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Governo antecipa para o dia 9 Auxílio de R$ 600 e R$ 2 mil para caminhoneiros

Com pouco tempo até as eleições de outubro, o governo Jair Bolsonaro divulgou que no dia 9 de agosto começa o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil e do bolsa-caminhoneiro, que deve ter duas prestações de R$ 1 mil pagas no mesmo dia. O Ministério da Cidadania antecipou o calendário de pagamento dos benefícios do Auxílio Brasil referente ao mês de agosto. De acordo com instrução normativa publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 25, as parcelas serão pagas a partir do dia 9 do mês, a depender do Número de Identificação Social (NIS) do beneficiário. Antes da mudança, os pagamentos seriam feitos nos últimos dez dias úteis de cada mês (dia 18). O calendário do restante do ano não foi alterado. Os beneficiários do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família, recebem em média R$ 400 mensais. Depois da aprovação da chamada PEC Kamikaze, o valor passará a ser de R$ 600 mensais, mas a parcela turbinada só será desembolsada pelo governo de Jair Bolsonaro de agosto a dezembro deste ano eleitoral. Bolsa-caminhoneiro O Ministério do Trabalho divulgou nesta segunda-feira, 25, o calendário de pagamento da bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil. As duas primeiras parcelas serão pagas no dia 9 de agosto, segundo o ministério, porque são referentes aos meses de julho e agosto. Depois, o calendário segue até dezembro. Oficialmente, o programa foi batizado de Benefício Emergencial aos Transportadores Autônomos de Carga (BEm Caminhoneiro) e, pelas contas do governo, deve beneficiar cerca de 900 mil transportadores autônomos de cargas. O benefício faz parte do pacote social pré-eleitoral criado pela chamada PEC Kamikaze, promulgada pelo Congresso no dia 14 de julho. Entre outros pontos, a emenda constitucional aumentou o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, ampliou o vale-gás e criou um eldquo;vouchererdquo; para caminhoneiros e um auxílio para taxistas. O custo total do pacote pré-eleitoral chega a R$ 41,2 bilhões. No caso dos caminhoneiros, o total liberado é de R$ 5,4 bilhões. As informações de cadastro dos caminhoneiros foram repassadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e já estão em processamento pela Dataprev para permitir o pagamento aos elegíveis. Os detalhes sobre o pagamento do benefício serão regulamentados em breve por meio de portaria. Bolsa-taxista No caso dos taxistas, os prefeitos poderão enviar as informações de cadastro a partir de hoje. As orientações para a inserção dos dados e demais informações sobre o pagamento do auxílio estarão no portal. O sistema ficará aberto para receber os cadastros até o dia 31 de julho. Aqueles que no dia 25, eventualmente, ainda não tiverem recebido a comunicação do Ministério poderão acessar o sistema igualmente para enviar as informações. O envio dos cadastros dos taxistas pelas prefeituras é necessário pela competência municipal ou distrital do tema. Os dados cadastrados serão processados pela Dataprev. Serão considerados os motoristas de táxi com Carteira Nacional de Habilitação válida e alvará em vigor no dia 31 de maio de 2022. O valor e o número de parcelas do benefício poderão ser ajustados de acordo com o número de beneficiários cadastrados, respeitando o limite global disponível para o pagamento do auxílio, previsto na Emenda.

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Com cortes nos combustíveis, IPCA-15, prévia da inflação, desacelera e atinge 0,13% em julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,13% em julho, após ter avançado 0,69% em junho, informou nesta terça-feira, 26, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a menor variação mensal desde junho de 2020, quando o IPCA-15 subiu apenas 0,02%. A desaceleração foi puxada pela queda no grupo dos Transportes (-1,08%), com recuo nos preços dos combustíveis (-4,88%), em particular da gasolina (-5,01%) e do etanol (-8,16%). O óleo diesel seguiu na contramão dos demais combustíveis, com alta de 7,32%. O resultado ficou dentro das estimativas do mercado financeiro, consultadas pelo Estadão/Broadcast, que variavam de uma queda de 0,70% a uma alta de 0,70%, perto da mediana de 0,16% de alta. Com o resultado anunciado nesta terça, o IPCA-15 registrou um aumento de 5,79% no acumulado do ano. No acumulado em 12 meses, a alta foi de 11,39%. As projeções para o acumulado em 12 meses iam de avanço de 9,80% a 11,94%, com mediana de 11,41%.

