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Investimentos em produção de petróleo e gás podem ultrapassar R$ 600 bilhões nos próximos cinco anos

Entre 2025 e 2029, estão previstos aproximadamente R$ 609 bilhões em investimentos na fase de produção dos contratos atuais para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Somente em 2025, os investimentos devem chegar a cerca de R$ 140 bilhões. Os dados constam do Painel Dinâmico de Previsão de Atividade, Investimento e Produção na Fase de Produção da ANP. No mesmo quinquênio, são estimados volumes médios de produção de 680 mil metros cúbicos por dia (m3/d) de petróleo (ou seja, 4,28 milhões de barris por dia) e 221 milhões de m³/d de gás natural, sendo 193 milhões de m³/d após desconto do CO2. No painel dinâmico é possível consultar informações referentes às previsões de atividades, investimentos e produção para o período de cinco anos. É possível aplicar filtros e obter as atividades por bacia, ambiente (mar ou terra) ou estado. Os mesmos filtros podem ser usados para a consulta das previsões de investimentos, que podem ser obtidos em dólares ou reais. Para consultas das previsões de produção, a ferramenta permite aplicar o filtro para ambiente (mar ou terra) e obter os volumes ou vazões referentes a petróleo, gás, petróleo equivalente (produções de petróleo e gás somadas), injeção de água e gás queimado. O painel apresenta informações declaradas pelos contratados nos Programas Anuais de Trabalho e Orçamento (PAT) e Programas Anuais de Produção (PAP) dos contratos vigentes, estando sujeitas a atualizações a qualquer momento. As previsões são referentes somente à fase de produção, que é a segunda fase dos contratos (a primeira é a fase de exploração, na qual são realizados estudos para a identificação da presença, ou não, de petróleo e/ou gás).

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Petróleo fecha em queda com avanço das negociações Ucrânia-Rússia

O petróleo abriu o dia em alta nesta sexta-feira (14) mas passou a cair no fim da manhã, com avanço nas conversas entre Ucrânia e Rússia por um acordo que encerre a guerra. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou ter tido um eldquo;bom encontroerdquo; com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o enviado especial do país Keith Kellogg. A reunião ocorreu na Alemanha, durante a Conferência de Segurança de Munique. A queda foi acelerada por notícia de que juiz ordenou ao governo Trump que descongele ajuda externa. O barril do petróleo WTI para março fechou em queda de 0,77% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 70,74, enquanto o do Brent para abril caiu 0,37% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 74,74. O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, disse na última quinta-feira (13) que o país atingiria Moscou com sanções e potencialmente ações militares se o presidente russo Vladimir Putin não concordasse com um acordo de paz com a Ucrânia que garantisse a independência de Kiev no longo prazo. Vance também acusou o Wall Street Journal de distorcer suas declarações sobre o possível envio de tropas americanas para a Ucrânia, caso a Rússia não aceitasse negociar o fim do conflito. eldquo;Essa guerra é entre a Rússia e a Ucrâniaerdquo;, disse ele. O mercado também monitora notícia de que o governo de Donald Trump vai conceder sua primeira aprovação para um projeto de exportação de gás natural liquefeito (GNL), revertendo suspensão da gestão Biden. (Estadão Conteúdo)

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Raízen anuncia novo vice-presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia

Em Comunicado ao Mercado divulgado na sexta-feira, dia 14, a Raízen informou que Geovane Dilkin Consul assumirá a vice-presidência de Etanol, Açúcar e Bioenergia a partir de 1º de abril. Ele assume em substituição a Francis Vernon Queen Neto, que passará a ocupar uma nova posição na companhia. Geovane possui 35 anos de experiência profissional, majoritariamente no setor do agronegócio, tendo atuado como CEO da BP Bunge Bioenergia e, mais recentemente, da BP.

