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Brasil amplia compras de combustíveis dos EUA em agosto, com perda de fôlego do diesel russo

Uma aproximação entre os preços negociados no mercado internacional para combustíveis dos Estados Unidos e da Rússia levou o Brasil a ampliar as compras de derivados das refinarias estadunidenses em agosto. Ao todo, os EUA foram responsáveis por 30,5% de todas as importações de combustíveis do Brasil no período entre 1º de julho e 14 de agosto de 2025, segundo o relatório de abastecimento da ANP. Já a Rússia foi responsável por 21%, enquanto os países do Golfo Pérsico endash; Arábia Saudita, Omã e Catar endash; responderam por 12,6%. Veja a integra em pdf. Os ganhos do produto americano no mercado brasileiro ocorreram sobretudo no diesel, que hoje é o combustível mais importado pelo Brasil. A tendência já vinha ocorrendo em julho e se intensificou este mês. Apesar de o diesel russo ter ganhado destaque no Brasil desde 2022, com as sanções na Europa pela invasão à Ucrânia, recentemente importadores brasileiros estão buscando oportunidades de preços para testar outros mercados. Nos últimos meses, houve um aumento da importância relativa dos EUA no abastecimento brasileiro, causada pela redução no preço do diesel estadunidense, enquanto o produto russo manteve cotações estáveis. Em agosto, até a semana passada, a diferença entre o preço médio do diesel russo e estadunidense negociado pelo Brasil no mercado internacional estava em US$ 0,02, segundo a ANP. A ANP ressalta que as estimativas consideram os valores de aquisição em dólar no local de embarque da mercadoria informados nos processos de desembaraço. Assim, não inclui fretes e seguros, além de tarifas aduaneiras, impostos, nem considera valores que não foram utilizados em importações efetivas. O mercado está se reorganizando, em meio às estratégias comerciais adotadas pelos EUA sob o governo de Donald Trump, que visam dar vantagens aos produtores americanos, e ao avanço das negociações sobre a guerra na Ucrânia. Nos últimos dias, Trump teve reuniões com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, além de líderes europeus, para discutir o fim do conflito. eldquo;A probabilidade de os EUA imporem sanções mais fortes à Rússia está diminuindo, com o mercado esperando que o comércio de petróleo russo se recupere como resultado das negociações de pazerdquo;, afirma o chefe de análise de petróleo da Rystad Energy, Mukesh Sahdev. O cenário, inclusive, tem reflexos no preço do barril de petróleo: na terça (19/8) o Brent para outubro recuou 1,22% (US$ 0,81), a US$ 65,79 o barril.

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Comércio ilegal é grande desafio do setor, diz presidente da Ipiranga à CNN

O presidente da Ipiranga, Leonardo Linden, disse em entrevista à CNN nesta segunda-feira (18) que o grande desafio do setor de combustíveis atualmente é o combate ao comércio ilegal. eldquo;Isso é amplamente conhecido no país, e é um desafio especialmente para as empresas que operam dentro do regulamento. Vemos problemas de evasão fiscal, de não mistura de biodiesel, de não cumprimento de regras do RenovaBioerdquo;, disse. eldquo;Atrapalha muito o setor, estamos falando do nono setor do Brasil em termos de arrecadação. E acho que é muito importante que algumas ações efetivas sejam tomadas nesta direção, como vimos aqui no estado de São Pauloerdquo;, completou. Para Linden, este é o eldquo;grande desafio do ponto de vista da operaçãoerdquo;. O executivo ainda menciona eldquo;desafios estratégicoserdquo;, como a transição energética. Já com relação aos investimentos da empresa, o presidente destacou que a companhia segue investindo regularmente entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão em seu negócio. eldquo;Uma grande parte vai para a rede de postos, ampliação da rede, principalmente o crescimento em áreas de expansão. Mas também investimos bastante também em infraestrutura, aumento de capacidade logística, de segurança e na parte de informática, para garantir a operação mais atualizada possívelerdquo;, concluiu.

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Raízen despenca quase 9%, após Petrobras descartar investimento em etanol

As ações da Raízen (BOV:RAIZ4) desabaram nesta terça-feira (19) na bolsa de valores, após a Petrobras (BOV:PETR4) vir a público negar qualquer projeto ou estudo em andamento para investir na companhia. Às 14h13, os papéis da Raízen recuavam 8,70%, cotados a R$1,05, revertendo parte dos fortes ganhos registrados na véspera. O movimento de queda reflete a frustração do mercado depois que rumores publicados pelo jornal O Globo indicavam que a Petrobras avaliava se tornar sócia da Raízen ou adquirir ativos da companhia. A estatal, porém, limitou-se a esclarecer que não há negociações em curso, embora confirme interesse em retomar projetos relacionados ao etanol de milho emdash; segmento de custos mais baixos e com perspectivas de crescimento em regiões como o Norte e o Matopiba. Segundo a Genial Investimentos, o comunicado da Petrobras foi positivo, já que reforça o foco da estatal no seu maior diferencial competitivo: a exploração e produção de petróleo e gás. O Bradesco BBI, por sua vez, afirmou que nenhuma transação envolvendo a Raízen parece iminente, reduzindo as expectativas de parceria no curto prazo. No pregão desta terça-feira (19), os papéis da Raízen abriram a R$1,07, tocaram a máxima de R$1,10 e a mínima de R$1,02, até chegarem a R$1,05 às 14h13, em forte queda de 8,70%. O volume negociado já ultrapassa 34 milhões de ações, evidenciando a alta volatilidade do ativo. A Raízen é uma das maiores companhias integradas de energia do Brasil, com atuação em produção de etanol, açúcar e bioenergia, além da distribuição de combustíveis. Resultado da joint venture entre Cosan (BOV:CSAN3) e Shell, a empresa é referência no setor de energias renováveis, concorrendo com grupos como Vibra Energia (BOV:VBBR3) e Ultrapar (BOV:UGPA3). O episódio reforça a volatilidade em torno de notícias e rumores no setor de energia e biocombustíveis. Para investidores, acompanhar o desdobramento das declarações da Petrobras e o posicionamento estratégico da Raízen será essencial.

