. A iniciativa de mobilidade de baixo carbono tem como missão a descarbonização viável e a neoindustrialização dos transportes no país, com o objetivo de atingir a neutralidade de emissões em 2050. O foco é a diminuição das emissões de carbono em veículos leves, pesados, máquinas agrícolas ou de construção. Waiver do biodiesel rachou setor Distribuidoras reunidas no Instituto Combustível Legal (ICL) e no Sindicom vinham se articulando com a Frente Parlamentar do Biodiesel (FBPIO) com o interesse comum de combater as fraudes na mistura. O setor, contudo, rachou quando o Sindicom formalizou o pedido de suspensão da mistura obrigatória por 90 dias, diante do aumento das fraudes. Eles querem zerar a obrigação, enquanto o governo finaliza a regulamentação de uma nova lei que poderá ampliar o combate às fraudes. Usineiros são prejudicados ao deixar de vender; e as distribuidoras que atendem aos mandatos sofrem com a concorrência desleal, uma vantagem ilegal por quem vende diesel sem o custo de aquisição do biocombustível. eldquo;Pedido é absurdoerdquo; O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou como absurdo o pedido de suspensão e que é preciso dar previsibilidade ao setor produtivo. As declarações foram dadas na última segunda (17/3), durante evento para apresentar os resultados do estudo de viabilidade técnica do E30. eldquo;O que as distribuidoras têm todo o direito, e eu destaquei aqui, na presença do diretor da Polícia Federal, é cobrar a concorrência leal, que todos façam a mistura adequada conforme a lei. Agora, sob o pretexto do não cumprimento da lei por parte de alguns, querer destruir uma indústria, é algo completamente inusitado e absurdoerdquo;, afirmou. Veja a íntegra do manifesto divulgado pelo MBCB O MBCB, acordo de cooperação entre empresas, entidades sindicais e associações para promover a Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil acompanha, com preocupação, alguns movimentos contrários à mistura do biodiesel no diesel, indicando retrocesso em um propósito nobre, principalmente no ano em que o Brasil sedia a COP30. A Lei 14.993/2024, Lei do Combustível do Futuro, é um marco regulatório muito importante e deve ser respeitada. Movimentos contrários a ela enfraquecem o trabalho do Legislativo, transmitem desinformação à sociedade e uma mensagem equivocada sobre os biocombustíveis. Questões estruturais e a deficiência de fiscalização, que comprometem as metas de adição do biodiesel no diesel, devem ser resolvidas em sua origem e não por meio de ações anódinas que possam afetar os objetivos da Lei do Combustível do Futuro e demais políticas públicas implementadas com a finalidade de promover a descarbonização na mobilidade.

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Brasil fortalece agenda de combustíveis fósseis no Brics

