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Empresas devem adotar Pix automático aos poucos

O Pix automático, modalidade que permitirá a autorização e o agendamento de pagamentos recorrentes emdash;como contas de água, luz, telefone, mensalidades escolares, academias e serviços de assinaturaemdash; começa a operar em bancos e instituições financeiras a partir do dia 16. A adesão pelas empresas deve ocorrer de forma gradual. A Folha procurou 26 companhias que oferecem serviços com cobrança recorrente, como o débito automático tradicional, mas apenas 11 informaram estar estudando a implementação do novo sistema, sendo que algumas integram um projeto-piloto coordenado pelo BC (Banco Central). A Sabesp, por exemplo, espera oferecer a opção no dia 16, ao passo que a Comgás só iniciará a modalidade em 2026, por exemplo. Com a função, que será lançada oficialmente pelo BC nesta quarta-feira (4), o cliente só precisa autorizar a operação uma vez, sem fazer um novo pagamento a cada cobrança. A imagem mostra uma pessoa segurando um smartphone com a tela exibindo o logotipo do aplicativo Pix. O fundo é desfocado, mas parece ser de uma superfície vermelha. A mão da pessoa está tocando a tela do celular. Para agendar o débito, o cliente deve checar se a empresa oferece o Pix automático como método de pagamento - Rubens Cavallari/Folhapress VEJA OS PLANOS DE CADA EMPRESA SABESP A Sabesp diz que vai oferecer o Pix automático aos clientes e que está preparando toda estrutura operacional. Os testes estão sendo realizados desde as últimas semanas de maio. "A Sabesp trabalha para que os clientes tenham acesso à nova modalidade de pagamento a partir do dia 16 de junho, porém, depende dos últimos testes operacionais a serem realizados próximos da data", afirma a empresa. NETFLIX A Netflix faz parte do "Programa Pioneiros" do Banco Central, que vem testando o Pix automático. Segundo a empresa, o recurso será apresentado inicialmente a um número restrito de usuários por um curto período de tempo. O objetivo da fase piloto é testar a estabilidade e experiência do usuário. GLOBOPLAY A Globoplay diz que o Pix automático será implementado por etapas a partir de junho e acompanhará a receptividade do modelo por meio de projeções de negócio e penetração territorial. A empresa foi uma das primeiras parceiras convidadas pelo Banco Central para integrar os testes iniciais e colabora com a modelagem do Pix automático desde o início do programa. TIM A TIM diz que a expectativa é lançar o modelo em breve, acompanhando o cronograma de implementação nacional. Segundo a operadora, o desenvolvimento da solução está em andamento. "A equipe responsável está trabalhando em parceria com instituições financeiras para garantir uma experiência segura e eficiente", afirma. LEIA MAIS Pix automático pode reduzir atrasos em pagamentos em até 30%, diz Itaú BC vai lançar Pix automático; veja calendário e como funciona em cada banco Pix automático, que poderá aposentar débito automático, começa a funcionar na quinta (29) no Banco do Brasil CLARO A Claro diz que, em breve, irá oferecer a modalidade. A operadora, que está em fase de desenvolvimento e testes, informa que compartilhará a novidade com seus clientes assim que disponível. SEM PARAR Os testes começaram no início do mês passado, e a expectativa é que a nova modalidade esteja disponível no início do terceiro trimestre. COMGÁS A Comgás diz que a implementação está em estudo e a expectativa é que o Pix automático seja disponibilizado aos consumidores no ano que vem. ENEL A Enel Brasil informa que está avaliando a nova modalidade e irá implementar o Pix automático. No momento, no entanto, não há previsão para a disponibilização da funcionalidade aos clientes. BIO RITMO A Bio Ritmo diz que "está de olho na novidade e está estudando a viabilidade da implementação da nova modalidade de pagamento para seus clientes". Caso seja possível, a academia diz que o Pix automático será implementado progressivamente. HAPVIDA A empresa diz que a adoção dessa modalidade está em fase de avaliação pela área financeira, com previsão de implementação em curto ou médio prazo. COMO FUNCIONA O PIX AUTOMÁTICO? Ao autorizar as cobranças por Pix automático, o cliente deverá definir algumas regras, como o valor máximo de cada pagamento. Caso não concorde com o valor da cobrança, será possível cancelar o agendamento do pagamento até as 23h59 do dia anterior à cobrança. Caso não haja saldo suficiente na conta do cliente no momento do débito, serão feitas três tentativas de cobrança em um período de até sete dias. Durante esse prazo, o cliente será notificado das tentativas e poderá providenciar os recursos para manter o serviço ativo. A modalidade promete aposentar o débito automático no futuro. O cliente deve checar se a empresa (como sua academia ou seu serviço de streaming) oferecem o Pix automático como forma de pagamento Depois, será necessário autorizar o pagamento das cobranças e definir regras, como o valor máximo de cada pagamento e se vai usar ou não linha de crédito Periodicamente, nos dias anteriores ao pagamento, a empresa enviará a cobrança ao banco do pagador O banco agenda o pagamento e notifica o cliente, que pode conferir, antes do pagamento e no app da sua conta, se está tudo certo No dia previsto, o banco efetiva o pagamento da cobrança de acordo com as regras definidas na autorização

