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Preço do galão de gasolina nos EUA cai abaixo de US$ 4 pela primeira vez em 5 meses

Os motoristas dos Estados Unidos podem dar um pequeno suspiro de alívio endash; os preços médios da gasolina caíram abaixo de US$ 4 (cerca de R$ 20,40) o galão pela primeira vez desde março. O valor médio nacional do combustível comum caiu para US$ 3,99 (aproximadamente R$ 20,30) o galão nesta quinta-feira (11), segundo a AAA. Cada galão comporta 3,8 litros de combustível. Os preços da gasolina atingiram um recorde de US$ 5,02 (R$ 25,60 na cotação atual) em junho, quando os motoristas encheram seus tanques para a temporada de viagens de verão. Os valores também foram empurrados para cima pelo aumento global do petróleo quando o Ocidente deu as costas ao óleo russo em consequência da invasão da Ucrânia por Moscou. Mas os preços na bomba caíram 21% desde então, já que os motoristas reduziram os gastos e os temores de uma recessão diminuíram a demanda. eldquo;Apesar da queda constante dos preços da gasolina durante o pico da temporada de verão, menos motoristas abasteceram na semana passadaerdquo;, apontou a AAA em um comunicado à imprensa na segunda-feira (8). eldquo;É outro sinal de que, por enquanto, os americanos estão mudando seus hábitos de locomoção para lidar com os preços mais altos nas bombas.erdquo; Aumento da oferta de gasolina Os preços do petróleo nos EUA também caíram acentuadamente de um pico acima de US$ 120 (R$ 610) o barril em junho para cerca de US$ 92 (R$ 468) o barril nesta quinta, ajudados por um afrouxamento da crise de oferta global. Em um relatório divulgado quinta-feira, a Agência Internacional de Energia revisou suas perspectivas para o fornecimento mundial de petróleo, em parte porque a Rússia continuou a bombear mais óleo do que o esperado. eldquo;Enquanto as exportações de petróleo e derivados da Rússia para a Europa, EUA, Japão e Coréia caíram quase 2,2 milhões de barris por dia desde o início da guerra, o redirecionamento de fluxos para a Índia, China, Turquia e outros, juntamente com a demanda doméstica russa sazonalmente mais alta, mitigou as perdaserdquo;, disse a agência com sede em Paris. Em julho, a produção russa de petróleo estava apenas 310.000 barris por dia abaixo dos níveis pré-guerra, enquanto as exportações totais caíram apenas 580.000 barris por dia, acrescentou. A liberação de 180 milhões de barris de petróleo da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA também ajudou a aumentar a oferta.

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Congresso será decisivo para Brasil retomar expansão do biodiesel, diz FPBi