Os onze países do Brics devem se unir para eldquo;atacar a demandaerdquo; de petróleo e gás ao mesmo tempo em que buscam soluções para descarbonizar sua produção de combustíveis fósseis, defendeu nesta quinta (20/3) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), durante a abertura da 2ª Reunião de Energia do Brics, em Brasília. eldquo;No setor de óleo e gás, o planeta clama por redução nas emissões de gases de efeito estufa. Precisamos, juntos, atacar a demanda do petróleo e gáserdquo;, discursou no encontro dedicado a discutir o futuro da cooperação energética do bloco. eldquo;O petróleo brasileiro possui uma das menores emissões do planeta. Mesmo assim, queremos ampliar a aplicação de tecnologias como captura e estocagem de CO2 (CCUS), para redução da queima de gás, e a eletrificação das operações offshoreerdquo;, completou. Segundo Silveira, o objetivo é manter a relevância do Oeamp;G brasileiro no curto e médio prazo. Atualmente, o Brics é um grupo de países do Sul Global formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e, mais recentemente, Indonésia. O bloco soma uma produção conjunta de 42 milhões de barris de petróleo por dia (boe/dia), segundo dados do Departamento de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês). É o correspondente a pouco menos da metade da produção mundial de cerca de 100 milhões de boe/dia. Para o governo brasileiro, os países ricos devem ser os primeiros a abandonar os combustíveis fósseis, permitindo que as nações em desenvolvimento explorem seus recursos naturais para desenvolvimento econômico e investimentos para transição energética justa. Fósseis na transição justa Além de ser composto por grandes produtores de petróleo, o bloco foi formado por economias altamente dependentes de carvão, o que adiciona alguns graus de dificuldade quando o tema é abandonar combustíveis fósseis. Desde a presidência do G20, em 2024, o Brasil tem adotado o discurso da transição justa e gradual, sinalizando demandas de países que ainda precisam combater a pobreza e expandir o acesso a energia endash; um fator de desenvolvimento econômico. eldquo;A energia é estratégica, imprescindível em nossas economias e sociedades. Juntos, países do Brics, representamos 50% da produção e do consumo global. É nossa responsabilidade buscar um equilíbrio entre segurança energética e desenvolvimento sustentável, com uma transição para o futuro da economia de baixo carbonoerdquo;, disse o ministro na abertura da reunião. Pode frustrar organizações preocupadas com a influência do lobby dos combustíveis fósseis na conferência climática das Nações Unidas, marcada para novembro em Belém, no Pará. Presidente da COP30, o Brasil já expressou que pretende utilizar a articulação do Brics para alcançar resultados na cúpula do clima, especialmente em relação ao financiamento para emergentes. O tema também entrou no discurso de Silveira nesta manhã. eldquo;O financiamento da transição energética, por exemplo, é um desafio central para todos. Serão necessários recursos para viabilizar investimentos em infraestruturas, energias renováveis e pesquisa mineral para substituir as cadeias essenciais à transição. Sem financiamento adequado, a transformação dos nossos sistemas energéticos será mais lenta e desigualerdquo;. Foz do Amazonas antes da COP30 Ainda nesta quinta, Silveira disse a jornalistas que espera que a licença para a Petrobras perfurar a Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, saia antes da COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém. eldquo;Quem tem fome tem pressa. E o Brasil é um país com muitas desigualdades, com muitas necessidades, em especial de investimentos em áreas prioritárias, que são inclusive dever funcional do Estadoerdquo;, afirmou a jornalistas após a abertura da 2ª Reunião de Energia do Brics. O ministro tem pressionado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pela autorização da perfuração exploratória na região. eldquo;Estou esperando, como eu disse, de forma serena, mas ansiosa. Porque, repito, o governo do presidente Lula tem um foco que é combater a fome, a miséria, fazer inclusão social, construir uma sociedade mais justaerdquo;.

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Etanol é mais competitivo em relação à gasolina em 4 estados, cai em 12 e sobe em 8 unidades

O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em quatro estados na semana de 16 a 22 de março. Na média das pesquisas postadas no país, o etanol tinha paridade de 68,66% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) elaborado pela AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Mato Grosso (64,86%); Mato Grosso do Sul (66,56%); Paraná (68,83%); e São Paulo (67,80%). Preço do etanol sobe em 8 e no DF Os preços médios do etanol hidratado caíram em 12 estados, subiram em 8 e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 6 estados na semana de 16 a 22 de março. Os dados são da ANP compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o país, o preço médio do etanol ficou estável na comparação com a semana anterior, a R$ 4,36 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 0,24% no período, para R$ 4,19 o litro. A maior alta porcentual na semana, de 3,31%, foi registrada em Rondônia, onde o litro passou a R$ 5,30. A maior queda no período, em Mato Grosso, foi de 2,16%, para R$ 4 08 o litro. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,25 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,36, foi observado em Santa Catarina. Já o menor preço médio estadual de R$ 4,08, foi registrado em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5 48 o litro. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo sobe 1% enquanto Trump planeja tarifar países que compram da Venezuela

