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Após redução pela Petrobras, preço interno da gasolina se iguala ao internacional

Após a entrada em vigor da redução dos valores nas refinarias da Petrobras, os preços da gasolina no mercado interno praticamente se igualaram aos do mercado internacional, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Segundo a entidade, a diferença na quarta-feira, ao final do dia, era de 0,01 real por litro de gasolina A (pura, sem adição de etanol anidro). Na segunda-feira, antes do anúncio da Petrobras, essa diferença era de 0,30 real. A queda do valor do combustível vendido às distribuidoras anunciada nesta semana pela Petrobras foi a primeira desde dezembro do ano passado e retoma o patamar médio de preços que era praticado entre maio e junho. Na última pesquisa divulgada pela agência reguladora ANP, na sexta-feira, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis teve redução de 6,5% em relação à semana anterior, indo a 6,07 reais o litro, em função da desoneração tributária aprovada pelo Congresso Nacional. Com a redução pela Petrobras na quarta-feira, a expectativa é que a próxima pesquisa apresente nova redução dos preços. Já no caso do diesel, o litro do diesel A (puro, sem adição de biodiesel) --que não teve reajuste por parte da Petrobras-- está custando, em média, 0,13 real mais caro no mercado interno em relação ao produto importado, segundo a Abicom. Se essa diferença se mantiver, haveria, em tese, espaço para a petroleira também reduzir o preço do diesel nas refinarias, seguindo a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), em vigor no país desde 2016. Fonte: Reuters

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Confiança do empresário só deve ser retomada após as eleições, avalia economista

A confiança do empresário industrial só deve ser retomada após as eleições deste ano. Esta é a avaliação do professor de finanças do IBMEC de Brasília, William Baghdassian. De acordo com o índice divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), houve uma queda em 18 de 29 setores analisados em julho. O setor de obras de infraestrutura foi um dos que registraram maiores avanços na confiança, com um aumento de 2,3 pontos em relação ao mês de junho. Em entrevista à CNN Rádio, o professor explicou que a pesquisa é relevante eldquo;porque não mostra o comportamento do empresário hoje, mas o que ele pensa para os próximos meses e anos, se não há investimento agora, daqui 12 meses, não vai gerar emprego.erdquo; eldquo;Quando o empresário está mais confiante, ele investe mais e, consequentemente, gera mais vagaserdquo;, completou. Segundo o economista, eldquo;enquanto não estiver claro o que vai acontecer nas eleições, o empresário vai ficar mais reticente para investir.erdquo; Ele destaca que a confiança só será retomada após as eleições, que acontecem em outubro.

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Com lucro maior, Petrobras aumenta pagamento de dividendos

Com um salto no lucro nos últimos anos, a Petrobras tem constituído aumento nos repasses de dividendos aos acionistas da companhia. A empresa realizou o pagamento da segunda parcela de dividendos aos acionistas, aprovada pelo Conselho de Administração da companhia em maio, nesta quarta-feira (20). Ao todo, serão distribuídos cerca de R$ 48,5 bilhões. O aumento do lucro da Petrobras entre 2020 e 2021 foi de mais de 1.000%. O repasse ao grupo de controle, formado pela União e outros entes federais, como o BNDES, saltou de R$ 2,5 bilhões para R$ 27,1 bilhões. Para este ano, a parcial até julho é de R$ 32 bilhões. O governo é o principal acionista da companhia, com a União federal obtendo 28,7% do capital da Petrobras. Além disso, o BNDES, junto com o braço de participações do banco (BNDESPar), detém outros 7,9%. O repasse de dividendos da Petrobras foi de R$ 6,65 bilhões em 2020. Para este ano, a previsão é ainda maior, por volta de R$ 86 bilhões. Com aumento no lucro da empresa, ela consegue maximizar o retorno dos acionistas, de acordo com os especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business. eldquo;O crescimento do dividendo da Petrobras em 2021 e 2022 está em linha com a política de distribuição da empresaerdquo;, afirmou Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter. eldquo;Como o fluxo de caixa cresceu de maneira significativa a partir de 2021, devido à alta de cerca de 100% na cotação do barril [de petróleo] em reais, o dividendo mais elevado foi uma consequência desse resultadoerdquo;, explicou a economista. Rafaela Vitória também afirma que a Petrobras passou por uma mudança de mentalidade na administração, vendendo ativos do elo produtivo do petróleo e criando mais caixa para manter a sustentabilidade. eldquo;A empresa passou por um processo de desinvestimento, com a venda de subsidiárias e também redução da dívida, o que contribuiu para a melhora na sua estrutura de custos e redução das despesas ligadas ao endividamentoerdquo;, disse. Ambiente externo Para Flávio Conde, head de renda variável da Levante, a mudança de mentalidade na administração da companhia a levou a pensar como uma empresa privada, que além de reduzir dívidas e custos internos, contou com o ambiente externo favorável. eldquo;A Petrobras foi entregue para o governo Temer endividada, com cerca de US$ 100 bilhões de dívidas, além de contar com muitos investimentos em refinarias e elsquo;mega-projetosersquo;, mais do que gerava caixa. Isso tudo com um lucro baixíssimoerdquo;, afirmou o especialista. Conde ressaltou que, por causa de escolhas administrativas internas e em um cenário em que o barril do petróleo custava US$ 65, a Petrobras não tinha fôlego para pagar dividendos mínimos aos investidores. eldquo;Quando começaram a vender ativos e passou a investir apenas em exploração e produção, que é o que dá mais dinheiro a curto prazo, e assim foi reduzindo a dívida. Ao mesmo tempo, o petróleo superou US$ 100 que, com a introdução da Política de Paridade Internacional (PPI), fez com que a empresa tivesse um lucro líquido muito altoerdquo;, destacou. Com dividendos maiores, a cotação das ações da Petrobras deveria subir na mesma medida, o que não aconteceu por causa de um fator na visão do especialista: o risco político. Conde afirmou que tentativas de mudanças no PPI e na margem de lucro da empresa criam instabilidade para os investidores, que também não sabem ao certo as intenções da atual administração federal, caso permaneça no poder, ou de um eventual próximo governo.