No Dia Internacional do Biodiesel, celebrado em 10 de agosto, a produção deste biocombustível enfrenta obstáculos para retomar a constante expansão, como ocorria até 2021. A partir das eleições, as bases parlamentares tanto do governo quanto da oposição serão recompostas e a retomada do apoio federal à expansão dos biocombustíveis etanol, biodiesel, entre outros será incluído na pauta de negociações entre o Legislativo e o Executivo. É o que pretende a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), que reúne senadores e deputados federais de vários partidos. A FPBio entende que os biocombustíveis geram diversos benefícios diretos e indiretos em larga escala. Mas, para tornar os biocombustíveis mais competitivos inclusive, em termos de preço ao consumidor e logística de distribuição o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel e outras políticas públicas precisam ser modernizadas. Propostas nesse sentido estão em discussão na FPBio. Em razão das eleições, logo após o anúncio dos parlamentares eleitos, a diretoria da frente parlamentar irá dar os próximos passos, ou seja, transformar as ideias em propostas legislativas. Todas, ressalta o diretor da FPBio, João Henrique Hummel, serão debatidas com o poder Executivo. E a intenção do setor de biodiesel é atrair para este debate representantes dos demais biocombustíveis. Um caminho é promover articulações com outras frentes parlamentares, já que boa parte delas compartilha a participação de deputados e senadores em seus quadros. O dirigente da FPBio informa que as conversações com o Executivo não dependem das eleições e já acontecem há muitos meses para que os ministros avaliem providências no sentido de intensificar a produção e o uso do biodiesel, de modo a torná-lo mais competitivo em relação aos combustíveis fósseis, e que seja possível retomar o cronograma de aumento sequencial desse biocombustível ao diesel. Os ministros discutem e tomam decisões sobre o tema nos encontros do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Para convencer os novos parlamentares e o futuro governo, a FPBio recorre a estudos técnicos e projeções setoriais. Os dados estão sendo abertos aos ministérios para que validem os números e apresentam contribuições para criar indicadores públicos de acompanhamento dos reflexos positivos do biodiesel em termos ambientais, sociais e econômicos para o país, afirma a FPBio. A sinalização dos ministérios da Agricultura (MAPA), Meio Ambiente (MMA), Minas e Energia (MME), Casa Civil tem sido positiva para o Brasil retomar as atenções à expansão do biodiesel e de outros biocombustíveis. Sobre o biodiesel, por exemplo, as organizações empresariais do setor mapearam e transformaram em valor financeiro os impactos positivos da expansão da produção e do uso de biodiesel no Brasil. O destaque desses estudos é que cada 1 ponto percentual de biodiesel adicionado ao diesel gera movimentação econômica de R$ 30 bilhões anuais. Este valor é estimado levando-se em conta uma série de externalidades geradas pelo biodiesel: evita emissão de toneladas de poluentes no ar e, com isso, menos pessoas são internadas ou morrem de doenças respiratórias; provoca efeitos que podem reduzir custo da produção de proteína animal (suínos, peixes, frangos e ovos); agrega valor à soja; dá destinação econômica para resíduos animais e vegetais; substitui parcela de importação de diesel pelo país e, assim, internaliza geração de emprego e renda; entre outros pontos.

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Quem está por trás da Oxxo, rede de mercadinhos que se tornou onipresente em São Paulo