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Por que o etanol brasileiro entrou na mira de Trump e como o governo pretende negociar com os EUA

A citação explícita da Casa Branca ao etanol brasileiro como exemplo de falta de tratamento recíproco mostra o foco dos Estados Unidos no biocombustível do Brasil, avaliam integrantes do governo. Pessoas que acompanham as tratativas relataram ao Estadão/Broadcast que se surpreenderam com a menção direta, mas observaram haver espaço para negociar com o governo americano quanto a barreiras comerciais e tarifárias. A eldquo;surpresaerdquo; se deve em parte ao fato de o Brasil ser deficitário na balança comercial com os EUA. O Executivo, no entanto, já esperava a pressão de Donald Trump sobre o etanol brasileiro. Há anos, os produtores e fabricantes dos Estados Unidos pressionam o Brasil pela redução da tarifa de importação aplicada sobre o produto norte-americano, hoje de 18%, e reclamam de acesso restrito do biocombustível ao mercado brasileiro. A ofensiva foi reforçada em 6 de fevereiro, quando, durante audiência no Senado americano, o indicado por Trump ao cargo de representante comercial do país (USTR, na sigla em inglês), Jamieson Greer, foi questionado sobre a tarifa de 18% das exportações americanas de etanol ao Brasil e respondeu que o assunto estava no topo de sua lista de prioridades. Após o anúncio das medidas de reciprocidade, nesta quinta-feira, 13, a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês), que representa a indústria de etanol nos Estados Unidos, agradeceu Trump eldquo;por seu compromisso em restabelecer uma relação comercial justa e recíproca para o etanol entre os Estados Unidos e o Brasilerdquo;. eldquo;Há quase uma década, temos gastado tempo e recursos preciosos combatendo um regime tarifário injusto e injustificado imposto pelo governo brasileiro às importações de etanol dos EUAerdquo;, disse no comunicado o presidente e CEO da RFA, Geoff Cooper. eldquo;O mais irônico é que essas barreiras tarifárias foram erguidas contra o etanol americano enquanto nosso país tem aceitado emdash; e até incentivado emdash; importações de etanol do Brasil.erdquo; O recado foi dado, diz integrante do governo brasileiro O tema já estava no radar do governo brasileiro. Como mostrou o Estadão/Broadcast mais cedo, a avaliação que corre nos bastidores é de que a redução tarifária era uma pauta permanente dos Estados Unidos, embora não houvesse até então novos sinais do governo americano em relação ao combustível. O Executivo monitorava a potencial ameaça quanto a produtos brasileiros. Agora, o recado foi dado, explica um integrante do governo que vinha acompanhando o assunto. Na eldquo;fact sheeterdquo; (a ficha técnica com dados sobre a media) divulgado pela Casa Branca sobre a ordem executiva assinada por Trump para impor tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importações sobre produtos norte-americanos, o chamado eldquo;Plano Justo e Recíprocoerdquo;, o governo americano cita diretamente o etanol. eldquo;Há inúmeros exemplos em que nossos parceiros comerciais não dão tratamento recíproco aos Estados Unidos. A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024 os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto os EUA exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasilerdquo;, afirma a Casa Branca no documento. O Brasil é citado nesse eldquo;fact sheeterdquo; apenas em relação ao comércio de etanol. Embora Trump alegue que o Brasil cobre caro de produtos americanos, integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva vêm tentando contrapor essa ideia, já que, para o Brasil, as trocas revelam uma realidade diferente das médias tarifárias. Apesar de o País impor um imposto de importação médio de 11,2% sobre os produtos que chegam de fora emdash; enquanto nos EUA esse nível é de 3,3% emdash;, o que desembarca dos americanos aqui é com frequência tributado abaixo da média ou sem nenhum imposto em função do perfil das compras. Além disso, citam que produtos relevantes para o Brasil no mercado americano têm tarifas muito altas, como é o caso do açúcar, carne bovina, carne de aves, suco de laranja, frutas, óleo de soja, tabaco e cachaça. Adoção não imediata traz alívio para os negociadores Integrantes do governo também viram com bons olhos o fato de as tarifas não serem adotadas imediatamente emdash; elas serão estudadas em 180 dias. Esse prazo, segundo pessoas ligadas ao tema, deve permitir eldquo;sentar à mesaerdquo; com as autoridades americanas. A reportagem apurou que a indústria sucroenergética nacional procurou ministérios do governo ao longo desta semana, mostrando preocupação com uma eventual reciprocidade dos Estados Unidos sobre o etanol de cana-de-açúcar brasileiro. A tarifa cobrada pelo Brasil sobre etanol importado foi zerada no governo Bolsonaro em 2022 e retomada no governo Lula. O tema vinha sendo discutido entre as autoridades comerciais no último ano, mas o Brasil pede como contrapartida à redução tarifária o aumento do acesso do açúcar brasileiro ao mercado norte-americano, hoje limitado a uma cota estipulada anualmente. A indústria sucroenergética local pede ao governo uma eldquo;decisão equilibradaerdquo; sobre o tema. A entrada em maior volume de etanol americano preocupa sobretudo as usinas do Nordeste. No Brasil, o etanol é feito principalmente à base de cana-de-açúcar, enquanto nos Estados Unidos o biocombustível é fabricado sobretudo a partir do milho. Nos EUA, a indústria local de etanol consome mais de um terço da safra doméstica do cereal. Em 2024, o Brasil exportou aos Estados Unidos US$ 181,828 milhões em etanol, produto vendido sobretudo para a Califórnia. O país se tornou o segundo principal destino do biocombustível brasileiro. Já as exportações do etanol americano ao Brasil somaram US$ 50,530 milhões, segundo dados do Agrostat emdash; sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro. Segundo a entidade que representa a indústria de etanol nos Estados Unidos (a RFA), como resultado das tarifas aplicadas nos últimos anos pelo Brasil, as exportações americanas de etanol para cá praticamente desapareceram, tendo caído de 489 milhões de galões (1,85 bilhão de litros) em 2018, com um valor de US$ 761 milhões, para apenas 28 milhões de galões (106 milhões de litros) em 2024, avaliados em US$ 53 milhões. Entidades esperam reação ao elsquo;retrocessoersquo; nos EUA Em nota conjunta, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) e a Bioenergia Brasil, eldquo;principais entidades representativas do setor no Brasilerdquo;, disseram esperar que eldquo;os Estados americanos e a indústria local comprometidos com o combate à mudança do clima trabalhem para impedir esse retrocesso proposto pelo governoerdquo;. As entidades eldquo;lamentam que o etanol tenha sido incluído no Memorando de Tarifas Recíprocas, anunciado pelo presidente americano, Donald Trumperdquo;, que eldquo;pretende colocar no mesmo patamar o etanol produzido no Brasil e nos Estados Unidos, embora possuam atributos ambientais e potencial de descarbonização diferentes, e portanto não faz sentido falar em reciprocidadeerdquo;. Afirmaram ainda que, eldquo;se a medida se confirmar, será mais um passo dos Estados Unidos rumo ao abandono à rota de combate à mudança do climaerdquo;.