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Ataque dos EUA ao Pix é o mesmo que pedir para desinventar a roda

Os pontos levantados pelo governo americano na investigação aberta do que considera práticas comerciais "desleais" do Brasil são completamente variados e muitos são estapafúrdios. Mas nenhum ponto é mais bizarro do que a queixa deles contra o Pix. O ataque ao Pix é um atentado à economia brasileira, à soberania de decidir que sistema de pagamentos vamos usar. Se eles alegassem problemas concretos, como uma tarifa excessivamente alta, desequilibrada ou alguma barreira não tarifária que de fato impedisse o comércio, estariam discutindo pontos específicos. Mas se opor a uma inovação tecnológica, a um novo sistema de pagamento, é completamente absurdo, ainda mais para um país que abriga as maiores empresas inovadoras da área de tecnologia. O Pix é um sistema desenvolvido pelo setor público, pelo Banco Central. Começou a ser estruturado no governo Temer, foi implantado no governo Bolsonaro e continua firme hoje. Não é uma questão de governos. Eles querem que o Brasil desinvente a roda? A inovação tecnológica permitiu algo muito importante, que é a bancarização da população. E este é o argumento que o Brasil usou naquelas 91 páginas de documento, explicando que isso não fere os interesses nem dos cartões de crédito, nem de outros sistemas de pagamento dos Estados Unidos. Entre as acusações, o governo americano afirma ainda que o desmatamento aumentou. Na verdade, o desmatamento vem caindo desde o fim do governo Bolsonaro, que é a pessoa que Donald Trump defende. No governo Bolsonaro, havia um projeto estabelecido de aumentar a destruição, de fortalecer madeireiros e garimpeiros, de recebê-los no Palácio do Planalto. O ministro do Meio Ambiente à época ia contra as autuações do Ibama aplicadas a madeireiros e desmatadores, para ficar do lado do desmatador. É bom sempre lembrar: toda essa aflição que estamos vivendo, com a pressão da maior economia do mundo, a maior potência militar do mundo, acontece porque o bolsonarismo e a direita brasileira em eral (por omissão) estão simplesmente estimulando um ataque à nossa economia. Isso mostra o quanto a polarização levou a absurdos, a ponto de um grupo político brasileiro atacar o próprio país. Se há divergências entre a direita moderada e a extrema direita, que elas se apresentem. Porque eles ficam nas ambiguidades. Os governadores do campo da direita, por exemplo, atacam o presidente Lula quando sabem que quem iniciou tudo isso foi a extrema direita. Em vez de atacar Eduardo Bolsonaro, que está lá atuando contra o Brasil, atacam o presidente Lula, que está tentando negociar.

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Segunda etapa de audiência pública sobre gasodutos de transporte será em 27/8

A ANP realizará em 27/8, das 9h às 12h, a segunda sessão da audiência pública relativa à minuta de resolução que estabelecerá os critérios para caracterização de gasodutos de transporte. A primeira sessão ocorreu em 13/8 e, devido ao grande número de inscritos para realizarem apresentações, a Agência decidiu por definir um segundo encontro, para garantir a participação de todos. A audiência do dia 27/8, dessa forma, contará somente com as apresentações dos expositores já inscritos e que não puderam se manifestar na primeira sessão, não havendo abertura para novas inscrições. A proposta da ANP para regulação do tema busca contribuir para a harmonização regulatória em relação e trazer mais segurança jurídica às atividades de transporte de gás natural. O link para assistir à segunda etapa da audiência está disponível na página da Consulta e Audiência Públicas nº 01/2025. Veja mais detalhes sobre o tema e sobre a primeira sessão da audiência.

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Preços do etanol seguem firmes em São Paulo

Os preços dos etanóis no mercado paulista seguiram firmes na última semana, apontam levantamentos do Cepea. De 11 a 15 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado para o estado de São Paulo teve média de R$ 2,6551/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,97% em relação à do período anterior. Para o anidro, a elevação foi de 0,99%, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 3,0884/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Segundo o Centro de Pesquisas, vendedores se mantêm firmes nos preços pedidos em novos fechamentos, atentos ao desempenho da safra 2025/26 endash; os volumes ofertados no spot seguem menores. O Cepea identificou que o aumento das cotações no segmento produtor nas últimas semanas e os consequentes repasses na ponta varejista restringiram um pouco novas aquisições de etanol hidratado pelas distribuidoras. Em alguns estados produtores com elevada quantidade consumida, a paridade de preços entre o etanol hidratado e a gasolina C está chegando perto dos 70%.

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