Quem mora em São Paulo começou, em plena pandemia, a se deparar com uma rede de mercados antes desconhecida. As unidades Oxxo ganharam as ruas da capital paulista e de outras cidades com mais velocidade a partir de 2021. Fundada no México há 40 anos, a companhia chegou ao País por meio do Grupo Nós, operação conjunta entre a mexicana Femsa e a brasileira do ramo de energia Raízen, que utiliza a marca Shell em postos de combustíveis no Brasil. O Oxxo planeja abrir 200 lojas no Brasil em 2022, um ano marcado por dificuldades de varejistas em manter a rentabilidade diante da alta nos custos de transporte de alimentos e a redução do poder de compra do brasileiro por causa da alta da inflação. Diferentemente do modelo de negócios adotado no México, o Oxxo adicionou às suas unidades no País a venda de pães, frutas e vegetais, assim como tabaco e itens de higiene e limpeza. Entre México, Peru, Chile, Colômbia e Brasil, o total de lojas do Oxxo chega a nada menos do que 19 mil. Por aqui, a rede mexicana precisa enfrentar o GPA, que tem 241 lojas físicas das marcas Minuto Extra e Minuto Pão de Açúcar, assim como o Carrefour Brasil, com suas 145 lojas Express, e o Hirota, com 109 unidades. Além disso, a companhia desafia a existência de pequenos mercados familiares de bairros. O Oxxo vai manter o ritmo forte de expansão de unidades no Brasil. O plano da companhia é chegar a 309 mercados inaugurados no Estado de São Paulo até março de 2023. eldquo;A estratégia de expansão é sempre iniciar pelas regiões centrais, em áreas de muito movimento de pessoas, para a partir disso entrar cada vez mais nos bairros. Nosso objetivo é dar alternativas próximas para o consumidor para que ele faça melhor uso do seu tempoerdquo;, informou a empresa, por e-mail. Para driblar os desafios de expandir o negócio durante um período marcado pela alta da inflação no Brasil, o Oxxo conta com operadores terceirizados para distribuição de itens de hortifrúti e padaria, de modo a reduzir o impacto dos custos logísticos. O tamanho reduzido dos imóveis comerciais alugados também ajuda a manter as contas em dia para que o crescimento da operação seja saudável, segundo a empresa. Para Eduardo Yamashita, chefe de operações da consultoria Gouvêa Ecosystem, o mercado de lojas de conveniência no País é praticamente inexplorado, restrito às lojas em postos, o que pode dar uma vantagem competitiva à rede Oxxo devido à sua rápida expansão endash; que visa à lucratividade com vendas regionais e presença massiva. Segundo ele, as grandes empresas nacionais desse setor estão focadas no atacarejo, o que abriu uma janela de oportunidade para a ascensão durante a crise econômica. eldquo;No cenário macroeconômico atual, a empresa aproveita bons pontos comerciais com aluguéis mais atrativos, antes ocupados apenas pelas drogarias. Antes, era impossível ter um varejo alimentar em uma esquina. No entanto, gastar dinheiro em uma economia recessiva significa ter mais dificuldade de atrair clientes. Mas, como estava na hora de fazer o investimento no País, a empresa olhou para o copo meio cheioerdquo;, diz o especialista. Sem digital, por enquanto Seguindo um caminho inverso ao percorrido pelas varejistas no Brasil atualmente, o Oxxo cresce sem se apoiar no comércio eletrônico. O site da empresa tem apenas a localização das lojas, algumas ofertas e uma página de cadastro para trabalhar na empresa. Fernando Moulin, sócio da consultoria de transformação digital Sponsorb Hub, afirma que uma boa estratégia de negócios é mais importante do que a presença digital, que pode ocorrer em um segundo momento da estratégia de expansão do Oxxo no País. Gastar dinheiro em uma economia recessiva significa ter mais dificuldade de atrair clientes. Mas, como estava na hora de fazer o investimento no País, a empresa olhou para o copo meio cheio.erdquo;Eduardo Yamashita, chefe de operações da Gouvêa Ecosystem eldquo;Enquanto várias lojas fecharam, eles abrem lojas e podem se aproveitar de aluguéis competitivos. No ritmo de expansão deles, esse planejamento de entrar no varejo brasileiro foi feito há anos. Assim como no mercado de capitais, é melhor comprar bons ativos na baixa, e não na alta para aumentar seu patrimônioerdquo;, afirma. Em breve, o Oxxo vai lançar um aplicativo para expandir a presença digital. Além disso, a companhia planeja aumentar a venda de itens de mercado no iFood, hoje restrita ao centro de São Paulo. O plano de longo prazo é a consolidação como uma rede de mercados que esteja presente tanto no varejo digital quanto no físico, com integração entre as duas experiências de compras.