Os preços do petróleo subiram 1% nesta segunda-feira, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que imporá uma tarifa de 25% aos países que comprarem petróleo e gás da Venezuela. No entanto, os ganhos de preços foram limitados, pois os EUA deram à produtora de petróleo Chevron até 27 de maio para encerrar suas operações e exportações de petróleo da Venezuela. Inicialmente, Trump havia dado à Chevron 30 dias, a partir de 4 de março, para encerrar essa licença. As duas medidas tomadas em conjunto aliviam um pouco a pressão sobre a Chevron e, ao mesmo tempo, colocam mais pressão sobre outros consumidores de petróleo venezuelano, embora seja incerto como o governo Trump aplicará a tarifa. Os futuros do petróleo Brent subiram 1,2%, a US$73 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 1,2%, a US$69,11. Também contribuindo com um teto para os preços, a Opep+ provavelmente prosseguirá com o aumento planejado da produção de petróleo em maio, disseram as fontes, enquanto as negociações continuaram para acabar com a guerra na Ucrânia, o que poderia aumentar o fornecimento de petróleo russo para os mercados globais. eldquo;Tivemos um pequeno choque de oferta com a perda de barris da Venezuela para o mercado mundial. Portanto, essa é definitivamente uma força de altaerdquo;, disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociações do BOK Financial, acrescentando que os investidores também estavam atentos a restrições mais rígidas ao Irã. (Reuters)

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Shell decide investir em projeto petrolífero de Gato do Mato

A Shell anunciou na sexta-feita (21) ter tomado a decisão final de investir no projeto petrolífero Gato do Mato, no pré-sal da Bacia de Santos. Segundo a empresa, o plano de desenvolvimento do campo prevê a instalação de um navio-plataforma FPSO com capacidade para produzir até 120 mil barris por dia. A expectativa é de que as operações se iniciem em 2029. "Os volumes atuais estimados de recursos recuperáveis do desenvolvimento de Gato do Mato são de aproximadamente 370 milhões de barris", disse a Shell, em comunicado. O consórcio responsável pelo projeto é composto pela Shell como operadora, com 50% de participação, além da Ecopetrol (30%), TotalEnergies (20%) e a estatal brasileira PPSA. (Reuters)

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Empréstimo consignado para CLT tem 29 milhões de simulações e 2,9 milhões de pedidos em 2 dias

