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Brasil quer liderar agenda ambiental internacional na COP30, mas corre risco de retrocessos em casa

Se fosse um aluno em idade escolar, o Brasil chegaria à próxima conferência do clima das Nações Unidas (COP30) com grandes chances de repetir o ano, segundo especialistas ouvidos pela Folha. O encontro global voltado para a ação climática acontece em Belém, em novembro. O país está fazendo parte da lição de casa, mas acumula retrocessos importantes na área ambiental. Esses recuos são uma pedra no sapato do anfitrião da conferência, que pode chegar ao evento com menos do que o esperado para mostrar ao mundo emdash;colocando em risco sua imagem internacional de aluno aplicado na agenda ambiental. Mas o país tem pontuado bem em algumas áreas. Um relatório recente do MapBiomas mostra que em 2024 houve queda no desmatamento em todos os biomas brasileiros emdash;pouco mais de 30% em relação a 2023. Segundo a organização, a redução acontece pela primeira vez em seis anos. A exceção foi a mata atlântica, que manteve uma taxa de desmatamento quase igual à de 2023 emdash;depois de uma queda de quase 60% em relação a 2022. "[A ministra Marina Silva] foi responsável pela redução dos desmatamentos, pelo Fundo Amazônia. Esse ano devemos ter o terceiro ano consecutivo de queda significativa", diz Carlos Rittl, diretor de políticas públicas, florestas e mudança climática na Wildlife Conservation Society, organização internacional focada em conservação da natureza. Nos últimos dois anos e meio, o Executivo tem tomado ações para reconstruir muito do que foi desmantelado em termos de governança ambiental e climática na gestão anterior. Segundo Taciana Stec, especialista em políticas climáticas do Instituto Talanoa, o Plano Clima, atualmente em desenvolvimento, é um passo importante neste sentido. O Plano é um manual de ações de combate à mudança climática no Brasil até 2035, estabelecido pela Política Nacional sobre Mudança do Clima. O documento, segundo Stec, está bem estruturado. "Passou por um processo amplo de consulta pública sobre seus dois pilares (adaptação e mitigação da mudança do clima). Não estão finalizadas todas as etapas, mas acredito que essa vai ser uma grande entrega do Brasil até a COP30", diz. Ainda em termos de COP30, o Brasil tem reassumido seu papel na geopolítica global como anfitrião da conferência, diz Rittl. O engajamento não apenas de um corpo diplomático altamente qualificado, mas também de ministérios, como o da Fazenda, mostra que o país está empenhado em fazer bonito. "Estamos falando da mobilização de mais de 20 ministros de Finanças de países desenvolvidos e em desenvolvimento para olhar para a agenda do clima como um dos desafios globais no multilateralismo hoje", continua ele. A participação de lideranças indígenas e quilombolas como peças-chave na próxima COP é um fato inédito, diz Rittl ainda. A nomeação de enviados especiais globais e nacionais também é um sinal do esforço em curso pela conferência. "Nunca vi um nível de organização, de preparo, de esforço, e de engajamento diplomático como a presidência da COP30 está fazendo", diz. Nota baixa Se no campo internacional o Brasil tem se mobilizado de maneira exemplar, em termos de política doméstica o atual governo ainda deixa muito a desejar, dizem os especialistas ouvidos pela Folha. O choque entre o discurso para o exterior e a ação interna tem enviado muitos sinais trocados emdash;sinais que podem minar a imagem que o Brasil pretende continuar projetando como líder na discussão ambiental global. "A meu ver, a decisão de aumento expressivo da expansão de petróleo é a principal contradição na política ambiental do governo Lula 3", diz Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima. O Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Segundo o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), o país foi o oitavo maior produtor global em 2023. No ano passado, o país exportou mais da metade de sua produção. "O Brasil já é um dos grandes produtores emdash; mas querer intensificar ainda mais essa produção em novas fronteiras exploratórias e áreas sensíveis [ambientalmente], a meu ver, deslegitima quem quer debater o afastamento de combustíveis fósseis na esfera internacional", diz Araújo. O tema está entre os abordados na terceira carta pública da presidência da COP30, divulgada no fim de maio. Enquanto isso, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) prepara um leilão de novos blocos de exploração de petróleo emdash;47 deles na bacia do Foz do Amazonasemdash;, a acontecer no próximo dia 17. No fim de maio, o MPF (Ministério Público Federal) recomendou à ANP a suspensão do leilão ou a retirada dos 47 blocos na Foz do Amazonas. Outro tema que pode prejudicar a imagem do Brasil no exterior emdash;e minar esforços de avanço ambiental no paísemdash; é o novo projeto de lei que flexibiliza o processo de licenciamento ambiental. Aprovado no fim de maio pelo Senado, o texto aguarda votação na Câmara. O PL inclui uma emenda do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que cria um novo tipo de licenciamento ambiental que acelera grandes empreendimentos, independentemente do seu risco ambiental. "O licenciamento é a principal ferramenta de prevenção de danos à Política Nacional do Meio Ambiente, estabelecida em 1981", diz Araújo. A exigência de licenciamento ambiental, que veio com a Política Nacional, foi responsável por transformar Cubatão, na região de Santos, em um lugar muito diferente do que era nos anos 1980 emdash;quando era apelidada de "Vale da Morte". Licenciamento ambiental e avaliação de impactos ambientais são os dois pilares do controle ambiental no país. Grandes obras, como as barragens de rejeito de mineração de Brumadinho e Mariana, tiveram licença ambiental para sua construção. O que pode vir a seguir, temem ambientalistas, pode ser muito pior. "O licenciamento por vezes é moroso e burocrático? Sim. Mas ele precisa ser aperfeiçoado e modernizado, não destruído", argumenta Araújo. "O novo modelo de licenciamento que está sendo proposto mina as metas do Plano Clima", observa Stec. Retrocessos em direitos indígenas também entram no pacote de preocupações. No dia 28 de maio, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que prevê a suspensão da demarcação de duas Terras Indígenas em Santa Catarina. O imbróglio judicial no entorno do Marco Temporal, adiciona ela, "está aprofundando o conflito em Terras Indígenas". Lição de casa Para chegar à COP30 com a prática um pouco mais alinhada ao discurso, o Brasil tem muitas tarefas a cumprir, diz Stec. A primeira é pensar a governança climática e ambiental como um plano de Estado, não de governo. Estas políticas precisam resistir às mudanças de governo, diz ela. Falta, também, alinhar o discurso dentro de casa. "Está faltando o governo federal falar a mesma língua. Falar para fora e falar para dentro", diz Stec. Para isso, é necessário fazer um "mutirão interno" para alinhar as ideias. "O mutirão começa no Palácio do Planalto. Os ministros precisam chamar a COP30 [e a agenda ambiental] para si", concorda Rittl. O Brasil, além disso, precisa priorizar renda e justiça social deixando a floresta de pé, diz Araújo. "O país tem que optar por atividades produtivas que realmente tragam distribuição de renda. E o petróleo não faz isso", diz. É possível estimular a industrialização local tendo a questão ambiental como prioridade. "É possível gerar dinheiro a partir dos produtos locais, que são inúmeros", diz Araújo. Rittl resume: "o Brasil não pode entregar uma COP importantíssima para o mundo e chegar ao fim do ano com um dos maiores retrocessos da história".

