Ano:
Mês:
article

Preço do açúcar sobe enquanto o do etanol caiu no mercado de São Paulo

Os preços dos principais derivados da cana-de-açúcar tiveram comportamentos opostos na última semana no mercado spot de São Paulo, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Enquanto o açúcar seguiu em alta, as cotações do etanol voltaram a cair. O suporte às cotações do açúcar neste primeiro mês da safra 2025/26 deve-se sobretudo à limitação da oferta, principalmente dos tipos de melhor qualidade. Ainda conforme o Cepea, embora a colheita da cana-de-açúcar já tenha começado em algumas regiões de São Paulo, chuvas isoladas vêm interrompendo temporariamente as operações no campo e, consequentemente, nas usinas. Além disso, pesquisadores do Cepea ressaltam que é comum a disponibilidade de lotes de açúcar cristal aumentar gradativamente nas primeiras semanas de moagem, visto que usinas costumam iniciar a produção com etanol ou açúcar VHP (bruto). Dessa forma, o início da safra pressionou mais as cotações do biocombustível. Nesta terça-feira (22/4), o indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal fechou a R$ 144,87 a saca de 50 quilos, patamar que não era observado desde fevereiro deste ano (período da entressafra 2024/25). No caso do etanol hidratado, entre 14 e 17 de abril, o indicador Cepea/Esalq fechou em R$ 2,7140 o litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), queda de 1,17% frente ao do período anterior. Já o anidro subiu 2,27% em igual comparativo, a R$ 3,1508 o litro. De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que agentes do mercado de etanol seguem apreensivos e cautelosos. Além da entrada de produto da nova safra 2025/26, o foco atual tem sido o fechamento de contratos envolvendo o etanol anidro. O setor também está atento às movimentações nos valores do barril do petróleo e aos possíveis desdobramentos sobre o preço da gasolina A nas refinarias. Outra expectativa envolvendo o mercado brasileiro, conforme o Cepea, recai sobre a proximidade da mudança do PIS/Cofins a partir de 1º de maio, o que tende a melhorar a liquidez do etanol hidratado nos próximos dias.

article

Fusão de Toyota e Daimler na área de caminhões tem ambições de impulsionar uso de hidrogênio

A Toyota e a Daimler Truck estão se aproximando da fusão de suas subsidiárias de veículos comerciais após quase dois anos, graças, em grande parte, à busca compartilhada pela promoção do hidrogênio como combustível. As duas partes estão nos estágios finais da fusão, informou o eldquo;Nikkei Asiaerdquo; na terça-feira. Um acordo preliminar de fusão foi anunciado em maio de 2023, com a meta de ser concluído no ano seguinte. A fusão combinaria a Hino Motors, unidade da Toyota, com a Mitsubishi Fuso Truck and Bus, subsidiária da Daimler Truck. "Sentimos na Daimler Truck um forte desejo de concretizar inequivocamente a utilização do hidrogênio", disse um executivo da Toyota em fevereiro. "Estamos discutindo a forma que a parceria assumirá, incluindo a questão com a Hino Motors e a Mitsubishi Fuso."

article

Etanol/Cepea: Preço do hidratado volta a cair em SP

Levantamentos do Cepea mostram que o preço do etanol hidratado voltou a cair no mercado paulista na última semana. Entre 14 e 17 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ deste combustível fechou em R$ 2,7140/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), queda de 1,17% frente ao do período anterior. Já no caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 2,27% em igual comparativo, a R$ 3,1508/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). De modo geral, pesquisadores do Cepea explicam que agentes do mercado seguem apreensivos e cautelosos. Além da entrada de produto da nova safra 2025/26, o foco atual tem sido o fechamento de contratos envolvendo o etanol anidro. O setor também está atento às movimentações nos valores do barril do petróleo e aos possíveis desdobramentos sobre o preço da gasolina A nas refinarias. Outra expectativa envolvendo o mercado brasileiro, conforme o Centro de Pesquisas, recai sobre a proximidade da mudança do PIS/Cofins a partir de 1º de maio, o que tende a melhorar a liquidez do etanol hidratado nos próximos dias.

