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Senador dos EUA ameaça taxar Brasil em 100% se país seguir comprando petróleo russo

O senador americano Lindsey Graham fez uma ameaça sobre a possibilidade de os Estados Unidos aplicarem tarifa adicional a países que continuarem comprando petróleo da Rússia, citando a possibilidade de impor uma alíquota de 100%. O Brasil seria um dos potenciais alvos. eldquo;Se vocês continuarem comprando petróleo barato da Rússia para permitir que essa guerra continue, nós vamos colocar um inferno de tarifas, esmagando a sua economiaerdquo;, disse o parlamentar da Carolina do Sul em entrevista à Fox News nesta segunda-feira, 21. eldquo;China, Índia e Brasil. Esses três países compram 80% do petróleo russo barato e é assim que a máquina de guerra de Putin continua funcionandoerdquo;, disse. eldquo;Se isso continuar, vamos impor 100% de tarifa para esses países. Punindo-os por ajudar a Rússiaerdquo;, afirmou. eldquo;Putin pode sobreviver às sanções, sem dar relevância a elas, e tem soldados. Mas a China, Índia e o Brasil vão ter de fazer uma escolha entre a economia americana e a ajuda a Putinerdquo;. eldquo;O jogo mudou em relação a você, presidente Putinerdquo;, declarou, citando ainda que os EUA continuarão mandando armas para que a Ucrânia possa revidar aos ataques russos. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo estende perdas e fecha em queda com incerteza sobre tarifas

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (21), estendendo as perdas das duas sessões anteriores, em meio às incertezas relacionadas às tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que pesa sobre a demanda. Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o petróleo WTI para setembro recuou 0,97% (US$ 0,64), a US$ 65,31 o barril. Já o Brent para mesmo mês, negociado na ICE (Intercontinental Exchange), cedeu 0,89% (US$ 0,62), a US$ 68,59 o barril. Trump afirmou hoje que os EUA fecharam um acordo comercial com as Filipinas, com o país asiático sendo tarifado em 19%. Já o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, confirmou que sediará as negociações contínuas entre Washington e Pequim início da próxima semana. Na União Europeia, todavia, o governo francês quer que Bruxelas aumente a pressão sobre os EUA, à medida que as negociações se aproximam do fim sem que haja um acordo à vista. A Ritterbusch vê os estoques de petróleo aumentando "consideravelmente", à medida que os avanços de produção da Opep+ (grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) se tornam mais visíveis em um momento em que as tarifas norte-americanas terão um impacto maior - mesmo que sejam atenuadas ou adiadas por Trump. Os preços da commodity podem permanecer voláteis devido às crescentes preocupações em relação à demanda global, dada a escalada das tensões comerciais, instigando temores de uma desaceleração econômica e reduzindo as perspectivas de consumo de combustível, acrescenta Wael Makarem, da Exness. Uma pausa nos aumentos de produção da Opep+ no final deste ano poderia limitar mais risco de queda, acrescenta ele. *Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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Etanol/Cepea: Em meio à baixa liquidez, Indicadores têm novas quedas

Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos etanóis no mercado paulista seguiram em queda na última semana. De 14 a 18 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) fechou em R$ 2,5239/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 1,1% frente ao do período anterior. Para o anidro, o recuo foi de 1,33%, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 2,9204/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Segundo o Centro de Pesquisas, o ritmo de negócios de etanol continua lento, com distribuidoras adquirindo poucos volumes na expectativa de oportunidades mais atrativas. Além disso, pesquisadores explicam que o período de férias escolares tende a reduzir a necessidade de novas aquisições dos produtos das usinas. (Cepea)

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PIB da cadeia da soja e do biodiesel deve crescer 11% no Brasil neste ano

O Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia de soja e do biodiesel deve crescer quase 11% neste ano, reflexo da colheita recorde e do aumento do esmagamento do grão, segundo projeção feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Para o PIB-Renda, que considera toda a remuneração gerada pela cadeia no período, a estimativa é de alta de 18,2% em 2025 emdash; após três anos de queda emdash; , para R$ 820,9 bilhões. Os cálculos têm como base informações do primeiro trimestre de 2025. Caso a projeção de alta de 11% no PIB se confirme, o segmento deverá representar 21,7% do PIB do agronegócio e 6,4% do PIB de todos os setores da economia. Além da safra de soja recorde neste ano no Brasil emdash; estimada em quase 170 milhões de toneladas pela Abiove emdash; , a projeção de aumento de 3,6% no processamento da oleaginosa em relação a 2024, para 57,8 milhões de toneladas também explica a estimativa de alta de 11% no PIB, diz a associação. Parte da alta prevista no esmagamento está relacionada ao aumento da demanda por biodiesel, cuja mistura no diesel fóssil passará de 14% para 15% a partir de agosto e deve seguir crescendo nos próximos anos. eldquo;Esse esmagamento recorde é importante para o setor, pois traz agregação para o PIB da soja. A soja industrializada fomenta a produção do biodiesel, que é essencial para manter esse ritmo de crescimento da cadeia, já que ele impulsiona também a oferta de farelo para a indústria de raçãoerdquo;, disse ao Valor Daniel Furlan Amaral, diretor de assuntos regulatórios da Abiove. As boas perspectivas para a produção de biodiesel acabam compensando a estagnação na demanda por óleo comestível. eldquo;Mesmo que o consumo de óleo vegetal para alimentação esteja estagnado há muito tempo, o biodiesel está conseguindo absorver grande parte da demanda por essa matéria-primaerdquo;, lembrou Amaral. Cenário promissor Para todos os segmentos da cadeia da soja e biodiesel os prognósticos são otimistas. O destaque é o PIB da soja, que deve aumentar 24,1% este ano. Em agrosserviços, o incremento estimado é de 8,2%, enquanto para o do biodiesel a expectativa é de elevação de 5,76%. As projeções feitas pelo Cepea em parceria com a Abiove mostram também um mercado de trabalho aquecido na cadeia e soja e biodiesel, com 2,44 milhões de pessoas ocupadas no primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve incremento de 7,4% no número de profissionais. eldquo;Acreditamos [que o aumento dos trabalhadores] seja um reflexo no mercado de trabalho da expansão produtiva na cadeia. Supersafra de soja movimenta a agroindústria e também muitos agrosserviços, com impactos no emprego dentro e depois da porteiraerdquo;, afirmou Nicole Rennó, pesquisadora do Cepea. eldquo;A expansão de área agrícola e uso de tecnologia impulsionaram empregos nas indústrias de insumoserdquo;, acrescentou. Ainda que não tenha estimativa para o fechamento do ano, Rennó espera aumento do número de trabalhadores no segmento de soja e biodiesel. Questionado se as disputas comerciais pelo mundo podem afetar as previsões para o PIB da cadeia da soja, Amaral, da Abiove, lembrou que no primeiro governo Trump, a China acabou ampliando as compras do Brasil. eldquo;Mesmo que o Brasil não exporte soja para os EUA, as ações do país com parceiros comerciais do Brasil levam ao aumento das compras dos nossos produtos. Foi o que aconteceu com a China, neste ano, mas com menos intensidade do que a primeira elsquo;trade warersquo;erdquo;, observou Amaral. Dados do Cepea e da Abiove mostram que o volume de soja embarcado ao país asiático no primeiro trimestre deste ano cresceu 6,7% em relação ao mesmo período de 2024. O setor também está atentos às oscilações do petróleo, provocadas pelas instabilidades geopolíticas. eldquo;Esse fator joga luz para o abastecimento na questão energética. O biodiesel é parte da solução, uma vez que pode ajudar a reduzir a importação de petróleo, mas sozinho não resolve toda a equaçãoerdquo;, disse o executivo.

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Posicionamento do Instituto Combustível Legal sobre inadimplentes do Renovabio

O Instituto Combustível Legal (ICL) defende a transparência e o rigor na aplicação das penalidades previstas no RenovaBio e apoia a iniciativa da ANP de publicar a lista de distribuidoras inadimplentes com suas metas de descarbonização. A divulgação é um instrumento essencial para garantir a isonomia concorrencial no setor. A tolerância à inadimplência prejudica os agentes regulares e incentiva práticas desleais. A nova Lei 15.802/2024 representa um avanço importante ao tipificar o descumprimento das metas como crime ambiental e permitir a cassação da autorização de operação em caso de reincidência. O ICL reforça que essas sanções não comprometem o abastecimento de combustíveis no país, mas estimulam a regularização dos agentes. O Instituto lamenta que decisões liminares estejam sendo usadas para tentar barrar a aplicação das sanções, enfraquecendo um instrumento legítimo de fiscalização e penalização de práticas irregulares. O descumprimento das metas ambientais, além de comprometer os objetivos do programa, gera distorções que afetam negativamente os agentes que atuam de forma ética. O ICL atua em parceria com órgãos públicos no combate ao crime organizado e na promoção de um mercado ético e competitivo, e continuará apoiando medidas que fortaleçam a fiscalização e protejam o consumidor.

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Posicionamento IBP - Divulgação da lista de inadimplentes do Renovabio

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), maior entidade do setor, lamenta as recentes decisões da Justiça Federal que permitiram a algumas empresas não terem seu nome divulgado na lista de distribuidoras de combustíveis inadimplentes com suas metas de aquisição de Créditos de Descarbonização (CBIOs) do programa RenovaBio. A lista foi divulgada nesta segunda-feira (21/7) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e representa uma conquista para a integridade do mercado e para o avanço da agenda de descarbonização do país. É importante ressaltar que a empresa que não cumpre as metas do RenovaBio tem vantagem competitiva indevida em relação àquelas que atuam corretamente e cumprem suas obrigações com o Renovabio. A transparência é elemento-chave para a integridade nas transações comerciais e, por isso, as empresas precisam ter acesso às informações para identificar quem age de má-fé e utiliza a inadimplência como estratégia de negócio. Assim, o IBP ressalta que a publicação na lista de todas as empresas inadimplentes é essencial para buscar segurança jurídica às produtoras e distribuidoras de combustíveis, permitindo que se recusem a comercializar com operadores inadimplentes sem o risco de ações judiciais. O RenovaBio é a política nacional de biocombustíveis que fixa metas anuais de redução de emissões para as distribuidoras, garantindo a expansão previsível da oferta de biocombustíveis. O cumprimento dessas metas se dá pela compra e eldquo;aposentadoriaerdquo; dos CBIOs, que correspondem à emissão evitada de 1 tonelada de carbono. A inadimplência no cumprimento das metas do RenovaBio não é um problema isolado. Em 2024, apenas 77% da meta do RenovaBio foi atendida, o que gera um prejuízo direto aos concorrentes e desequilibra o mercado, configurando concorrência desleal. Dados do IBP, com base em informações da ANP, indicam que 68 empresas têm processos administrativos instaurados por descumprimento da regra de compra de CBIOs. As multas aplicadas pela ANP chegam a R$ 505 milhões, mas apenas R$ 17 milhões foram quitados ou parcelados, e R$ 85 milhões estão sob liminares.

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