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Margem Equatorial: Ibama marca vistoria da sonda da Petrobras que vai para a Foz do Amazonas

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou, para esta quinta-feira, 5, a vistoria na sonda NS-42, contratada pela Petrobras para perfuração no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas. A unidade está na Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. Se não houver contratempos, deverá seguir nos próximos dias para o norte do País, com chegada programada para o final do mês, conforme antecipou o Estadão/Broadcast. Após a vistoria, a empresa aguarda autorização para realizar a Análise Pré-Operacional (APO) no local, o que será decisivo para obter a licença de exploração. Segundo o órgão ambiental, a vistoria é uma eldquo;etapa rotineira de qualquer processo de licenciamento ambiental para atividades de perfuração marítima de poçoserdquo;. eldquo;Reforça-se que tal inspeção não representa qualquer direcionamento conclusivo quanto à emissão ou não da licença ambiental referente à atividade de perfuração marítima no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonaserdquo;, disse o Ibama. Em filme de divulgação da estatal, publicado em uma rede social pela diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos, a companhia afirma que já furou mais de 3 mil poços no País sem nenhum dano ambiental ou vazamento e que a perfuração na Margem Equatorial, se liberada pelo Ibama, será feita nos eldquo;mais rigorosos padrões de segurançaerdquo;. eldquo;Um passo fundamental para que consigamos a licença definitiva para perfurar o poço. Vamos em frente para desvendar o potencial petrolífero do Amapá Águas profundas. Sempre lembrando que o resultado de um poço não é suficiente para avaliar a área. Temos oito poços previstos para os 6 blocos na áreaerdquo;, disse a diretora na publicação. Ao todo, serão 16 poços na bacia da Foz do Amazonas que, apesar do nome, fica a 540 quilômetros da foz do rio. Para a operação, estão reservados R$ 16 bilhões, informa a estatal, que já fez simulações de emergência envolvendo mais de mil pessoas e 60 embarcações no local. O Porto de Belém, no Pará, será a base para receber os suprimentos de materiais para a perfuração do poço. A Petrobras afirma que, apesar dos temores de eventuais acidentes em uma região tão sensível, há décadas opera em áreas também de grande importância ambiental, que estão mais próximas da costa do que os blocos da bacia da Foz do Amazonas. Segundo a Petrobras, a distância do bloco FZA-M-59 da foz do rio Amazonas é duas vezes a distância do campo de Jubarte, na bacia de Campos, das praias de Búzios, no Rio de Janeiro, e quase o dobro de distância do campo de Tupi, maior produtor de petróleo do País, na bacia de Santos, das praias cariocas de Ipanema e Copacabana.