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Ao apurar suspeitas com CBios, que já vêm de abril, MME sacrifica o RenovaBio sem precisar

Desde abril o movimento com Créditos de Descarbonização (CBios) mostra estranheza e semana passada o governo resolve apurar, mas sacrificando a programação de metas a serem cumpridas do RenovaBio. O Ministério de Minas e Energia (MME) acionou o Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) para que verifique abuso de poder econômico na emissão dos títulos, que dispararam até o começo do mês, passando dos R$ 200. Mas, "desnecessariamente" jogou para setembro de 2023 o volume que as distribuidoras deveriam comprar em 2022, "gerando prejuízos socioambientais, insegurança jurídica e ampliando o desgaste, já insistente, do RenovaBio por parte de muitos agentes distribuidores da cadeia", diz Paulo Leal, presidente da Feplana, que representa 60 mil canavieiros. Como Money Times publicou, com exclusividade, dia 11 de abril, houve um movimento atípico na B3, em um só dia (8), quando uma distribuidora comprou numa só tacada 825 mil CBios, fazendo disparar o papel. E os rumores apontavam que havia um acordo com alguns vendedores, ou seja, usinas. Pelo sigilo compulsório, até hoje não se sabe qual foi, mas certamente está entre as três maiores do mercado, que possuem metas de compras acima de 1 milhão de títulos por ano. São eles, Raízen (RAIZ4), Vibra Energia (VBBR3) e Ipiranga. Na média de negociações diárias para o período, com safra mal começada, havia a troca de mãos entre todos os operadores de no máximo 90 mil CBios, cujas colocações por parte das usinas e destilarias correspondem ao volume correspondente de venda de etanol às distribuidoras -- ou de biodiesel. Agora, por insistência das distribuidoras, o governo resolveu deixar que elas demonstrem seus compromissos de aquisição, a que são obrigadas pela lei do RenovaBio, para o segundo semestre do ao que vem. O CBio caiu para em torno de R$ 95 a R$ 100 nos últimos dias, perdendo praticamente R$ 100 assim que as críticas começaram. O tamanho da perda também é desproporcional. Segundo comentários, as usinas estariam represando a emissão de CBios para fazê-los disparar, embora também as vendas de etanol estejam muito fracas. No meio desse cenário, a Feplana vê também a situação ficando ruim para os produtores rurais, especialmente para aqueles fornecedores de usinas que estão repassando os ganhos com a venda dos papéis. Se as distribuidoras podem postergar a aquisição, a cadeia fica manca, pontua o presidente da Feplana, garantindo que é a favor da investigação. No caso da usina cooperativista Coaf, de Pernambuco, presidida por Alexandre Lima, vice da Feplana, os produtores recebem 100% pelo CBio e na safra 22/23, que começa em setembro, poderão sofrer, já que não há obrigatoriedade de as distribuidoras os adquirirem.

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Petróleo em alta após Rússia reduzir fornecimento de gás para Europa

O petróleo operava em alta nesta terça-feira pela manhã, diante da expectativa de que a redução no fornecimento de gás natural da Rússia para a Europa possa incentivar uma mudança para o petróleo. Mas preocupações com o enfraquecimento da demanda de combustíveis por causa do aumento de juros esperado nos EUA limitava os ganhos. Às 8h37 (horário de Brasília), o petróleo Brent avançava 1,70%, a US$ 101,89 por barril, enquanto o petróleo WTI subia 1,77%, a US$ 98,41 por barril, no mercado futuro. A Rússia reduziu o fornecimento de gás para a Europa na segunda-feira, depois que a Gazprom (MCX:GAZP) declarou que o abastecimento através do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha seria reduzido para apenas 20% da capacidade. O movimento não permitirá que os países consigam atingir seus objetivos de recomposição de estoques de gás natural. "Os preços mais altos do gás, gerados pela restrição de oferta russa, podem aumentar a mudança para o petróleo, respaldando os preços", explicou o gerente-geral de pesquisa da Nissan Securities, Hiroyuki Kikukawa, em entrevista à Reuters. "Mas as preocupações com o enfraquecimento da demanda, devido à desaceleração econômica em meio à alta de juros nos EUA e o risco de oferta gerado pelo prolongamento do conflito Rússia-Ucrânia, devem continuar por algum tempo", ressaltou o analista, prevento que o WTI permanecerá consolidado em torno de US$ 100 por barril. O Federal Reserve concluirá sua reunião de dois dias na quarta-feira, e a expectativa é que o banco central americano eleve sua taxa básica de juros em 75 pontos-base. Os investidores agora aguardam os dados de oferta nos EUA, a serem divulgados pelo Instituto Americano do Petróleo, mais tarde no dia.

