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Petróleo fecha em alta com guerra comercial e incertezas sobre oferta

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (27) com a guerra comercial deflagrada pelos EUA voltando a impulsionar os preços da commodity, após Donald Trump anunciar, na quarta-feira (26), tarifas sobre automóveis. Investidores ainda seguem monitorando sanções americanas contra o petróleo do Irã e da Venezuela. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para maio subiu 0,39% (US$ 0,27), fechando a US$ 69,92 o barril. O Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,38% (US$ 0,28), alcançando US$ 73,34 o barril. Os contratos tentam sustentar a alta de US$ 2 por barril desta semana, em meio às sanções dos EUA e as novas tarifas previstas para entrar no mercado na próxima semana, afirma Dennis Kissler, da BOK Financial. O contrato de maio do WTI está testando a resistência nas médias móveis de 50 e 200 dias, em torno de US$ 70,09 e US$ 70,50, diz ele. eldquo;Um fechamento sólido acima desses níveis pode mudar a tendência de longo prazo para os compradores e mirar na região dos US$ 73.erdquo; eldquo;Apesar da postura pró-combustíveis fósseis do presidente Trump, as incertezas causadas por sua política tarifária e seu objetivo de reduzir os preços do petróleo estão afetando o sentimento entre os produtores de combustíveis fósseiserdquo;, avalia Olivia Cross, da Capital Economics. eldquo;Esse sentimento continuará piorando na medida em que os preços do petróleo ficarem abaixo das expectativas dos produtores, levando à estagnação da produção de petróleo nos EUA neste anoerdquo;, ela acrescenta. (Estadão Conteúdo)

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Operação mira irregularidades em postos de combustíveis no RJ

Uma operação conjunta mira a identificação de irregularidades e crimes contra o consumo em postos de combustíveis em todo o Estado do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (27). Um posto no Cachambi, na Zona Norte do Rio, foi fechado por fraudes nas bombas de combustível, contaminação do solo e venda de cigarros contrabandeados. A ação conta com a Polícia Civil, agentes da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor, Procon-RJ e Instituto Estadual do Ambiente (Inea). No posto no Cachambi, os agentes descobriram que uma das bombas entregava menos combustível do que o que o visor mostrava. Os donos do estabelecimento terão 15 dias para apresentar defesa sobre a irregularidades. A ação deve acontecer ao longo de toda a semana. A fiscalização vai percorrer também as lojas de conveniência e vai verificar as relações de consumo.

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Estudo da EPE é 'prova cabal' de que acesso à infraestrutura de gás da Petrobras é caro