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Fornecedores informais pressionam distribuidoras de combustíveis e podem criar revés

Diversas distribuidoras de combustíveis têm enfrentado dificuldades no Brasil devido à vantagem competitiva obtida por fornecedores informais de diesel, que desrespeitam as exigências de mistura de biodiesel, conforme relatório do Goldman Sachs enviado a investidores nesta quinta-feira (13). O banco estima que a não conformidade pode gerar uma vantagem de mais de R$ 300 por metro cúbico (m³) para os fornecedores informais nas vendas de diesel. Como referência, as margens de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foram de R$ 153/m³ para Ipiranga (IPBR3) e R$ 176/m³ para Vibra (VBBR3) no terceiro trimestre de 2024. Os analistas se baseiam no estudo do Instituto Combustível Legal (ICL) que apontou fraudes em postos de combustíveis, com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) limitada a fiscalizar apenas 9% dos estabelecimentos, aumentando a pressão sobre o setor. 10% BITCOIN R$556.489 -1,19% IFIX 2.998pts -0,24% MGLU3 R$7,01 -1,13% PETR4 R$36,32 +0,11% VALE3 R$54,86 +0,13% ITUB4 R$33,87 +0,53% ABEV3 R$10,98 +0,55% GGBR4 R$17,45 +0,46% Ibovespa 124.850pts +0,38% DÓLAR R$5,77 +0,10% BITCOIN R$556.489 -1,19% IFIX 2.998pts -0,24% MGLU3 R$7,01 -1,13% PETR4 R$36,32 +0,11% VALE3 R$54,86 +0,13% ITUB4 R$33,87 +0,53% ABEV3 R$10,98 +0,55% GGBR4 R$17,45 +0,46% Ibovespa 124.850pts +0,38% DÓLAR R$5,77 +0,10% BITCOIN R$556.489 -1,19% IFIX 2.998pts -0,24% MGLU3 R$7,01 -1,13% PETR4 R$36,32 +0,11% VALE3 R$54,86 +0,13% ITUB4 R$33,87 +0,53% ABEV3 R$10,98 +0,55% GGBR4 R$17,45 +0,46% Ibovespa 124.850pts +0,38% DÓLAR R$5,77 +0,10% BITCOIN R$556.489 -1,19% IFIX 2.998pts -0,24% MGLU3 R$7,01 -1,13% PETR4 R$36,32 +0,11% VALE3 R$54,86 +0,13% ITUB4 R$33,87 +0,53% ABEV3 R$10,98 +0,55% GGBR4 R$17,45 +0,46% Ibovespa 124.850pts +0,38% DÓLAR R$5,77 +0,10% BITCOIN R$556.489 -1,19% IFIX 2.998pts -0,24% MGLU3 R$7,01 -1,13% PETR4 R$36,32 +0,11% VALE3 R$54,86 +0,13% ITUB4 R$33,87 +0,53% ABEV3 R$10,98 +0,55% GGBR4 R$17,45 +0,46% Ibovespa 124.850pts +0,38% DÓLAR R$5,77 +0,10% BITCOIN R$556.489 -1,19% IFIX 2.998pts -0,24% MGLU3 R$7,01 -1,13% PETR4 R$36,32 +0,11% VALE3 R$54,86 +0,13% ITUB4 R$33,87 +0,53% ABEV3 R$10,98 +0,55% GGBR4 R$17,45 +0,46% Ibovespa 124.850pts +0,38% DÓLAR R$5,77 +0,10% BITCOIN R$556.489 -1,19% IFIX 2.998pts -0,24% MGLU3 R$7,01 -1,13% PETR4 R$36,32 +0,11% VALE3 R$54,86 +0,13% ITUB4 R$33,87 +0,53% ABEV3 R$10,98 +0,55% GGBR4 R$17,45 +0,46% Ibovespa 124.850pts +0,38% DÓLAR R$5,77 +0,10% BITCOIN R$556.489 -1,19% IFIX 2.998pts -0,24% MGLU3 R$7,01 -1,13% PETR4 R$36,32 +0,11% VALE3 R$54,86 +0,13% ITUB4 R$33,87 +0,53% ABEV3 R$10,98 +0,55% GGBR4 R$17,45 +0,46% Mercados Combustível Fornecedores informais pressionam distribuidoras de combustíveis e podem criar revés Informalidade no diesel pode gerar vantagem de R$ 300/m³ para fornecedores irregulares, pressionando distribuidoras e aumentando risco de fraudes no setor Murilo Melo 14/02/2025 06h16 ebull; Atualizado 14 horas