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Conselho da Petrobras vai avaliar antecipação de repasses à união

A Petrobras estuda repetir a fórmula do ano passado e anunciar a antecipação do pagamento de dividendos aos acionistas, incluindo a União, com a divulgação do lucro do segundo trimestre, prevista para quinta-feira, apurou o Estadão/Broadcast. Na segunda-feira, 25, o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, disse que o governo encaminhou ofícios para Caixa, Banco do Brasil, Petrobras e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômica e Social (BNDES) pedindo o pagamento trimestral de dividendos, que geralmente são semestrais. A Petrobras, porém, já tem feito pagamentos trimestrais. No início da noite, a Petrobras confirmou o recebimento do ofício e esclareceu, em fato relevante, que todas as solicitações do governo já constam na política de remuneração da companhia aos acionistas. Mesmo assim, informou que ainda não há qualquer decisão tomada sobre novos pagamentos de dividendos em 2022. O Estadão/Broadcast apurou que a proposta será submetida ao conselho de administração da estatal, que se reúne amanhã e quinta-feira para avaliar o balanço do segundo trimestre. Fonte próxima ao assunto afirmou que o pedido será aprovado tranquilamente, assim como aconteceu no ano passado, ressaltando que o caixa da empresa está forte, e por isso não haverá obstáculo. Se aprovada a antecipação, a expectativa é de que sejam distribuídos cerca de R$ 40 bilhões. As reuniões do conselho desta semana têm por objetivo analisar o resultado do segundo trimestre, período em que a estatal deve registrar ligeiro crescimento em relação ao primeiro trimestre e registrar lucro em torno dos R$ 45 bilhões, segundo analistas do Credit Suisse. Com petróleo em alta, a receita deve ultrapassar R$ 160 bilhões e o Ebitda chegar perto de R$ 100 bilhões. A antecipação do pagamento não é novidade e está prevista na política de dividendos da estatal. A prática foi feita pela última vez em outubro passado, quando o general Joaquim Silva e Luna antecipou o dividendo do exercício de 2021 no terceiro trimestre. No primeiro trimestre, a estatal teve lucro de R$ 44,5 bilhões e anunciou dividendos de R$ 48,5 bilhões, pagos em duas parcelas, em junho e julho.

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Governo se movimenta para tentar fazer com que nova redução no diesel

O governo federal quer que a Petrobras anuncie nesta semana uma nova redução, de pelo menos 5%, no preço do diesel. Com isso, espera ajudar a reduzir a inflação e dar ao presidente Jair Bolsonaro (PL) material para a campanha à reeleição. O blog apurou que este é um dos dois movimentos que o governo faz para provocar uma redução no preço do diesel, que segue com preços altos por conta da demanda internacional. Enquanto a gasolina teve uma queda no preço médio acima de 20% no último mês, o do diesel não chegou a 2%. A queda no preço do petróleo internacional, pelos temores de recessão mundial, abriria espaço para mais uma queda no preço aplicado pela Petrobras. Por isso o governo quer que o anúncio ocorra logo. Outro movimento feito pelo governo foi adiar a necessidade das distribuidoras de combustíveis de comprovar a compra de Créditos de Descarbonização (CBIOs), obrigatórios para compensação da emissão de gases-estufa, elas teriam que cumprir até o fim deste ano a obrigação ambiental, mas um decreto do governo jogou para o fim de março a data limite. Ao comprar os certificados, as distribuidoras repassam o custo para o preço dos combustíveis, em especial o diesel. Sem a obrigatoriedade, o preço poderia cair até R$ 0,10 por litro, segundo fonte ouvida pelo blog. Só que as grandes distribuidoras usam a compra dos certificados para bater metas de ESG e outras exigências ambientais. O decreto também prejudicou produtores de etanol e biodiesel, que usam os recursos para se financiar.

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