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Empresa dos EUA deve investir R$ 2,3 bi na fábrica de SAF em Maringá (PR)

A Satarem America Inc., empresa norte-americana de engenharia industrial especializada em soluções para os setores de cimento e energia, anunciou, na terça-feira (3/6), a intenção de construir uma fábrica de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) na cidade de Maringá (PR), em um investimento próximo a US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões). Inicialmente, o local vai usar como matéria-prima o etanol, informou em comunicado o vice-governador do Paraná, Darci Piana, que recebeu representantes da companhia. De acordo com o CEO da Satarem America Inc., Jerome Friler, já foram realizadas partes dos estudos técnicos e o objetivo agora é finalizar a compra do terreno, que fica na divisão entre Maringá e Sarandi. O processo de financiamento e envio da documentação necessária deverá seguir até meados de 2026. A partir daí, a construção da fábrica será imediata. Pela programação da empresa, o primeiro litro de SAF deve ser produzido em dezembro de 2028. Boa parte do que para produção nesse primeiro momento será destinado à exportação, mas a intenção da Satarem é que uma parcela seja utilizada pela aviação local. Uma segunda planta está nos planos, ampliando a capacidade de produção e, consequentemente, também o consumo de materiais-primas da região, como o biogás oriundo da atividade peculiar, por exemplo. Um dos representantes da Satarem Brasil na reunião, Júlio Gabardo destacou a importância da legislação para trazer a empresa, que negociava com outros estados. eldquo;Alguns fatores trouxeram a empresa para cá. Primeiro, a questão da logística adequada, próxima a um porto. Porque esse é um produto inicialmente voltado ao mercado externo. É um combustível que já está sendo negociado antecipadamente, com algumas companhias aéreas, a principal delas é a Ethiopian Air Lineseldquo;, explicou. eldquo;Esse projeto é muito importante para nós. É o maior investimento feito pela nossa companhia, nesse momento, na América Latina. Maringá é um ótimo lugar para a produção da SAF, por causa da disponibilidade de etanol, estrutura e um bom acesso a meios de exportação, por rodovia e ferrovia até o porto de Paranaguáerdquo;, afirmou Friler. O norte-americano fez questão de ressaltar que toda planta da empresa tem 50% de homens e 50% de mulheres, e que 30% são jovens. eldquo;É mais uma empresa que vem trazer 800 empregos diretamente, outros 2 mil a 3 mil indiretos ao Paraná. E ela produz combustível de aviação, um produto que tende a crescer na medida em que as companhias aéreas têm obrigações mundiais de chegar em 2050 zerando as emissões de gases de efeito estufa. Para isso, vai precisar usar todo o combustível que a SAF vai fazer em Maringáerdquo;, declarou o vice-governador. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo recua após notícias de que Arábia Saudita pretende acelerar oferta

Os contratos futuros de petróleo fecharam a quarta-feira, 4, em queda, após dois dias consecutivos de alta, pressionados pela notícia da Bloomberg de que a Arábia Saudita deseja que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) continuem aumentando a oferta de petróleo de forma acelerada nos próximos meses. Principal exportador global de petróleo, o país reduziu os preços do petróleo do tipo Arab Light para compradores asiáticos. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para julho caiu 0,88% (US$ 0,56), fechando a US$ 62,85 o barril. O Brent para agosto, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,17% (US$ 0,77), para US$ 64,86 o barril. Mais cedo, os contratos tiveram reação moderada aos dados de estoques dos Estados Unidos, que apontaram queda além do previsto nos níveis estocados de petróleo e aumento inesperado nas reservas de gasolina e destilados. Os ganhos recentes da commodity continuam limitados por preocupações persistentes com o excesso de oferta e o enfraquecimento do crescimento da demanda, afirma Ole Hansen, do Saxo Bank. Segundo ele, o Brent e o WTI seguem oscilando dentro de uma faixa de US$ 10. Do lado da oferta, riscos diversos emdash; como os incêndios florestais no Canadá, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a pressão dos Estados Unidos sobre o Irã emdash; oferecem suporte aos preços no curto e médio prazos. A compra especulativa também contribuiu para a alta recente. eldquo;No entanto, uma vez que essa compra impulsionada por momentum se esgote, o potencial de alta adicional provavelmente continuará limitado, especialmente enquanto a Opep+ seguir aumentando a oferta de forma crescente, mês após mêserdquo;, diz Hansen. eldquo;Nossa visão de curto prazo para o WTI permanece dentro de uma faixa de negociação mais confinada, em torno da zona de US$ 60 a US$ 64erdquo;, afirma a Ritterbusch em nota. Um teste da máxima dos contratos futuros do mês passado, de US$ 64,19, eldquo;não pode ser descartado se o dólar continuar se enfraquecendo e a tendência de alta nas ações prosseguirerdquo;, acrescenta a empresa. Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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O que é Pix Automático e como vai funcionar?