Em dois dias de funcionamento, o novo modelo de crédito consignado privado para trabalhadores CLT, batizado de Programa Crédito do Trabalhador, teve 29,3 milhões de simulações de empréstimo. O balanço vai de 6h de sexta-feira, 21, até as 18h deste sábado, 22, segundo dados da Dataprev, empresa de tecnologia de informações da Previdência, divulgados pelo Ministério do Trabalho. Ainda segundo informações do ministério, foram 2,9 milhões de propostas feitas às instituições financeiras e 6.683 contratos realizados. As instituições têm o prazo de até 24 horas para fornecer opções, que depois serão avaliadas pelos trabalhadores. Com a nova modalidade de crédito, o volume de acesso à Carteira Digital de Trabalho Digital (CTPS Digital) está 12 vezes acima da referência semanal, considerando os últimos 3 meses. Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, vem alertando aos trabalhadores que não tenham eldquo;pressaerdquo; em contratar o consignado, que esperem as 24 horas para que todas as instituições financeiras habilitadas mandem as suas propostas, para conseguir garantir taxas mais baixas de juros, de acordo com a nota emitida pela pasta. Confira em 10 passos como solicitar o empréstimo consignado: Acesse a CTPS Digital na sua loja de aplicativos para Android ou iOS; Assim que logar no sistema, seja por meio do gov.br ou sua biometria (para quem já tiver cadastrado), na página principal, haverá um banner com o nome do programa. Clique nele; Na próxima aba, em outro banner, serão oferecidas mais informações sobre o programa antes de acessar a simulação, e, logo abaixo, o botão eldquo;Faça uma simulaçãoerdquo;, que deve ser acessado; Ele irá mostrar o seu vínculo trabalhista, o valor máximo de empréstimo que você pode pedir, e, logo embaixo, duas caixas que devem ser preenchidas denominadas eldquo;De quanto você precisa?erdquo; e eldquo;Em quantas parcelas você quer pagar?erdquo;; Após o preenchimento, clique no botão azul logo embaixo: eldquo;Simular empréstimoerdquo;; Ele informará qual é a taxa de referência e valor total a ser pago; Depois, o sistema informa que as instituições poderão oferecer condições ainda melhores; Para seguir com a proposta, é necessário concordar em compartilhar os dados. Depois disso, em até 24 horas, os bancos irão fornecer outras opções, que podem ser melhores do que as informadas anteriormente. Analise a melhor opção e contrate. Qual o desconto no salário? As parcelas do crédito consignado serão descontadas na folha do trabalhador mensalmente, por meio do eSocial, até a margem consignável de 35% do salário bruto, incluído comissões, abonos e demais benefícios. Após a contratação, o trabalhador acompanha mensalmente as atualizações do pagamento. Quem tem um consignado pode fazer portabilidade? Os trabalhadores com outros consignados ativos podem migrar o contrato existente para o novo modelo dentro de um mesmo banco a partir de 25 de abril. Entre bancos diferentes, a partir de 6 de junho. Como fica o pagamento das parcelas em caso de demissão? No caso de desligamento, o valor devido será descontado das verbas rescisórias, observado o limite legal de 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 100% da multa rescisória. Se o valor descontado for insuficiente, o pagamento das parcelas é interrompido, sendo retomado quando o trabalhador conseguir outro emprego CLT. Nesse caso, o valor das prestações será corrigido. O trabalhador também poderá procurar o banco para acertar uma nova forma de pagamento. Como fica o pagamento em caso de mudança de emprego? Se o trabalhador trocar de emprego, o desconto em folha passará a ser feito pelo novo empregador por meio do eSocial. Haverá teto de juros? Não. Embora existam tetos de juros no consignado do INSS e no consignado para servidores públicos, o governo optou por não limitar as taxas na versão para trabalhadores da iniciativa privada. A que dados dos trabalhadores as instituições financeiras terão acesso? O compartilhamento segue as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para fazer as propostas de crédito, as cerca de 80 instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho poderão acessar os seguintes dados: nome; Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) tempo de empresa; margem do salário disponível para consignação; e verbas rescisórias em caso de demissão. Será possível migrar do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) para o novo consignado? Sim, mas o trabalhador terá de procurar uma das 80 instituições financeiras habilitadas. Quem aderiu ao saque-aniversário pode contratar o novo consignado? Sim. Tanto quem fez o saque-aniversário como quem antecipou esse saque nos bancos pode ter acesso ao consignado para CLT. Os processos são independentes. O crédito consignado privado já existia? Sim. No entanto, a modalidade não tinha deslanchado entre os trabalhadores da iniciativa privada. A principal dificuldade era que, no caso do trabalhador CLT, o compartilhamento de dados do funcionário era burocrático. Até agora, as empresas privadas tinham de fazer convênios com determinado banco para possibilitar o desconto na folha de pagamento. O trabalhador CLT tinha a opção de pegar o crédito consignado apenas na instituição com a qual o empregador assinou o convênio e compartilhou os dados funcionais. Enquanto o volume de crédito consignado privado encerrou 2024 em R$ 39,7 bilhões, o estoque de crédito consignado do INSS ficou em R$ 270,8 bilhões. No funcionalismo público, atingiu R$ 365,4 bilhões no fim do ano passado. Simulação nos bancos só em abril Por ora, só é possível fazer a simulação e pedir as ofertas de crédito por meio do aplicativo da Carteria de Trabalho Digital. Entretanto, a partir do dia 25 de abril, as plataformas digitais dos bancos também poderão fazer simulações. Já no dia 6 de junho será possível, aos que já possuem crédito consignado privado, fazer a portabilidade entre os bancos. Atualmente, existem 4,4 milhões de operações de crédito consignado já contratadas (no modelo anterior) somando mais de R$ 40,4 bilhões em recursos, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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