article

Diesel mais barato, gasolina mais cara: o que dizem os dados da Abicom

Após recente redução no preço do diesel pela Petrobras, o mercado brasileiro de combustíveis apresenta um cenário misto, com o diesel operando abaixo das cotações internacionais, enquanto a gasolina se mantém mais cara. As informações são do relatório divulgado nesta terça-feira (22/4) pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), em parceria com a StoneX. Segundo o levantamento, com dados coletados até esta segunda (21/4), o preço médio do diesel no Brasil estava 1% abaixo dos preços praticados no mercado externo e a gasolina, 2% acima nos polos de importação no país. Em polos de importação como Paulínia (SP) e Araucária (PR), a gasolina registra paridade com o preço internacional, enquanto no polo de Itacoatiara (AM) o valor do combustível está 5% mais caro nas refinarias da Petrobras. No polo de Aratu (BA), que baliza os preços da Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe na Bahia, a gasolina está 2% mais cara e o diesel opera em paridade com o mercado internacional. A gasolina está há 287 dias sem reajuste nas refinarias da Petrobras, enquanto Mataripe muda seus preços semanalmente. O petróleo vem se recuperando nos últimos dias e, nesta terça-feira (22/4), até o fechamento desta matéria, operava em alta de 2,94%, cotado a US$ 67,54 o barril. A valorização do petróleo é atribuída a estoques baixos nos Estados Unidos e a uma demanda maior do que o esperado. A Abicom ressalta ainda que o mercado de petróleo tem demonstrado grande volatilidade desde a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, devido às incertezas geradas por possíveis tarifas comerciais.

article

75% das empresas apoiam mudar para energia verde até 2035, indica pesquisa

Cerca de 750 líderes empresariais de médias e grandes empresas planejam realocar suas operações dentro de cinco anos para melhorar o acesso a fontes renováveis, revelou uma pesquisa realizada em 15 países, e quase todos eles apoiaram uma mudança de longo prazo para abandonar os combustíveis fósseis. As descobertas foram baseadas em entrevistas com cerca de 100 executivos de alto escalão de cada um dos países desde que Donald Trump foi eleito de volta à Casa Branca, o que desencadeou preocupações sobre empresas recuando de seus compromissos com uma transição verde. Os países incluíram os EUA, Reino Unido, Alemanha, Brasil e Índia. Liz Minné, diretora e chefe de sustentabilidade global da empresa de revestimentos Interface, afirmou que a pesquisa mostrou que "as empresas globais entendem a urgência de mudar dos combustíveis fósseis para as energias renováveis." Embora a participação na pesquisa tenha sido anônima, Iberdrola, Natura e Schneider Electric estavam entre as que apoiaram as descobertas. "Uma rápida mudança dos combustíveis fósseis para energia renovável e eletrificação faz forte sentido comercial e garante segurança energética e resiliência", comentou o diretor global de mudanças climáticas e alianças da Iberdrola, Gonzalo Sáenz de Miera. Mais de 75% das empresas pesquisadas apoiaram uma mudança para um sistema de eletricidade baseado em renováveis até 2035 ou antes, de acordo com a pesquisa, que foi realizada entre dezembro e fevereiro. Um número semelhante disse que as energias renováveis estão ligadas a uma maior segurança energética, enquanto a maioria queria contornar o fornecimento de gás na transição do carvão, para passar diretamente para renováveis e sistemas de armazenamento de eletricidade. Cerca de 52% dos entrevistados disseram que mudariam suas operações e 49% alterariam as cadeias de suprimentos para facilitar o acesso a sistemas de energia baseados em renováveis dentro de cinco anos, se seu mercado doméstico não tivesse energia verde. Este número saltou para 89% dos executivos seniores para um plano de dez anos. "Se implementadas, tais medidas poderiam ter enormes ramificações para a competitividade internacional dos países e receitas domésticas", indicou a pesquisa. Além disso, segundo o levantamento, nove em cada dez disseram que o acesso à eletricidade baseada em renováveis era uma "prioridade máxima" ao avaliar possíveis destinos para novos investimentos. Mais de 80% disseram que a questão também influenciava onde optariam por localizar suas operações comerciais e quais países recorreriam para a aquisição de bens e serviços. Até 93% dos entrevistados disseram que estavam considerando investir em suas próprias instalações renováveis no local. Os resultados mostraram que, apesar da incerteza política e econômica, os executivos "apoiam fortemente uma rápida transição para energia renovável", comentou Nick Mabey, diretor executivo da E3G, uma think-tank verde que encomendou a pesquisa junto com os grupos focados no clima Beyond Fossil Fuels e We Mean Business Coalition. A pesquisa apontou que, embora a política dos EUA enfatize a expansão de combustíveis fósseis, 97% dos executivos americanos entrevistados queriam ver o governo expandir a eletricidade renovável na rede. Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump lançou um amplo ataque às políticas climáticas nos EUA, enquanto suas tarifas ameaçadas despertaram temores de uma guerra comercial global que poderia elevar o custo da transição energética. Na semana passada, sua administração emitiu uma ordem para interromper a construção de um grande projeto de energia eólica offshore em Nova York. Também há preocupações com retrocessos verdes na Europa, à medida que o continente se apressa para pagar pelo rearmamento após as ameaças de Trump de deixar a Otan. Mas 78% dos líderes empresariais da Alemanha na pesquisa disseram que uma transição acelerada para renováveis reduziria a exposição do país a importações voláteis de energia. No Reino Unido, 55% dos executivos disseram que as renováveis ajudariam a impulsionar o crescimento econômico, mas destacaram preocupações sobre os altos custos iniciais da mudança para energia renovável como um obstáculo à transição. Na Índia, 84% dos executivos apoiaram uma mudança dos combustíveis fósseis para geração de eletricidade baseada em renováveis na próxima década, apesar da forte dependência do país em energia a carvão. No geral, pelo menos 75% dos entrevistados vincularam as energias renováveis ao crescimento econômico e como cruciais para a criação de empregos. (Financial Times)