atrás Publicidade Diversas distribuidoras de combustíveis têm enfrentado dificuldades no Brasil devido à vantagem competitiva obtida por fornecedores informais de diesel, que desrespeitam as exigências de mistura de biodiesel, conforme relatório do Goldman Sachs enviado a investidores nesta quinta-feira (13). O banco estima que a não conformidade pode gerar uma vantagem de mais de R$ 300 por metro cúbico (m³) para os fornecedores informais nas vendas de diesel. Como referência, as margens de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foram de R$ 153/m³ para Ipiranga (IPBR3) e R$ 176/m³ para Vibra (VBBR3) no terceiro trimestre de 2024. Os analistas se baseiam no estudo do Instituto Combustível Legal (ICL) que apontou fraudes em postos de combustíveis, com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) limitada a fiscalizar apenas 9% dos estabelecimentos, aumentando a pressão sobre o setor. A análise do Goldman Sachs surge após reportagem de O Estado de S. Paulo, publicada na segunda-feira (10). O jornal ressalta que o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), que representa grandes distribuidoras como Vibra, Raízen (RAIZ4), Ipiranga e Shell, está estudando a solicitação à ANP para suspender a mistura obrigatória de biodiesel, dada a subida de preços e a crescente informalidade no mercado. As distribuidoras estão especialmente preocupadas com a elevação do percentual de biodiesel para 15% em março, o que pode aumentar ainda mais os custos. A recomendação do Goldman Sachs, diante do atual panorama, é focada nos próximos passos das distribuidoras. Vibra e Ultra (UGPA3) têm suas divulgações de resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) programadas para os dias 24 e 26 de fevereiro, respectivamente. A expectativa do mercado é que os principais pontos de discussão nas apresentações abordem a visão das administrações sobre o mercado competitivo, incluindo atualizações sobre os volumes de importação de combustíveis e a agenda contra a informalidade, além das perspectivas para as margens no primeiro trimestre de 2025. No que diz respeito à avaliação das distribuidoras, o Goldman Sachs manteve sua recomendação neutra para a Vibra Energia, com um preço-alvo de R$ 19,50 nos próximos 12 meses. O banco diz que a avaliação foi feita com base em um múltiplo de 4,4 vezes (x) o múltiplo entre o EV (valor da firma) sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado, que representa o valor total de uma empresa com o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Já para o negócio de energia renovável da Vibra, foi estabelecido um valor de EV de R$ 11 bilhões. Para a Ultra, a recomendação é de compra, com um preço-alvo de R$ 19,70 ou US$ 3,20 nos próximos 12 meses, fundamentada em um múltiplo de preço sobre lucro (P/L) de 10,1x, além do valor da participação da empresa na Hidrovias do Brasil. O risco para as projeções, segundo o Goldman Sachs, inclui a atividade econômica, a variação nas taxas de juros e o aumento da concorrência no setor de distribuição de combustíveis.