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Etanol/Cepea: Maior oferta pressiona hidratado com força

Levantamento do Cepea mostra que o preço do etanol hidratado caiu com mais força na última semana de maio, devido ao aumento da oferta. De acordo com o Centro de Pesquisas, as chuvas registradas em algumas regiões de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul paralisaram pontualmente as atividades nas unidades industriais, mas com pouco efeito sobre as cotações. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que a postura de demandantes foi de cautela. Em especial no fechamento do mês, as filas de retiradas de etanol nas usinas diminuíram. Assim, de 26 a 30 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,6100/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,83% no comparativo ao período anterior endash; foi a maior queda da safra 2025/26. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ caiu 1,62%, a R$ 3,0564/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins).

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Gasolina mais barata vai limitar inflação com aumento das contas de luz

A redução de 5,6% do preço da gasolina para as distribuidoras chegará em breve ao bolso dos motoristas. A determinação tem potencial para aliviar a inflação deste mês, que será impactada pelo aumento das contas de energia elétrica. O que aconteceu Petrobras reduziu o preço da gasolina. A decisão que passou a valer hoje derrubou em R$ 0,17 o valor do litro do combustível nas refinarias, para R$ 2,85. Com a definição, a estatal calcula que o preço da gasolina foi reduzido em R$ 0,22 desde dezembro de 2022. "É o ajuste exato necessário para realinhar os preços da gasolina da Petrobras ao limite superior das faixas de preço de referência", avaliam os analistas Monique Greco e Eric de Mello, do Itaú BBA. "É uma decisão milimetricamente definida, porque está no limite do que seria possível neste momento e ajuda a imagem do governo e a ideia de que os preços estão sendo, efetivamente, monitorados pela Petrobras" Gilberto Braga, professor do Ibmec Defasagem da paridade internacional justificou a decisão. O último relatório da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) aponta que a paridade da gasolina no mercado nacional passou de +R$ 0,08 para -R$ 0,06 após o reajuste da Petrobras. "Sempre que estiver na segunda casa decimal, [a paridade] representa uma estabilidade", diz Gilberto Braga, professor de economia do Ibmec, sobre a medida baseada na variação de preço Brent, referência mundial do petróleo bruto, e a oscilação cambial. Reajuste vai segurar avanço do IPCA. A redução deve reduzir em 0,1 ponto percentual a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo neste mês, calcula André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). A estimativa de Braz é baseada no peso de 5,3% da gasolina sobre a renda familiar. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Silveira quer monitoramento para garantir repasse da queda na gasolina

O Ministério de Minas e Energia (MME) quer uma espécie de força-tarefa monitorando de perto se os revendedores de combustíveis vão repassar efetivamente, para os consumidores finais, a redução de preços da gasolina pela Petrobras. A estatal baixou em 5,6% o valor da gasolina vendida nas refinarias. Em média, o preço de fornecimento passou de R$ 3,02 para R$ 2,85 -- uma queda de R$ 0,17. Nesta terça-feira (3), mesmo dia em que o novo valor começou a ser aplicado, o MME enviou um ofício a quatro órgãos do governo para evitar a "transmissão assimétrica" do preço mais baixo. "É importante que cada instituição, no âmbito de suas respectivas competências regimentais, adote medidas cabíveis para que os interesses do consumidor sejam preservados, conforme preceitua a política energética nacional", diz o ministro Alexandre Silveira em um trecho do ofício, obtido pela CNN. O documento foi enviado para a diretora-geral interina da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Patrícia Huguenin Baran; para o presidente do Instiuto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Márcio Oliveira Brito; para o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas; e para a secretário nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Wadih Damous. "A política energética nacional tem como um de seus objetivos a proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos, consoante art. 1º, inciso III da Lei nº9.478/1997 [Lei do Petróleo]. É nesse contexto que solicito o apoio de vossos respectivos órgãos para garantir que a sociedade perceba, nos postos revendedores, rapidamente, a recente redução de preços promovida pela Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras na venda de gasolina A aos distribuidores de combustíveis líquidos", afirma Silveira. "Como o fenômeno da transmissão assimétrica de preços é percebido nesse mercado, ou seja, uma redução de preço em uma etapa da cadeia de suprimento pode não ser transmitido de forma igual nos elos seguintes da cadeia do abastecimento, entende-se que ações de acompanhamento dos agentes e de monitoramento dos preços podem contribuir para que a sociedade perceba, de fato, esse reajuste, tanto em magnitude quanto em velocidade."