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Coalizão a favor de reformas quer do futuro Congresso foco no setor público

Criada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), a coalizão Unidos Pelo Brasil, que reúne pesquisadores e entidades do setor produtivo, lança hoje uma série de pautas consideradas prioritárias para o País, com foco em modernização do setor público, sustentabilidade ambiental, crescimento econômico e justiça social. O grupo selecionou 14 projetos de lei já em tramitação que, em sua avaliação, merecem atenção do Congresso na próxima legislatura. Para o serviço público, entre os projetos defendidos pela coalizão, além da reforma administrativa, estão a regulamentação de um teto constitucional, a atualização dos concursos e uma lei de governança contra desvios e excessos nas estatais. A coalizão Unidos Pelo Brasil, que reúne pesquisadores e associações do setor produtivo, lança hoje uma agenda de pautas prioritárias para o próximo Congresso, com foco em modernização do setor público, sustentabilidade ambiental, crescimento econômico e justiça social. O grupo, criado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), selecionou 14 projetos de lei já em tramitação que, na avaliação dos integrantes, merecem atenção do Legislativo na próxima gestão. Neste ano, os brasileiros vão às urnas eleger 513 deputados e 27 senadores. Se aprovados os projetos selecionados, o impacto para os cofres públicos seria de R$ 95 bilhões até 2026. Entre as instituições que integram a iniciativa estão o Centro de Cidadania Fiscal, Fundação Dom Cabral, Instituto Millenium, Sociedade Brasileira de Direito Público, Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). O lançamento será em São Paulo, na sede da Microsoft Brasil. eldquo;A gente traz uma agenda pensando no curto e no médio prazos do Brasil, para qualificar o debate eleitoral de forma pragmática, endereçando problemas complexos e urgentes do País por meio de uma agenda legislativa positivaerdquo;, diz Tadeu Barros, presidente do CLP. Ele explica que o objetivo é acelerar a tramitação no Congresso. eldquo;Temos um time de inteligência técnica para escolher a agenda com base em dados e evidências, do ponto de vista de critérios como PIB, emprego e renda. E também temos um time de articulação política em Brasília para ajudar a influenciar a opinião de parlamentares.erdquo; Barros diz que, apesar de o foco da iniciativa ser o Congresso, a agenda também será entregue aos candidatos à Presidência. CAUSAS. A coalizão já atuou pela aprovação de projetos como a reforma da Previdência, o marco do saneamento básico, a nova lei do gás, a autonomia do Banco Central e a nova lei de improbidade administrativa. Um dos três pilares da agenda é a modernização do setor público. Para isso, defendem quatro legislações: a reforma administrativa, a regulamentação do teto salarial, a atualização dos concursos públicos e a lei de governança de ordenação pública e econômica, que prevê mais eficiência nas estatais. Além da administrativa, outra reforma estrutural que se arrasta há anos no Congresso é a tributária. eldquo;O nosso olhar para reforma tributária é justiça fiscal, transparência e simplificaçãoerdquo;, diz Barros. O grupo defende a unificação do IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS em um tributo sobre valor agregado, com cobrança no destino e o menor número possível de regimes diferenciados. A agenda também traz pautas mais setoriais, como o marco legal do setor elétrico, que permitiria, por exemplo, que o consumidor pudesse escolher de quem comprar energia. eldquo;Temos uma das energias mais caras do mundo. O setor elétrico poderia custar R$ 100 bilhões a menos por anoerdquo;, diz Paulo Pedrosa, presidente da Abrace. Ele afirma que o marco também prevê a correção de distorções no setor, amplamente marcado por subsídios. eldquo;O consumidor de energia hoje é obrigado a pagar por subsídios, reservas de mercado e proteções para agentes da cadeia o que resulta em mais custos para a sociedade.erdquo; A Abdid, do setor de infraestrutura, destaca a revisão da legislação de concessões florestais e a estruturação do mercado de carbono. eldquo;É muito interessante que, fazendo a exploração adequada, com as estruturas verdes, a gente possa ser remunerada e entre nesse mercado de crédito de carbono com participação significativaerdquo;, afirma Venilton Tadini, presidente da Abdib, que reforça a importância da reestruturação de carreiras no setor público. eldquo;Hoje o Orçamento está quase todo comprometido com despesas obrigatórias, sufocando o espaço para investimentos. Sem investimentos, a economia não consegue crescer.erdquo; ebull;

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DIESEL: Importação de empresas privadas e gestão dos estoques afastam risco de desabastecimento

A confirmação de importação das empresas importadoras regionais filiadas à Abicom e a ampliação das importações da Petrobras, prevendo paradas técnicas de suas refinarias, praticamente eliminaram a possibilidade de desabastecimento de óleo diesel até dezembro, como o governo chegou a temer no final do primeiro semestre. Na reunião de segunda-feira da Câmara de Abastecimento do Ministério das Minas e Energia, o clima de tranquilidade voltou aos participantes com a Agência Nacional do Petróleo informando que o mês de junho fechou com estoques de S10 em linha com o que já vinha sendo apresentado nas reuniões e que ampliação do déficit previsto para setembro será resolvido, já que as empresas conseguirão acomodar as necessidades com importação. No mês de agosto, segundo a Abicom - que representa as empresas regionais - estão previstas a importação de 52 mil m³ de diesel S10 pelas suas associadas. A entidade defendeu que ainda é necessário um pouco mais de confiança nos movimentos da Petrobras para assegurar o abastecimento. Mas parece claro que a própria Petrobras também já considera a questão do estresse sobre um eventual desabastecimento resolvido. Na reunião do ministério das Minas e Energia, a estatal informou que está bem planejada e se preparando (elevação de estoques) para passar o período de paradas programadas de refinarias, com atendimento de seus compromissos comerciais. Paradas Segundo a Petrobras, haverá parada da Refinaria Planalto de Paulínia (SP) e na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (RJ) em agosto, setembro e outubro, e ainda uma pequena parada no HDT da Refinaria Gabriel Passos (MG). Uma outra parada da Refinaria Presidente Bernardes (SP), que estava programada para novembro e dezembro próximos, foi postergada para fevereiro e março de 2023, de modo a dar mais tranquilidade. Em função disso, a Petrobras vem fazendo importações para complemento da oferta aos seus compromissos comerciais. Também na mesma reunião, a Acelen (antiga Reginaria Mataripe da Bahia) informou que bateu recorde de produção de diesel S10 da unidade julho, com 253 mil m³ de S10 produzido, o que diminui ainda mais a pressão no mercado.