A proposta de remuneração dos ativos de escoamento e processamento de gás natural, apresentada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), é uma eldquo;prova cabalerdquo; de que o custo de acesso a essas infraestruturas está acima do valor justo. A avaliação é do novo coordenador-geral do Fórum do Gás, André Passos. Segundo ele, a metodologia proposta pela estatal do planejamento energético reduz a assimetria de informações no mercado e ajudará a organizar as negociações entre os agentes pelo acesso às infraestruturas essenciais. eldquo;Um dos elementos que permite que o preço do gás seja tão elevado no Brasil é a ausência de transparência dos componentes do custo da molécula. E a EPE começa a respondererdquo;, afirmou à agência eixos. eldquo;É uma prova cabal de que os preços estão muito acima do que deveriam ser e que há uma enorme diferença entre a remuneração atual e a justa por esses ativos e que isso precisa ser ajustadoerdquo;, completou Passos, que também é presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Caminho regulatório A discussão regulatória sobre a remuneração dos sistemas de escoamento (SIE) e processamento (SIP) tem como pano de fundo os leilões do gás da União endash; o que passa pelo acesso da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) aos ativos da Petrobras e à tentativa de baixar esses custos para enquadrá-los dentro da proposta do governo de oferecer um gás mais barato às indústrias. O Fórum do Gás, que reúne associações empresariais ligadas sobretudo ao setor industrial, emitiu, esta semana, uma nota de apoio ao estudo da EPE. O trabalho indica ser possível uma redução substancial de valores cobrados nos gasodutos de escoamento e unidades de processamento do pré-sal, para US$ 2 por milhão de BTU num primeiro ano. Para efeitos de comparação, os estudos técnicos do Gás para Empregar estimaram em 2023 que o custo de acesso ao SIE/SIP, controlados pela Petrobras, totaliza US$ 6,4 o milhão de BTU endash; estimativa construída a partir de oitivas com agentes. O grupo de trabalho não teve acesso, na ocasião, aos valores efetivamente cobrados pela estatal. André Passos destaca que o decreto 12.153/2024, que atribuiu à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a fixação da remuneração justa e adequada para os titulares das infraestruturas, carecia até então de uma eldquo;metodologia robustaerdquo; e que o trabalho da EPE vem preencher essa lacuna. eldquo;Está se percorrendo até aqui o caminho regulatório. O estudo da EPE não é só um instrumento de pressão, é o cumprimento das diretrizes do novo decreto da lei do Gás e é nisso [via regulatória] que estamos depositando nossa esperançaerdquo;, disse. Gas release em paralelo André Passos defende que, em paralelo à discussão sobre os custos das infraestruturas, o gas release também desponta como um instrumento importante para ajudar a baratear o preço do gás natural no Brasil. Na frente Legislativa, o senador Laércio Oliveira (PP/SE) pretende apresentar um novo projeto de lei para criar um programa de desconcentração do mercado, depois da tentativa frustrada de emplacar uma política do tipo no Paten em 2024. eldquo;É um instrumento que se soma a esse processo todo. Temos que voltar à discussão e é importante que haja o envolvimento de todos os atores nesse processoerdquo;, comentou.

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Setor de etanol do Brasil aposta em menor pegada de carbono para competir com os EUA no Japão

A comitiva brasileira que foi ao Japão buscou convencer as autoridades do país asiático a priorizar o etanol do Brasil no novo mandato de mistura do biocombustível à gasolina, com o argumento de que o produto tem a menor pegada de carbono do mercado. A estratégia faz frente à recente pressão do presidente americano Donald Trump para fornecer etanol ao Japão. No fim de 2024, o Japão anunciou que elevará sua mistura de etanol à gasolina a 10% em 2030 e criará o mesmo mandato para o bioquerosene de aviação como estratégia de descarbonização. O país também olha com atenção para o desenvolvimento de motores a etanol para navios. O Japão já misura na gasolina o ETBE, feito de etanol com isobuteno, do qual o Brasil é um grande fornecedor. O anúncio reavivou a competição entre Brasil e Estados Unidos. Em fevereiro, Trump recebeu o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, em Washington, e expressou o desejo de exportar etanol americano para reduzir o déficit comercial com o Japão. Segundo um alto executivo de uma empresa brasileira de etanol, há receio de que a nova política japonesa de biocombustível acabe beneficiando mais o produto dos Estados Unidos do que o do Brasil. Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), defendeu que o Japão adote eldquo;meta baseada em emissões, e não em volumeserdquo;. Se o Japão usar apenas etanol americano no novo mandato, o impacto na redução de emissões será de apenas eldquo;metade ou um terçoerdquo; do que se abastecer apenas com etanol brasileiro, disse Gussi, que está em Tóquio.. Do lado ambiental, o etanol brasileiro tem vantagem sobre o americano, já que, em média, o biocombustível do Brasil emite 20 toneladas de carbono equivalente por megajoule de energia gerada, enquanto a intensidade de carbono média do etanol americano está em 50 toneladas de carbono por megajoule de energia. Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem em Tóquio, o primeiro-ministro japonês citou os biocombustíveis do Brasil como de eldquo;alta qualidadeerdquo;. Para reforçar a preferência pelo etanol brasileiro, a Unica assinou ontem um memorando de entendimento com o Instituto de Economia da Energia do Japão (IEEJ).