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Combate ao crime: venda de combustível pode ter registro eletrônico obrigatório

Tramita no Senado projeto que torna obrigatório o registro eletrônico e a remessa em tempo real dos dados sobre comercialização, movimentação e estocagem de combustíveis para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Autor do PL 197/2025, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) aponta a crescente preocupação com a força do crime organizado e dos casos de corrupção que envolvem postos de combustíveis. De acordo com o senador, muitos dados são enviados eletronicamente à ANP, mas apenas no mês seguinte às operações, e ainda há casos de operações registradas manualmente em postos de combustíveis. eldquo;Com a implementação do registro em tempo real, será possível inventariar e rastrear de forma contínua os combustíveis armazenados e consumidos no território nacional. Além disso, ferramentas como a inteligência artificial poderão ser utilizadas para analisar grandes volumes de dados, permitindo que a ANP identifique e responda rapidamente a ameaças à integridade do setorerdquo;, afirma o senador na justificativa do projeto. Alessandro Vieira também ressalta que o Brasil já é um eldquo;líder global em automação bancáriaerdquo;, comprovado pelo sucesso do Pix e já desenvolveu sistemas complexos semelhantes ao que está sendo proposto. O senador lembra ainda que a reforma tributária prevê a adoção, provavelmente a partir de 2026, do denominado split system, que automatizará a partição de tributos no ato dos pagamentos eletrônicos das transações comerciais em geral. Crime organizado A proposta do projeto foi sugerida ao senador pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) diante da incidência do crime organizado sobre os postos de combustíveis. Segundo Alessandro Vieira, há estimativa de que somente no estado de São Paulo 1,1 mil postos estejam sendo controlados pela organização criminosa PCC. eldquo;Nesses termos, exigir a transmissão em tempo real e o fornecimento da placa do carro e identificação do consumidor também permite o combate ao crime organizado, uma vez que possibilita mitigar a lavagem de dinheiro. (...) é essencial que a ANP receba instrumentos modernos de fiscalização e controle, alinhados ao crescimento do setor de combustíveis com a transição energéticaerdquo;, defende o parlamentar. No registro eletrônico, além dos dados do veículo e do consumidor, deverá constar informações sobre o combustível vendido, o preço por litro, e o volume comercializado.

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