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Petroleiras veem quebra de contrato em medidas do governo para elevar arrecadação

A indústria do petróleo reagiu com preocupação a medidas apresentadas pelo MME (Ministério de Minas e Energia) para elevar a arrecadação e aliviar restrições orçamentárias. Para o setor, algumas das propostas podem representar quebra de contratos vigentes. As medidas foram apresentadas nesta segunda-feira (2) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo fontes do governo, garantiriam uma receita extra de R$ 35 bilhões entre 2025 e 2026. Com a ressalva de que falava sobre notícias lidas na imprensa, o presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), Roberto Ardenghy, disse à Folha que vê dificuldades legais para a implantação de ao menos duas das propostas, que representariam cerca de metade do valor estimado. A maior delas é a revisão do decreto que regula a cobrança de participações especiais sobre a produção de petróleo, que o governo pretende fazer para ampliar a receita com o campo de Tupi, primeira descoberta do pré-sal. A participação especial é uma espécie de imposto de renda cobrado sobre campos de petróleo de alta rentabilidade. A alíquota é progressiva, variando de 10% a 40% sobre a receita da produção após o desconto de custos e investimentos. Maior campo de petróleo do país, Tupi é operado pela Petrobras (com fatia de 65%) em sociedade com a Shell (25%) e a Petrogal (10%). No primeiro trimestre, teve alíquota efetiva de participação especial de 36,47%, que representou o pagamento de R$ 8,2 bilhões em participação especial. O MME disse a Lula que a revisão do decreto que define as alíquotas representaria um ganho adicional de R$ 4 bilhões em 2025 e até R$ 9 bilhões em 2026. Deste total, metade ficaria para a União e a outra metade seria dividido entre estados e municípios. O presidente do IBP afirmou que a revisão das regras de cobrança sobre um projeto já iniciado representa quebra de contrato, já que os investidores consideraram as regras então vigentes para decidir por levar o projeto adiante. "O Brasil tem tradição e prática de respeitar contratos. Se houver decisão de retroagir o valor ou alíquota da participação especial, vai causar não só insegurança jurídica, como as empresas vão recorrer à Justiça", disse Ardenghy. Outra proposta questionada pelas petroleiras é a antecipação da revisão dos preços de referência do petróleo produzido por cada campo no país. O processo está sendo tocado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Esses preços definem quanto custa cada barril, de acordo com especificações de cada tipo de petróleo. São usados para calcular os royalties e participações especiais de cada campo. A reavaliação deveria ocorrer apenas em 2026, mas a ANP iniciou o debate em 2020. No decreto que autorizou o processo, o governo Jair Bolsonaro (PL) alegou que o cenário global de petróleo mudou após a pandemia e a Guerra na Ucrânia e que aperto nas especificações do combustível marítimo valorizaram o petróleo do pré-sal. Com o aumento do preço de referência, que é atrelado ao Brent, o governo espera uma receita extra de R$ 1 bilhão em 2025 e R$ 3 bilhões em 2026. O setor questiona a antecipação da revisão e diz que, caso confirmada, a vigência dos novos preços tem que cumprir uma quarentena de 180 dias. O descumprimento deste prazo, alega Ardenghy, seria mais um exemplo de quebra de contrato. "Estamos falando de um setor que vai investir US$ 350 bilhões, criando 400 mil empregos. E não é qualquer emprego, é emprego com valor agregado, com nível de remuneração maior que média nacional."

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IBP critica pacote de petróleo do governo e teme impacto no leilão de junho da ANP

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) reagiu com preocupação ao anúncio pelo governo do pacote de medidas que poderiam ser tomadas no setor de petróleo para ajudar a cobrir o déficit fiscal. Em nota nesta terça-feira, 3, a entidade que representa as empresas do setor criticou possíveis mudanças tributárias e a insegurança jurídica que pode afetar o setor, inclusive o leilão de áreas de petróleo e gás natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) previsto para 17 de junho. eldquo;Reconhecemos a importância de um equilíbrio fiscal, mas é fundamental que quaisquer iniciativas levem em conta a sustentabilidade e a competitividade de uma indústria estratégica para o Brasilerdquo;, alertou o IBP. O instituto lembrou que o petróleo é o primeiro item da pauta de exportações do Brasil e o setor já enfrenta a queda de preços da commodity (matéria-prima cotada em dólar) em um ambiente de alta volatilidade. Nos últimos 12 meses, destaca o IBP, o preço do petróleo tipo Brent despencou US$ 20, saindo de uma faixa de US$ 80 o barril para US$ 60. eldquo;Além disso, o setor já é altamente tributado: de cada três barris de petróleo produzidos no País, dois são direcionados ao pagamento de tributos, taxas e impostos específicoserdquo;, informou. A entidade avaliou que algumas medidas são bem-vindas, como a venda antecipada de petróleo e leilões de novas áreas, mas outras propostas, como a alteração nas alíquotas de participação especial de contratos existentes ou a revisão do preço de referência, eldquo;sem o devido atendimento dos requisitos legais, comprometem gravemente a segurança jurídica dos contratos e do ambiente de negócioserdquo;. eldquo;É imperativo que o governo atue em estrito cumprimento da legislação vigente, evitando medidas que, no passado, já geraram instabilidade, como a tentativa de imposição de imposto sobre a exportação de petróleo sem base legal, que foi revertida na Justiçaerdquo;, ressaltou. eldquo;Medidas abruptas, neste momento, poderiam ter um impacto negativo significativo, inclusive sobre o leilão de áreas exploratórias da ANP, que acontece agora em junho, e contratos já assinados, afetando a confiança dos investidores, o risco do País e o futuro da indústria brasileira.erdquo;

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