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Trump anuncia tarifas de 25% sobre automóveis produzidos fora dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (26) que vai impor tarifas de 25% sobre importações de automóveis, ampliando a guerra comercial global que ele iniciou no novo mandato. "O que vamos fazer é uma tarifa de 25% para todos os carros que não são fabricados nos Estados Unidos", disse Trump em um evento no Salão Oval. "Começamos com uma base de 2,5%, que é onde estamos, e vamos para 25%." As tarifas entrarão em vigor em 2 de abril, quando o presidente dos EUA prometeu revelar tarifas recíprocas contra parceiros comerciais que considera responsáveis pelo déficit comercial do país. A cobrança das novas tarifas deve começar em 3 de abril. "Este é o começo do Dia da Libertação na América", disse Trump no Salão Oval. "Se você construir seu carro nos Estados Unidos, não haverá tarifa", acrescentou. O anúncio gerou rápida condenação da União Europeia e do primeiro-ministro canadense Mark Carney, que o chamou de "ataque direto" aos trabalhadores canadenses. "Defenderemos nossos trabalhadores, defenderemos nossas empresas, defenderemos nosso país e o faremos juntos", disse Carney. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse em comunicado lamentar profundamente a decisão de Trump. A UE "continuará buscando soluções negociadas" com os Estados Unidos, afirmou. As montadoras americanas fizeram forte lobby contra as tarifas, argumentando que elas desorganizariam suas cadeias de suprimentos e aumentariam o custo dos carros para os motoristas americanos. No caso dos carros elétricos chineses, que já são taxados em 100% desde agosto de 2024, as tarifas subirão para 125%. As ações da General Motors caíram 4% nas negociações pós-mercado, enquanto as ações listadas nos EUA da Stellantis caíram em uma margem semelhante, de acordo com dados da FactSet. A Ford caiu cerca de 2%. De acordo com a medida assinada, a cobrança de tarifas sobre importações de autopeças será adiada por até um mês. A data será especificada em um aviso do Registro Federal "até 3 de maio de 2025". As tarifas "continuarão em vigor, a menos que tais ações sejam expressamente reduzidas, modificadas ou encerradas", diz a medida. O texto não contém códigos tarifários específicos para itens sujeitos às tarifas. Trump, que vê as tarifas como uma ferramenta para aumentar a receita para compensar seus prometidos cortes de impostos e reviver uma base industrial dos EUA em declínio, prometeu durante semanas anunciar essas sobretaxas, e possivelmente algumas tarifas setoriais adicionais visando um "crescimento tremendo" na indústria automobilística dos EUA. Os EUA importaram US$ 474 bilhões em produtos automotivos em 2024, incluindo carros de passageiros no valor de US$ 220 bilhões. México, Japão, Coreia do Sul, Canadá e Alemanha, todos aliados próximos dos EUA, foram os maiores fornecedores. O México exporta 80% dos veículos que fabrica para os Estados Unidos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia. Os fabricantes de automóveis americanos possuem fábricas no exterior que abastecem o mercado interno, principalmente no Canadá e no México. Segundo o site da Ford, cerca de 20% dos veículos vendidos nos Estados Unidos são importados, e várias peças dos veículos montados no país também vêm do Canadá ou do México. A General Motors importa aproximadamente 750 mil veículos por ano do Canadá e do México, a maior importadora entre os fabricantes de automóveis. Hoje, o Brasil não exporta carros para os Estados Unidos. Em 2016, a BMW levou 10 mil unidades do modelo X1 para os EUA. Os carros foram montados na fábrica de Araquari. A decisão foi motivada devido à alta demanda pelo SUV no mercado norte-americano. Desde então, não houve mais envio de automóveis para o país. Entre os carros de passeio exportados no passado, destacam-se o sedã Voyage e a perua Parati, ambos da Volkswagen. Esses veículos chegaram aos EUA com o nome Fox entre nas décadas de 1980 e 1990 após passarem por cerca de 2.000 modificações. Trump disse nesta quarta que Elon Musk não o aconselhou sobre as tarifas sobre carros, acrescentando que elas poderiam ser neutras ou até mesmo benéficas para a Tesla. "Ele nunca me pediu um favor", disse. Desde que assumiu o cargo em 20 de janeiro, Trump anunciou e adiou tarifas sobre o Canadá e o México, alegando que eles permitem a entrada do opioide fentanil nos EUA; estabeleceu impostos de importação sobre produtos da China pelo mesmo motivo; lançou pesadas tarifas sobre importações de aço e alumínio; e tem repetidamente promovido seus planos de anunciar tarifas recíprocas globais em 2 de abril. AUMENTO DE CUSTOS As tarifas podem aumentar os custos dos carros para os consumidores em milhares de dólares, afetando as vendas de veículos novos e resultando em perda de empregos, já que a indústria automobilística dos EUA depende fortemente de peças importadas, de acordo com o Center for Automotive Research. "Em um momento em que o custo é a principal preocupação para os compradores de carros americanos, as montadoras dos EUA estão trabalhando para oferecer uma gama de veículos acessíveis para os consumidores", disse Jennifer Safavian, presidente e CEO da Autos Drive America, grupo comercial que representa montadoras estrangeiras, em comunicado. "As tarifas impostas hoje tornarão mais caro produzir e vender carros nos Estados Unidos, levando, em última análise, a preços mais altos, menos opções para os consumidores e menos empregos na manufatura nos EUA."