Com previsão para funcionar nacionalmente a partir do dia 16 de junho, o Pix Automático foi lançado nesta quarta-feira (04) pelo Banco Central. Segundo o site oficial do BC, a ferramenta apresenta uma nova possibilidade para pagamento de contas recorrentes, como energia, telefone, escolas, academias, condomínios, assinaturas, seguros, entre outras. O que é o Pix Automático e como funciona? Criado para facilitar os processos de pagamentos realizados pelos cidadãos, o Pix Automático é uma forma do pagador autorizar uma única vez o débito de despesas recorrentes. De acordo com o BC, a ferramenta é voltada para que os pagantes possam ter eldquo;mais praticidade e conveniência para o dia a diaerdquo;. O funcionamento é simples, bastante similar ao eldquo;Débito Automáticoerdquo;, já aplicado na maioria dos bancos brasileiros endash; físicos e digitais. Na hora de usar a nova modalidade de pagamento, é necessário que: Instituições e empresas endash; escolas, academias, streamings, entre outros endash; oferecerem o Pix Automático como uma opção de pagamento; Assim, o pagador autoriza o débito por Pix Automático e escolhe os detalhes do pagamento, como valor máximo da prestação e se o banco poderá ou não utilizar a linha de crédito disponível; De acordo com a periodicidade da cobrança, a instituição envia a fatura ao banco; O banco automaticamente faz o agendamento por Pix e notifica o pagador; No dia do vencimento, o pagamento é feito conforme as regras estabelecidas pelo usuário. É cobrada alguma taxa para utilizar a nova modalidade de pagamento? Não é cobrada nenhuma taxa para pessoas físicas que optarem por utilizar o Pix Automático. Porém, para pessoas jurídicas (PJ) e outras instituições é possível que encargos sejam cobrados devido às regras estabelecidas pelo banco. Portanto, se você tiver uma empresa e presente utilizar o novo método de pagamento para deixar as contas da sua corporação em dia, o recomendado é consultar as normas da instituição financeira escolhida. Se no dia do pagamento não houver dinheiro suficiente na conta, o que acontece? O pagamento será efetuado no dia do vencimento e, então, negado por falta de fundos. No mesmo instante o banco irá notificar o pagador para que possa ajustar o saldo da conta ou pedir um aumento de saldo endash; caso use a linha de crédito disponível. É possível cancelar um Pix Automático? Sim, o pagante poderá cancelar o Pix Automático de uma determinada conta se desejar. Dessa maneira, se você frequenta uma academia e após alguns meses decide parar, é possível desabilitar a cobrança automática via Pix, por exemplo. Além disso, se apenas resolver optar por outro meio de pagamento no meio do caminho, também é possível desativar a opção da nova modalidade. Qual é a diferença entre o Pix Automático e o Débito Automático? O Débito Automático é uma ferramenta liberada pelos bancos, os quais possuem convênios com empresas que concordam em oferecer esse tipo de pagamento aos usuários. Já o Pix Automático não depende desse tipo de relacionamento entre eldquo;banco-empresaerdquo;, visto que é uma funcionalidade criada pelo próprio Banco Central. Funcionando, inclusive, em finais de semana. Ainda há a facilidade de não precisar entrar em contato com a instituição que você, como consumidor, contratou um serviço endash; como acontece atualmente no caso do débito automático endash;, se desejar cancelar o Pix Automático. É só desabilitar a opção pelo próprio app do banco. E para o Pix Agendado Recorrente, tem alguma mudança? O Pix Agendado Recorrente é realizado para contas com valor fixo. Ou seja, se o boleto da sua academia é R$ 150 mensais, a cobrança será feita com esse valor. Já o Pix Automático é feito de acordo com o valor final do mês em questão. Assim, se a mensalidade da sua academia passou de R$ 150 para R$ 170 em um determinado mês, o valor será ajustado na hora do pagamento. Os bancos já estão preparados para o lançamento do Pix Automático? Antes do dia 16 de junho, em que todos os bancos devem oferecer a nova modalidade de pagamento, algumas instituições financeiras já aderiram ao Pix Automático. São elas: Banco do Brasil: desde o dia 29 de maio o método está habilitado; Bradesco: o Pix Automático só está liberado para correntistas, por enquanto; Santander: também permitem a utilização do método só para quem possui conta em um dos bancos participantes. O Pix Automático é seguro? Conforme consta no site oficial do BC, o Pix Automático segue os rigores de segurança do Pix tradicional. Se houver algum problema, é necessário acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), por meio do banco que você possui conta. O sistema é exclusivo para transações via Pix, que deve ser procurado quando houver fraudes, golpes ou crimes. Para acioná-lo, basta seguir o passo a passo abaixo: faça uma reclamação à sua instituição financeira; se após análise do banco ficar entendido que houve sim um problema no momento da transação, o recebedor do seu Pix terá os recursos disponíveis bloqueados na conta; assim, o caso é analisado em até 7 dias. Se for constatado fraude, o valor é devolvido para sua conta em até 96 horas. Porém, se a análise alegar que foi uma transação normal, o recebedor do Pix tem seus recursos na conta desbloqueados; Se o valor debitado na sua conta após a análise for menor do que o fraudado, o banco do fraudador deverá realizar vários bloqueios até que o dinheiro total seja devolvido.