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Petróleo fecha em queda com China e alta do dólar no exterior

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, interrompendo uma sequência de três sessões consecutivas de ganhos, prejudicadas pela valorização do dólar hoje, que abriu espaço para um movimento de ajuste de posições após as altas recentes. O contrato do petróleo Brent para setembro - a referência global da commodity - fechou em queda de 0,40%, a US$ 106,92 por barril, enquanto o do WTI americano para o mesmo mês recuou 0,85%, a US$ 99,88 por barril, perdendo mais uma vez o nível dos US$ 100. O dólar voltou a subir frente às principais moedas globais hoje, depois de anotar perdas nas últimas quatro sessões, pressionando os preços das commodities, que normalmente são indexadas em dólar e se tornam mais caras para investidores em outras moedas quando a divisa americana se fortalece. Além da pressão exercida pelo dólar, com o petróleo tendo anotado fortes ganhos nos últimos dias, o movimento dos preços nesta quarta-feira "parece uma consolidação normal e comum dos ganhos recentes", disse Colin Cieszynski, estrategista-chefe de mercados da SIA Wealth Management, à "Dow Jones Newswires". Os temores em relação à demanda da China - que é o maior importador líquido de petróleo no mundo - também seguem pressionando os preços da commodity, em meio a uma nova série de lockdowns para conter a covid no país. Já os dados de estoques americanos de petróleo indicaram uma redução de 445 mil barris na semana passada, para 426,60 milhões de unidades, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA, contrariando a expectativa dos analistas consultados pelo "The Wall Street Journal", de alta de 600 mil barris no período.

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Vendas de gasolina no Brasil crescem 10,8% no 1º semestre, diz ANP; etanol cai 13,9%

As vendas de gasolina no Brasil pelas distribuidoras totalizaram 19,7 bilhões de litros no primeiro semestre deste ano, representando uma alta de 10,8% em relação ao mesmo período de 2021, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já as vendas de etanol hidratado recuaram 13,9% no semestre, em relação a janeiro a junho de 2021, totalizando 7,9 bilhões de litros no mercado interno. O diesel endash; considerando-se a soma do S10 e do S500 endash; registrou alta de 2,74% nas vendas, com 30,5 bilhões de litros. Considerando todos os combustíveis, as vendas de distribuidoras somaram 59 bilhões de litros no Brasil durante o primeiro semestre, o que representou um aumento de 1,77% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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Não há margem para queda de preço do diesel, diz Leggio Consultoria

Não há espaço para redução no preço do diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras nas refinarias, na visão do sócio da Leggio Consultoria, Marcus Dersquo;Elia. A estimativa leva em consideração que a expectativa de que o preço do barril de petróleo no mercado internacional deve se manter na faixa dos US$ 100 nos próximos meses. Para Dersquo;Elia, há possibilidade de que o barril caia para cerca de US$ 92 caso haja uma redução do crescimento mundial, mas é improvável que os preços se reduzam para além desse valor. Segundo o consultor, isso ocorre pois as petroleiras já demonstraram não estar interessadas em aumentar a produção. eldquo;No diesel, vem ocorrendo um descolamento do preço do derivado em relação ao do barril de petróleo, causado pela demanda crescente pelo combustível neste semestre. Por isso, neste cenário de queda do barril de petróleo, a margem para a redução do diesel seria menor que 5%erdquo;, diz. Ontem, a Petrobras anunciou a diminuição dos preços da gasolina nas refinarias de R$ 4,06 para R$ 3,86. Não houve alteração no preço do diesel, que teve o último reajuste em 16 de junho, quando a companhia anunciou um aumento no preço médio do litro de R$ 4,91 para R$ 5,61. Nas estimativas da Leggio, a redução da gasolina anunciada ontem está em linha com o preço de paridade de importação. A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) também acredita que a gasolina esteja na paridade, considerando a cotação da manhã de hoje. Para ler esta notícia, clique aqui.

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