article

Diesel segue em queda nas bombas após cortes nas refinarias da Petrobras

O preço do diesel caiu mais R$ 0,04 por litro nos postos brasileiros na semana passada, com repasses de cortes promovidos pela Petrobras em suas refinarias. Desde o primeiro corte, no fim de março, a queda acumulada é de R$ 0,13 por litro. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro do diesel S-10 foi vendido na semana passada, em média, a R$ 6,29. A expectativa é que o ritmo de queda se mantenha: pelos dois cortes anunciados desde março, a Petrobras projeta um repasse acumulado de R$ 0,25 por litro. Com coleta nos primeiros dias da semana, a pesquisa da agência ainda não captou os efeitos do segundo corte, que foi anunciado pela estatal na última quinta-feira (17), com redução de R$ 0,12 por litro no preço de venda pelas refinarias. Os cortes no preço do diesel refletem a queda das cotações internacionais do petróleo desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou a aplicação de elevadas tarifas às importações do país. Em relatório divulgado nesta segunda (22), analistas do Itaú BBA afirmaram que, com a segunda redução, a Petrobras aproximou seu preço de venda do combustível à paridade de importação, conceito que simula quanto custaria para importar o produto. A Abicom (Associação Brasileira das Importadoras de Combustível) estima que, na abertura de mercado desta segunda, a estatal vendia diesel, em média, R$ 0,03 por litro abaixo da paridade de importação. No caso da gasolina, o preço da estatal era superior à paridade em R$ 0,06 por litro. Os três reajustes no preço do diesel em 2025 emdash;antes dos cortes, houve um aumentoemdash; contrastam com a estratégia utilizada pela estatal em 2024, quando passou o ano inteiro sem mexer no preço do combustível. Em nota divulgada na quinta, o Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo, Gás e Biocombustíveis) disse que a sequência de ajustes "relativiza" a política de preços implantada em maio de 2023, ao "explicitar a forte vinculação dos preços internos aos preços internacionais". Uma das premissas da nova política era evitar o repasse ao consumidor interno de volatilidades no mercado internacional, conceito que a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tentou reforçar na semana passada, antes do terceiro ajuste. O preço da gasolina nas refinarias da estatal segue inalterado desde julho de 2024. Nas bombas, ficou estável na semana passada, segundo a ANP, em R$ 6,33 por litro. O preço do etanol hidratado subiu R$ 0,05 por litro, para R$ 4,32 por litro.

Como posso te ajudar?