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CNC discute segurança pública com Lewandowski em reunião de Diretoria

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou, em 25 de março de 2025, em Brasília, sua reunião mensal de Diretoria para discutir temas de grande relevância para o setor produtivo e para a sociedade brasileira. Entre os destaques da pauta, estiveram a visita do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a integração das federações empresariais, a evolução do Programa Atena e as perspectivas econômicas e tributárias do País. O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, foi saudado pelos presentes pela sua posse na Academia Carioca de Letras, um reconhecimento por sua trajetória e contribuição para o setor empresarial e cultural do País. Ele também confirmou sua participação em reunião do Mercosul, em Buenos Aires, reforçando o compromisso da entidade com a integração econômica regional. O ministro Ricardo Lewandowski falou sobre segurança pública, ressaltando a importância de uma maior integração entre as polícias federais, estaduais e municipais. Ele defendeu a criação de um Sistema Único de Segurança Pública, inspirado no modelo do SUS, para estabelecer diretrizes gerais e coordenar a atuação das forças de segurança em todo o Brasil. A proposta inclui um Conselho Nacional de Segurança, com participação de entes federados e da sociedade civil, garantindo autonomia das polícias estaduais e municipais sem interferência federal indevida. A PEC se baseia em quatro pilares: diretrizes nacionais para a segurança pública, ampliação do papel da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, garantia de recursos via Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e criação de corregedorias e ouvidorias autônomas para fortalecer a fiscalização e o combate à corrupção Outro ponto de destaque do encontro foi apresentado pelo presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Junior, sobre a formalização da Aliança do Setor Produtivo de Mato Grosso, composta pela Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Fecomércio-MT e Fiemt (Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso). O grupo pretende intensificar a colaboração entre os setores de comércio, indústria e agropecuária, promovendo iniciativas conjuntas para o crescimento econômico do Estado. O Programa Atena 2025 também foi discutido, com ênfase nos avanços obtidos, em apresentação dos integrantes da equipe da Diretoria Jurídica e Sindical (DJS) Mateus Dornelas e João Braga. Os tópicos ressaltaram o número de alunos na UniCNC, que cresceu significativamente, e uma nova ferramenta de análise foi implementada para aprimorar a integração e a avaliação de resultados, evidenciando o impacto positivo do programa. Na esfera econômica, o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, comentou a carga tributária brasileira, que se mostra superior à de outros países da América Latina, além de um panorama dos principais índices econômicos. O presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, falou sobre a apresentação do Centro de Referência em Educação Inclusiva (CREI) do Sesc-Senac, que promove formação para educadores e atendimento gratuito a jovens com TEA (Transtorno de Espectro Autista) e síndrome de Down, na ONU, durante a 17ª Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Durante a reunião, o presidente da Fecomércio-ES, Idalberto Moro, ressaltou a importância de ampliar o reconhecimento da Festa da Penha, a maior celebração religiosa do Espírito Santo e um impulsionador do turismo local. Já Alexandre Sampaio, diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), convocou os Conselhos de Turismo das Fecomércios a promoverem o programa Vai Turismo em seus estados, ampliando sua divulgação e fortalecendo a captação de dados para a plataforma de inteligência.

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