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Queda do comércio em julho reflete juros em alta, inflação e endividamento, dizem economistas

O encarecimento do crédito, a inflação em alta e o endividamento foram os principais responsáveis pela queda nas vendas do comércio em junho, dizem economistas ouvidos pelo CNN Brasil Business. O setor registrou vendas menores que o esperado pelo mercado no mês, com queda de 1,4% na passagem de maio para junho, de acordo com o IBGE. Esta é a segunda variação negativa consecutiva do setor, que acumula retração de 0,8% em dois meses, na comparação com o bimestre anterior. eldquo;O resultado da PMC surpreendeu negativamente, pois era esperada queda de 1%. Já no caso da pesquisa ampliada, a situação foi mais preocupante, com queda de 2,3% na mesma base de comparaçãoerdquo;, afirmou Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos. Segundo ele, o desempenho do comércio em sete dos oito principais grupos denota a dificuldade de acesso ao crédito motivado pelo alto endividamento das famílias, além de refletir também parte da antecipação do consumo vivido ao longo dos últimos anos. A economista do C6 Bank Claudia Moreno disse que o resultado fraco pode ser reflexo dos efeitos da inflação elevada sobre o poder de compra da população e dos juros altos. eldquo;A queda no varejo foi generalizada, e afetou praticamente todos os segmentos. No varejo ampliado, o destaque negativo foi o setor de veículos, que registrou queda nas vendas de 4,1% em junho frente a maio, resultado que veio abaixo da nossa projeção (-0,5%)erdquo;, destacou. Para Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, a antecipação do consumo este ano ocorre em detrimento da liberação de recursos pelo governo federal, que impulsionaram a economia nos dois primeiros trimestres, mas não podem mais ser utilizados agora no fim do ano. eldquo;Teve injeção de recurso que favoreceu o comércio até maio, como a liberação do FGTS e o adiantamento do 13%, que não poderá ser retirado no fim do ano. Junto disso, a melhora da economia desde janeiro ajudou a alavancar o consumo até a metade de 2022, mas agora o cenário é outroerdquo;, pontuou. Na visão do economista, a perspectiva de desaceleração é mantida a médio prazo, ainda que as vendas apresentem crescimento em consequência do novo pacote de auxílios do governo. eldquo;No segundo semestre pode haver algum estímulo, com a adição de R$ 200 do Auxílio Brasil e isso vai aumentar a demanda, mas a expectativa para o varejo não é das melhores até o final de 2022. Esse resultado mostra uma desaceleração porque, ainda que tenha uma melhora com benefícios sociais, eles são temporários e podem se perder já na virada do anoerdquo;, acrescentou Tobler. Já o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, salientou que uma transição no consumo das famílias, que tem deixando de consumir itens industrializados (grande parte do varejo) e passado a consumir mais serviços também explica o resultado negativo de junho. eldquo;Não à toa, a gente tem assistido uma divergência na performance da PMS (serviços) e da PMC (varejo) e na dinâmica dos índices de confiança da FGV, com serviços ainda em alta, enquanto comércio tem recuado na margemerdquo;, declarou Borsoi. A inflação, apesar de mostrar sinais de arrefecimento, foi citada como um dos principais causadores do recuo de -1,4% das vendas em junho. Ainda assim, os economistas ressaltaram que caso o preço dos alimentos apresente uma trégua no restante do ano, a perspectiva sobre o consumo pode melhorar. eldquo;Se tivermos uma redução no preço dos alimentos, o consumo de fato deve voltar a patamares melhores porque o recurso extra do Auxílio Brasil vai aumentar o poder de compra da população mais vulnerável, que consome os itens básicos da alimentaçãoerdquo;, apontou Rodolpho Tobler. eldquo;A tendência de arrefecimento da inflação pode ajudar o setor de varejo, mas o nível de queda é que temos que observarerdquo;, ponderou.

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