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Produção de petróleo e gás natural no pré-sal registra novo recorde em abril

ANP divulgou ontem (03/06) o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de abril de 2025, que traz os dados consolidados da produção nacional. O mês registrou novo recorde na produção de petróleo e gás no pré-sal, com 3,734 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Trata-se de um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior e de 18,3% se comparada a abril de 2024. A produção do pré-sal, que ocorreu por meio de 164 poços, correspondeu, no mês, a 79,7% do total nacional. Separadamente, a produção de petróleo foi de 2,896 milhões de barris por dia (bbl/d) e a de gás natural, de 133,33 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Produção total nacional A produção total (petróleo + gás natural) no país, considerando pré-sal, pós-sal e terra, foi de 4,689 milhões de boe/d. Com relação ao petróleo, foram extraídos 3,632 milhões de bbl/d, um aumento de 0,3% na comparação com o mês anterior e de 13,7% em relação ao mesmo mês de 2024. A produção de gás natural em abril foi de 168,01 milhões de m³/d. Houve crescimento de 1,5% frente a março e de 22,9% na comparação com abril de 2024. Aproveitamento do gás natural Em abril, o aproveitamento de gás natural foi de 97,1%. Foram disponibilizados ao mercado 55,36 milhões de m³/d e a queima foi de 4,98 milhões de m³/d. Houve decréscimo de 13,6% na queima, em relação ao mês anterior, e aumento de 25,5% na comparação com abril de 2024. O principal motivo da redução em relação a março foi que o FPSO Almirante Tamandaré, em abril, comissionou parte dos compressores, permitindo iniciar a injeção de gás natural e consequentemente, reduzir sua queima. Origem da produção No mês, os campos marítimos produziram 97,6% do petróleo e 87,1% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 89,76% do total produzido. A produção teve origem em 6.505 poços, sendo 538 marítimos e 5.967 terrestres. Campos e instalações No mês de abril, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor, registrando 783,91 mil bbl/d de petróleo e 39,81 milhões de m³/d de gás natural. Já a instalação com a maior produção foi o FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, com 184 mil bbl/d de petróleo e 12,10 milhões de m³/d de gás natural. Sobre o Boletim da Produção de Petróleo e Gás Além da publicação tradicional em .pdf, é possível consultar os dados do boletim de forma interativa utilizando a tecnologia de Business Intelligence (BI). A ferramenta permite que o usuário altere o mês de referência sobre o qual deseja a informação, além de diferentes seleções de períodos para consulta e filtros específicos para campos, estados e bacias. Variações na produção são esperadas e podem ocorrer devido a fatores como paradas programadas de unidades de produção em função de manutenção, entrada em operação de poços, parada de poços para manutenção ou limpeza, início de comissionamento de novas unidades de produção, dentre outros. Tais ações são típicas da produção de petróleo e gás natural e buscam a operação estável e contínua, bem como o aumento da produção ao longo do tempo. Acesse o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural.

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